domingo, 30 de setembro de 2012

O PT que a maioria não vê

JOÃO UBALDO RIBEIRO
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A hora da saideira

JOÃO UBALDO RIBEIRO - O Estado de S.Paulo

Na semana passada, li um artigo do professor Marco Antonio Villa, que não conheço pessoalmente, mostrando, em última análise, como a era Lula está passando, ou até já passou quase inteiramente, o que talvez venha a ser sublinhado pelos resultados das eleições. Achei-o muito oportuno e necessário, porque mostra algo que muita gente, inclusive os políticos não comprometidos diretamente com o ex-presidente, já está observando há algum tempo, mas ainda não juntou todos os indícios, nem traçou o panorama completo.
O PT que nós conhecíamos, de princípios bem definidos e inabaláveis e de uma postura ética quase santimonial, constituindo uma identidade clara, acabou de desaparecer depois da primeira posse do ex-presidente. Hoje sua identidade é a mesma de qualquer dos outros partidos brasileiros, todos peças da mesma máquina pervertida, sem perfil ideológico ou programático, declamando objetivos vagos e fáceis, tais como "vamos cuidar da população carente", "investiremos em saneamento básico e saúde", "levaremos educação a todos os brasileiros" e outras banalidades genéricas, com as quais todo mundo concorda sem nem pensar. No terreno prático, a luta não é pelo bem público, nem para efetivamente mudar coisa alguma, mas para chegar ao poder pelo poder, não importando se com isso se incorre em traição a ideais antes apregoados com fervor e se celebram acordos interesseiros e indecentes.
A famosa governabilidade levou o PT, capitaneado por seu líder, a alianças, acordos e práticas veementemente condenadas e denunciadas por ele, antes de chegar ao poder. O "todo mundo faz" passou a ser explicação e justificativa para atos ilegítimos, ilegais ou indecorosos. O presidente, à testa de uma votação consagradora, não trouxe consigo a vontade de verdadeiramente realizar as reformas de que todos sabemos que o Brasil precisa - e o PT ostentava saber mais do que ninguém. No entanto, cadê reforma tributária, reforma política, reforma administrativa, cadê as antigas reformas de base, enfim? O ex-presidente não foi levado ao poder por uma revolução, mas num contexto democrático e teria de vencer sérios obstáculos para a consecução dessas reformas. Mas tais obstáculos sempre existem para quem pretende mudanças e, afinal, foi para isso que muitos de seus eleitores votaram nele.
O resultado logo se fez ver. Extinguiu-se a chama inovadora do PT, sobrou o lulismo. Mas que é o lulismo? A que corpo de ideias aderem aqueles que abraçam o lulismo? Que valores prezam, que pretendem para o País, que programa ou filosofia de governo abraçam, que bandeiras desfraldam além do bolsa família (de cujo crescimento em número de beneficiados os governantes petistas se gabam, quando o lógico seria que se envergonhassem, pois esse número devia diminuir e não aumentar, se bolsa família realmente resolvesse alguma coisa) e de outras ações pontuais e quase de improviso? É forçoso concluir que o lulismo não tem conteúdo, não é nada além do permanente empenho em manter o ex-presidente numa posição de poder e influência. O lulismo é Lula, o que ele fizer, o que quiser, o que preferir.
Isso não se sustenta, a não ser num regime totalitário ou de culto à personalidade semirreligioso. No momento em que o ex-presidente não for mais percebido como detentor de uma boa chave para posições de prestígio, seu abandono será crescente, pois nem mesmo implica renegar princípios ou ideais. Ele agora é político de um partido como qualquer outro e, se deixou alguma marca na vida política brasileira, esta terá sido, essencialmente, a tal "visão pragmática", que na verdade consiste em fazer praticamente qualquer negócio para se sustentar no poder e que ele levou a extremos, principalmente considerando as longínquas raízes éticas do PT. Para não falar nas consequências do mensalão, cujo desenrolar ainda pode revelar muitas surpresas.
O lulismo, não o hoje desfigurado petismo, tem reagido, é natural. Os muitos que ainda se beneficiam dele obviamente não querem abdicar do que conquistaram. Mas encontram dificuldades em admitir que sua motivação é essa, fica meio chato. E não vêm obtendo muito êxito em seus esforços, porque apoiar o lulismo significa não apoiar nada, a não ser o próprio Lula e seu projeto pessoal de continuar mandando e, juntamente com seu círculo de acólitos, fazendo o que estiver de acordo com esse projeto. Chegam mesmo à esquisita alegação de que há um golpe em andamento, como se alguém estivesse sugerindo a deposição da presidente Dilma. Que golpe? Um processo legítimo, conduzido dentro dos limites institucionais? Então foi golpe o impeachment de Collor e haverá golpe sempre que um governante for legitimamente cassado? Os alarmes de golpe, parecendo tirados de um jornal de 30 ou 40 anos atrás, são um pseudoargumento patético e até suspeito, mesmo porque o ex-presidente não está ocupando nenhum cargo público.
É triste sair do poder, como se infere da resistência renhida, obstinada e muitas vezes melancólica que seus ocupantes opõem a deixar de exercê-lo. O poder político não é conferido por resultados de pesquisas de popularidade; deve-se, em nosso caso presente, aos resultados de eleições. O lulismo talvez acredite possuir alguma substância, mas os acontecimentos terminarão por evidenciar o oposto dessa presunção voluntarista. Trata-se apenas de um homem - e de um homem cujas prioridades parecem encerrar-se nele mesmo. Mas sua saída de cena não deverá ser levada a cabo com resignação. Ele insistirá e talvez ainda o vejamos perder outra eleição em São Paulo. Não a do Haddad, que aparentemente já perdeu. Mas a dele mesmo, depois que o mundo der mais algumas voltas e ele quiser iniciar uma jornada de volta ao topo, com esse fito candidatando-se à Prefeitura de São Paulo.

Dica de leitura

Cubano questiona a veracidade da imagem de Fidel Castro
da Livraria da Folha

Em "Fidel: O Tirano Mais Amado do Mundo", o cientista político cubano Humberto Fontova investiga como e por que a imagem de Fidel Castro passou a ser atrelada a um romantismo revolucionário, símbolo da luta pela igualdade no mundo, enquanto ordenava fuzilamentos de opositores ao seu regime.
Divulgação
Fontova mira também em quem não se cansa de elogiar Castro, como jornais, artistas e políticos
Fontova mira também em quem elogia Fidel Castro, como jornais, artistas e políticos
"Fidel ensinou ao mundo que a realidade não importa", escreve o autor. "Assassine, empobreça e tiranize o povo de um país por conta e risco, mas proclame-se um comunista que as pessoas de esquerda pelo mundo afora vão amar você."
Segundo Fontova, mais de 500 fuzilamentos foram registrados nos meses iniciais da revolução cubana. As celebridades politicamente corretas que defendem a política de Castro desconhecem a repressão aos habitantes da ilha.
Outro questionamento presente no livro é padrão de vida que o mundo atrela aos cubanos. O autor afirma que Cuba vive em situação pior que a do Haiti, tanto em qualidade quanto em contentamento com o governo.
De acordo com Fontova, a opressão da ditadura de Fulgencio Batista (1901-1973), deposto pela Revolução Cubana em 1959, não era fonte de tanto descontentamento como o governo atual. "Hoje mais de 20% da população de Cuba está nos Estados Unidos e os outros 80% --excluindo é claro os privilegiados membros de La Revolución-- sonha em fugir de lá".
Fontova, autor "O Verdadeiro Che Guevara e os Idiotas Úteis que o Idolatram", fugiu de Cuba em 1961. Atualmente mora nos Estados Unidos e escreve contra as ditaduras latino-americanas.

Autor: Humberto Fontova
Editora: LeYa
Páginas: 352
Quanto: R$ 31,90 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

Professor Janer Cristaldo

Janer Cristaldo
TENDÊNCIAS/DEBATES 
A morte da Europa que amo

Desde Rushdie, o islã crê que o mundo está sob sua jurisdição. Na Europa, imigrantes trocam a lei local pela sharia. Não viverei para ver a 'Eurábia', ainda bem.

Ao não cortar relações diplomáticas com o Irã, em 1989, quando o aiatolá Khomeini decretou uma fatwa condenando Salman Rushdie à morte pela publicação de "Versos Satânicos", os países europeus perderam uma oportunidade única de evitar os conflitos hoje provocados pelos muçulmanos na Ásia, Oriente Médio e Ocidente.

