Por Gilrikardo
Ao entrar no mercado (BIG - Rede Walmart) percebi que seria um daqueles dias.
Cotovelos a se encostar. Corredores congestionados por grupelhos a colocar as fofocas em dia. Como esqueci-me desta data? prometi a mim mesmo, noutra ocasião, que próximo do “pagamento” ficaria longe da balbúrdia. Mas já que estava ali, vamos suportar mais uma vez. Não tenho muita paciência em realizar as compras na base da disputa de carrinho, de lugar, enfim, quando há muitas pessoas e entre elas algumas pouco afetas à urbanidade, me reservo, procuro sair dali o mais rápido possível.
É nestas horas que a gente é testemunha involuntária de fatos que talvez possam até embrulhar o estômago de alguns. Por exemplo, é comum nestes dias, encontrar pedaços de bolos com marcas de dentadas, papéis de chocolates, refrigerantes abertos, entre outras guloseimas atiradas ao léu.
E lá no microfone a voz insistente: “Comunicamos aos senhores clientes que não é permitido consumir produtos ou abrir embalagens dentro da loja; Comunicamos ainda, que para a melhor segurança de nossos clientes, dispomos de câmeras internas e externas ligadas 24 horas; Atenção segurança, corredor C... segurança, corredor C...” Olho para os lados, não vejo ninguém suspeito.
Aliás, lá vem três crianças com idades entre sete e oito anos, parece que estão por conta própria, passam por mim correndo, e somem no setor de congelados. Por ali nenhum adulto, onde será que estarão os responsáveis pelo bando. Neste momento ouço a gritaria de uma menina de três ou quatro anos, queria um bichinho de pelúcia que era muito fofinho – dizia ela. O pai e a mãe só faziam cara feia e negavam o pedido da baixinha. Logo consolou-se, pois percebeu que não levaria o mimo.
Eis que aparece outra menina não muito maior e solta aqueles gritos que depois de ultrapassarem os tímpanos, entram lá em nossa alma... pelo amor de deus... é muita falta de sorte, parece que hoje elas (as crianças) resolveram se vingar, pois pareço um ranzinza - até para mim mesmo.
Ainda parado no caixa, desejoso de passar e sair correndo. Aí que tudo foi para as cucuias, ao meu redor, parece atração fatal, umas oito crianças com idades de quatro a oito anos no máximo, e os pais querendo educá-las ali no mercado, que ridículo, pois a gente percebe que a criança tá nem aí para o que eles dizem, pois já conhecem o pai e a mãe que tem e desta forma sabem como lidar com eles. É no grito. É no choro. É no esperneio. Inconformados ou constrangidos, os pais surgem com os truques para acalmar seus bambinos. Uns correm, outros pegam qualquer coisa para inventar moda, outros vão numa cesta de brinquedos, tudo táticas a fim de acalmar aquelas pessoinhas. A zorra é geral. Agora são pais e filhos em bagunça total. Olho para os lados, parece que ninguém se incomoda com a cena. Serei somente eu? Não acredito! Mas alguma coisa tem que ser feita. Vou reclamar, nem que seja ao bispo.
Ao me aproximar da saída perguntei à moça da portaria onde encontraria papel e caneta, respondeu apontando o dedo para o balcão de informações. Pensei em deixar algum recado na caixa de sugestões. Escrevi: “ Senhores Pais e Mães, mercado não é parque infantil. Assim sugerimos que os senhores(as) orientem seus filhos e mantenha-os num comportamento compatível com o local. Obrigado.”
Li, não gostei. Parece antipático. Amassei e deixei em cima do balcão, não havia lixeira. Agradeci à moça. Saí resmungando que no meu tempo não era assim, bem... naquela época nem hipermercado tinha, continuei meu resmungo porta afora, e peguei o rumo de casa. Até que ontem, duas semanas após as gritarias, ao retornar para as compras da quinzena, fiquei surpreso diante do cartaz de uns quatro metros por dois colado na entrada principal. Com letras bem grandes. Para todos lerem. “Mercado não é parque infantil”, e agora José?!
