terça-feira, 30 de abril de 2013

Aristóteles

“É com efeito a admiração que leva e levou os primeiros homens à especulação filosófica. Ora, perceber uma dificuldade é admirar-se da própria ignorância”.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

O PT que a maioria não vê

Uma loucura com método

EDITORIAL - REVISTA VEJA

Fazem parte da mesma constelação autoritária as tentativas de censurar a imprensa, de criar listas fechadas de candidatos, de estabelecer o financiamento público de campanha nas eleições e - o que causou a maior perplexidade, na semana passada - a proposta de emenda constitucional que submete o Supremo Tribunal Federal (STF) à vontade dos deputados federais e senadores. Liguem-se os pontos e o que aparece com assustadora clareza é a mesma pauta de supressão das liberdades individuais que vem sendo implantada de forma inclemente na Argentina e na Bolívia, depois de quase inteiramente imposta na Venezuela.

Uma reportagem desta edição mostra que a aprovação da emenda bolivariana pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, em Brasília, é uma afronta aos brasileiros também por ter contado com votos de mensaleiros condenados à prisão pelo próprio órgão, o STF, que eles agora querem estorvar.

A iniciativa é, em si, nefasta. Sim, a emenda é facilmente derrubável por ser um golpe no sagrado conceito da independência e harmonia entre os poderes da República. A proposta dos radicais, porém, é um veneno para a liberdade, pois evoca, como lembrou o ministro do STF Gilmar Mendes, a Constituição de 1937, "em que o presidente da República podia cassar decisões do Supremo e confirmar a constitucionalidade de leis". Para quem não se recorda, a Constituição de 1937 foi o alicerce jurídico do Estado Novo, a primeira e degradante experiência ditatorial do Brasil republicano, conduzida por Getúlio Vargas em um momento histórico em que a democracia estava sendo desafiada na Europa por regimes fascistas.

Que ninguém se engane, portanto, quando deparar com as propostas de dificultar a criação de partidos, de estabelecer listas fechadas, o financiamento público de campanhas, o controle da imprensa ou do Judiciário. Elas nada têm de inocentes. Fazem parte da mesma concepção distorcida de sociedade que, espantosamente, só sobrevive entre os radicais do PT no Brasil e seus hermanos ideológicos na Argentina, Bolívia e Venezuela. Excluídos países inviáveis como Cuba e Coreia do Norte, no resto do mundo, da China ao Vietnã, da África do Sul à Nigéria e no Leste Europeu, os governos, suas instituições políticas e jurídicas estão empenhados em se abrir, modernizar-se, educar o povo e fortificar a classe média. Só no eixo Caracas-La Paz-Buenos Aires, do qual a presidente Dilma Rousseff tem guardado sábia e diligente distância, é que ainda sobrevive o caudilhismo bolivariano. É patético.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

Educação

Por Gilrikardo


Cada vez que me vejo diante do tema educação, lágrimas virtuais de vergonha e indignação percorrem minhas memórias. Momentos em que me sinto um "BOBÃO" ou "BOBALHÃO", pois dá para contar nos dedos as pessoas que realmente se importam ou sentem alguma coisa pelo estágio que se encontra nosso ensino. A grande massa, as maiorias, inclusive que nos cercam no dia a dia, como diria, estão NEM AÍ. Apesar dos pesares, continuarei na trilha que esta vida me legou... um idealista incorrigível.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ser feliz custa tão pouco

Por Gilrikardo

Sabe-se lá onde escutei alguém dizer que a nossa vida é aquilo que conseguimos lembrar. De fato, se lembramos reconhemo-nos, a aí entram aquelas boas e mágicas de nossa infância. Eu pelo menos até os nove ou dez anos só recordo das alegrias e felicidades vividas. Não existiam pessoas ruins nem maldades praticadas. Mas será que é isso mesmo? Ou é algum mecanismo de defesa que nos inibe dos desprazeres e sofrimentos naquela fase da vida?
Até pouco tempo quando ouvia de minha família que éramos pobres e que alguns parentes até fome haviam passado, não me foi possível acreditar... em sã consciência tal condição não cabia em mim... porque não havia lembranças que aludissem. Isso levou-me novamente a buscar o entendimento e não estava em mim, e sim naqueles que naquela época viveram. Em função de depoimentos confirmando nossas origens, desloquei-me para lá, onde registro minhas primeiras memórias deste mundo e o choque foi real... minhas memórias foram seletivas... selecionaram somente minhas alegrias, digo isso, porque parece-me impossível que alguém não passe privações e dificuldades morando num cantão daqueles... sem energia... sem saneamento básico... e sem mais um monte de não sei o que.
E em meio a isso, posso orgulhosamente citar que achar uma folha de jornal aos quatro ou cinco anos, para mim (segundo minhas memórias) era uma festa. Um alegria de descobertas sem fim. Recortava imagens. Brincava com as letras. Ficava olhando as propagandas de enlatados, de refrigerantes... tentava copiar em um pedaço de caderno que alguém me presenteara. Já daquela época a minha felicidade parecia atrelada à eterna busca do aprendiz. Estas são as primeiras memórias que resgato ao voltar-me às origens... Em meio à pobreza material parece que o espírito mantém a nossa dignidade aos nos privar das doloridas imagens enquanto não somos fortes o suficiente para carregar a nossa cruz.
 

Blog Diplomatizando

Pausa para um texto de... Martha Medeiros

(Com os agradecimentos a Pedro Nunes, pela correção de atribuição).
Paulo Roberto de Almeida

Morre lentamente quem não viaja,quem não lê ,quem não ouve musica,quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destroi o seu amor proprio ,quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito ,repetindo todos os dias o mesmo trajeto,quem não muda de marca , não se arrisca a vestir uma nova cor , ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televião o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão,quem prefere o negro sobre o branco,e os pontos sobre os iss em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho nos olhos, sorrisos dos bocejos,corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho , quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva que cai incedssante

Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo , não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não respondem quando lhe indagam sobre algo
que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.

SOMENTE A PERSEVERANÇA FARÁ COM QUE CONQUISTEMOS UM ESTÁGIO ESPLENDIDO DE FELICIDADE.

Martha Medeiros

terça-feira, 23 de abril de 2013

Dia Internacional do Livro

23 de abril




O Dia Internacional do Livro teve a sua origem na Catalunha, uma região da Espanha. A data começou a ser celebrada em 7 de outubro de 1926, em comemoração ao nascimento de Miguel de Cervantes, escritor espanhol. 

O escritor e editor valenciano, estabelecido em Barcelona, Vicent Clavel Andrés, propôs este dia para a Câmara Oficial do Livro de Barcelona. 

Em 6 de fevereiro de 1926, o governo espanhol, presidido por Miguel Primo de Rivera, aceitou a data e o rei Alfonso XIII assinou o decreto real que instituiu a Festa do Livro Espanhol.

