Por Gilrikardo
Foi-se o tempo em que imaginava ser bobagem qualquer pensamento que me cruzasse a consciência durante meu dia a dia corriqueiro. Após o advento tecnológico da internet e de suas consequências surgidas através de aplicativos, deixei de me conter, aliás até me excedi nalgumas ocasiões, sobretudo pela maneira insistente de imaginar que pensamento é matéria e como tal deve ser tratado. Isto é, devemos armazená-lo, misturá-lo, compará-lo, e mensurá-lo. Mas como fazer isso? Com uma balança, ou com um litro, ou quem sabe um velocímetro. Ainda não me dei por vencido, continuarei a procurar a fórmula capaz de avaliar meus pensamentos. E dizer que não era bem isso que estou a relatar, parece-me distante das coisas óbvias e bestalóides que nos seduziam e levavam nossa roupa, dinheiro e muita dignidade. Tens ainda a coragem de pronunciar aquilo que não foi dito?