Do alto de seus minaretes, o aiatolá condenou um estrangeiro, residente em país estrangeiro, por um ato cometido no estrangeiro e que no estrangeiro não constitui crime. Khomeini legislou urbi et orbi e o islã pegou gosto pela abrangência de sua jurisdição.

Se migrantes de todos os quadrantes normalmente se adaptam à cultura europeia, há um imigrante particular que não só causa problemas na Europa como quer dominá-la culturalmente. São muçulmanos, que querem instituir no continente suas práticas, muitas vezes tipificadas como crime nas legislações nacionais.

Uma é a excisão do clitóris e infibulação da vagina. Médicos europeus chegaram a propor um pequeno corte simbólico no clitóris, para aplacar a misoginia islâmica. Outra é o véu. Na Itália, migrantes árabes pretenderam que mulheres tirassem documentos de identidade... veladas.

Muçulmanos têm grande dificuldade para aceitar as leis dos países que os acolhem. Em plena Espanha, há tribunais islâmicos clandestinos. A primeira corte ilegal, descoberta na Catalunha, operava como em um país muçulmano, com a aplicação do rigor da sharia. O tribunal foi revelado em dezembro de 2009, quando a Justiça da região de Tarragona indiciou dez imigrantes por liderar uma corte que teria sentenciado à morte uma mulher muçulmana.

Na Grã-Bretanha, a sharia começa a ser usada para resolver disputas familiares e pequenas causas. O primeiro tribunal foi identificado em 2008, mas opera desde 2007. Na Escandinávia, um muçulmano, junto com seus filhos, executou uma filha porque esta tinha relações antes do casamento com um sueco. Não foi preciso tribunal algum. A família se erigiu em tribunal. Há muitos outros casos pela Europa.

A Europa é leniente. Em 2007, a juíza Christa Datz-Winter, de Frankfurt, negou o pedido de divórcio feito por uma mulher muçulmana que se queixava da violência do marido. A juíza declarou que os dois vieram de um "ambiente cultural marroquino em que não é incomum um homem exercer um direito de castigo corporal sobre sua esposa". Quando a mulher protestou, Datz-Winter citou uma passagem do Corão: porque "os homens são encarregados das mulheres".

Na Finlândia, imigrantes somalis protestam por seus filhos estarem sendo educados por professoras. Porque um jovem macho somali não dirige a palavra a uma mulher.

Na Suécia, que nos anos 1970 gozou a fama de paraíso do amor livre, o atual número de estupros per capita coloca o país apenas abaixo do Lesotho, na África. De lá para cá, o país foi invadido por muçulmanos. Segundo Ann-Christine Hjelm, advogada que investiga crimes na Suprema Corte sueca, 85% dos estupradores condenados no tribunal nasceram em solo estrangeiro ou são filhos de pais estrangeiros.

Em 2004, os jornais nórdicos noticiaram que um mufti chamado Shahid Mehdi declarou em Copenhague que mulheres que não portam véus estão "pedindo para serem estupradas". Para estes senhores, uma mulher sueca independente é apenas uma "puta sueca".

Mas, claro, não se pode estuprar uma árabe. Entrevistado pelo "Dagens Nyheter", principal periódico sueco, Hamid, membro de uma gangue de violadores, justificou: "A sueca recebe um monte de ajuda depois, além disso ela já transou antes. Mas a árabe tem problemas com sua família. Para ela, é uma grande vergonha ser violentada. Para ela, é importante ser virgem ao casar".
No Reino Unido, França e Espanha, muçulmanos lutam contra a presença de cães nas cidades. Porque o profeta não gostava de cães.

Os atuais distúrbios em função de um filmeco americano sobre Maomé, que não fere lei alguma no Ocidente, refletem a leniência com que a Europa tem tratado os muçulmanos. O islã quer determinar que tipo de arte o Ocidente pode produzir. Já condenaram Rushdie à morte. O tradutor de "Versos Satânicos" para japonês foi assassinado. Sobreviveram os tradutores ao italiano, esfaqueado, ao norueguês, baleado, e o editor turco, que se hospedou em um hotel que foi incendiado.

Em 2004, o cineasta Theo Van Gogh foi assassinado em Amsterdã por ter dirigido "Submissão", filme sobre a situação da mulher nas sociedades islâmicas.

Como boi que ruma ao matadouro, a Europa está se rendendo às aiatolices de fanáticos que ainda vivem na Idade Média. Já se fala em uma "Eurábia" daqui a 50 anos. Ainda bem que não estarei lá para testemunhar a morte de uma cultura que tanto amo.

JANER CRISTALDO, 65, doutor em letras francesas e comparadas pela Universidade de Sorbonne Nouvelle (Paris 3), é tradutor e jornalista
Os artigos publicados com assinatura não traduzem a opinião do jornal. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate dos problemas brasileiros e mundiais e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo. debates@uol.com.br

sábado, 29 de setembro de 2012

-Brasil! Mostra tua cara...


Heroi brasileiro

Até que enfim parece ter surgido o legítimo herói nacional. Um negro que não precisou de bolsa esmola e nem de cotas para mostrar o real valor da competência e dignidade. Lembrem-se dele no dia 7 de outubro, lembrem de quais candidatos não votar.


-Brasil! Mostra tua cara...

Corpo do ex-PM é enterrado em SP; 
família pede justiça.

Gilrikardo diz: Após o famoso cabo Bruno cumprir vinte e sete anos de prisão pelo assassinato de cincoenta e tantas pessoas, recebeu o que aqui chamamos o troco, possivelmente de alguém ligado às vitimas. E agora a família quer justiça. 
Que justiça?
Em outras nações ele teria no mínimo uma prisão perpétua sem direito a NADA, e noutros uma pena de morte com certeza. Assim, o assassino ainda curtiu a vida na cadeia por vinte e sete anos e se fosse um pouco inteligente teria ficado por lá mais uns três anos... porque o destino dele já estava traçado... ele lidava com bandidos e assassinos iguais a ele e que da mesma maneira lhe pagaram com a mesma moeda. Dezoito tiros a queima roupa para ter certeza do final. A justiça tarda mas não falha... pelo menos entre bandidos.

Dica de leitura


Nas décadas de 60 e 70 do século 20, não foram poucos os brasileiros a desafiar os “donos” do poder e a combater por liberdade e democracia. Muitos tombaram, mas a luta não foi em vão. Hoje o Brasil é um país livre e democrático, como demonstram os serviços prestados pela imprensa na apuração do escândalo do mensalão. Nesse início de século 21, a luta das forças progressistas é por justiça social e distribuição de renda. E a luta passa prioritariamente pelo combate à corrupção. A construção de uma sociedade sem tantas desigualdades pressupõe uma imprensa atuante, sempre pronta a denunciar o clientelismo, o fisiologismo e o chamado toma-lá-dá-cá. Jornalistas têm a missão de zelar pela transparência das ações do poder constituído e pela boa aplicação do dinheiro público, apontando desvios e demais expedientes que lesem os direitos e os legítimos interesses do povo. Se houver responsabilidade e espírito público, teremos nas mãos as ferramentas necessárias para assegurar investimentos em projetos sérios, eficientes e de alcance social. Dessa forma, transformaremos o Brasil num país desenvolvido e em uma grande nação. O escândalo do mensalão confirma, uma vez mais, que a imprensa livre, pluralista e vigilante é imprescindível à democracia e ao Estado de Direito. Nada melhor para a sociedade do que jornalistas determinados, incapazes de se curvar a pressões econômicas, chantagens políticas ou ao benefício das sempre generosas verbas publicitárias, em troca da omissão e do silêncio sobre o jogo sujo dos “donos” do poder. Este livro homenageia dezenas de profissionais de imprensa, aqui citados nominalmente São repórteres que não se intimidaram, não abaixaram a cabeça aos poderosos da vez, e contribuíram de forma decisiva para desvendar e elucidar o mais extenso e complexo esquema de corrupção governamental da história brasileira, em todos os tempos. 