No ano de 1930, a data comemorativa foi trasladada para 23 de abril, dia do falecimento de Cervantes.

Mais tarde, em 1995, a UNESCO instituiu 23 de abril como o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, em virtude de a 23 de abril se assinalar o falecimento de outros escritores, como Josep Pla, escritor catalão, e William Shakespeare, dramaturgo inglês.

No caso do escritor inglês, tal data não é precisa, pois que em Inglaterra, naquele tempo, ainda utilizava o calendário juliano, pelo que havia uma diferença de 10 dias apara o calendário gregoriano usado em Espanha. Assim Shakespeare faleceu efetivamente 10 dias depois de Cervantes.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A revolução de Gutenberg e as reformas brasileiras


Amanhã é comemorada uma das criações mais importantes da humanidade: o livro. A festa foi oficializada em 1930, em homenagem a Miguel de Cervantes e a William Shakespeare, que coincidentemente passaram para a imortalidade em abril de 1616. Entretanto, o maior mérito por sua popularização foi de um não escritor: Johannes Gutenberg.

Até o século 15, os livros eram caros, copiados a mão, feitos por encomenda e com muitos erros e diferenças de transcrição - alguns textos de Aristóteles chegam a ter oito versões diferentes. Havia uma seleção conveniente do que deveria ser produzido e muitas das reproduções eram alteradas. Serviam para preservar sistemas de poder e evitar mudanças nas relações sociais.

A inovação do uso de tipos móveis de impressão por Gutenberg objetivava apenas baratear os livros: estima-se que conseguiu um preço final 30 vezes menor que o do exemplar copiado a mão, além de oferecer um produto de melhor qualidade. Mas a inovação fez muito mais do que isso.

O uso da imprensa pode ser considerado como o marco de início do mundo moderno. O acesso a mais informação com livros mais baratos aumentou exponen-cialmente a alfabetização da classe média européia e fez com que novas ideias se propagassem pelo mundo. Uma análise estritamente quantitativa mostra uma elevação considerável e sustentada das taxas de crescimento econômico mundial a partir de então.

Os livros impressos quebraram o monopólio da aristocracia e da igreja na difusão do conhecimento. Dessa forma, detonaram uma série de revoluções no mundo: econômicas, políticas, religiosas e científicas. Decretaram o fim do geocentrismo e do absolutismo e o início da rotação de culturas na agricultura e das grandes navegações. Foram fundamentais para a transição entre a Idade Media e o mundo moderno.

Outra mudança radical provocada pela inovação de Gutenberg foi a Reforma Protestante. Ao conseguir imprimir milhares de copias de suas 95 teses e distribuí-las por toda a Europa, Lutero difundiu sua mensagem e granjeou seguidores.

As revoluções políticas na Europa e na America e a industrial na Inglaterra ilustram a força transformadora das ideias. Coincidentemente, os países que se ajustaram mais rapidamente foram os que mais cresceram. Há muitos paralelos entre a revolução de Gutenberg e o momento atual.

A transformação radical em razão da tecnologia e da globalização antecipa uma economia baseada no conhecimento e em cadeias produtivas globais. A questão central é a adequação das pessoas, empresas e países. Alguns, como a China, estão levando vantagem.

No Brasil, observa-se um crescimento menor do PIB e um encolhimento maior do setor industrial em relação ao resto da America Latina e do mundo. As explicações incluem a política educacional capenga, o protecionismo, reservas de mercado e o foco nos lucros de curto prazo. Vive-se uma realidade que exige um novo paradigma, com outras noções de tecnologia, tributação, logística, políticas macroeconômicas, velocidade de adaptação e de acesso ao conhecimento.

Para as empresas, as transformações implicam que os dois fatores-chave sejam sua inserção nas cadeias produtivas globais e a qualificação do capital humano. Em alguns setores as mudanças são mais rápidas que em outros. A opção é clara: ou um ajuste ou uma perda de mercados. É peremptório imaginar outras formas de produzir, distribuir e aprender.

O futuro do Brasil depende fundamentalmente de duas linhas de atuação: o aprimoramento da infraestrutura - física e institucional - para o setor empresarial e a política educacional.

Há uma agenda latente de reformas que deve ser retomada. É preciso avançar nas relações trabalhistas, numa justiça eficiente e rápida, na redução da burocracia, na segurança jurídica e na simplificação da tributação para dar competitividade internacional as empresas brasileiras. E requisito para incentivar investimentos de empréstimos locais e externos. Sem isso, as taxas de crescimento do PIB continuarão baixas.

O outro requisito para crescer é investir no capital humano. É possível imaginar a tecnologia a serviço da aprendizagem, com uso intensivo de ferramentas interativas que absorvam e ampliem a vontade de saber, multiplicando o potencial de cada aluno e professor. A educação nunca teve perspectivas tão promissoras.

É difícil prever o futuro do livro. Algumas inovações baratearam o custo de produção e distribuição, possibilitando edições menores e mais baratas. Há também novas formas de divulgação e armazenamento de informações, o que permite antecipar que o número de enciclopédias impressas seja reduzido e o uso de dispositivos de leitura como o Kindle e o iPad aumente. Entretanto, o encanto de um livro impresso bem escrito e encadernado com esmero ainda não tem substituto. Subsistira.

Finalizando. E dia de celebrações e de dar livros. Presto minhas homenagens a toda a cadeia produtiva do livro: autores, editores, professores, encadernadores, livreiros e a Raquel Santos da Silveira e Maria Olga Garcia, que tem o dom de transformar depósitos de livros em bibliotecas cheias de vida.

Para os leitores deste artigo, uma recomendação como economista, que pode ser comprada na versão impressa, mas também descarregada sem custos da internet: Lombard Street, de Walter Bagehot.

Publicada originalmente em 1873, a obra trata do sistema bancário inglês, na época, o centro financeiro do mundo. Com uma análise acessível de crises, do papel que deve ter o banco central, o livro mostra como um sistema de intermediação financeira bem ajustado pode contribuir para o desenvolvimento de um país, como ocorreu na Inglaterra do século 19 e pode ocorrer no Brasil de 2013. Causou uma revolução no pensamento bancário que perdura até hoje. Uma leitura imperdível. Recomendo. Feliz Dia do Livro a todos amanha!

Criaturas II


Índios de aldeia em Balneário Barra do Sul têm um dia de festa.Comando Voluntário Proteção Ambiental de Araquari levou
doações para os indígenas -
 Aline Machado Parodi - JOINVILLE

Criaturas

Gilrikardo disse: Criaturas que se parecem com índios, pois se índios fossem estariam vivendo sua cultura em locais reservados e próprios. Criaturas que parecem cidadãos, pois seus direitos são relativos. Não podem exercer plenamente os atos civis. Tais criaturas se prestam a atos patrocinados pelos nossos "bondosos" políticos quando em busca de algum interesse partidário ou pessoal. Assim tem sido desde o início da República, as criaturas utilizadas como massa de manobra. Comemorar o quê?

