Em cinco décadas, muitas foram as ocasiões em que me surpreendi. A primeira quando percebi que a classe social a qual pertencia me limitava até os sonhos! A segunda levei anos para aceitar, mas entendi que eu era ruim de bola e deveria me conformar em ser escalado ou não. Entretanto isso não me tirou das tardes animadas em nosso campinho de peladas. Tinha jogo, lá estava eu. Mesmo que ficasse olhando ou bancando o juiz, o gandula e até o dono da bola. Outra marcante, anos oitenta quando um mui amigo se disse apaixonado por mim. Cruzes! Nunca dei motivos para tal, tampouco em minha santa ignorância percebi algo diferente. Foi o fim do início de uma amizade. Fazer o quê!
E assim seguimos. Surpresas daqui. Perplexidades dali. A gente vai levando. Até o dia em que anunciamos não duvidar de mais nada. Que não existem motivos para surpresas. Pois viver nos ensinou que é desse jeito et cetera e tal. Acho que é daí que surgem as máximas apelativas, prefiro um cachorro amigo a um amigo cachorro. E por aí vai!
E assim seguimos. Surpresas daqui. Perplexidades dali. A gente vai levando. Até o dia em que anunciamos não duvidar de mais nada. Que não existem motivos para surpresas. Pois viver nos ensinou que é desse jeito et cetera e tal. Acho que é daí que surgem as máximas apelativas, prefiro um cachorro amigo a um amigo cachorro. E por aí vai!
Puxa! Estou a falar demais, parece até que perdi o fio da meada. Não perdi não! O assunto que me traz aqui é que esta semana surpreendi-me como dantes. Num mercado do bairro cuja nossa frequência se dá há mais de dez anos. São dez anos, mil e duzentos meses ops! cento e vinte meses ou mais de treis mil e seiscentos dias de relacionamento cliente/fornecedor. Onde a melhor mercadoria é a atração pelo fiado e a proximidade de casa. Facilita em dias de correria, além de ótimo quebra galho. Vamos até a esquina e de pronto somos atendidos.
Dessa forma apagamos incêndios, socorremo-nos em dias de baixos ganhos, atrasos de salários entre outros percalços. Não exageramos na dose, pois compramos aquilo que o bolso garante. O controle é rígido... Real a real para não comprometer o pagamento. Já que somos parceiros, a nós cabe quitar em dia pelo que levamos e assim mantivemos satisfatória a relação por esse longo tempo... até que nesta manhã comunicaram-me que meu crediário extinguiu-se pelo motivo de comprar muito pouco.
Dessa forma apagamos incêndios, socorremo-nos em dias de baixos ganhos, atrasos de salários entre outros percalços. Não exageramos na dose, pois compramos aquilo que o bolso garante. O controle é rígido... Real a real para não comprometer o pagamento. Já que somos parceiros, a nós cabe quitar em dia pelo que levamos e assim mantivemos satisfatória a relação por esse longo tempo... até que nesta manhã comunicaram-me que meu crediário extinguiu-se pelo motivo de comprar muito pouco.
Sinceramente não entendi??!? É a primeira vez que vejo alguém perder o crédito porque mantém rígido controle e não gasta além das posses. E eu imaginava não surpreender-me nesta altura do campeonato.
Post scriptum: Agradeço ao leitor Jacson que alertou-me para o erro matemático que cometi ao transformar dez anos em meses. Obrigado pela dica!
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