Porque
somos indiferentes?
Renato Holz*
Relembrando fatos
ocorridos em nosso país há não muito tempo, que ficaram conhecidos como: - Celso Daniel - Prefeito de
Campinas , Toninho do PT, quebra de sigilo bancário de caseiro em
Brasília, Lina Vieira - Secretaria da
Receita Federal e seu choque com a direção maior da Casa Civil da Presidência
da Republica em outubro de 2008, o não julgamento até esta data dos envolvidos
no mensalão, o escândalo do momento - Cachoeira/Delta, só para
citar alguns, vejo que nós brasileiros pouco ou nada aprendemos com
o que a história recente - os 2 último séculos - registrou e com
ensinamentos que várias personalidades legaram para a humanidade.
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Refiro-me à autofagia da revolução francesa, que executou alguns
de seus principais mentores e líderes,
às lições deixadas por poetas,
filósofos e pensadores como Vladimir
Maiakoski, poeta quando se referiu a fatos da Revolução comunista de 1917, Martim Niemoeller que 1933 registrou seus sentimentos em relação ao que
ocorria na Alemanha.Nazista e de Berthold Brecht - confessando seus erros
durante o movimento nazismo na
Alemanha. No âmbito brasileiro, as causas e os efeitos da revolução
Farroupilha,o desastre que os custos da Guerra do Paraguai representaram para
o desenvolvimento brasileiro, as graves conseqüências para o país da revolução
de 1930 e do "Estado Novo", além de muitos outros fatos mais
recentes.
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E nós brasileiros das primeiras décadas do século XXI ?
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É tão pequena a nossa capacidade para exercermos o maior poder que
a constituição deste país nos assegura, já em seu artigo primeiro, cujo
parágrafo único estabelece: " todo o poder emana do povo, que o exerce por
meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta
constituição."
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Uma grande parcela do povo brasileiro desconhece todos os fatos acima, assim como desconhece em todo,
ou em parte, o que a constituição federal vigente estabelece - segurança
pública (art 144), primado no trabalho (art 196), saúde (art 196), Educação
(art 205) só para citar alguns aspectos.
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O desconhecimento de muitos é por sua incapacidade de ler e entender o que a Constituição estabelece. Já outros só tomam conhecimento daquilo que lhes convém.
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O desconhecimento de muitos é por sua incapacidade de ler e entender o que a Constituição estabelece. Já outros só tomam conhecimento daquilo que lhes convém.
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Aqueles brasileiros que dispõe dos conhecimentos necessários para
entender e interpretar tanto suas obrigações como seus deveres, assim como os
acontecimentos que dizem respeito a todos, tem a obrigação cívica de atuarem
como multipli- cadores, tanto de seus conhecimentos, como das interpretações dos
fatos do dia a dia do país.
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Como? Há inúmeras maneiras
de sermos portadores de amizade, paz e de votos de prosperidade. Podemos
começar conversando com as pessoas de
nosso convívio diário - colegas de trabalho, as pessoas que trabalham em nossas
residências, prédios, escola de nossos filhos, e assim por diante.
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È uma tarefa árdua, sem dúvida, assim como o foi a daqueles
que trabalharam duro para nos legar o
estado de direito e as instituições sadias das quais hoje desfrutamos.
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E nós, vamos legar o que a nossos filhos e netos?
Um Estado fiscal e policialesco?
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Os problemas do país não são do governo, da justiça ou de qualquer
outra entidade. Os problemas do país são do povo brasileiro, de todos como
nação, e individualmente de cada brasileiro,
e, de acordo com as habilidades de cada um, temos o dever de trabalhar
com sabedoria, com toda a nossa força e traduzindo nossas ações em beleza na
forma de solucionar os problemas nacionais, tanto os grandes, como os
pequeninhos, no seio de nossas comunidades.
Para encerrar sugiro a cada um que se questione:
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E eu, vou fazer a minha parte ou vou continuar a ser um espectador
indiferente?
Pensem nisto enquanto desejo a todos
uma ótima semana
renatoholz31@gmail.com
Horizonte CE 30 de abril de 2012
(*)Renato Holz
bacharel em ciências econômicas, e articulista catarinense
P.S.Para reproduzir parcial ou totalmente, favor citar a autoria.
OBS: Abaixo as obras
citadas,
de Vladimir Maiakoski, Martim Niemoeller e Berthold Brecht.
de Vladimir Maiakoski, Martim Niemoeller e Berthold Brecht.
Não dizer nada
MAIAKOSKI, Vladimir
Vladimirovich (*)
Na primeira noite eles se aproximaram
e colheram uma flor de nosso jardim.
E, não disse nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E, porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada
(*) Poeta e dramaturgo
russo
*1.893+1930
Não se Importar
BRECHT Berthold (*)
Primeiro levaram os negros,
Mas eu não me importei com isto.
Eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários.
Eu também não me importei.
Eu não era operário.
Depois prenderam uns miseráveis.
Não dei atenção, porque
Eu não era miserável
Depois prenderam uns desempregados.
Mas, como tinha emprego,
Eu também não me importei.
Agora estão me levando.
Mas, já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém,
ninguém se importa comigo.
(*) Médico, Poeta e Dramaturgo alemão
*1898+1956
Me calei
NIEMOELLER, Emil Gustav Martim (*)
Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas,
mas, como eu não era comunista,
eu me calei.
Depois, vieram buscar os judeus,
mas, como eu não era judeu,
eu não protestei.
Então, vieram buscar os sindicalistas,
mas, como eu não era sindicalista,
eu me calei.
Então, eles vieram buscar os católicos
e, como eu era protestante,
eu me calei.
Então, quando vieram me buscar...
Já não restava ninguém para protestar.
(*) Teólogo, filósofo e poeta alemão
Ferrenho opositor ao regime nazista em seu país
*1.882+1984
Sem apelar para o pessimismo, imagino que estamos uns dois séculos atrasados na história, é o tempo que deveremos ainda lutar para nos aproximar daquilo que desfrutam hoje, países do dito primeiro mundo, Suécia, Noruega, Dinamarca, Inglaterra, França, entre outros. Mesmo estando além de minhas futuras gerações, não me eximo em lutar no dia de hoje pelos ideais de amanhã, também sei que não sou o único. Sou mais um idealista sonhando acordado, é assim que o mundo gira. Boa sorte a todos nós.
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