Índios fazem ministro da justiça participar da dança do doente. 
Ed Ferreira/Estadão

domingo, 21 de abril de 2013

Dilmês castiço


Já se tornou proverbial a dificuldade que a presidente Dilma Rousseff tem de concatenar ideias, vírgulas e concordâncias quando discursa de improviso. No entanto, diante da paralisia do Brasil e da desastrada condução da política econômica, o que antes causaria somente riso e seria perdoável agora começa a preocupar. O despreparo da presidente da República, que se manifesta com frases estabanadas e raciocínio tortuoso, indica tempos muito difíceis pela frente, pois é principalmente dela que se esperam a inteligência e a habilidade para enfrentar o atual momento do País.

No mais recente atentado à lógica, à história e à língua pátria, ocorrido no último dia 16/4, Dilma comentava o que seu governo pretende fazer em relação à inflação e, lá pelas tantas, disparou: 

"E eu quero adentrar pela questão da inflação e dizer a vocês que a inflação foi uma conquista desses dez últimos anos do governo do presidente Lula e do meu governo". 

Na ânsia de, mais uma vez, assumir para si e para seu chefe, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, os méritos por algo que não lhes diz respeito, Dilma, primeiro, cometeu ato falho e, depois, colocou na conta das "conquistas" do PT o controle da inflação, como se o PT não tivesse boicotado o Plano Real, este sim, responsável por acabar com a chaga da inflação no Brasil. Em 1994, quando disputava a Presidência contra Fernando Henrique Cardoso, Lula chegou a dizer que o Plano Real era um "estelionato eleitoral".

Deixando de lado a evidente má-fé da frase, deve-se atribuir a ato falho a afirmação de que a inflação é "uma conquista", pois é evidente que ela queria dizer que a conquista é o controle da inflação. Mas é justamente aí que está o problema todo: se a presidente não consegue se expressar com um mínimo de clareza em relação a um assunto tão importante, se ela é capaz de cometer deslizes tão primários, se ela quer dizer algo expressando seu exato oposto, como esperar que tenha capacidade para conduzir o governo de modo a debelar a escalada dos preços e a fazer o País voltar a crescer? Se o distinto público não consegue entender o que Dilma fala, como acreditar que seus muitos ministros consigam?

A impulsividade destrambelhada de Dilma já causou estragos reais. Em março, durante encontro dos Brics em Durban (África do Sul), a presidente disse aos jornalistas que não usaria juros para combater a inflação, sinalizando uma opção preferencial pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Em sua linguagem peculiar, a fala foi a seguinte: 

"Eu não concordo com políticas de combate à inflação que olhem a questão da redução do crescimento econômico. (...) Então, eu acredito o seguinte: esse receituário que quer matar o doente, ao invés de curar a doença, ele é complicado. Eu vou acabar com o crescimento no país? Isso está datado, isso eu acho que é uma política superada". 

Imediatamente, a declaração causou nervosismo nos mercados em relação aos juros futuros, o que obrigou Dilma a tentar negar que havia dito o que disse. E ela, claro, acusou os jornalistas de terem cometido uma "manipulação inadmissível" de suas declarações, que apontavam evidente tolerância com a inflação alta - para não falar da invasão da área exclusiva do Banco Central.

O fato é que o governo parece perdido sobre como atacar a alta dos preços e manter a estabilidade a duras penas conquistada, principalmente com um Banco Central submisso à presidente. Por razões puramente eleitorais, Dilma não deverá fazer o que dela se espera, isto é, adotar medidas amargas para conter a escalada inflacionária. Lançada candidata à reeleição por Lula, ela já está em campanha.

Num desses discursos de palanque, em Belo Horizonte, Dilma disse, em dilmês castiço, que a inflação já está sob controle, embora todos saibam que não está. 

"A inflação, quando olho para a frente, ela está em queda, apesar do índice anualizado do ano (sic) ainda estar acima do que nós queremos alcançar, do que nós queremos de ideal".

E completou: 

"Os alimentos também começaram a registrar, mesmo com todas as tentativas de transformar os alimentos no tomate (sic), os alimentos começaram uma tendência a reduzir de preço". 

Ganha um tomate quem conseguir entender essa frase.

sábado, 20 de abril de 2013

O governistas e suas mordomias

Gilrikardo disse: Enquanto perdurar essas atitudes, típicas de pessoinhas medíocres que se utilizam do poder em benefício próprio, continuaremos a rastejar como nação. 

Nas asas da FAB

O Estado de S.Paulo

Os cada vez mais numerosos ministros da presidente Dilma Rousseff estão transformando a Força Aérea Brasileira (FAB) em empresa de táxi aéreo. A prerrogativa do uso de jatinhos da FAB para transporte de autoridades, instituída prioritariamente para casos excepcionais, parece que se tornou regra, e a um custo bastante pesado para os cofres públicos. Em muitos casos, conforme noticiou o Estado (15/4), a agenda dos ministros é maquiada para se enquadrar nas exigências legais e, ao mesmo tempo, encobrir atividades privadas ou eventos partidários.

A regulamentação do uso de jatinhos da FAB pelos ministros, conforme o decreto presidencial 4.244, de maio de 2002, prevê que as aeronaves da FAB devem ser solicitadas, em primeiro lugar, "por motivo de segurança e emergência médica". Pela ordem de prioridade, só depois é que aparecem "viagens a serviço" e "deslocamentos para o local de residência permanente".

Além disso, o artigo 2.º diz que, "sempre que possível, a aeronave deverá ser compartilhada por mais de uma das autoridades", e o artigo 4.º autoriza os ministros a "optar por transporte comercial" nos casos de emergência e de deslocamento para a residência, com despesas pagas pelos Ministérios.

Em resumo, o decreto trata de situações que deveriam ser incomuns. No entanto, as 5,8 mil viagens dos ministros de Dilma, em pouco mais de dois anos de governo, mostram que o uso dos jatinhos da FAB está incorporado ao cotidiano da Esplanada dos Ministérios. A situação é tão constrangedora que, em janeiro de 2011, a presidente pediu a seus ministros que recorressem menos aos serviços da FAB e que usassem, sempre que possível, as companhias aéreas. Não se trata somente de pôr termo a um abuso rotineiro, mas de reduzir os gastos públicos, pois viajar em avião de carreira é muito mais barato. O apelo de Dilma, porém, caiu em ouvidos moucos: o número de voos com os jatinhos da FAB subiu 5% entre 2011 e 2012.

