sexta-feira, 18 de maio de 2012

Volando con el viento - IV

Então deduzi que eu ficar brincando com as dimensões do banheiro nada mais era do que um “cacoete” dos meus tempos "de varde”. Voltemos ao quarto. Era suficiente para uma cama, uma pequena mesa e cadeira, e um velho (põe velho nisso) guarda-tudo, sim tudo, pois não era só a roupa que seria guardada ali. Inclusive, pela minha experiência anterior, até comida ajeitava-se entre cuecas, meias, camisas, livros, sapatos, e outras vestimentas. Para ventilar uma pequena basculante, e só. Ali deveria ser feliz pelos próximos meses. Peguei as chaves o recibo pelo pagamento adiantado de um mês, agradeci à velhota e fui colocar minha mudança em dia. Imaginem o tempo que se leva para desmontar uma mala tão pequena que parecia ser de criança. Era toda minha estrutura domiciliar. Algumas peças de roupas, um rádio, um fogareiro, uma panela e uma caneca. Que mais poderia desejar, se aquilo era suficiente para minhas necessidades diarias. Às vezes se é feliz sem se dar conta dos motivos. Àquela época acredito que o fato de não ter e não estar comprometido com nada resultava naquele sentimento de felicidade total. Nada me abalava. Nada era motivo de tristeza. Assim iniciei minha caminhada para fugir da adolescência em busca daquilo que diziam ser vida de adulto. Diziam para eu crescer. E era isso que eu procurava. Crescer... (...continua)

Vide Prefácio
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