Ontem ao avistar um político do PT dirigindo o que parecia ser um automóvel último lançamento (ainda sem placas e com os plásticos nos assentos) desceu-me à memória dos discursos de tão ilustre figura. Atualmente sem mandato, sobrevive como a maioria dos não eleitos, pendurado em alguma teta qualquer, contanto que lhe forneça o “dindin” necessário não só à sobrevivência, mas também aos sonhos de consumismo que nos dias atuais é sinônimo de felicidade.
Quem te viu e quem te vê!
Dá vontade de chorar quando essa turma abre a boca e se diz do povo, para o povo e com o povo... aí então percebe-se que esse tal povo não existe, nunca existiu e nunca existirá. Faça um teste e saia as ruas e pergunte onde andam aqueles que são o povo ou povão, com certeza não encontrarás nenhum. Então é por isso que em nome de entidades do além é que essa gente - se diz socialista ou comunista - apela. É para produzir o discurso, nada mais que palavras vazias para garantir a fonte de renda que nos últimos tempos se apresenta gorda e promissora: a estrutura estatal.
Voltando à cena. Ao mirar a "notoriedade" (sic), com pose de galã acima do bem e do mal, meu estômago revirou e a ojeriza tomou conta de mim, não suportei a afronta daquela imagem. Meus neurônios explodiram e soltei o verbo:
--Vejam, aquele alí é companheiro dos “trabaiadores”, lá na praça ele chega às lágrimas se dizendo do povo e para o povo. Alguém ainda acredita numa farsa dessas?
Só escutei os resmungos de surpresa de alguns transeuntes próximos. Alguém perguntando quem era o louco. Outros aplaudindo e dizendo é isso aí mesmo. Outros soltanto um enigmático sorriso amarelo, significando talvez nem sim nem não. Quanto ao digníssimo, ele é ladino, é esperto, por isso se fez de morto, de surdo e de que o assunto nem era com ele.
Ojeriza, asco, e tudo o mais que nos causam náusea. Esse é o sentimento que me invade cada vez que cruzo com um canalha desses. Cá entre nós, faz de conta que eles estejam preocupados! Eis a questão, enquanto meia dúzia que não se dobram facilmente forem as poucas vozes, continuaremos pagando à companheirada locupletando-se. Esse é o Brasil. Esse sou eu.
*Esse evento deu-se com um político do PT, adianto-lhes que poderia ser de qualquer partido, infelizmente ou felizmente, naquele dia e naquela hora, foi obra do destino nos cruzarmos.
>> Veja onde foi parar este texto feito uma semana antes do editorial de Veja
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