O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, por exemplo, requisitou um Embraer ERJ 145, com capacidade para 36 passageiros, para uma viagem a São Paulo em agosto de 2011, ocasião em que visitou o ex-presidente Lula. Em valores atualizados, estima-se que esse voo tenha custado R$ 6,6 mil. Se Adams optasse por um voo de carreira, a despesa teria sido de R$ 700. Está entre as atribuições do advogado-geral cuidar de casos de ex-presidentes, mas a agenda de Adams não registrou o encontro com Lula - logo, ele não estava oficialmente "a serviço".

Em janeiro passado, o vice-presidente Michel Temer usou um jatinho da FAB para ir a São Paulo, onde passou o dia em encontros de seu partido, o PMDB. De acordo com sua agenda, naquele dia ele não teve nenhum compromisso como vice. Em outubro de 2012, Temer se encontrou com Fernando Haddad, também em São Paulo, para conversar com o petista sobre o apoio do PMDB na disputa pela Prefeitura. Do mesmo modo, a agenda de Temer não registrou atividades relativas a seu cargo no governo naquela data.

Casos como esses são comuns. Em grande parte deles, os ministros marcam compromissos irrelevantes às sextas e às segundas-feiras nas cidades onde moram, para ter o conforto dos jatinhos no fim de semana. Quando informam qual serviço precisam prestar, os ministros descrevem situações genéricas. A agenda do ministro da Fazenda, Guido Mantega, assíduo cliente da Aeronáutica, justificou uma recente viagem a São Paulo, numa sexta-feira, dizendo que ele tinha "reuniões internas" no Banco do Brasil.

É evidente que os ministros não querem se juntar aos brasileiros comuns que se apinham nos balcões de check-in dos aeroportos, preferindo a mordomia oferecida pela FAB. Ao explicar o privilégio, porém, os ministros alegam que sua atitude nada tem de ilegal ou de imoral. O ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, chegou a dizer que, ao usar os jatinhos da FAB, estava colaborando para a manutenção das aeronaves, pois elas "necessitam voar determinadas horas". Talvez Cardozo ache que, em vez de criticá-lo, devíamos lhe ser gratos.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Wall Street Journal

Era digital muda conceito de sucesso literário




O livro de suspense pós-apocalíptico "Wool", de Hugh Howey, já vendeu mais de meio milhão de exemplares e gerou mais de 5.260 comentários no site da Amazon. Howey já recebeu mais de US$ 1 milhão em royalties e vendeu os direitos para o cinema para Ridley Scott, o diretor do filme "Alien" .

E a Simon & Schuster ainda nem lançou o livro.

Em um negócio raríssimo no setor editorial, a Simon & Schuster comprou os direitos para a publicação impressa de "Wool" (Lã, em tradução livre), permitindo que Howey conserve os direitos para o livro eletrônico. Em 2011, Howey lançou "Wool" por conta própria, como romance em capítulos, e adotou uma atitude inusitada ao recusar-se a vender os direitos para a publicação digital. No ano passado, ele rejeitou ofertas de mais de US$ 1 milhão por parte de diversas editoras, até chegar a um acordo com a Simon & Schuster, de mais de US$ 500.000, apenas para o livro impresso.

"Eu já estava ganhando, sozinho, mais de US$ 1 milhão, por isso foi fácil recusar", diz Howey, de 37 anos, que abandonou a faculdade e trabalhou como capitão de iate, operário da construção e empregado de livraria antes de começar a publicar seus próprios livros. "Eu pensei: 'Como vocês vão conseguir vender seis vezes mais do que eu estou vendendo agora?'"


Hugh Howey foi de desempregado a escritor cobiçado por grandes editoras  depois de vender capítulos de seu livro de ficção científica na web por US$ 0,99 cada.



É um sinal da grande mudança no equilíbrio do poder em favor dos autores, no novo panorama da publicação digital. No ano passado, os títulos publicados pelos próprios autores compuseram 25% dos livros mais vendidos pela maior varejista on-line do mundo, a Amazon. Quatro autores independentes já venderam mais de um milhão de exemplares para o leitor de livros eletrônicos Kindle, e 23 já venderam mais de 250.000, segundo a Amazon.

Editoras que antes ignoravam os autores independentes agora tentam furiosamente seduzi-los. No ano passado, mais de 60 autores independentes fecharam contratos com editoras tradicionais. Vários ganharam adiantamentos de mais de US$ 1 milhão. Alguns negociaram acordos que lhes permitem continuar a vender livros eletrônicos por conta própria, incluindo autores de livros românticos como Bella Andre e Colleen Hoover, que já venderam mais de um milhão de exemplares cada.

Os acordos que só cobrem o livro impresso continuam raríssimos. Poucos editores querem abdicar do segmento que mais cresce na indústria. Nos EUA, as vendas de livros eletrônicos para adultos, de ficção e não-ficção, cresceram 36% nos primeiros três trimestres de 2012, em comparação com o ano anterior. Em contraste, as vendas de livros em brochura para o mercado de massa encolheram 17% nesse período, e os livros de capa dura caíram 2,4%, segundo relatório recente da Associação Americana de Editores.

Os interessados no setor de publicação vão observar atentamente a experiência de "Wool", agora que as vendas começaram nos Estados Unidos. A Simon & Schuster lançou ao mesmo tempo uma edição em brochura e outra em capa dura, competindo diretamente contra a edição digital de Howey.

"Teríamos preferido possuir todos os direitos, mas vimos que isso não ia acontecer", diz o diretor geral e editor da Simon & Schuster, Jonathan Karp. "Foi uma circunstância muito incomum."

"Wool" se tornou um sucesso viral no fim do ano passado, poucos meses depois que Howey começou a publicar a série em cinco partes na Amazon. O romance se passa em um futuro pós-apocalíptico, onde alguns milhares de seres humanos restantes vivem em um silo subterrâneo gigantesco, de 144 andares. Os casais que querem ter um filho precisam entrar num sorteio; os bilhetes só são distribuídos quando alguém morre. Os cidadãos que infringem a lei são mandados para fora do silo, onde morrem sufocados no ar tóxico. Os que são enviados para morrer são obrigados a limpar a sujeira dos sensores digitais que transmitem imagens granuladas da paisagem em ruínas para uma tela dentro do silo. As imagens se destinam a lembrar aos moradores que o mundo fora do silo é mortal; mas alguns começam a suspeitar que seus líderes estão mentindo sobre o que há lá fora e de que modo o mundo acabou em ruínas.

"Wool" chegou ao mercado bem quando o setor de entretenimento estava procurando algum outro sucesso com um conceito distópico bem elaborado, tal como "Jogos Vorazes", trilogia de Suzanne Collins para jovens adultos, ou o romance pós-apocalíptico de vampiros "A passagem", de Justin Cronin.