O Chefe, por Ivo Patarra
Este livro é distribuído pela licença Creative Commons
http://www.escandalodomensalao.com.br/
Julho de 2006

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

CAMARADAS


CAMARADAS, de William Waack - Companhia das Letras / Biblioteca do Exército - Rio de Janeiro - 1993. O brilhante jornalista global nos brinda com uma obra irretocável sobre a primeira tentativa de comunização do Brasil- A Intentona comunista de 1935. A sua exposição é toda documentada, principalmente, nos arquivos secretos da KGB, da ex-União Soviética, dos Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra.
As incursões sobre o material se iniciaram após contato com o filho mais moço de Luis Carlos Prestes , Iuri, que trabalhava  na Embaixada do Brasil em Moscou e lhe havia falado sobre suas perambulações em arquivos que haviam pertencido a inúmeras instituições soviética. Ele (Iuri) suspeitava haver, ali naqueles escritos, a história do comunismo no Brasil.
Sem dúvida uma obra de fôlego jornalístico e riquíssima em fatos históricos que desmentem e reafirmam inúmeras passagens sobre o que ocorreu em 1935 no nosso país. O autor não romanceia nem lança mão de expedientes que possam dar margem a dúvidas ou interpretação ao leitor. Mostra o material obtido com precisão, transparecendo uma obra de ficção do ramo da espionagem, porém real.
Duvidar-se da veracidade dos dados apresentados? Acho que não, pois a credibilidade de William Waack nos dá um atestado de boa conduta antecipada e os dados colhidos e trabalhados nos mostram com solidez uma realidade cada vez mais cruel daqueles que tentaram trazer o regime comunista para as terras brasileiras. Homens e mulheres de todos os tipos, mas todos com uma característica marcante, muito bem apresentada na frase de Brecht exposta no início do livro: “ ...quem luta pelo comunismo  tem  de todas as virtudes apenas uma: a de lutar pelo comunismo.” Pessoas apátridas  que não titubearam em colocar o Brasil na esfera  da URSS e que negaram muitas vezes suas intenções. Os que ainda sobrevivem naquela miragem e seus seguidores também.
A apresentação é muito consistente e é difícil negar o que ocorreria no Brasil com a implantação do marxismo a la soviete via PCUS.
O Komintern. O autor traça em detalhes a organização, arregimentação e controle de militantes, doutrina e modus operandi desse poderoso órgão da extinta URSS e PCUS. Desde o local de recepção, um pequeno hotel, passando pela Escola de dirigentes, o Serviço de Ligações Internacionais, a Comissão Internacional de Controle até seu real interesse pelo Brasil e como se processou a  orientação para a revolução que conduziria o Brasil ao comunismo. Dedica uma parte especial ao Exército Vermelho e seu IV Departamento. Um famoso escritor gaúcho caiu nessa.
O ouro de Moscou. Como parte do suporte financeiro do PCUS, Waack recupera o trajeto desse apoio em intricado roteiro até chegar ao Brasil , via Argentina, nas mãos de agentes soviéticos instalados como comerciantes no Rio de Janeiro, São Paulo e Buenos Aires.
Prestes. A situação de Prestes está muito bem definida em todo o livro e suas ações validam seu caráter e procedimentos até 1964, quando tentou mais uma vez comunizar o país. O livro revela-o uma pessoa decidida, de sangue frio, fiel á URSS e ao comunismo internacional e não ao Brasil, tanto que seguidamente ia a Moscou prestar contas e receber mais apoio político e financeiro. Numa destas idas, voltou com Olga, escolhida pelo Komintern para responsabilizar-se pela segurança daquele que iria desencadear a revolta comunista.
Olga. Não era uma moça como está sendo pintada num filme nacional e sim uma agente do IV Departamento do Exército Soviético, a área de espionagem militar. Era de total confiança de cúpula do Komintern e do IV Departamento do Exército Vermelho, por isso recebeu a incumbência de responsabilizar-se pela segurança de quem iria, cumprindo as ordens de Moscou, desencadear a revolução no Brasil- Prestes. Sua situação matrimonial está muito bem contada e não deixa margens a dúvidas. Mas foi entregue por Prestes a DIP e deportada para a Alemanha. Além de judia alemã, havia sido espiã soviética na Alemanha. Seu destino não poderia ser outro senão a câmara de gás.
Os assassinatos. Os comunistas brasileiros não vão gostar do que Waack descobriu e transcreveu. Aliás, o livro foi lançado na década de 90 e até agora poucas foram as manifestações, muito típicas de uma ideologia que costuma esconder e glamourizar seus crimes. Os crimes a mando de Prestes, ou justiçamentos como diziam, estão lá, inclusive de Elza.
As redes. Não eram conjecturas quando falava-se de uma conspiração internacional para uma revolução comunista no Brasil. Os diálogos entre Prestes e os agentes soviéticos no Brasil e entre estes e seus próceres russos revelam uma rede de espionagem  muito bem montada e de grande envergadura.  Como diriam: coisas de profissionais.
A inquisição. Esta parte do livro é muito esclarecedora e como todo ele reveladora da faceta cruel do comunismo internacional: não deixam marcas e procuram apagar pegadas. É como a lei dos traficantes de drogas: não cumpre morre. Falhou, morre. Um relato duro a partir das leituras de relatórios dos agentes infiltrados, telegramas, mensagens diversas entre o Komintern e seus agentes no Brasil ou implicados na fracassada tentativa. Tal procedimento se deu com todos que desejavam sair do movimento e já haviam participado de qualquer atividade comandada pelo Komintern, principalmente no exterior. O julgamento era sumário e a sentença rápida e cruel.

Um livro elucidador.
Flavio MPinto
Porto Alegre RS / 60 anos
FLAVIO MPINTO
Porto Alegre/RS - Brasil, 60 anos

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Wikipédia do 

Terrorismo

no Brasil

O Eixo do Mal Latino Americano


RESENHA DE LIVRO: O eixo do mal latino-americano e a nova ordem mundial
Escrito por Ivanaldo Santos
DE PAOLA, Heitor. O eixo do mal latino-americano e a nova ordem mundial. São Paulo: É Realizações, 2008.
Em junho de 2008 o analista político Heitor De Paola publicou um livro essencial para a compreensão da atual situação política do mundo contemporâneo e especialmente da América Latina. Trata-se de O eixo do mal latino-americano e a nova ordem mundial. Os capítulos desse livro foram publicados inicialmente no jornal eletrônico Mídia Sem Máscara (MSM).

Neste livro Heitor De Paola apresenta, a partir de sólida documentação, como milhões de pessoas estão sendo submetidas a um sistema de profunda lavagem cerebral e, por conseguinte, de total anestesia política. Esse sistema é financiado pelos governos esquerdista-liberais, por ONGs e fundações internacionais. Além de amplas fontes de recursos financeiros existe a cumplicidade de setores estratégicos da sociedade como, por exemplo, a grande mídia, parte da intelectualidade universitária e setores da Igreja que se auto proclamam de "progressistas" e "esclarecidos". Entre esses setores ganha destaque a Teologia da Libertação (TL). Uma teologia de inspiração marxista e ateísta que, na prática, funciona como a quinta coluna, a qual tem por finalidade minar e, se possível, destruir a Igreja por dentro, ou seja, a partir de seus sólidos alicerces evangélicos e filosóficos.

Como afirma o filósofo Olavo de Carvalho, no Prefácio do livro, Heitor De Paola consegue apresentar, de forma compreensível, as "falsificações que tornam a forma geral do processo totalmente invisível à massa de suas vítimas, ao mesmo tempo dão visibilidade hipnótica a aspectos isolados e inconexos, artificialmente dramatizados como 'problemas urgentes', fazendo com que do mero caos mental se passe às ações arbitrárias e desesperadas que complicam o quadro da vida real até à alucinação completa" (2008, p. 16).

Obviamente que os críticos da argumentação desenvolvida por Heitor De Paola afirmarão que seu livro trata-se apenas de mais um delírio da direita conservadora. Entretanto, acusar Heitor De Paola de ser um pensador de direita não conseguirá desacreditar O eixo do mal latino-americano e a nova ordem mundial. O motivo é que, de um lado, Heitor De Paola apresenta provas documentais históricas praticamente irrefutáveis e, do outro lado, ele é um ex-militante da organização de extrema esquerda Ação Popular (AP) que na década de 1960 realizou vários atos de terrorismo no Brasil. Como poucas pessoas, Heitor De Paola conhece as estratégias de tomada do poder desenvolvidas pela esquerda.

O livro de Heitor De Paola possui uma importante parte histórica, onde ele apresenta de forma resumida, mas muito compreensível, as estratégias que a esquerda internacional desenvolveu entre 1917, com a Revolução Socialista Russa, até 1989, com a queda do muro de Berlim, para a tomada do poder e o estabelecimento de um governo mundial e plenamente totalitário. Essa parte histórica do livro de Heitor De Paola é fundamental para os estudantes e profissionais liberais da sociedade contemporânea. O motivo é que atualmente quase nada é ensinado nas escolas e universidades sobre as estratégias violentas e demagógicas da esquerda internacional para tomar o poder político. Atualmente apresenta-se a esquerda como uma espécie de "sociedade de santos" que busca apenas o bem-comum e a prosperidade humana. Toda a barbaridade e as atrocidades cometidas em nome do socialismo são simplesmente silenciadas. É por causa dessa consciente e lamentável omissão que o livro de Heitor De Paola é uma leitura obrigatória.

