Em nossos governos é tradição a generosa fatia de recursos destinados às campanhas institucionais (que o diga o senhor Valério). Inclusive, atualmente patrocinam inúmeros spots com a chancela: Brasil, um país de tolos, aliás de todos. Aí então, tento decifrar quem seriam eles ou quais partes do Brasil pertencem a esses ou aqueles, mas em vão. Entretanto, o que não resta dúvida nem publicidade capaz de maquiar são os abismos entre os discursos e as práticas. Tal o que emerge duma peça publicitária que exibe professoras a ilustrar outro plano estatal para nos salvar da ignorância.
Plim-Plim... momentos em que recordo daquelas em carne e osso que passaram pela minha vida. Nostalgicamente rendo-lhes eterna gratidão, além de não esconder comovidas lágrimas pelo histórico status da categoria. É chocante. É frustrante. São tantas condições desfavoráveis e barreiras intransponíveis que se torna doloroso até descrever. Situação muito aquém das aludidas imagens de marketing onde jovens exuberantes se apresentam como educadoras em anúncio às políticas a serem implementadas. Cenas ao que parecem, nada além das habituais promessas que aliadas a mirabolantes efeitos visuais aludem um futuro que curiosamente aproxima-se de mais um pleito eleitoral.
Oh, my god! Quanta insensatez ao tratar nosso magistério. Donde, após décadas de penosa labuta, minha adorável e inesquecível alfabetizadora obteve o mérito duma aposentadoria que mal e parcamente cobre seus medicamentos. Legando com isso a condição fora da mídia cujo teor lamentavelmente retrata as iniciativas públicas em prol do ensino.
Enfim, enquanto perdurarem políticas demagógicas e temperadas com hipocrisia estaremos em eterno breu. Ou então haverá luz se os gestores do poder se renderem às evidências de que só através de uma formação professada por pessoas motivadas, qualificadas, reconhecidas e INCONDICIONALMENTE BEM REMUNERADAS é possível melhores dias. Pois fora da educação não há salvação, portanto elevemos essa classe ao patamar da dignidade. O futuro agradece.
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