Por Gilrikardo
Em muitas ocasiões estou a ver a banda passar. Percebo isso ao tentar acompanhar os ditos movimentos sociais que de uns tempos para cá, em nome da diversidade, surgem a empunhar bandeiras das mais variadas cores, sabores e odores. Surgem acompanhadas com certo toque de novidade, como se no mundo desde que é mundo não existisse o caldo da variedade.
Ainda
assim, observei as tantas combinações e praticamente obriguei-me a redefinir
certos conceitos, além de reavaliar a utilidade ou perigo de certos
relacionamentos ditos até aqui como normais.
Feito
isso, senti-me parte do horizonte que se abriu, e aí então é que a vaca foi
para o brejo. Pois de cidadão tranqüilo, na condição de ser apenas mais um a desfrutar
desta vida, de forma independente ou quase nada dependente de forças estranhas
à minha legítima vontade. Conclui então que não era apenas mais um! O momento
condena-me a diversidade!
E
agora, a que minoria pertencer?
Em
que bandeira abrigar-me?
Talvez
na bandeira dos indignados com a política, será? Indignar-se é fácil, e aí,
qual o sentido da indignação, que fazer para sair dessa ... é parece que não
existe indignados pela política. Ou quem sabe o movimento dos sofredores do
ensino, também só escuto resmungos e choradeiras, de concreto nada. É... não
está fácil situar-me nesse “neoparadigma”. E o movimento daqueles sedizentes
anarquistas ou contra todos os governos, ou ainda adoradores da iniciativa
individual, assumidamente construtores do próprio destino... cadê?
Onde
encontrarei minha bandeira? É... pelas que vejo tremulararem, dificilmente uma
que defenda os libertários ascenderia mais que meio mastro. E agora josés,
joãos e “eus” desta vida. Escutem! Eu disse que sou minoria, eu e minha cara, eu
e minha coragem, eu e minha covardia, eu e minhas idéias sentado à beira dum
caminho. Antes só, do que mal acompanhado.
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