A difícil arte de comunicar. Assim é que se interpreta. Talvez nem isso resolva por inteiro a necessidade de vomitar as palavras que me embrulham a mente. Dito isso, esclareço que em algumas opiniões minhas surgem dúvidas ao que eu queria dizer. Ou não era bem aquilo que estava dizendo. A partir daí tornei-me mais cauteloso com a escolha das palavras, além de atentar para a construção das frases. Mesmo assim, existiram casos em que minha intenção era uma, mas a interpretação de outros gerava dúvidas. Fazer o quê?
Continuei observando até que a resposta parece ter surgido. Direi que é “elipse do gil”, isto é, deixo de citar algum detalhe ou acredito no poder de dedução do leitor. Por exemplo, contei o caso de alguém que assisti numa entrevista em programa de tevê. Referi-me ao sujeito como “bêbado”, quando na verdade desejava apontar a atitude “idiota” de ele se apresentar aos milhões de telespectadores totalmente embriagado e discursando um monte de asneiras incompreensíveis ou simplesmente um papo de bêbado para outro bêbado, ninguém de cara limpa aguentaria cena tão ridícula.
Conclui então que escrevendo simplesmente “bêbado” o leitor seria capaz de imaginar:
“a atitude idiota de ele se apresentar aos milhões de telespectadores totalmente embriagado e discursando um monte de asneiras incompreensíveis ou simplesmente um papo de bêbado para outro bêbado”
Não foi o que aconteceu, o leitor transformou o bêbado em algo suportável e nem um pouco banal, interpretando com isso, algo muito distante do meu desejo de comunicar. Realmente, é uma arte!
*"num enunciado, supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela situação (p.ex.: meu livro não está aqui, [ele] sumiu!)"
ou
"Realmente, [comunicar] é uma arte!
Continuei observando até que a resposta parece ter surgido. Direi que é “elipse do gil”, isto é, deixo de citar algum detalhe ou acredito no poder de dedução do leitor. Por exemplo, contei o caso de alguém que assisti numa entrevista em programa de tevê. Referi-me ao sujeito como “bêbado”, quando na verdade desejava apontar a atitude “idiota” de ele se apresentar aos milhões de telespectadores totalmente embriagado e discursando um monte de asneiras incompreensíveis ou simplesmente um papo de bêbado para outro bêbado, ninguém de cara limpa aguentaria cena tão ridícula.
Conclui então que escrevendo simplesmente “bêbado” o leitor seria capaz de imaginar:
“a atitude idiota de ele se apresentar aos milhões de telespectadores totalmente embriagado e discursando um monte de asneiras incompreensíveis ou simplesmente um papo de bêbado para outro bêbado”
Não foi o que aconteceu, o leitor transformou o bêbado em algo suportável e nem um pouco banal, interpretando com isso, algo muito distante do meu desejo de comunicar. Realmente, é uma arte!
*"num enunciado, supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela situação (p.ex.: meu livro não está aqui, [ele] sumiu!)"
ou
"Realmente, [comunicar] é uma arte!
É verdade! E, se nos preocupa sermos bem entendidos, a busca da palavra certa está sempre presente!
ResponderExcluirBeijinhos, bom domingo!
Madalena