O formato em série ajudou a criar interesse e expectativa entre leitores compulsivos, que ficavam desesperados para ler a continuação. Ao mesmo tempo, o preço de US$ 0,99 facilitava a compra por impulso de cada capítulo. "Wool" foi o livro que ganhou mais resenhas favoráveis na Amazon em 2012, com uma classificação média de 4,8 estrelas em um total de cinco. O romance parece interessar tanto homens como mulheres, e vem atraindo tanto fãs de ficção científica como o público geral, tal como aconteceu com "Jogos Vorazes".

Howey já demonstrou ser implacável para negociar e muito habilidoso no marketing. Ele enviou cópias gratuitas de "Wool" para blogueiros e autores de resenhas de livros do Goodreads, site de mídia social para leitores ávidos. Já de início, as resenhas entusiasmadas incentivaram mais gente a dar uma chance ao livro, e os comentários viraram uma bola de neve. Hoje "Wool" já tem mais de 12.500 avaliações e cerca de 2.200 resenhas no Goodreads. Howey também incentivou os fãs a produzirem representações artísticas e ficcionais situadas no universo de "Wool"; seus leitores já criaram capas de livros e escreveram pequenos romances com suas próprias versões da história. Ele recrutou 30 fãs ardorosos para serem leitores "beta", que revisam, de graça, as primeiras versões de seus livros.

A origem

Howey foi criado na zona rural da Carolina do Norte, filho de um agricultor e de uma professora. Na adolescência, devorava livros populares de ficção científica e sempre teve uma imaginação fértil. Ele estudou física e inglês na universidade Charleston College, mas abandonou os estudos no primeiro ano para viajar de barco pelas Bahamas. Trabalhou como capitão de iate, carpinteiro e técnico de uma empresa de áudio e vídeo.

Quatro anos atrás, ele decidiu tentar a vida como escritor. Ele estava desempregado e tinha uma ideia para um romance sobre um jovem piloto de espaçonave que viaja pela galáxia em busca do pai desaparecido. Ele vendeu o livro, "Molly Fyde and the Parsona Rescue", a uma pequena editora do Estado americano de Indiana por menos de US$ 1.000. As vendas foram escassas, mas ele continuou tentando. Depois de arranjar um emprego em uma livraria universitária, continuou escrevendo em todas as suas horas livres, de dia ou de noite.

"Wool" começou como um conto, que Howey escreveu rapidamente, em três semanas. Em julho de 2011 ele o colocou à venda na Amazon por US$ 0,99. Dentro de três meses a história já tinha vendido 1.000 cópias. Howey ficou abismado.

Os leitores imploraram por uma continuação, e em novembro Howey lançou a segunda parte. Nesse mês ele vendeu mais de 3.000 cópias. No mês seguinte lançou mais duas partes e vendeu cerca de 10.000 cópias no total. Em janeiro, lançou o capítulo final, por US$ 2,99, e publicou as cinco partes em um só volume, por US$ 5,99. Nesse mês ele vendeu, em conjunto, 23.000 cópias de todas as edições. "Wool" disparou na lista de best-sellers de ficção científica na Amazon. Howey largou o emprego.

Os agentes literários começaram a cortejá-lo. A maioria queria vender os direitos para as versões impressa e digital pelo lance mais alto. Howey não se interessou. Uma agente, Kristin Nelson, disse que ele não deveria ceder os direitos digitais, mas que ela poderia ajudá-lo a vender os direitos para outros países e para cinema e TV. Ele assinou com ela em janeiro do ano passado, e eles já venderam a série para 24 países. Os direitos para publicação em português foram adquiridos pela editora Intrínseca e o livro deve ser lançado no Brasil em junho.

Nelson também enviou "Wool" para editoras americanas, e recebeu algumas ofertas de menos de US$ 500.000. Howey recusou. Através da plataforma de autopublicação da Amazon, ele já estava recebendo 70% dos direitos autorais, que lhe davam uns US$ 40.000 por mês. A maioria das editoras oferecem ao autor 10% a 15% do preço de venda de um livro digital.

Nessa época Howey começou a vender versões de seus livros para os leitores eletrônicos Nook e Kobo, da Barnes & Noble, BKS -3.00% e também pela loja iTunes da Apple. Um agente da United Talent Agency começou a oferecer os direitos de filmagem. Três estúdios deram lances pelo livro. Os direitos acabaram ficando com a 20th Century Fox e a produtora de Ridley Scott, diretor dos grandes sucessos de ficção científica "Alien" e "Blade Runner, o Caçador de Andróides", que pagaram US$ 500.000. O roteirista e diretor independente J. Blakeson está escrevendo o roteiro.

Com esses acordos no bolso Howey, que nessa época estava ganhando US$ 120.000 por mês, encontrou-se com cinco editores em Nova York. Mas apenas uma reunião correu bem, feita com Karp, o diretor da Simon & Schuster. Howey insistiu em um acordo de coedição, onde ele ficaria com os direitos para versões digitais e a Simon & Schuster com os direitos para livros impressos, em brochura e capa dura. Karp foi evasivo e disse que entraria em contato.

No meio do ano, as vendas digitais de "Wool" dispararam. Howey continuou a escrever e publicar novos livros por conta própria. Nessa época, a agente dele recebeu um e-mail de Karp, perguntando se ele ainda aceitaria um acordo apenas para os livros impressos.

A Simon & Schuster agora precisa transformar esse sucesso digital (Howey continua vendendo 50.000 versões eletrônicas por mês) em um grande sucesso de vendas como livro impresso tradicional.

"Muitas coisas que normalmente nós costumamos ensinar aos autores, Hugh foi esperto o suficiente para fazer sozinho", diz Richard Rhorer, responsável pelo marketing da Simon & Schuster no exterior.

Howey acaba de voltar de uma turnê pela Europa, onde "Wool" recentemente chegou às listas de best-sellers. Ele começa a se sentir mais como um autor estabelecido. "A indústria editorial está mudando tão rápido que todos nós somos especialistas do mesmo nível", disse. "Estamos todos tentando desvendá-la."

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Fatalidade ou fatal idade

Drogas14/04/2013 | 21h55

Polícia investiga morte de adolescente por overdose em Joinville




Por Gilrikardo

Ao ler a matéria cuja manchete reproduzi acima, não pude evitar o meu pitaco que segue: hoje em dia uma moça de dezessete anos não pode ser considerada adolescente, ainda mais se trabalha e estuda - atividades que exigem responsabilidade. Além disso, creio que era esclarecida o suficiente para saber que correria algum risco ao ingerir "balinha" de substância entorpecente. Foi levada pela curiosidade, será? Foi a primeira vez? Talvez, talvez e talvez! Agora só restam as hipóteses. Meu pêsames à família da jovem e meu sincero lamento. 
 