Além disso, o livro de Heitor De Paola trás a análise de duas importantes manifestações do neototalitarismo na sociedade ocidental.

A primeira manifestação é o totalitarismo intelectual que atualmente está infestando os meios acadêmicos do ocidente, inclusive do Brasil. O grande guru do totalitarismo intelectual é o filósofo marxista Antonio Gramsci que com sua tese da Revolução Cultural, advoga a criação e imposição de uma agenda única para o pensamento humano. Essa agenda é criada pelos profissionais do pensamento que, por sua vez, são submissos as orientações oriundas da cúpula do "pensamento correto", ou seja, da minúscula elite formada por dirigentes de partidos políticos, artistas, economistas e outros profissionais que se dedicam, em tempo integral, a determinar como o mundo deve viver e como as pessoas devem pensar.

A segunda manifestação é o neototalitarismo que emerge na América Latina como consequência da estratégia de dominação desenvolvida pelo Foro de São Paulo, uma versão latino-americana da Internacional Comunista. Heitor De Paola demonstra como a esquerda internacional, após a queda do muro de Berlim, não abandonou a pretensão de estabelecer um regime tirânico e centralizado para toda a humanidade. Pelo contrário, seu projeto é o mesmo. Apenas é um projeto que se apresenta de forma moderna com a roupagem de defender minorias e derrubar o imperialismo dos EUA.

Toda forma de imperialismo deve ser denunciada. Entretanto, apenas o imperialismo dos EUA é atacado. Atualmente o imperialismo transversal do Foro de São Paulo, orientado principalmente pelo Brasil e pela Venezuela, sequer entra nas discussões realizadas pela mídia e pela intelectualidade universitária. Todavia, o que vemos é a lenta e gradual implantação do neototalitarismo na América Latina. Essa implantação se dá inclusive de forma tradicional, ou seja, com a expansão de guerrilhas fratricidas e do caos na vida política e econômica.

Porque ninguém vê e debate essa questão? Heitor De Paola demonstra que a cegueira intelectual que move a América Latina atualmente é fruto da junção de duas grandes forças.

De um lado existe a nova estratégia da tomada do poder pela esquerda. Estratégia que envolve forte cooptação da mídia e da classe artística. Cooptação feita, em grande parte, às custas de altas somas de dinheiro. Além disso, propaga-se uma ideologia pacifista que prega o fim da religião, especialmente da religião cristã, o estabelecimento de um governo mundial organizado em torno da Organização das Nações Unidas (ONU) e, por conseguinte, o fim da soberania nacional. Tudo isso é apresentado em nome do fim das injustiças sociais. Entretanto, pergunta-se: existe injustiça social maior do que determinar o fim da liberdade?

Do outro lado encontram-se as graves falhas de avaliação estratégica cometidas pelos países ocidentais, inclusive pelos EUA. Falhas que vão desde não compreender as reais intenções da esquerda internacional, passando por graves problemas de interpretação realizados pela diplomacia e pelos serviços de segurança nacional até a incapacidade das forças políticas que tradicionalmente defendem a liberdade no Ocidente de se oporem a um inimigo que, cada vez mais, é organizado e tem ramificações em quase todos os setores da vida pública.

Por fim, afirma-se que o livro de Heitor De Paola é fundamental para a compreensão da história e das atuais estratégias planetárias de implantação de um governo único e, com isso, acabar com a liberdade. Este livro pode ser o primeiro passo de um processo de esclarecimento e contra-revolucionário na América Latina e no mundo. Justamente o processo que a atual sociedade precisa para novamente poder compreender e experimentar a liberdade e a dignidade humana.

MAO - A história desconhecida

Mao: a história desconhecida é a mais sólida biografia de Mao Tse-tung, fruto de uma década de pesquisa em arquivos do mundo todo e centenas de entrevistas com amigos e colaboradores de Mao - boa parte dos quais nunca havia se pronunciado -, além de personalidades e pessoas que tiveram contato significativo com o líder chinês.
Escrito por Jung Chang (autora do best-seller Cisnes selvagens) e seu marido, Jon Halliday, este é um livro cheio de revelações que demolem muitos dos mitos que se assentaram sobre Mao e a história da China moderna.
O livro ataca o heroísmo da Longa Marcha, discorre sobre a ajuda financeira e militar da União Soviética de Stálin para a criação e o fortalecimento do Partido Comunista chinês, e desqualifica os relatos de que os rebeldes comunistas teriam enfrentado os japoneses na Segunda Guerra Mundial.
Os autores mostram como Mao concentrou-se em expandir seu domínio durante quase três décadas, ainda que isso resultasse no sofrimento e na morte de dezenas de milhões de cidadãos, na perseguição de inimigos e companheiros de luta e na exploração de milhares de trabalhadores rurais para transformar a China numa grande exportadora de alimentos e numa potência militar nuclear. Para se perpetuar no poder, instituiu um clima de denúncias, perseguições e terror. Na intimidade, ele é descrito como um pai omisso, marido infiel e amigo pouco confiável.
"Dizem que temos uma responsabilidade diante da história. Não acredito nisso. Estou preocupado apenas em desenvolver a mim mesmo", teria escrito o jovem Mao, aos 24 anos, em nota descoberta durante a pesquisa.
Um dos lançamentos mais esperados no mundo todo, o livro causou grande impacto quando foi lançado no Reino Unido, em 2005, por esmiuçar sem piedade a vida do líder chinês. "Ninguém explicou Mao como nós", disse Jung Chang ao jornal britânico The Guardian. "Acho que este livro vai chacoalhar o mundo e ajudar a construir uma nova China."

Stalin - A Corte do Czar Vermelho

Este livro traz memórias e diários inéditos de personagens importantes, além de entrevistas com os sobreviventes e descendentes dos poderosos da era stalinista. O jornalista e escritor inglês Simon Sebag Montefiore beneficiou-se da recentíssima liberação de cartas, bilhetinhos, anotações nas margens de documentos e livros, minutas de reuniões, agendas e papéis que passavam todos os dias pela escrivaninha de Stálin, em muitos dos quais ele deixava sua marca de aprovação, reprovação ou escárnio. Com isso, pôde revelar a intimidade do poder que até agora permanecia envolta em mistério e mostrar sua face mais humana, embora nem sempre menos brutal. Montefiore oferece um retrato de Stálin - leitor compulsivo, apreciador de música e cinema, burocrata minucioso e infatigável, pai rígido, marido desesperado com o suicídio da esposa, político suspeitoso e paranóico, implacável com possíveis inimigos e concorrentes, e líder disposto a sacrificar qualquer coisa - família, amigos, camaradas e milhões de camponeses e soldados - em nome do ideal comunista. O autor traz para o primeiro plano o que chama de 'magnatas', os membros do círculo íntimo do poder - Mólotov, Vorochílov, Mikoian, Khruchióv e muitos outros -, que, como uma grande família, participavam de longos jantares e intermináveis bebedeiras, em que decidiam assuntos de Estado e compartilhavam a responsabilidade pelo terror. Montefiore relata em detalhes os bastidores das grandes decisões políticas e diplomáticas, ao mesmo tempo em que penetra na 'cozinha' dos poderosos, revelando as preocupações cotidianas com a saúde, as férias, os filhos, ou o 'disse-me-disse' muitas vezes mortal dos corredores do Kremlin. No fim, temos a imagem detalhada e completa da grande máquina montada para implantar o comunismo a ferro e fogo.

A Verdade Sufocada

O fim do regime militar e a Lei da Anistia não trouxeram a pacificação desejada. Crédulos, os militares voltaram às suas atribuições, confiantes na reconciliação de todos os brasileiros. As mãos foram estendidas em sinal de paz, por um dos lados - as mãos dos vencedores da luta armada -, porém, para os vencidos, o combate continuou. Os derrotados trocaram as armas pelas palavras, fazendo questão de não deixar cicatrizar as feridas que procuram manter abertas até os dias de hoje. 

