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«Historicamente o primeiro
registro do tipo é em Santa Fé, em 1617, quando mozos perdidos, vestidos à
semelhança dos charruas*, com botas de garrão de potro, chiripá* e poncho,
assaltavam as estâncias.
O cabildo de Buenos Aires, em 1642, registrou cuatreros e vagabundos, que à maneira dos moços de Santa Fé, roubavam o gado das estâncias. As cartas dos jesuítas registram que em 1686 surgiram os vagos ou vagabundos pilhando as estâncias missioneiras.
Em 1700 aparecem com o nome de changadores* na Vacaria do Mar, e como vagabundos e changadores perto de Montevidéu, em 1705. No diário de demarcação do tratado de 1750, José Saldanha registra os termos gaudério e gaúcho, pilhadores que acompanhavam os exércitos ao longe. Somente a partir de 1800 que o termo gaúcho se generalizou, tornando-se gentílico do século XX, designando o natural do Rio Grande do Sul". FLORES, Moacyr. História do Rio Grande do Sul. 3ª edição. Porto Alegre: Nova Dimensão, 1990.
O cabildo de Buenos Aires, em 1642, registrou cuatreros e vagabundos, que à maneira dos moços de Santa Fé, roubavam o gado das estâncias. As cartas dos jesuítas registram que em 1686 surgiram os vagos ou vagabundos pilhando as estâncias missioneiras.
Em 1700 aparecem com o nome de changadores* na Vacaria do Mar, e como vagabundos e changadores perto de Montevidéu, em 1705. No diário de demarcação do tratado de 1750, José Saldanha registra os termos gaudério e gaúcho, pilhadores que acompanhavam os exércitos ao longe. Somente a partir de 1800 que o termo gaúcho se generalizou, tornando-se gentílico do século XX, designando o natural do Rio Grande do Sul". FLORES, Moacyr. História do Rio Grande do Sul. 3ª edição. Porto Alegre: Nova Dimensão, 1990.
*Chiripá - Vestimenta sem costura
usada pelos gaúchos habitantes do campo para proteção do frio, passava entre as
pernas e era presa na cintura.
*Charrua - Tribo indígena que habitava
parte do território do Rio Grande do Sul, quando essas terras ainda pertenciam
à Banda Oriental do Uruguai.
*Changueador - Changador, que
vive de carretos e pequenos trabalhos de favor.
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Al gaucho lo mataron dos veces: la primera
como presencia social; la segunda com objeto de añoranza caducas. Hicieran de
él el centro de un culto nativista que participa del carnaval y la burla.
POMER, León. El gaucho. Buenos Aires, Centro Editor de América Latina., 1971.
POMER, León. El gaucho. Buenos Aires, Centro Editor de América Latina., 1971.
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Um comunicado militar de 1780 recolhido pelo
historiador argentino Ricardo Rodrigues MOLAS registra o rigor do tratamento
dado aos gaúchos: el expresado Díaz no consentirá en dicha estancia que se
abriguem ninguno contrabandista vagamundo u ociosos que aqui se conocen por
gauchos.
MOLAS, Ricardo Rodrigues. História Social del Gaucho. Buenos Aires, Maru.
MOLAS, Ricardo Rodrigues. História Social del Gaucho. Buenos Aires, Maru.
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"Esses homens não deixam de
espantar a quem não esteja habituado a vê-los. Estão sempre sujos; suas barbas
sempre por fazer; andam descalços, e mesmo sem calças sob a completa coberta do
poncho. Trabalham apenas para adquirir o tabaco que fumam e a erva-mate paraguaia
que tomam em regra sem açúcar e tantas vezes por dia quanto e possível"
NICHOLS, Madaline Wallis. O Gaúcho. Rio de Janeiro, Zelio Valverde., 1946.
NICHOLS, Madaline Wallis. O Gaúcho. Rio de Janeiro, Zelio Valverde., 1946.
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"Dois mestiços de índios, um
par impressionante, ambos altos e vigorosos, de cabelos longos, espessos e
negros, barba crespa, perfeitas
fisionomias de índios, mas atrevidos, com pequenos ponchos e grandes
esporas. Comportavam-se com desembaraço, mesmo atrevidamente e insultaram um
brasileiro até que ele se esgueirou. Realmente horrorosos os dois homens,
verdadeiros bandidos, e por isso mesmo me interessavam. Davam-me a impressão de
fantásticos centauros, que tivessem amarrado seus corpos de cavalo à
porta".
AVÉ-LALLEMANT, Robert. Viagem pela Província do Rio Grande do Sul (1858). Ed. Italiaia; São Paulo: 1980.
AVÉ-LALLEMANT, Robert. Viagem pela Província do Rio Grande do Sul (1858). Ed. Italiaia; São Paulo: 1980.
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A mais rudimentar forma de assar
carne remonta à época dos índios guaranis. Os guaranis preparavam a carne
fresca, abriam um buraco no chão, forravam com folhas verdes, de árvores,
deitavam-na, cobriam com mais ramos, mais uma camada de terra e um fogo em cima.
A terra e as folhas aqueciam, assando a carne, envolta nos vegetais. O gosto
das folhas servia como tempero, na falta de sal".
LAMBERTY, salvador Ferrando. ABC do Tradicionalismo gaúcho. Porto Alegre: Martins Livreiro Editor, 1989.
LAMBERTY, salvador Ferrando. ABC do Tradicionalismo gaúcho. Porto Alegre: Martins Livreiro Editor, 1989.