Hoje é natal e o que eu diria
Que independente de crenças, sejam quais forem, chegamos ao fim de mais um calanedário e nesse clima, aproveitamos para revisar nossas promessas, nossas faltas e nossos desejos...
Hoje é natal e o que eu diria
Que devido à minha classe social, sou do contra, isto é, não sigo a opinião nem o desejo da maioria. Se a minha classe social fosse melhor, eu seria uma excêntrico.
Hoje é natal e o que eu diria
Que a ceia lá em casa não tem chester, peru, presunto e outros parecidos que tais, é um cardápio personalizado de acordo com nosso paladar e ânimo para degustar...
Hoje é natal e o que eu diria
Que cada um fizesse o seu próprio natal, de acordo com seus próprios sonhos e desejos, nada de embarcar na onda dos marketeiros de plantão patrocinados pela mídia comprometida exclusivamente com as metas comerciais que aí então vende sonhos que às vezes chegam a dezenas de prestações mensais... transformando uma pseudo alegria em um tormento recheado de juros...
Hoje é natal e o que eu diria
Seja feliz a tua maneira, cada qual como cada qual.
Hoje é natal e o que eu digo,
a meu modo sou feliz!
eita Gilrikardo, como é bom ler os que tem o dom de escrever, que nos leva a lugares conhecidos e desconhecidos, que suscitam diversas emoções, ora nos dizem, ora ecoam o que dizemos.
ResponderExcluirEsta época do ano me inquieta. É muito louco ver a loucura desenfreada das pessoas, em busca do quê, acho que nem elas sabem responder. Parece algo como, o galo cantou em algum lugar, as pessoas ouviram, mas sem entender a canção, e como imperativo, saíram cantando, uma canção que soa atropelada, equivocada...
Esta semana aproveitando um horário livre, entrei em uma loja de calçados, nada consegui comprar, entrei, observei a loucura e sair. E sair com sentimentos de raiva, pesar por alguns, desprezo por outros, que estavam dentro e fora daquela loja.
Creio em Deus, e admiro Jesus como santo e humano. O natal para mim sempre teve o significado do nascimento de Cristo, que na minha infância tinha também, o sabor da maçã do amor, dos balões em forma de bonecos, da roda gicante e da barca, dos mamulengos e pastoris, do parque montado na cidade. Também tinha árvore de natal, presentes modestos como caixa de chocolate, mas que tinha o gosto do natal. Tinha também roupa nova, e acho que é por isso que as lojas me incomodam tanto nesta época do ano. Lembro que a última vez que sair para comprar roupa "de natal", eu tinha 17 anos, e numa grande sacada, eu usei o dinheiro que meu pai havia me dado, não para comprar roupas que convinhessem ao evento, mas para meu bel-prazer.
Ontém meu filho me perguntou se o papai noel sempre me trazia o presente que eu pedia, disse-lhe que eu nunca pedia o presente, eu pedia, um presente. Ele reformulou a pergunta, e eu a resposta, até que exclamou: aaaaaah.
A propósito do "cardápio personalizado", que eu amei, ontém fiz um camarão ao côco que eu e minha família temos "ânimo em degustar" rsrsrssr
Considero que meus pais foram mágicos, eles não nos privou do mundo encantado, mas sutilmente e paralelo, nos mostrou um mundo real, até que eu pude enxergar o natal com meus próprios olhos. E eu tento passar isso para o meu filho, e a não ser que ele me peça, sem as ditas roupas novas do natal!
*Peço desculpas pelo extenso "comentário", ao mesmo tempo que agradeço poder compartilhar um pouco das minhas impressões e recordações.
Parabéns por mais esta belíssima crônica.
Um grande abraço,
Neire Leitão.
Esse teu comentário é um dos melhores presentes que recebi. Pois causou-me alegria, prazer, satisfação ao ser útil à alguém qual você. Obrigado, e continuo aguardando
ResponderExcluiraquela escrita que prometeste.
Abraço,
Gilrikardo