Isso me leva aos meus tempos de “drogado”, sim, já passei essa fase. Iniciou-se com colegas de escola oferecendo “benzina”, um tipo de lança perfume de pobre. Cheirávamos aquilo e já era possível perceber que nossos corações prestes a explodir. Alucinações e visões malucas dominavam cada mente a sua maneira. Foi a porta de entrada para o refinamento do aprendizado de buscar novas drogas. A maconha ainda não era popular, muito menos a cocaína, então sobrava além da benzina, os comprimidos ditos “boletas”- anfetaminas e afins como Mandrix (Mandrax), Anaroxil, Estenabina, Disbutol, Preludin, Mequalon, Lipomax, .... E naqueles dias, se alguém fosse tachado de boleteiro, tava ferrado em mais alto grau. Era considerado um pária. Na minha turma ninguém chegou a tal nível, mas andamos perto. Eramos loucos, mas não burros, como diria meu pai em certa ocasião, assim muito devagar cada um experimentava a dose que imaginasse suficiente (na verdade ninguém sabia dos verdadeiros limites), alguns se contentavam com uma bola, outros duas, três, quatro... e por aí a fora. Certa vez, sozinho em casa, fui para meu quarto e detonei um vidro de Reactivan, fiquei dois dias com o olhar pregado na parede, sem dormir. Foi o maior susto que tomei. E a partir dali meus dias de drogado estariam contados. Mas isto é história para outra hora. 
 
Voltando a menina. Acredito na fatalidade, e não adianta os paladinos virem empunhar bandeiras contra isso ou contra aquilo. Desejar fechar a boate ou casa de shows, responsabilizar outros pela decisão que sempre passará pela escolha individual de cada pessoa. Desde que o mundo aí está, o ser humano persegue o prazer... pouco importa a fonte... então novas drogas virão, novos drogados surgirão, e estatisticamente falando, é provável que novas mortes também.

Adendo da Wikipédia sobre anfetaminas
 
As principais drogas sintéticas proscritas são:

Anfetamina: (“Bolinha” ou “arrebite”). Droga produzida desde 1927 como vasoconstrictor, com ação semelhante à cocaína. Muitas drogas sintéticas são derivadas de anfetaminas.
LSD 25 (Dietilamida de ácido lisérgico). Sintetizado em 1938, e usado como alucinógeno a partir da década de 1950.
Quetamina (Special-K): Anestésico de uso veterinário e humano na forma líquida ou cristal branco que é aspirado. Foi produzido nos anos a partir da década de 1960.
GHB (ácido gama-hidroxibutírico): É usado na forma de sal ou diluído em água (conhecido como “ecstasy líquido”). Inicialmente foi produzido como anestésico, e a partir dadécada de 1960 como droga alucinógena.
GLB (Gama-butirolactona). Derivado do GHB, utilizado com a mesma finalidade.
PCP (Cloridrato de eniciclidina). Pó branco cristalino solúvel em água que surgiu nos anos 70. É inalado, ingerido ou injetado
Cetamina. Droga anestésica derivada do PCP para uso veterinário e humano produzida em 1965, utilizado logo como alucinógeno.
DOB (2,5-dimetoxi-4-bromoanfetamina). Conhecida desde 1967. É um derivado da anfetamina, podendo ser usado como base para a produção do ecstasy.
PMA ( Para-metoxianfetamina ) . Afetamina modificada.
PMMA (Para-metoximetilanfetamina). Anfetamina modificada produzida com o nome de “mitsubishi”
2-CB ( 4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina) . Conhecida como “nexus” tem efeito psicodélico semelhante ao LSD.
2-CT-7 ( 2,5-dimetoxi-4(n)-propiltiofenetilamina ) com efeito psicodélico semelhante ao LSD. O D-CB e o 2-CT-7 foram produzidos na década de 70.
MDMA ( Ecstasy , extase ) : Um derivado de anfetamina. Comprimido ingerido por via oral. O ecstasy foi sintetizado em 1912, e o seu uso como entorpecente iniciou-se na década de 70 nos EUA.
4-MTA (4-metiltioanfetamina) (“flatliner”) é uma anfetamina modificada produzida nos anos 70.
Ice. Uma anfetamina modificada. Um cristal branco semelhante ao gelo. Pode ser injetado, ingerido ou inalado. Surgiu nos anos 80.
Anabolizante: Versão sintética da testosterona. Comprimidos ou ampolas. Via oral ou intramuscular para aumentar a massa corporal.
MPTP (1-metil-4-fenil-1,2,3,6-tetrahidropiridina ) – Surgiu na década de 80 provocando sintomas semelhantes ao mal de Parkinson.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Gritoooooo...

Por Gilrikardo

Caldeirão de idéias, sonhos e frustrações que fervilham entre o montão de gentes contaminados pelo natural egoísmo humano, faz o dia a dia de nossa cidade. Assim, nem sempre a verdade é tão clara, a mentira é tão ingênua; são os respingos da hipocrisia dando tempero aos destemperados... 

Oh! ingratidão... 
onde estás tu 
delicadas promessas 
palavras doces eivadas de fel... 
travestidas... 
palavras par-ti-das... 
paridas ao léu. 
PT saudações.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

E lá... onde as leis "pegam"

ADOLESCENTES INGLESES CONDENADOS À PRISÃO PERPÉTUA POR ASSASSINATO, e aqui no Brasil ainda se discute o que é adolescente... o que é maioridade... o que significa perpétua... se a lei pega ou não pega...

Connor Doran, 17, Brandon Doran, 14, and Simon Evans, 14
Fonte: BBC News

Direita versus Esquerda


Por Gilrikardo

Cena inusitada esta semana em minha querida Joinville, pessoas se avolumando em torno de um local ladeado por duas atrações simultâneas. À esquerda um parque com roda gigante, carrinhos elétricos, trem fantasma, lanchonetes e muita música para embalar as brincadeiras. À direita, no Centreventos, a décima edição da feira do livro, para quem acompanha os livros durante o ano todo, a feira serve para manter acesa a chama de que ali encontraremos edições baratas e interessantes – neste ano tal expectativa não emplacou. Ao ver a multidão ainda no estacionamento, imaginei para que lado iriam. Qual atração levaria aquele público. Aos poucos o pátio foi esvaziando, caminhei para o outro lado da rua para conferir o destino. Mais uma vez fiquei decepcionado, torci, torci, como um doido varrido, desejei que aquelas almas rumassem para à direita, mas de nada adiantou minha torcida. Pouco a pouco se dirigiram para o parque e eu para a direita, direto à feira.

domingo, 14 de abril de 2013

Motoristas?!?!?