Cotovelos a se encostar. Corredores congestionados por grupelhos a colocar as fofocas em dia. Como esqueci-me desta data? prometi a mim mesmo, noutra ocasião, que próximo do “pagamento” ficaria longe da balbúrdia. Mas já que estava ali, vamos suportar mais uma vez. Não tenho muita paciência em realizar as compras na base da disputa de carrinho, de lugar, enfim, quando há muitas pessoas e entre elas algumas pouco afetas à urbanidade, me reservo, procuro sair dali o mais rápido possível.
É nestas horas que a gente é testemunha involuntária de fatos que talvez possam até embrulhar o estômago de alguns. Por exemplo, é comum nestes dias, encontrar pedaços de bolos com marcas de dentadas, papéis de chocolates, refrigerantes abertos, entre outras guloseimas atiradas ao léu.
E lá no microfone a voz insistente: “Comunicamos aos senhores clientes que não é permitido consumir produtos ou abrir embalagens dentro da loja; Comunicamos ainda, que para a melhor segurança de nossos clientes, dispomos de câmeras internas e externas ligadas 24 horas; Atenção segurança, corredor C... segurança, corredor C...” Olho para os lados, não vejo ninguém suspeito.
Aliás, lá vem três crianças com idades entre sete e oito anos, parece que estão por conta própria, passam por mim correndo, e somem no setor de congelados. Por ali nenhum adulto, onde será que estarão os responsáveis pelo bando. Neste momento ouço a gritaria de uma menina de três ou quatro anos, queria um bichinho de pelúcia que era muito fofinho – dizia ela. O pai e a mãe só faziam cara feia e negavam o pedido da baixinha. Logo consolou-se, pois percebeu que não levaria o mimo.
Eis que aparece outra menina não muito maior e solta aqueles gritos que depois de ultrapassarem os tímpanos, entram lá em nossa alma... pelo amor de deus... é muita falta de sorte, parece que hoje elas (as crianças) resolveram se vingar, pois pareço um ranzinza - até para mim mesmo.
Ainda parado no caixa, desejoso de passar e sair correndo. Aí que tudo foi para as cucuias, ao meu redor, parece atração fatal, umas oito crianças com idades de quatro a oito anos no máximo, e os pais querendo educá-las ali no mercado, que ridículo, pois a gente percebe que a criança tá nem aí para o que eles dizem, pois já conhecem o pai e a mãe que tem e desta forma sabem como lidar com eles. É no grito. É no choro. É no esperneio. Inconformados ou constrangidos, os pais surgem com os truques para acalmar seus bambinos. Uns correm, outros pegam qualquer coisa para inventar moda, outros vão numa cesta de brinquedos, tudo táticas a fim de acalmar aquelas pessoinhas. A zorra é geral. Agora são pais e filhos em bagunça total. Olho para os lados, parece que ninguém se incomoda com a cena. Serei somente eu? Não acredito! Mas alguma coisa tem que ser feita. Vou reclamar, nem que seja ao bispo.
Ao me aproximar da saída perguntei à moça da portaria onde encontraria papel e caneta, respondeu apontando o dedo para o balcão de informações. Pensei em deixar algum recado na caixa de sugestões. Escrevi: “ Senhores Pais e Mães, mercado não é parque infantil. Assim sugerimos que os senhores(as) orientem seus filhos e mantenha-os num comportamento compatível com o local. Obrigado.”
Li, não gostei. Parece antipático. Amassei e deixei em cima do balcão, não havia lixeira. Agradeci à moça. Saí resmungando que no meu tempo não era assim, bem... naquela época nem hipermercado tinha, continuei meu resmungo porta afora, e peguei o rumo de casa. Até que ontem, duas semanas após as gritarias, ao retornar para as compras da quinzena, fiquei surpreso diante do cartaz de uns quatro metros por dois colado na entrada principal. Com letras bem grandes. Para todos lerem. “Mercado não é parque infantil”, e agora José?!