Em tempos sombrios, como os que vivemos atualmente, quando o fascismo mental e o totalitarismo comportamental ameaçam sufocar qualquer postura independente, autônoma em relação à manada, sempre é bom pararmos um pouco para refletir se o conformismo com o autoritarismo dos que mandam é compatível com velhos valores e elevados princípios que consideramos relevantes na defesa de nossa própria dignidade, quando não com a integridade de certos princípios constitucionais que alguns totalitários insistem em negar.
Eles não vão recuar, pois estão geneticamente comprometidos com a submissão a essas ditaduras do espírito, de tão triste memória no século 20.
Cabe aos que ainda conservam e preservam laivos de dignidade, no meio do fascismo ambiente, resistir intelectualmente a esses assaltos obscurantistas à razão e à dignidade humana. Eles sabem do que estou falando.
Estou falando do quilombo de resistência intelectual, que não é uma Massada do pensamento porque não há renúncia nessa luta e muitos pensam como eu, mesmo dentro da fortaleza do pensamento único, mas que apenas não ousam ou não podem se expressar.
Em certas horas, porém, é preciso ter coragem de sair em campo aberto e de lutar o bom combate para que o mal, a fraude e a mentira não prevaleçam.
Sei que não estou sozinho nesse combate e mesmo que eu seja obscurecido pela censura ou temporariamente vencido pelo chicote da repressão, tenho certeza de que a mensagem permanece e de que a verdade prevalecerá.
Hartford, 31/08/2013