Gilrikardo diz: O atual prefeito em entrevista de 21/07/2007, um ano antes de chegar à prefeitura. Vejam o que era crítica, transformou-se em prática, e com mais vigor, pois agora em 2012 foi acusado de praticar a politicagem que ele condenou antes de chegar ao poder, confiram na parte assinalada logo abaixo.
Entrevista: http://www.an.com.br/ancidade/2007/jul/21/3ger.jsp
Entrevista: http://www.an.com.br/ancidade/2007/jul/21/3ger.jsp
A Notícia – Em eleições anteriores, a sua candidatura estava decidida com uma certa antecedência. O que está havendo hoje?
AN – Do que depende a sua candidatura?
AN – O que a eleição de 2008 terá de diferente?
AN – O senhor não vê diferenças entre os governos de LHS e de Tebaldi?
AN – O senhor acredita que a tríplice aliança não vai estar junta?
AN – O PT de Joinville pode se aliar com o PP, que é sucessor da Arena.
Carlito – A raiz do PP é. Mas as figuras que controlam o PP nos últimos quinze anos na cidade são pessoas corretas. O que há contra o Voltolini, o Coronel Lourival, o Kennedy, o Guilherme Voss, a Carmelina Barjona. Tanto é que nossa relação partidária desde 1996 é a melhor possível. É respeitosa. Há uma diferença de eu ter divergências com o Voltolini, mas nunca teve uma política de chute na canela.
AN – O PT vai fechar com o PP em Joinville?
AN – Que modelo é esse que está em Joinville?
AN – O que está ruim em Joinville?
AN – A Prefeitura alega ainda não dispor de recursos para manter o PA em funcionamento.
AN – Com o governo Luiz Henrique, Joinville deixou de ser a quinta roda da carroça?
Carlito – Me cita uma obra do governo do Estado em Joinville. Uma de interesse da cidade. Tem o campo de futebol. Tem mais uma? Segurança? Tinha sete delegacias de polícia funcionando, hoje tem duas. Educação: eu sou professor da rede estadual. Chegou a ter sete escolas interditadas pela Vigilância Sanitária. Viadutos? Vai a Florianópolis e hoje tem pelo menos três em construção. Não pode ter viaduto em Joinville. Esse eixo de acesso sul é a obra mais vergonhosa que vi na minha vida.
AN – Pois é, uma obra que ainda não foi inaugurada.
Carlito – Ela estava pronta no Ministério dos Transportes em julho de 2002. Um projeto mal feito. O Dnit faz sua obra na BR e vai no máximo a 300, 400 metros dentro da cidade. Fizeram um projeto que não suportaria o tráfego. Não tinha iluminação, não tinha nada. Primeiro eu e o ex-deputado Adelor Vieira tivemos que provar no Dnit que a obra não estava pronta. Foi difícil. Só agora, com todas as dificuldades impostas pela Prefeitura – pode checar isso, a indenização do último terreno saiu em fevereiro. Todo mundo sabe disso, mas as críticas eram só para o governo federal. Teve problemas com a empreiteira, o contrato teve de ser refeito. A campanha de 2004 foi decidida pelas obras. Aquelas fotografias, os canteiros de obras. Só que ninguém disse que aquele dinheiro poderia ter ido para outro município.
AN – Mas aquilo era dinheiro do BNDES, tinha que pagar depois.
AN – Nessa relação de município e governo federal, o governo diz que tem dinheiro e a Prefeitura diz que a União complica para liberar os projetos. O que há?
Carlito – Eu não quero acreditar que seja incompetência porque temos um padrão de servidor público em Joinville acima da média. Isso eu falo com orgulho. Em 2004 eu dizia que se quisesse montar um secretariado sem nenhum filiado ao PT eu montava o melhor secretariado dessa cidade somente com servidores de carreira. Então não posso acreditar que uma obra parou no Hospital São José – e nós estamos sujeitos a ter que devolver parte dos R$ 7,5 milhões que arrecadamos na política. Não posso acreditar que R$ 800 mil para o Restaurante Popular ficaram parados dois anos. Por que não tem uma farmácia popular na cidade? Pode comparar os números, nem vou falar do que está vindo. Só no PAC são mais de R$ 81 milhões.
AN – Mas parte desse dinheiro não é a fundo perdido, tem que pagar?
Carlito – Mas de que forma se conseguiria esse dinheiro se não tivesse vontade política do governo? Para o saneamento ficou mais difícil porque a Casan foi expulsa daqui. Mas olhe as condições da Caixa, dá para pagar com facilidade.
AN – Que demandas aparecem ao senhor, o único deputado federal da região?
Carlito – Todas as possíveis. Não dou conta de atender a agenda. Essa semana recebi o pessoal da construção civil. Estão com uma lista (para redução de alíquotas de impostos) de produtos para discutir com a Receita. Recebo pedidos de associações de moradores. A maior angústia é na área da saúde. Já que não investem aqui, o que interessa é estádio de futebol. Eles procuram a gente. Minha relação com a Acij melhorou. A Ajorpeme direto nos procura. O Mauro Mariani tirou a eleição do Paulo Bauer, posso dizer que tirou a eleição do Eni Voltolini, tirou muito voto do Adelor Vieira e do José Carlos Vieira. Mariani ganhou e não assumiu. A demanda ficou para mim. Há uma revolta com ele na região. Antes, eu, o Paulo Bauer e o Adelor Vieira dividíamos as demandas. O Adelor foi meu grande aliado na questão do acesso sul. Se não fosse o Paulo Bauer talvez não conseguíssemos o PA do Aventureiro. Hoje, sozinho, é mais difícil. O que dói é você trazer para Joinville e ainda ser criticado.
AN – A senadora Ideli Salvatti tem o Jorge Bornhausen como referencial para alianças: se ele estiver de um lado ela está de outro. O senhor também tem um modelo assim?
Carlito – Eu assino embaixo. O mal que esse senhor fez para o Estado de Santa Catarina é inimaginável, durante mais de 60 anos. Não é a figura de Jorge Bornhausen, é a política desse senhor. É a privatização do Estado, é a utilização do Estado para seus negócios particulares. É diferente com uma figura como Esperidião, por exemplo. Você pode ter divergências, mas é só verificar a postura dele. É pessoa que perdeu a eleição e, assim como Angela, foi trabalhar. É diferente de pessoas que nunca trabalharam, que sempre se utilizaram da estrutura do Estado, controlando tudo para beneficio próprio. Ele tem uma postura nazi-fascista. Mas doído é ver o governador usar quase os mesmos argumentos, sabendo que ele só é governador porque nós do PT e o presidente Lula ajudamos. A única pessoa pública com quem conversei após a morte do meu pai foi o governador. Eu só pedi a ele uma única coisa. Isso é testemunhado pelo Manoel Mendonça. Eu pedi, por favor, governador, não seja injusto com o presidente Lula. A partir dessa conversa as agressões aumentaram.
AN – O governador se queixa de ter sido massacrado pela bancada do PT na Assembléia Legislativa.
AN – Agora há uma reaproximação entre Luiz Henrique e Lula?