John Locke, sempre vivo, há 383 anos.

André Azevedo Alves, do Insurgente, lembra o aniversário do filósofo John Locke, a grande figura do liberalismo. Aliás, é um fundador. O mundo seria pior sem ele. Já pensaram se , por desgraça, tivesse criado algo semelhante, digamos, ao bolivarianismo? Locke, o eterno:
Há 383 anos nasceu John Locke. Quando preparei a primeira edição portuguesa – por incrível que pareça era mesmo a primeira… – dos “Dois Tratados do Governo Civil” para as Edições 70, escrevi isto na contracapa:
“John Locke foi uma das figuras maiores da civilização ocidental moderna. Locke foi o pensador da subjectividade, dos direitos naturais, da crítica das ideias inatas, da tolerância religiosa, da separação radical entre o Estado e a(s) igreja(s), da liberdade racional, do governo representativo baseado no consentimento popular, da separação de poderes, da revolução contra a tirania, do direito de propriedade e do direito à acumulação de propriedade, do desenvolvimento económico e tecnológico assente na capacidade humana de transformação do mundo. Ele foi o filósofo da epistemologia, da política, da religião, da educação; o economista, o constitucionalista, o exegeta, o assessor político, o professor universitário e o médico. Com “Dois Tratados do Governo Civil”, Locke define um dos momentos mais importantes da história intelectual da Europa.