Por Gilrikardo

O que dizer de pessoas que ligam o alerta de seus carros em situações diversas - paradas em fila dupla, estacionadas em cima da calçada, em locais de parada proibida, rodando em baixíssima velocidade, ou em alta velocidade, em faixas para pedestres, em vagas destinadas a idosos ou deficientes... enfim da maneira que não encontramos no código nacional de trânsito. Em outras palavras, em desacordo com a lei. E não é simples observação minha, essa prática está pegando corpo, e a cada dia mais pessoas se utilizam de tal artimanha  que parece o  clássico jeitinho brasileiro. 
É dessa maneira que as pessoas desmoralizam ou esvaziam o senso de utilidade do sinal de alerta. Aqui veremos acontecer o que acontece com aquela pessoa mentirosa que após tanto mentir perde a credibilidade, e infelizmente quando conta a verdade ninguém lhes dá ouvido. Assim, ao se ver um carro com o alerta ligado, de imediato deduzimos, é tudo, menos uma EMERGÊNCIA. Ai então, se por acaso vier a ser real perigo, o condutor correrá riscos devido aos motoristas não associarem as piscadas a ocorrências anormais. 
Ultimamente, para mim o sinal de alerta é um aviso de que ali vai um motorista mal educado (em leis de trânsito), além de nota muita baixa em urbanidade.

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Lei 9503 – Código de Trânsito Brasileiro

PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em caráter de advertência, destinada a indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência.

Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações:
a) em imobilizações ou situações de emergência;
b) quando a regulamentação da via assim o determinar;

Capítulo XV Das Infrações

Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:

I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de emergência;
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes situações:
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
b) em imobilizações ou situação de emergência, como advertência, utilizando pisca-alerta;
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar o uso do pisca-alerta:

Infração - média R$ 85,13
Penalidade - multa.

sábado, 13 de abril de 2013

Competência x Solidariedade

O mercado de trabalho valoriza mais as habilidades cognitivas e emocionais não porque os nossos empregadores sejam mesquinhos, mas porque, em um mercado competitivo, precisam remunerar seus trabalhadores de acordo com sua produtividade.

Essa é a lógica inquebrantável do sistema de livre-iniciativa.

Não adianta pedir ao gerente de recursos humanos que seja “solidário” na hora da contratação e leve em conta que os candidatos à vaga vêm de origens sociais diferentes, porque, se o recrutador selecionar o funcionário menos competente, o mais certo é que em breve ambos estejam solidariamente no olho da rua.
 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Educação

Gilrikardo disse: O artigo abaixo representa um dos grandes motivos porque sou contra a idéia de nivelar as pessoas. Não é possível desejar que pessoas sejam do mesmo nível, o aceitável e necessário é fornecer oportunidades para todos. Agora almejar que tenham a mesma competência ou que adquiram igualmente o mesmo número de conhecimento É COISA DE COMUNISTA OU SOCIALISTA OU SEI LÁ O NOME SE DÁ para aberrações como essa. Vou me incluir no exemplo. Quem me acompanha no blog já percebeu minha atenção à educação e a política, pois são temas que diariamente abordo aqui, e por extensão tenho levado-os ao conhecimento de meu filho de quinze anos. Inclusive incitando-o a encontrar soluções para muitas incógnitas que surgem, não que isso vai resolver algum problema nacional, mas com certeza dará a ele ferramentas para melhor raciocinar e melhor encontrar soluções para os próprios questionamentos. Pergunto quantos pais da sala de aula de meu filho se dispõem a esse aprendizado... nem 1% imagino eu. Agora imaginem quantas pessoas de quinze anos que não conseguem nem ler e nem escrever direito rolam por aí. Então, o que esse nosso governo de quinta categoria persegue é desejar que eu lute pela ignorância de meu filho, pois só assim será possível um certo nivelamento, POR BAIXO.

Por Gustavo Ioschpe / Revista Veja

A utopia sufoca a 
educação de qualidade

"Se a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho"

Um dos males que assolam nossa educação é a esperança vã de pensadores e legisladores de que uma escola que mal consegue ensinar o básico resolva todos os problemas sociais e éticos do país. Eles criaram um sistema com um currículo imenso, sistemas de livros didáticos em que o objetivo até das disciplinas científicas é formar um cidadão consciente e tolerante. Responsabilizaram a escola pela formação de condutas que vão desde a preservação do meio ambiente até os cuidados com a saúde; instituíram cotas raciais e forçaram as escolas a receber alunos com necessidades especiais. A agenda maximalista seria uma maneira de sanar desigualdades e corrigir injustiças. O Brasil deveria questionar essa agenda.

Primeira pergunta: nossas escolas conseguem dar conta desse recado? 

A resposta é, definitivamente, não. Estão aí todas as avaliações nacionais e internacionais mostrando que a única igualdade que nosso sistema educacional conseguiu atingir é ser igualmente péssimo. Copiamos o ponto final de programas adotados nos países europeus sem termos passado pelo desenvolvimento histórico que lhes dá sustentação. 

Segunda pergunta: esse desejo expansionista faz bem ou mal ao nosso sistema educacional? 

Será um caso em que mirar no inatingível ajuda a ampliar o alcançável ou, pelo contrário, a sobrecarga faz com que a carroça se mova ainda mais devagar? Acredito que seja o último. Por várias razões.

A primeira é simplesmente que essas demandas todas tornam impossível que o sistema tenha um foco. Perseguir todas as ideias que aparecem -- mesmo que sejam todas nobres e excelentes -- é um erro. Infelizmente, a maioria dos nossos intelectuais e legisladores não tem experiência administrativa, e acredita ser possível resolver qualquer problema criando uma lei. No confronto entre intenções e realidade, a última sempre vence.

A segunda razão para preocupação é que, com uma agenda tão extensa e bicéfala -- formar o cidadão virtuoso e o aluno de raciocínio afiado e com conhecimentos sólidos --, sempre é possível dizer que uma parte não está sendo cumprida porque a prioridade é a outra: o aluno é analfabeto, mas solidário, entende? (Com a vantagem de que não há nenhum índice para medir solidariedade.)

E, finalmente, porque quando as intenções ultrapassam a capacidade de execução do sistema o que ocorre é que o agente -- cada professor ou diretor -- vira um legislador, cabendo a ele o papel de decidir quais partes das inatingíveis demandas vai cumprir. Uma medida que deveria estimular a cidadania tem o efeito oposto: incentiva o desrespeito à lei, que é a base fundamental da vida em sociedade. 

Terceira pergunta: mesmo que todas essas nobres intenções fossem exequíveis, sua execução cumpriria as aspirações de seus mentores, construindo um país menos desigual? 

