Masoquista é quem se deleita com o próprio sofrimento. Tal conceito, em nossa frágil democracia, tem se revelado um perfeito ingrediente a colorir as relações sociopolíticas.
De um lado aqueles cujas atitudes a cada dia que passa se mostram autênticas tiranias contra a multidão de apáticos viventes. São cruéis atos de total desconsideração ao bom senso. São as artimanhas arquitetadas com o único fim de abocanhar o patrimônio público. Dia após dia, surgem novas modalidades de burlar as regras e locupletar-se... não falta criatividade, tampouco colaboradores se o objetivo é meter a mão! E dessa maneira se realizam, tal como sádicos em suas ambições de prazer, de status, de alegria, de poder, de levar enfim uma tranqüila vida dos deuses.
Na outra ponta uma multidão de contribuintes, em todos os sentidos, completa essa doentia relação. São os milhões de iludidos, milhões que acreditam no valor das leis estabelecidas, milhões que diariamente só conseguem vislumbrar a simples sobrevivência e que diante desse desafio, anestesiados pelo esforço desprendido, crêem que a realidade é isso e nada pode ser diferente. Típico de quem aprendeu a viver no sofrimento. E por isso ignoraram os benefícios de uma existência dentro dos mínimos padrões de decência e qualidade. Longe da massa a sustentar a oligarquia dos eleitos.
Acreditar que avançaremos é nossa cota de esperança... no entanto, lutar, buscar, tentar, fazer e principalmente assumir a responsabilidade pelo bem comum é dever de todos, caso contrário a multidão nunca passará de masoquistas a serviço da outra parte...
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