Movimento Brasileiro para Alfabetização - MOBRAL. Início dos anos setenta, iniciaríamos a próxima década a mil. Quem sabe? No entanto, naquela tarde, em que vi colarem um cartaz aludindo a volta de adultos para a escola, surpreendi-me, pois em minha cabeça de estudante do terceiro ano primário, todos os adultos já teriam feito como eu estava fazendo, isto é, aos nove anos, já estava com três anos de escola. Já sabia ler e escrever. E isto levou-me a surpresa de perceber que ainda existiam pessoas analfabetas e também (já) questionar que dificuldades deveriam enfrentar no dia-a-dia. Não se passou muito tempo e o tal movimento esvaziou-se... já se passaram mais de quarenta anos e hoje ainda possuímos milhões de brasileiros que não sabem ler nem escrever. Isto me remete aos cabides de emprego e oportunidades de arrancar dinheiro do Estado. Pois se o Estado é de todos, é sinal que não é de ninguém. Imagino que por essas atratividades ou facilidades é que vicejam os muitos programas disso e daquilo patrocinados pelo dinheiro do contribuinte, ops, dinheiro do governo...
Esta maneira de ganhar a vida é tão comum que parece oficializada pela sociedade. Explorar o Estado, pouco importa se de maneira honesta ou desonesta, pelos escândalos que diariamente pipocam pela mídia é fácil deduzir que a prática desonesta tem inúmeras quadrilhas especializadas. É o superfaturamento, é a venda sem entrega do produto, é desviar os produtos, enfim, as modalidades são inúmeras mais aquelas que não foram descobertas ainda. Diante de um quadro caótico desses, quantos se interessam ou se incomodam? Com certeza, aparecerão aqui e ali alguns “gatos pingados” ou alguns ingênuos (eu entre os quais) que farão alguma diferença gritando, esperneando, escrevendo, enfim reagindo de qualquer maneira. E o que mudou. NADA. Simplesmente nada... nadinha... nem uma vírgula sequer.
Então por que se dedicar à causas perdidas?
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