quinta-feira, 11 de abril de 2013

Blog Polibio Braga

Gilrikardo disse: Para piorar nossa situação educacional, os governantes continuam insistindo na ladina prática desonesta de sensibilizar somente os índices, em detrimento de ações concretas de reformas, valorização, formação exigidas para se buscar a verdadeira qualidade. A vergonha é repetidamente conduzida através das séries continuadas e da obrigatoriedade de se bem avaliar os alunos independente de seus resultados nas provas, na sala de aula, nas atitudes, enfim existe um clima: "se é aluno, é bom, passa de ano, e pronto". Nossos índices exigem bom desempenho, o engodo é que se tem oferecido. Pelo interesse e através das próprios atitudes, nossos políticos ainda apostam na enganação. Até onde iremos ninguém sabe. Vergonha pouca é bobagem, acorda Brasil!

**************

Matemática e ciências no país são piores do que na Etiópia

Relatório do Fórum Econômico Mundial coloca sistema educacional brasileiro na 116ª posição entre 144 nações avaliadas. Brasil está na 132ª posição em ranking que mede qualidade dos ensinos de ciências e matemática.

Um relatório do Fórum Econômico Mundial, publicado na quarta-feira, aponta o Brasil como um dos piores países do mundo nos ensinos de matemática e ciências. Entre 144 nações avaliadas, o país aparece na 132ª posição, atrás de Venezuela, Colômbia, Camboja e Etiópia. Outro dado alarmante é a situação do sistema educacional, que alcança o 116º lugar no ranking - atrás de Etiópia, Gana, Índia e Cazaquistão. Os dois indicadores regrediram em relação à edição 2012 do relatório, em que estavam nas 127ª e 115ª posições, respectivamente.


O estudo indica como uma das consequências do ensino deficiente a dificuldade do país para se adaptar ao mundo digital, apesar dos investimentos públicos em infraestrutura e de um certo dinamismo do setor privado. "A qualidade do sistema educacional, aparentemente, não garante às pessoas as habilidades necessárias para uma economia em rápida mudança", diz o levantamento. 

Em comparação com o ano passado, o Brasil subiu apenas da 65ª para a 60ª posição no ranking que mede o preparo das nações para aproveitar as novas tecnologias em favor de seu crescimento. Apesar de ter galgado posições, os autores do relatório destacam que o lugar ocupado pelo país não condiz com sua economia, entre as sete maiores do mundo. Na América Latina, Chile, Panamá, Uruguai e Costa Rica, por exemplo, são considerados mais bem preparados para os novos desafios da era digital. 

O número de usuários de internet no Brasil também não chegava ainda a 45%, o que deixa o Brasil na 62.ª posição nesse critério, abaixo da Albânia. Apenas um terço dos brasileiros tem internet em casa. A taxa despenca para apenas 8% se o critério for o número de casas com banda larga. O Brasil não é o único a passar por essa situação. "Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) enfrentam desafios", diz o informe.

"O rápido crescimento econômico observado em alguns desses países nos últimos anos poderá ser ameaçado, caso não forem feitos os investimentos certos em infraestruturas, competências humanas e inovação na área das tecnologias da informação", alerta o relatório.