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Cel Brilhante Ustra

http://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf

patriota.madeira@gmail.com

Gilrikardo diz: Repasso e-mail recebido cujo tema é relevante, além de esclarecedor. Eu nunca fui e talvez nunca serei um "maria-vai-com-as-outras" em se tratando dos comunistas e o famoso golpe militar em que se envolveram a partir da década se sessenta. Na história, o papel dos militares sempre foi defender a pátria a que se subordinam... para mim o golpe foi simples assim. Onde morreram quase quatrocentas pessoas... mortes causadas por combates ou enfrentamentos.... onde os dois lados praticavam suas estratégias.
(aqui abro um parentese para registrar que atualmente morrem no Brasil em acidentes de trânsito em torno de 40.000 pessoas, cem vezes mais que nos dez anos da dita revolução, por aí se tem ideia como nossos atuais políticos governistas manipulam o relato dos fatos)
É lógico que a força era militar e portanto tinha tudo para vencer, coisa que os nossos atuais esquerdopatas de meia pataca não querem admitir e por isso desejam reescrever a história, além de obter subsídios e dividendos pelos atos terroristas praticados e/ou patrocinados em tempos de exceção... Vide a bolsa que aposentou os pseudo-revolucionários, Lula entre eles por ficar na cadeia um dia... é assim que essa corja age, mostram as garras quando estão no poder... Aí o discurso é outro... a intenção é outra... e no fundo resta somente a ambição pelo DINHEIRO e pela boa vida... coisas normais se buscadas de maneira honesta e não da maneira que os revolucionários comunistas se dizentes socialistas querem nos enfiar goela abaixo... A mim nunca enganaram e por isso sigo em meu apostolado de tentar levar informação a um maior número de possíveis ingênuos. ABAIXO TRANSCREVO E-MAIL recebido de alguém cujas idéias comungo.

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ESTAMOS REPASSANDO ESTE DOCUMENTO POR CAUSA DA VERDADE. UMA MÃE PREOCUPADA COM A FILHA QUE ATACAVA A CONTRA REVOLUÇÃO DE 1964, PEDIU A UM AMIGO QUE A AJUDE A FILHA CONHECER A VERDADE, POIS ESTÁ TÃO CEGA QUE AFIRMA QUE A ESQUERDA SÓ FOI MORTA E QUE NÃO MATOU NINGUÉM.

OS JOVENS PRECISAM SABER A VERDADE. VEJAM O QUE ACONTECE NO BRASIL DE HOJE.

a. MENSALÃO. Era mentira. O Ex-Presidente gritava que era história da oposição e todos estão sendo condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Coisa de bandido.

b. O Ministro Sepúlveda Pertence pede demissão da Comissão de ética da presidência da república. A Presidenta na reconduz dois membros com raiva da Comissão por ter a mesma recomendado a exoneração do então Ministro do Trabalho, Carlos Lupi por falta de ÉTICA. Pergunta: No governo ÉTICO É O QUE LÁ SE FAZ, MESMO ROUBANDO COMO NO MENSALÃO?

c. A tal Comissão da VERDADE (mentira) declarou que só vai tomar conhecimento da parte da esquerda. O que elas fizeram: matar, assassinar, roubar, seqüestrar diplomatas e de aviões, justiçamento, atentados a bomba e arma de fogo,assalto a banco, guerrilha urbana e rural

d. Para esta jovem recomendamos os seguintes livros:

- A VERDADE SUFOCADA do Cel Brilhante Ustra;
- STALIN - A Corte do Czar Vermelho;
- STALIN de Simon Montefiore;
- MAO - A História Desconhecida de Jung Chang;
- O EIXO DO MAL Latino Americano de Heitor de Paola;
- CAMARADAS de William Waack;
- A GRANDE MENTIRA de Del Nero;
- GUERRILHA DO ARAGUAIA - Revanchismo de Aluísio Madruga;
- O CHEFE de Ivo Patarra;
- BABACA de José Vargas Jiménez.

VAMOS DISTRIBUIR ENTRE OS JOVENS QUE ESTÃO SENDO ENVENENADOS. AGORA, COM O MENSALÃO (JULGADO NO STF) E A FORTUNA DE US$2.000.000.000,00 (DOIS BILHÕES DE DÓLARES DA FORTUNA DE LULA E A RIQUEZA DE SEU FILHO) A COISA ESTÁ MUDANDO. VIVA A VERDADE!

patriota.madeira@gmail.com

O PT que a maioria não vê

Gilrikardo diz: O atual prefeito em entrevista de 21/07/2007, um ano antes de chegar à prefeitura. Vejam o que era crítica, transformou-se em prática, e com mais vigor, pois agora em 2012 foi acusado de praticar a politicagem que ele condenou antes de chegar ao poder, confiram na parte assinalada logo abaixo.
Entrevista: http://www.an.com.br/ancidade/2007/jul/21/3ger.jsp


Carlito Merss | deputado federal

A Notícia – Em eleições anteriores, a sua candidatura estava decidida com uma certa antecedência. O que está havendo hoje?
Carlito Merss Eu fico muito triste em ver o que está acontecendo com minha cidade. Você anda nos bairros, acabou. Esquecem tudo, seguram, não fazem, mas quando faltarem seis meses, põem tubos e placas para enganar o povo. O que estou vendo? Na saúde, na segurança – que não é necessariamente do município –, educação, infra-estrutura, tudo abandonado. Não há uma obra de vulto na cidade que não tenha dinheiro do governo federal. Isso me incomoda republicamente. Até na Arena, no campo de futebol, tem R$ 1,2 milhão do governo federal, do Banco do Brasil, que a gente viabilizou na primeira fase.


AN – Do que depende a sua candidatura?
Carlito – Depende de viabilidade. Tenho dito isso dentro do partido e para as pessoas de outros partidos com quem a gente tem feito algumas conversas. Fui candidato quatro vezes. Em 1988 não conta porque foi fundação do partido. Mas de 1996, principalmente, em 2000 e 2004 a gente disputou para valer. Talvez a maior chance tenha sido em 2000.


AN – O que a eleição de 2008 terá de diferente?
Carlito – A cidade vai dizer se será diferente. O modelo implantado em Joinville tem 30 anos. O modelo é um governo para poucos. Para os interesses do setor privado. Esse é o problema de Joinville. A lógica da obra, a lógica da administração é para atender os interesses do setor privado. De amigos, o que é mais grave.


AN – O senhor não vê diferenças entre os governos de LHS e de Tebaldi?
Carlito  O modelo é igual, o que está mudando são os grupos. Tanto é que está esse racha no PMDB. Alguns grupos estão sendo literalmente colocados de lado. Não sei até onde vai essa questão do Rodrigo Bornholdt. Não tenho muito claro. Eu escuto argumentos de que o Rodrigo foi para o PDT sob ordens do Luiz Henrique. LHS quer que ele cumpra uma tarefa de candidatura. Por quê? Quem está determinando hoje a eleição em Joinville é o Jorge Bornhausen. Ele disse, eu sei de fonte segura, que a única forma de não perder a eleição é jogar diversas candidaturas no primeiro turno. Isso é uma decisão dele. E está sendo obedecida, pelo que estou vendo. Então, só voltando à questão do Rodrigo. Eu conversei com ele e ele disse que foi uma divergência profunda com o governador. Que ele quer procurar seus caminhos, pelo lado mais progressista. Parece que não sentiu espaços dentro do PMDB. A postura que estou vendo dele dentro da Fundação Cultural é muito interessante, tem procurado resgatar a história, tem tido programas junto aos setores culturais, já falei isso publicamente na abertura da Conferência de Cultura.


AN – O senhor acredita que a tríplice aliança não vai estar junta?
Carlito – Há interesses que querem, mas por exemplo, o PSDB e PFL são a mesma coisa. Aliás, o PSDB de Joinville é o PFL. É só ver de onde apareceram todos do PSDB. O próprio prefeito veio do PFL. Sempre foi ideologicamente. A única diferença é que na base do PMDB, a qual eu tenho muito respeito, na qual eu militei, a gente percebe militantes constrangidos. Ficamos 35 anos lutando contra as oligarquias e agora vemos as oligarquias comandarem o PMDB. Isso não bate. Basta ver a reação de alguns, do João Matos, do Edinho Bez. Eu conheço o velho MDB de Joinville. Sei o que cada um passou na luta contra a ditadura, na luta contra a Arena (o partido), contra as oligarquias, para ver um projeto trocado por interesses pessoais.


AN – O PT de Joinville pode se aliar com o PP, que é sucessor da Arena.
Carlito – A raiz do PP é. Mas as figuras que controlam o PP nos últimos quinze anos na cidade são pessoas corretas. O que há contra o Voltolini, o Coronel Lourival, o Kennedy, o Guilherme Voss, a Carmelina Barjona. Tanto é que nossa relação partidária desde 1996 é a melhor possível. É respeitosa. Há uma diferença de eu ter divergências com o Voltolini, mas nunca teve uma política de chute na canela.


