quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fatalidade ou fatal idade

Drogas14/04/2013 | 21h55

Polícia investiga morte de adolescente por overdose em Joinville




Por Gilrikardo

Ao ler a matéria cuja manchete reproduzi acima, não pude evitar o meu pitaco que segue: hoje em dia uma moça de dezessete anos não pode ser considerada adolescente, ainda mais se trabalha e estuda - atividades que exigem responsabilidade. Além disso, creio que era esclarecida o suficiente para saber que correria algum risco ao ingerir "balinha" de substância entorpecente. Foi levada pela curiosidade, será? Foi a primeira vez? Talvez, talvez e talvez! Agora só restam as hipóteses. Meu pêsames à família da jovem e meu sincero lamento. 
 
Isso me leva aos meus tempos de “drogado”, sim, já passei essa fase. Iniciou-se com colegas de escola oferecendo “benzina”, um tipo de lança perfume de pobre. Cheirávamos aquilo e já era possível perceber que nossos corações prestes a explodir. Alucinações e visões malucas dominavam cada mente a sua maneira. Foi a porta de entrada para o refinamento do aprendizado de buscar novas drogas. A maconha ainda não era popular, muito menos a cocaína, então sobrava além da benzina, os comprimidos ditos “boletas”- anfetaminas e afins como Mandrix (Mandrax), Anaroxil, Estenabina, Disbutol, Preludin, Mequalon, Lipomax, .... E naqueles dias, se alguém fosse tachado de boleteiro, tava ferrado em mais alto grau. Era considerado um pária. Na minha turma ninguém chegou a tal nível, mas andamos perto. Eramos loucos, mas não burros, como diria meu pai em certa ocasião, assim muito devagar cada um experimentava a dose que imaginasse suficiente (na verdade ninguém sabia dos verdadeiros limites), alguns se contentavam com uma bola, outros duas, três, quatro... e por aí a fora. Certa vez, sozinho em casa, fui para meu quarto e detonei um vidro de Reactivan, fiquei dois dias com o olhar pregado na parede, sem dormir. Foi o maior susto que tomei. E a partir dali meus dias de drogado estariam contados. Mas isto é história para outra hora. 
 
Voltando a menina. Acredito na fatalidade, e não adianta os paladinos virem empunhar bandeiras contra isso ou contra aquilo. Desejar fechar a boate ou casa de shows, responsabilizar outros pela decisão que sempre passará pela escolha individual de cada pessoa. Desde que o mundo aí está, o ser humano persegue o prazer... pouco importa a fonte... então novas drogas virão, novos drogados surgirão, e estatisticamente falando, é provável que novas mortes também.

Adendo da Wikipédia sobre anfetaminas
 
As principais drogas sintéticas proscritas são:

Anfetamina: (“Bolinha” ou “arrebite”). Droga produzida desde 1927 como vasoconstrictor, com ação semelhante à cocaína. Muitas drogas sintéticas são derivadas de anfetaminas.
LSD 25 (Dietilamida de ácido lisérgico). Sintetizado em 1938, e usado como alucinógeno a partir da década de 1950.
Quetamina (Special-K): Anestésico de uso veterinário e humano na forma líquida ou cristal branco que é aspirado. Foi produzido nos anos a partir da década de 1960.
GHB (ácido gama-hidroxibutírico): É usado na forma de sal ou diluído em água (conhecido como “ecstasy líquido”). Inicialmente foi produzido como anestésico, e a partir dadécada de 1960 como droga alucinógena.
GLB (Gama-butirolactona). Derivado do GHB, utilizado com a mesma finalidade.
PCP (Cloridrato de eniciclidina). Pó branco cristalino solúvel em água que surgiu nos anos 70. É inalado, ingerido ou injetado
Cetamina. Droga anestésica derivada do PCP para uso veterinário e humano produzida em 1965, utilizado logo como alucinógeno.
DOB (2,5-dimetoxi-4-bromoanfetamina). Conhecida desde 1967. É um derivado da anfetamina, podendo ser usado como base para a produção do ecstasy.
PMA ( Para-metoxianfetamina ) . Afetamina modificada.
PMMA (Para-metoximetilanfetamina). Anfetamina modificada produzida com o nome de “mitsubishi”
2-CB ( 4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina) . Conhecida como “nexus” tem efeito psicodélico semelhante ao LSD.
2-CT-7 ( 2,5-dimetoxi-4(n)-propiltiofenetilamina ) com efeito psicodélico semelhante ao LSD. O D-CB e o 2-CT-7 foram produzidos na década de 70.
MDMA ( Ecstasy , extase ) : Um derivado de anfetamina. Comprimido ingerido por via oral. O ecstasy foi sintetizado em 1912, e o seu uso como entorpecente iniciou-se na década de 70 nos EUA.
4-MTA (4-metiltioanfetamina) (“flatliner”) é uma anfetamina modificada produzida nos anos 70.
Ice. Uma anfetamina modificada. Um cristal branco semelhante ao gelo. Pode ser injetado, ingerido ou inalado. Surgiu nos anos 80.
Anabolizante: Versão sintética da testosterona. Comprimidos ou ampolas. Via oral ou intramuscular para aumentar a massa corporal.
MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina ) – Surgiu na década de 80 provocando sintomas semelhantes ao mal de Parkinson.