sábado, 15 de outubro de 2011

Dia do professor

15 de outubro / dia do professor

Para a melhoria da educação qualquer discurso que não releve em primeiro plano a questão salarial é vazio. Não há como contestar que a qualidade tão almejada só será alcançada com o empenho de pessoas bem remuneradas. Longe da banal ladainha que escuto há décadas, principalmente próximo a pleitos eleitorais, de políticos demagogicamente clamando em nome daquilo que muito lhes falta: instrução e conhecimento.
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Caso contrário estariam sensíveis à causa de promover em primeiro lugar o padrão de vida dos professores. Com certeza isso criaria o efeito cascata, pois aumentaria a disputa pelas vagas no magistério tanto em vestibulares quanto em concursos onde se classificariam os melhores. Elevando dessa forma o padrão da categoria, além de fornecer ao mercado mais uma atraente opção profissional. Status bem distante da atual e miserável realidade onde a quase totalidade vive lutando para sobreviver, seja lecionando de manhã a noite ou vendendo bugigangas quando deveria estar adequadamente motivada na missão maior: promover o conhecimento.
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Para contribuir, o governo detona milhões em propagandas e programas cuja essência é o marketing de autopromoção para nos convencer de que tudo está além do que imaginamos. Isso leva-me àquele filme "Dormindo com o inimigo".
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É o que tem sido nossa participação frente ao estado soberano guiado por interesses distantes daquilo que melhor construiria a dignidade do cidadão. Dormir com o inimigo é estar sob a tutela de um Estado verdugo cujas ações abalam nossa crença num futuro alvissareiro, além de alijar as asas daqueles que desejam alcançar as estrelas imbuídos da simples e boa formação. Dormir com o inimigo é estar diante de um gigante estatal cujas tetas parecem tão infinitas quanto àqueles que procuram tal meio de vida sem se preocuparem com a origem dos recursos.
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Até quando iremos suportar essa relação doentia é um incógnita, entretanto se houver um mínimo de discernimento da outra parte, haveremos um dia conquistar o direito de possuir  professores à altura de nossos legítimos sonhos que passa incondicionalmente pela excelente remuneração. Recursos não faltam. Desejos não faltam. Falta somente um pouco mais de visão e menos egoísmo da classe dos dirigentes. 

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