Eu diria que não apenas não cumpriria esses objetivos como iria na direção oposta. Deixe-me dar um exemplo com essas novas matérias inseridas no currículo do ensino médio -- música, sociologia e filosofia. A lógica que norteou a decisão é que não seria justo que os alunos pobres fossem privados dos privilégios intelectuais de seus colegas ricos. O que não é justo, a meu ver, é que a adição dessas disciplinas torna ainda mais difícil para os pobres se equiparar aos alunos mais ricos nas matérias que realmente vão ser decisivas em sua vida. A desigualdade entre os dois grupos tende a aumentar. A triste realidade é que, por viverem em ambientes mais letrados e com pais mais instruídos, alunos de famílias ricas precisam de menos horas de instrução para se alfabetizar. É pouco provável que um aluno rico saia da 1ª série sem estar alfabetizado, enquanto é muito provável que o aluno pobre chegue ao 3º ano nessa condição. O aluno rico pode, portanto, se dar ao luxo de ter aula de música. Para nivelar o jogo, o aluno pobre deveria estar usando essas horas para se recuperar do atraso, especialmente nas habilidades basilares: português, matemática e ciências. É o domínio dessas habilidades que lhe será cobrado quando ingressar na vida profissional. Se esses pensadores querem a escola como niveladora de diferenças, se a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho. O que, por sua vez, presume uma educação desigual entre pobres e ricos, fazendo com que a escola dê aos primeiros as competências intelectuais que os últimos já trazem de casa. Estou argumentando baseado em uma lógica supostamente de esquerda (digo supostamente porque, nesse caso, é transparente que as boas intenções dos revolucionários de poltrona só aprofundam as desigualdades que eles pretendem diminuir).

O mercado de trabalho valoriza mais as habilidades cognitivas e emocionais não porque os nossos empregadores sejam mesquinhos, mas porque, em um mercado competitivo, precisam remunerar seus trabalhadores de acordo com sua produtividade. Essa é a lógica inquebrantável do sistema de livre-iniciativa. Não adianta pedir ao gerente de recursos humanos que seja “solidário” na hora da contratação e leve em conta que os candidatos à vaga vêm de origens sociais diferentes, porque, se o recrutador selecionar o funcionário menos competente, o mais certo é que em breve ambos estejam solidariamente no olho da rua. Não conheço nenhum estudo que demonstre o impacto de uma educação filosoficamente inclusiva sobre o bem-estar das pessoas. Mas há vários estudos empíricos sobre a desigualdade no Brasil. O que eles informam é assustador: o fator número 1 na explicação das desigualdades de renda é, de longe, a desigualdade educacional (disponíveis em twitter.com/gioschpe). Ao criarmos uma escola sobrecarregada com a missão de não apenas formar o brasileiro do futuro mas corrigir as desigualdades de 500 anos de história, nós nos asseguramos de que ela se tornará um fracasso. A escola não pode fracassar, pois é a alavanca de salvação do Brasil.

O tipo de escola pública que queremos é uma discussão em última instância política, e não técnica. É legítimo, embora estúpido, que a maioria dos brasileiros prefira uma educação que fracasse em ensinar a tabuada mas ensine bem a fazer um pagode. Acrescento apenas uma indispensável condição: que a população seja informada, de modo claro e honesto, sobre as consequências de suas escolhas. Quais as perdas e os ganhos de cada caminho. O que é, aí sim, antidemocrático e desonesto é criar a ilusão de que não precisamos fazer escolhas, de que podemos tudo e de que conseguiremos obter tudo ao mesmo tempo, agora. Infelizmente, é exatamente isso que vem sendo tentado. Nossas lideranças se valem do abissal desconhecimento da maioria da população sobre o que é uma educação de excelência para vender-lhe a possibilidade do paraíso terreno em que professores despreparados podem formar o novo homem e o profissional de sucesso. Essa utopia, como todas as outras, acaba em decepção e atraso. Essa pretensa revolução, como todas as outras, termina beneficiando apenas os burocratas que a implementam.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Blog Polibio Braga

Gilrikardo disse: Para piorar nossa situação educacional, os governantes continuam insistindo na ladina prática desonesta de sensibilizar somente os índices, em detrimento de ações concretas de reformas, valorização, formação exigidas para se buscar a verdadeira qualidade. A vergonha é repetidamente conduzida através das séries continuadas e da obrigatoriedade de se bem avaliar os alunos independente de seus resultados nas provas, na sala de aula, nas atitudes, enfim existe um clima: "se é aluno, é bom, passa de ano, e pronto". Nossos índices exigem bom desempenho, o engodo é que se tem oferecido. Pelo interesse e através das próprios atitudes, nossos políticos ainda apostam na enganação. Até onde iremos ninguém sabe. Vergonha pouca é bobagem, acorda Brasil!

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Matemática e ciências no país são piores do que na Etiópia

Relatório do Fórum Econômico Mundial coloca sistema educacional brasileiro na 116ª posição entre 144 nações avaliadas. Brasil está na 132ª posição em ranking que mede qualidade dos ensinos de ciências e matemática.

Um relatório do Fórum Econômico Mundial, publicado na quarta-feira, aponta o Brasil como um dos piores países do mundo nos ensinos de matemática e ciências. Entre 144 nações avaliadas, o país aparece na 132ª posição, atrás de Venezuela, Colômbia, Camboja e Etiópia. Outro dado alarmante é a situação do sistema educacional, que alcança o 116º lugar no ranking - atrás de Etiópia, Gana, Índia e Cazaquistão. Os dois indicadores regrediram em relação à edição 2012 do relatório, em que estavam nas 127ª e 115ª posições, respectivamente.


O estudo indica como uma das consequências do ensino deficiente a dificuldade do país para se adaptar ao mundo digital, apesar dos investimentos públicos em infraestrutura e de um certo dinamismo do setor privado. "A qualidade do sistema educacional, aparentemente, não garante às pessoas as habilidades necessárias para uma economia em rápida mudança", diz o levantamento. 

Em comparação com o ano passado, o Brasil subiu apenas da 65ª para a 60ª posição no ranking que mede o preparo das nações para aproveitar as novas tecnologias em favor de seu crescimento. Apesar de ter galgado posições, os autores do relatório destacam que o lugar ocupado pelo país não condiz com sua economia, entre as sete maiores do mundo. Na América Latina, Chile, Panamá, Uruguai e Costa Rica, por exemplo, são considerados mais bem preparados para os novos desafios da era digital. 

O número de usuários de internet no Brasil também não chegava ainda a 45%, o que deixa o Brasil na 62.ª posição nesse critério, abaixo da Albânia. Apenas um terço dos brasileiros tem internet em casa. A taxa despenca para apenas 8% se o critério for o número de casas com banda larga. O Brasil não é o único a passar por essa situação. "Os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) enfrentam desafios", diz o informe.

"O rápido crescimento econômico observado em alguns desses países nos últimos anos poderá ser ameaçado, caso não forem feitos os investimentos certos em infraestruturas, competências humanas e inovação na área das tecnologias da informação", alerta o relatório.