quinta-feira, 21 de julho de 2011

Platônico*

Há muito queria retornar àquele local. No entanto, a vida anunciava-me a incoerência de meus desejos. Ali não era adequado a mim, mesmo assim, insistia em dar voz aos meus impulsos. Naquele ambiente iluminado pela presença dela, sentia-me acelerado, em total descontrole, deixava-me ávido a emoções. Acendia-me. Como  me deixei seduzir assim! Como não percebi que a freqüência em partilhar tais momentos envolveram-me em um bem querer!

Cada minuto juntos, bastava o tempo de espera em revê-la. Poderiam passar dias ou semanas e aqueles minutos eram suficientes para manter-me aceso, cheio de esperança pelo próximo encontro. Era quando nossos desejos se cruzavam e a minha presença era justificada. Nem gestos, nem palavras, somente olhares dizendo eu aqui e você aí. A vida nos ditando as regras que nossos corações teimavam em ignorar.

Permaneço passível diante de teu olhar... é tudo que me resta, além de sonhar e imaginar que bom seria se fosse diferente!

A mim
cabe a alegria que o coração determina ao te querer;
cabe a tristeza da paixão que não vai nos acolher.

A mim
restam pedaços,
restos platônicos
desejos
em meu coração!
Eis a vida...

*Amor platônico (Ligação amorosa sem aproximação sexual)

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