Vivemos sob as garras de um Estado dominado pela oligarquia política. Isso revela-se através das distorções nos papéis das instituições em suas relações com o anônimo povo. Justiça, por exemplo, é mais fácil contar com a divina, pois diariamente convivemos com falta ou a imoral justificativa de que é necessário dinheiro para fazê-la. Esse argumento já está internalizado e não encontra resistência. Estamos todos de acordo que assim seja, mesmo que fuja à simples lógica do que seja o correto, isto é, se a regra (lei) é clara e traz o fundamento determinando a legalidade e penalizando a ilegalidade porque devemos alimentar milhões de artifícios, muitos imorais, com o intuito de burlar ou ignorar o estabelecido.
Estas deformações surgem através de legisladores. Que pelas suas canetas, estudos, interesses ocultos entre outras justificativas, criam situações estranhas aos neurônios do mais simples mortal. Por exemplo, lá na carta magna está escrito: "todos são iguais perante a lei, sem distinção", daí os nobres legisladores de pronto contradizem, se auto-imunizam aplicando foro privilegiado e nesta esteira o tal voto secreto. Isso determina o efeito cascata que culmina no abismo intransponível entre cidadão e estado.
Assim, paulatinamente as instituições que deveriam ser impessoais e imunes a interesses outros rendem-se à força dos objetivos politiqueiros e corporativistas daqueles que tecem as regras do jogo. Com isso, alimenta-se a distribuição da desigualdade em nosso viver. Transformando nossos passos em um rastejar suplicante diante de um Estado voltado para si e os seus asseclas. Até quando permitiremos tal desequilíbrio é uma incógnita, até lá... haja estômago!
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