AN – O PT vai fechar com o PP em Joinville?
Carlito  Existem conversas preliminares. O PP tem sido um partido no governo Lula mais fiel que até parte do PMDB. Você faz acordos pontuais e fecha. O PP em Brasília tem uma postura correta. A gente vai perceber lá por maio (de 2008) se a cidade quer mudar.


AN – Que modelo é esse que está em Joinville?
Carlito – A cidade vai ter que dizer se quer esse modelo de administração para amigos.


AN – O que está ruim em Joinville?
Carlito – Todas as áreas sociais estão péssimas. Se você pegar saúde, educação e segurança, é só fazer o levantamento. É triste o que acabei de ver. Estava no Hospital São José. A obra parada. Não tem um tostão do governo municipal e estadual. O último repasse do governo federal está trancado porque não tem contrapartida. O PA do Aventureiro só está andando por causa de nossa emenda.


AN – A Prefeitura alega ainda não dispor de recursos para manter o PA em funcionamento.
Carlito – Mas foi uma decisão deles. Eles solicitaram a emenda a mim e ao Paulo Bauer. Então não falem isso. Vão cometer mais um erro, igual ao do Hospital Infantil? Fui o único vereador em 1993 que se colocou contra a construção do Hospital Infantil. Disse claramente que era um elefante branco. Foram gastos R$ 60 milhões, alguns interesses de algumas campanhas foram pagos ali.


AN – Com o governo Luiz Henrique, Joinville deixou de ser a quinta roda da carroça?
Carlito – Me cita uma obra do governo do Estado em Joinville. Uma de interesse da cidade. Tem o campo de futebol. Tem mais uma? Segurança? Tinha sete delegacias de polícia funcionando, hoje tem duas. Educação: eu sou professor da rede estadual. Chegou a ter sete escolas interditadas pela Vigilância Sanitária. Viadutos? Vai a Florianópolis e hoje tem pelo menos três em construção. Não pode ter viaduto em Joinville. Esse eixo de acesso sul é a obra mais vergonhosa que vi na minha vida.

AN – Pois é, uma obra que ainda não foi inaugurada.
Carlito – Ela estava pronta no Ministério dos Transportes em julho de 2002. Um projeto mal feito. O Dnit faz sua obra na BR e vai no máximo a 300, 400 metros dentro da cidade. Fizeram um projeto que não suportaria o tráfego. Não tinha iluminação, não tinha nada. Primeiro eu e o ex-deputado Adelor Vieira tivemos que provar no Dnit que a obra não estava pronta. Foi difícil. Só agora, com todas as dificuldades impostas pela Prefeitura – pode checar isso, a indenização do último terreno saiu em fevereiro. Todo mundo sabe disso, mas as críticas eram só para o governo federal. Teve problemas com a empreiteira, o contrato teve de ser refeito. A campanha de 2004 foi decidida pelas obras. Aquelas fotografias, os canteiros de obras. Só que ninguém disse que aquele dinheiro poderia ter ido para outro município.


AN – Mas aquilo era dinheiro do BNDES, tinha que pagar depois.
Carlito – Ah, sim. Dia desses eu vi uma entrevista, “nunca veio tanto dinheiro para Joinville como nos oito anos de FHC”. Me diz quantas casas foram feitas? Foi empréstimo. Da Caixa né!? Pois é, daí é o dinheiro do FHC que o Luiz Henrique conseguiu. Era dinheiro do governo. Agora não, é empréstimo. É só pegar quanto aumentaram os repasses, ao FPM, à Saúde, à Cide, que o governo FHC não liberava e nós liberamos. É só fazer as contas. Só falta dizer que os 6,7 mil empregos criados no primeiro semestre são por causa do prefeito e do governador. Essa desonestidade eu não aceito.


AN – Nessa relação de município e governo federal, o governo diz que tem dinheiro e a Prefeitura diz que a União complica para liberar os projetos. O que há?
Carlito – Eu não quero acreditar que seja incompetência porque temos um padrão de servidor público em Joinville acima da média. Isso eu falo com orgulho. Em 2004 eu dizia que se quisesse montar um secretariado sem nenhum filiado ao PT eu montava o melhor secretariado dessa cidade somente com servidores de carreira. Então não posso acreditar que uma obra parou no Hospital São José – e nós estamos sujeitos a ter que devolver parte dos R$ 7,5 milhões que arrecadamos na política. Não posso acreditar que R$ 800 mil para o Restaurante Popular ficaram parados dois anos. Por que não tem uma farmácia popular na cidade? Pode comparar os números, nem vou falar do que está vindo. Só no PAC são mais de R$ 81 milhões.


AN – Mas parte desse dinheiro não é a fundo perdido, tem que pagar?
Carlito – Mas de que forma se conseguiria esse dinheiro se não tivesse vontade política do governo? Para o saneamento ficou mais difícil porque a Casan foi expulsa daqui. Mas olhe as condições da Caixa, dá para pagar com facilidade.


AN – Que demandas aparecem ao senhor, o único deputado federal da região?
Carlito – Todas as possíveis. Não dou conta de atender a agenda. Essa semana recebi o pessoal da construção civil. Estão com uma lista (para redução de alíquotas de impostos) de produtos para discutir com a Receita. Recebo pedidos de associações de moradores. A maior angústia é na área da saúde. Já que não investem aqui, o que interessa é estádio de futebol. Eles procuram a gente. Minha relação com a Acij melhorou. A Ajorpeme direto nos procura. O Mauro Mariani tirou a eleição do Paulo Bauer, posso dizer que tirou a eleição do Eni Voltolini, tirou muito voto do Adelor Vieira e do José Carlos Vieira. Mariani ganhou e não assumiu. A demanda ficou para mim. Há uma revolta com ele na região. Antes, eu, o Paulo Bauer e o Adelor Vieira dividíamos as demandas. O Adelor foi meu grande aliado na questão do acesso sul. Se não fosse o Paulo Bauer talvez não conseguíssemos o PA do Aventureiro. Hoje, sozinho, é mais difícil. O que dói é você trazer para Joinville e ainda ser criticado.


AN – A senadora Ideli Salvatti tem o Jorge Bornhausen como referencial para alianças: se ele estiver de um lado ela está de outro. O senhor também tem um modelo assim?
Carlito – Eu assino embaixo. O mal que esse senhor fez para o Estado de Santa Catarina é inimaginável, durante mais de 60 anos. Não é a figura de Jorge Bornhausen, é a política desse senhor. É a privatização do Estado, é a utilização do Estado para seus negócios particulares. É diferente com uma figura como Esperidião, por exemplo. Você pode ter divergências, mas é só verificar a postura dele. É pessoa que perdeu a eleição e, assim como Angela, foi trabalhar. É diferente de pessoas que nunca trabalharam, que sempre se utilizaram da estrutura do Estado, controlando tudo para beneficio próprio. Ele tem uma postura nazi-fascista. Mas doído é ver o governador usar quase os mesmos argumentos, sabendo que ele só é governador porque nós do PT e o presidente Lula ajudamos. A única pessoa pública com quem conversei após a morte do meu pai foi o governador. Eu só pedi a ele uma única coisa. Isso é testemunhado pelo Manoel Mendonça. Eu pedi, por favor, governador, não seja injusto com o presidente Lula. A partir dessa conversa as agressões aumentaram.


AN – O governador se queixa de ter sido massacrado pela bancada do PT na Assembléia Legislativa.
Carlito – Aprovamos tudo o que ele quis votar nos dos primeiros anos.É mais uma injustiça. Ele pega uma tese para justificar a decisão de se aliar ao PFL de Jorge Bornhausen.


