Sistema parasítico
O sistema político brasileiro é uma gigantesca teia de mentiras e de roubo, e consiste em uma elaborada fraude sistêmica que foi criada para servir aos donos do poder: presidentes e ministros, juízes e vereadores, prefeitos e toda uma vasta gama de "servidores públicos". Aquelas pessoas que conseguem entrar neste mundo de privilégios adquirem benefícios enormes — e é assim que, até agora, o sistema vem se mantendo.
Mas todo e qualquer sistema parasítico tem um limite. Os explorados têm de estar em número maior que o de exploradores. É sempre necessário que haja uma maioria de pessoas a serem exploradas por uma minoria. Mas parece que a festa está acabando. A praça de alimentação dos parasitas está se rebelando.
Para entender o que está acontecendo no Brasil agora é preciso ter em mente que este país não sofre os males particulares dos estados modernos. O Brasil sofre é de uma doença política muita antiga: trata-se de um estado que está sob o domínio de uma classe parasitária. O paralelo da atual presidente como uma espécie de Maria Antonieta e seu antecessor como uma espécie de Luis XIV é válido. Como na França daqueles dias, aqueles que estavam no poder (o que inclui o judiciário e grande parte da burocracia pública) foram alimentados por um sistema de impostos horrendos com pouco retorno para o povo. Este sistema de tributos servia majoritariamente para financiar o esplendor, os privilégios e todo o esbanjamento da corte real (hoje em dia chamada "setor público").