Quem em alguma situação se sentiu um peixe fora d'água ou percebeu que aqueles próximos não lhe eram cúmplices. Pois é, nessas ocasiões o bom senso determina o afastamento, já que tais companhias se mostram inconseqüentes ao nosso existir. Ora se não está em mim a disposição atlética, que estaria eu fazendo junto à comunidade esportiva. Só se em nome de algum escuso interesse, até aí seria compreensível, mas não coerente. Resumindo, água e óleo não se misturam. Daí a entender a incompatibilidade da convivência de certas idéias torna-se óbvio.
Semelhante juízo ocorre-me quando testemunho políticos manifestando-se contra seus pares através de declarações eivadas de lições de moral e eximindo-se de quaisquer atos ilegais ou imorais. Momentos em que não lhes faltam palavras acusatórias àqueles outros que lhes parecem os responsáveis pela péssima imagem da categoria - sem citar nomes, é claro. Utilizando-se de "verborragias" tecem argumentos ricos em “imbróglios" com o fim de evitar qualquer vínculo a membros que porventura estejam sob suspeita. Então, como verdadeiros alienígenas, passam a atacar o sistema e a estrutura do estado, isto é, são os outros, talvez do além, e não a classe toda que faz e dá moralidade às instituições políticas.
Por mais ingênuos e castos que ousem parecer em tais discursos, dificilmente convencerão de que não pertencem à mesma espécie. Pois se sabem e não denunciam são coniventes. Se sabem, denunciam e nada acontece, deveriam juntar-se a coerência de suas palavras e procurar outros mares. No entanto, o que se vê é um eterno balançar das ondas. Onde o maior interesse é cada um pelo seu...
Prá encerrar, desconheço que algum político tenha renunciado em nome da dignidade ou porque as práticas de seus colegas lhe feriam os princípios. Portanto, é de se imaginar que sejam todos peixes na mesma água!
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