AN – Agora há uma reaproximação entre Luiz Henrique e Lula?
Carlito – Não. O que há é um Estado quebrado e ele tentando arrumar R$ 200 milhões no Besc. Nós estamos tratando o Besc com muito cuidado. Tenho tido conversas quase que semanais com o Bernardo Appy (secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda) e com o Arno Augustin (secretário do Tesouro Nacional). É uma engenharia nova, nós vamos fazer com muito cuidado. Essa questão de um banco federalizado mexe com o Banco Central, com a Comissão de Valores Mobiliários, não vamos nos precipitar. Claro, como o Estado está quebrado, a única coisa que você lê é os R$ 210 milhões. Nós não vamos atuar dessa forma.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Para relembrar das promessas


Você está em Opinião
25 de setembro de 2012 | 3h 09
O Estado de S.Paulo

Fracasso articulado

Vai se desfazendo rapidamente a imagem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva construiu de si mesmo no poder, e que parecia indestrutível. As dificuldades eleitorais que os candidatos por ele impostos ao seu partido enfrentam em várias capitais são uma demonstração de que, menos de dois anos depois de deixar o poder com índice inédito de popularidade, pouca valia tem seu apoio. A isso se soma a substituição gradual, por sua sucessora Dilma Rousseff - também produto de sua escolha pessoal -, de práticas e políticas que marcaram seu governo. Concretamente, o fracasso da gestão Lula está explícito no abandono, paralisia, atraso e dificuldades de execução de seus principais planos, anunciados como a marca de seu governo. Eles vão, de fato, moldando a marca de seu governo - a do fracasso.
Trata-se - como mostrou reportagem do jornal Valor (24/9) - de um fracasso exemplar, articulado, minucioso, que quase nada deixa de positivo dos grandes projetos de Lula na região em que nasceu e onde ele e sua sucessora obtiveram suas mais estrondosas vitórias eleitorais - o Nordeste. As deficiências desses projetos eram conhecidas. O que a reportagem acrescenta é que, frutos do apetite político-eleitoral do ex-presidente e da sistemática incompetência gerencial de seu governo, essas deficiências são comuns aos vários projetos.
Ferrovias, rodovias, obras de infraestrutura em geral, transposição do Rio São Francisco, refinarias, tudo foi anunciado com grande estardalhaço, com resultados eleitorais espetaculares para o governo, mas com pouco, quase nenhum proveito para o País até agora. Como se fossem partes de uma ação cuidadosamente planejada, essas obras têm atraso médio semelhante, enfrentam problemas parecidos e, todas, geram custos adicionais astronômicos para os contribuintes.
Os grandes empreendimentos do governo Lula para o Nordeste somam investimentos de mais de R$ 110 bilhões. Excluídos os projetos cuja complexidade impede a fixação de novo prazo de conclusão, eles têm atraso médio de três anos e meio. Isso equivale a sete oitavos de um mandato presidencial. Obras que Lula prometeu inaugurar talvez não sejam concluídas nem na gestão Dilma. Veja-se o caso das refinarias anunciadas para a região, a Premium I (no Maranhão) e a Premium II (no Ceará), que devem custar quase R$ 60 bilhões. A do Maranhão, cujas obras foram "oficialmente" iniciadas em janeiro de 2010, deveria estar pronta em 2013, mas agora está classificada como "em avaliação" pela Petrobrás, ou seja, já não é nem mesmo certo que ela será construída. A do Ceará, lançada em dezembro de 2010, deveria estar pronta em 2014, mas foi adiada.
A refinaria que está em obras, a de Abreu e Lima, em Pernambuco, transformou-se num poço de problemas e atrasos. Resultado de um acordo que Lula fez com o venezuelano Hugo Chávez, a refinaria deveria ser construída em parceria pela Petrobrás e a estatal venezuelana PDVSA, mas esta, até o momento, não aplicou nenhum centavo. O custo previsto atualmente para a obra equivale a cinco vezes o orçamento original.
Na área de infraestrutura, estão atrasadas as duas ferrovias em construção no Nordeste, a Nova Transnordestina, com 1.728 quilômetros, e a Oeste-Leste, que se estende de Ilhéus, no litoral da Bahia, até Figueirópolis, no Tocantins. A primeira, que teve substituída a empreiteira, tem um trecho paralisado no Ceará e enfrentou problemas com o atraso na liberação de recursos, mas seu andamento, assim mesmo, é considerado "adequado" nos balanços periódicos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do qual faz parte. Pode-se imaginar a situação da segunda, considerada "preocupante" pelos gestores do PAC.
A transposição do São Francisco, cujos problemas têm sido apontados com frequência pelo Estado, faz parte desse conjunto. O que ele exibe é uma sucessão de projetos incompletos, contratos mal elaborados, descuido da questão ambiental, fiscalização inadequada. O resultado não poderia ser diferente: atrasos, paralisação de obras por órgãos ambientais, aumento de custos. É parte da herança deixada pelo governo Lula.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Esse é o Brasil

(...) Aliás, por falar em máquina governamental, o Brasil, na época do presidente Juscelino Kubitschek, tinha 13 ministros. Agora, temos 38. Só para comparar, a Alemanha tem 14, os Estados Unidos tem 15 e assim por diante. Atualmente somos, talvez, o país que tem mais ministros do mundo.

Do Blog: http://www.fiquealerta.net/2012/09/o-ministerio-da-magia.html

Até que enfim a ficha

Gilrikardo diz: O apreço e admiração que tenho pelo senhor Lula, é igual ao valor que o ex-presidente dà à leitura, ao conhecimento, ao estudo, à ética, à verdade: NENHUM. E a partir das últimas aparições do "cumpanheiro de muitos", já se percebe que a ficha começa a cair. Antes tarde do que nunca. Abaixo uma análise e opinião cujo teor respeito e divulgo.

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Adeus, Lula


Lula foi chamado de deus por Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém chegou a tanto na adulação

A presença constante no noticiário de Luís Inácio Lula da Silva impõe a discussão sobre o papel que deveriam desempenhar os ex-presidentes. A democracia brasileira é muito jovem. Ainda não sabemos o que fazer institucionalmente com um ex-presidente. Dos quatros que estão vivos, somente um não tem participação política mais ativa. O ideal seria que após o mandato cada um fosse cuidar do seu legado. Também poderia fazer parte do Conselho da República, que foi criado pela Constituição de 1988, mas que foi abandonado pelos governos — e, por estranho que pareça, sem que ninguém reclamasse.

Exercer tão alto cargo é o ápice da carreira de qualquer brasileiro. Continuar na arena política diminui a sua importância histórica — mesmo sabendo que alguns têm estatura bem diminuta, como José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney, ou Fernando Collor. No caso de Lula, o que chama a atenção é que ele não deseja simplesmente estar participando da política, o que já seria ruim. Não. Ele quer ser o dirigente máximo, uma espécie de guia genial dos povos do século XXI. É um misto de Moisés e Stalin, sem que tenhamos nenhum Mar Vermelho para atravessar e muito menos vivamos sob um regime totalitário.

As reuniões nestes quase dois anos com a presidente Dilma Rousseff são, no mínimo, constrangedoras. Lula fez questão de publicizar ao máximo todos os encontros. É um claro sinal de interferência. E Dilma? Aceita passivamente o jugo do seu criador. Os últimos acontecimentos envolvendo as eleições municipais e o julgamento do mensalão reforçam a tese de que o PT criou a presidência dupla: um, fica no Palácio do Planalto para despachar o expediente e cuidar da máquina administrativa, funções que Dilma já desempenhava quando era responsável pela Casa Civil; outro, permanece em São Bernardo do Campo, onde passa os dias dedicado ao que gosta, às articulações políticas, e agindo como se ainda estivesse no pleno gozo do cargo de presidente da República.

Lula ainda não percebeu que a presença constante no cotidiano político está, rapidamente, desgastando o seu capital político. Até seus aliados já estão cansados. Deve ser duro ter de achar graça das mesmas metáforas, das piadas chulas, dos exemplos grotescos, da fala desconexa. A cada dia o seu auditório é menor. Os comícios de São Paulo, Salvador, São Bernardo e Santo André, somados, não reuniram mais que 6 mil pessoas. Foram demonstrações inequívocas de que ele não mais arrebata multidões. E, em especial, o comício de Salvador é bem ilustrativo. Foram arrebanhadas — como gado — algumas centenas de espectadores para demonstrar apoio. Ninguém estava interessado em ouvi-lo. A indiferença era evidente. Os “militantes” estavam com fome, queriam comer o lanche que ganharam e receber os 25 reais de remuneração para assistir o ato — uma espécie de bolsa-comício, mais uma criação do PT. Foi patético.

O ex-presidente deveria parar de usar a coação para impor a sua vontade. É feio. Não faça isso. Veja que não pegou bem coagir: 

1. Cinco partidos para assinar uma nota defendendo-o das acusações de Marcos Valério;
2. A presidente para que fizesse uma nota oficial somente para defendê-lo de um simples artigo de jornal;
3. Ministros do STF antes do início do julgamento do mensalão. Só porque os nomeou? O senhor não sabe que quem os nomeou não foi o senhor, mas o presidente da República? O senhor já leu a Constituição?

O ex-presidente não quer admitir que seu tempo já passou. Não reconhece que, como tudo na vida, o encanto acabou. O cansaço é geral. O que ele fala, não mais se realiza. Perdeu os poderes que acreditava serem mágicos e não produto de uma sociedade despolitizada, invertebrada e de um fugaz crescimento econômico. Claro que, para uma pessoa como Lula, com um ego inflado durante décadas por pretensos intelectuais, que o transformaram no primeiro em tudo (primeiro autêntico líder operário, líder do primeiro partido de trabalhadores etc, etc), não deve ser nada fácil cair na real. Mas, como diria um velho locutor esportivo, “não adianta chorar”. Agora suas palavras são recebidas com desdém e um sorriso irônico.

Lula foi, recentemente, chamado de deus pela então senadora Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém teve a ousadia de dizer que Getúlio Vargas era um deus. É desta forma que agem os aduladores do ex-presidente. E ele deve adorar, não? Reforça o desprezo que sempre nutriu pela política. Pois, se é deus, para que fazer política? Neste caso, com o perdão da ousadia, se ele é deus não poderia saber das frequentes reuniões, no quarto andar do Palácio do Planalto, entre José Dirceu e Marcos Valério?

Mas, falando sério, o tempo urge, ex-presidente. Note: “ex-presidente”. Dê um tempo. Volte para São Bernardo e cumpra o que tinha prometido fazer e não fez. Lembra? O senhor disse que não via a hora de voltar para casa, descansar e organizar no domingo um churrasco reunindo os amigos. Faça isso. Deixe de se meter em questões que não são afeitas a um ex-presidente. Dê um bom exemplo. Pense em cuidar do seu legado, que, infelizmente para o senhor, deverá ficar maculado para sempre pelo mensalão. E lá, do alto do seu apartamento de cobertura, na Avenida Prestes Maia, poderá observar a sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde sua história teve início. E, se o senhor me permitir um conselho, comece a fazer um balanço sincero da sua vida política. Esqueça os bajuladores. Coloque de lado a empáfia, a soberba. Pense em um encontro com a verdade. Fará bem ao senhor e ao Brasil.

MARCO ANTONIO VILLA é historiador e professor da Universidade de São Carlos, em São Paulo
http://www.marcovilla.com.br/2012/09/adeus-lula.html

domingo, 23 de setembro de 2012

Blog O-Mascate

Um vídeo que vale a pena assistir para poder entender o que queriam os "bravos" brasileiros que lutaram pela implantação da "democracia" CÚbana no Brasil. 

WWW.ALERTATOTAL.NET

domingo, 23 de setembro de 2012

Inteligência do Exército protege Barbosa

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alertawww.fiquealerta.net  
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Exclusivo - O Exército escalou seus mais confiáveis e melhores oficiais de inteligência, lotados na Abin, para dar proteção ao ministro Joaquim Barbosa – relator do processo do Mensalão no Supremo Tribunal Federal. Ao montar esquema especial para dar segurança a Barbosa – que sempre foi avesso a isto -, empregando seus homens lotados na Agência Brasileira de Inteligência, o EB atropelou o Palácio do Planalto e a cúpula da Polícia Federal ligada aos esquemas petralhas de poder.

Apenas como contraponto: os ministros Ricardo Lewandowski e José Dias Toffoli também contam com proteção intensa. Só que de agentes da Polícia Federal – e não da turma verde-oliva lotada na Abin. A proteção a Barbosa não é só física. Tudo que se fala dele e sobre ele, nos ambientes de poder, também é monitorado. Além disso, todo o sistema telefônico da residência e de seu gabinete no STF foi alterado e passa por uma constante ação de pente fino.

A iniciativa de proteger Barbosa tão intensamente gera uma crise. A Presidenta Dilma Rousseff, como Comandante-em-chefe das Forças Armadas, sequer foi consultada sobre a medida. A blindagem ao Barbosa foi decidida entre alguns integrantes do Alto Comando do Exército e o General José Elito, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Aumentará em muito a guerra não-declarada e a insatisfação pessoal mútua entre Dilma e seu ministro Elito.

No fundo, a proteção especial a Barbosa é mais uma operação montada pela chamada “Comunidade de Informações” que sempre tenta agir de forma invisível – embora quase sempre não consiga em uma Brasília cercada de ouvidos eletrônicos em todos os buracos do poder. Em tempos passados, tal comunidade era famosa por vigiar e detonar a esquerda explicitamente. A turma do SNI botava medo. A turma da Abin ligada ao EB – onde a petralhada ainda não conseguiu se infiltrar explicitamente – tenta ser mais “light”.

Agora, pelo menos no reservado discurso da comunidade de informações, a ordem é não contribuir para ampliar um vácuo institucional que se desenha com o resultado do julgamento do Mensalão – que deve atingir em cheio a cúpula petralha, ainda com consequências imprevisíveis de um respingo escatológico no mito Luiz Inácio Lula da Silva (que ainda alimenta o sonho de voltar à Presidência da República).

A tensão entre Dilma e a caserna pode aumentar ainda mais com o Mensalão. Já era enorme por causa da Comissão da Verdade que tomou a decisão fora da lei de perseguir os agentes do Estado acusados de cometer crimes apenas na Era pós-1964. Apoiada por Dilma, a CV quebrou um acordo firmado com os militares, costurado quando Nelson Jobim era ministro da Defesa, de que os crimes de sequestro, terrorismo e assassinato cometidos pelos militantes de esquerda também seriam investigados.

Alguns Generais já se sentem traídos por Dilma. Mas se a traição vai gerar consequências institucionais é um desdobramento imprevisível. A cúpula militar na ativa é publicamente contrária a qualquer virada de mesa. Se os Generais pensam, sinceramente, da mesma forma, na intimidade, são outros quinhentos batalhões. Dilma e seus radicalóides estão provocando a onça com varinha curta.

Além disso, com o próprio Ministério da Defesa, a cúpula militar nunca se sentiu satisfeita por ficar simbolicamente subordinada ao ministro Celso Amorim que tem como assessor-especial José Genoíno – ex-guerrilheiro da luta armada pós-64 e com grandes chances de ser condenado no processo do Mensalão em que o agora protegido Joaquim Barbosa brilha como “grande herói” da República. Na ironia, os militares sõ não têm mais bronca de Genoíno porque alegam que ele entregou, sem qualquer tortura, todos os seus companheiros na Guerrilha do Araguaia...

Indo de uma cachorrice a outra cachorrada, a inteligência militar teme que a petralhada arme ilegalidades para obstruir o julgamento do Mensalão. A mais previsível já se tornou pública e, se acontecer, pode ser a senha para a abertura da portinha do vácuo institucional: que o novo ministro do STF, Teori Zavascki, indicado pelo ex-marido de Dilma Rousseff, tome posse e cometa a imprudência de pedir vistas do processo de mais de 50 mil páginas do Mensalão. Se tal manobra embromatória for adotada, para atrasar o resultado final do julgamento em até seis meses, nem Deus sabe o que poderá acontecer...

A leitura de nossa conjuntura atual é bem simples e roceira. A vaca já está no brejo. Se o Boi vai também... Aí são outros R$ 350 milhões de reais desviados e divididos pelos bandidos no esquema do Mensalão. Na avaliação mais tímida da comunidade de informações – que protege Barbosa e também vigia, cuidadosamente, todos os prováveis condenados na Ação Penal 470 -, o ex-presidente Lula da Silva teria pelo menos 35 milhões de motivos concretos para se preocupar – e muito – com as consequências de ter tantos companheiros e parceiros vendo o sol nascer quadrado...

Enquanto o mito Lula pode se desmantelar entre os segmentos esclarecidos (ou entre os menos ignorantes), o mito de Joaquim Barbosa começa a ser construído e lapidado. Resta aguardar para saber quem será beneficiado com a demolição de um e a edificação de outro. Enquanto isto, os militares ficam iguaizinhos àquele papagaio verde-oliva da piada do português. Nada falam... Mas prestam uma atenção...

E sabem de absolutamente tudo que acontece no Brasil” – como fez questão de ressaltar um quatro estrelas numa certa noite estrelada de um jantar fechadíssimo na caserna, com todo mundo vestindo a pós-moderna farda de civil sem gravata - exceto o coronel da inteligência e das Forças Especiais, trajado feito um Rambo, para garantir a proteção na porta do salão...

O perigo é que aqueles que fingem não saber de nada continuam agindo no submundo do Governo do Crime Organizado... Até quando? Nem Deus deve saber mais... Ou será o Barbosa (um dos Deuses do Supremo e agora um togado blindado pelas fardas da inteligência) sabe?

Se souber, conta que a gente divulga por aqui... Até porque, neste mundo pontocom, nem a identidade do pobre do Batman é mais secreta... O verdadeiro endereço da Batcaverna, talvez...

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

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Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos.

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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 23 de Setembro de 2012.