quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Yoani Sánchez

Prezado Leitor(a), não dá para não perceber a presença dos "bloggers" neste mundo, eu entre eles. Somos iguais aos idealistas definidos por Nietzsche, se fizerem do nosso céu um inferno, aí então, idealizaremos o inferno nosso céu. É assim que percebo a Yoani Sánchez, tema de meu blog hoje:

Minha ficha caiu

Desde que a blogueira apareceu por aqui fiquei de olho nas manchetes e no mundo virtual para esclarecer-me. Pois a dúvida ainda caminhava comigo, afinal de contas essa moça está a serviço de alguém ou é uma simples "blogger", como se autodenomina. Ao acompanhar as entrevistas ficou claro que ela é bem articulada, inteligente, fala mansamente, e com todas as letras, isto é, sem titubear ou perder-se no raciocínio. Mostra com isso boa cultura e que de fato está se preparando para ser jornalista na "New Cuba" que se aproxima, segundo ela.

Por isso, nesta semana, dediquei-me à leitura e pesquisa em alguns blogs cubanos. Onde constatei algo que a Yoani fez questão de enfatizar em suas falas, o fenômeno tecnológico das comunicações pegou os irmãos Castro de surpresa. Pois ela imagina que eles não deram a devida importância ou concluíram que não passava de curiosidade do povo essa tal internet e seus blogs somados às facilidades proporcionadas pela informática ao armazenar e/ou distribuir informações em "terabytes" através de CD, DVD, HD, Pendrive, etc... E é por aí que está surgindo a "Nova Cuba", são milhares de blogueiros tentando construir um novo caminho para o futuro. É a temível propagação das idéias viajando porta a fora.
 
Mea Culpa – Há tempos venho detonando CÚba. Só agora percebi que meu real desejo é enterrar o comunismo, as ditaduras e os irmãos Castro, últimos representantes do atraso. E nessa luta, quem paga o pato mais uma vez, são os cubaneiros (povo em sua maioria) que não têm nada a ver com os revolucionários de meia pataca. Após dezenas de blogs visitados, encontrei um post cujo conteúdo poderia dizer, faço minhas tais palavras e "gracias" que posso rever minha opinião quantas vezes for necessário:
 
“No tiene importancia si es una falsa heroína, alguien que sólo busca protagonismo, una mártir o una chica que se cansó y se volvió “loca”. Eso no tiene la más mínima relevancia porque en sus post, no he descubierto una sola mentira. Porque a pesar de todo, es una persona valiente, una persona que defiende los derechos de los ciudadanos de su país. Eso es siempre admirable. Fonte: Hasta cuándo!"


P.S. "Numa entrevista, Yoani deixou claro que o blog foi a única alternativa que se apresentou e se apresenta para os milhares de cubanos que desejam expressar-se, principalmente com opiniões contra os governistas."

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As imagens abaixo representam muito mais daquilo que tentei descrever. (Pior cego é aquele que não quer ver)




Festa de final de ano na casa da Yoani


Olha a tecnologia sinalizando o caminho


Ninguém segura essa onda, 
blog para quem não tem internet!



Brasil vergonhoso

Aprovar a PEC 37 é autorizar veladamente a corrupção
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?id=1327450&tit=Aprovar-a-PEC-37-e-autorizar-veladamente-a-corrupcao

Parlamentares sergipanos são contra a PEC 37
http://www.cnpg.org.br/index.php/noticias-cnpg/2013-parlamentares-sergipanos-sao-contra-a-pec-37

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O PT que a maioria não vê

Bolsonaro critica comissão e Genoino decide abandonar o plenário da Câmara


Mensaleiro condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, o deputado José Genoino (PT-SP) abandonou o plenário da Câmara, na tarde desta quarta-feira, quando o deputado Jair Bolsonaro (PTB-RJ) fazia novo discurso criticando a atuação da chamada Comissão da Verdade, que apura denúncias contra agentes do Estado, durante a ditadura. Militar de carrera, Bolsonaro já repetiu inúmeras vezes a acusação de que Genoino, que foi preso enquanto participava da guerrilha da reigão do Araguaia, acabou entregando companheiros durante os interrogatórios “sem ter sido torturado”.






Simples assim

Para nós sobra corrupção e falta educação. Como resolver essa incógnita? Como tornar o futuro mais atraente para nossos jovens? 

Revista Época - Entrevista

Yoani Sánchez: "Posso ter muito pouco, porque o mais importante está desta pele para dentro"


A blogueira cubana fala a ÉPOCA sobre política, liberdade, cabelos e vaidade

O longuíssimo cabelo ondulado está, como de costume, ajeitado ao longo do corpo. No rosto, nada de maquiagem. Nas orelhas, brincos com as letras G e Y, formando o logo de seu blog, Generación Y. No pulso, uma fitinha do Senhor do Bonfim, sinal de sua passagem pela Bahia. Foi assim que a blogueira cubana Yoani Sánchez recebeu ÉPOCA na manhã desta sexta-feira (22), no apartamento em que está hospedada em São Paulo. 

Na conversa de quase 40 minutos, Yoani falou sobre as impressões que teve do Brasil, as manifestações contra a sua visita, a política e o futuro de Cuba e também sobre vaidade, incluindo seus enormes fios de cabelo. "Meu cabelo é livre e selvagem como eu. Tem seu espaço e eu tenho o meu. Nós nos respeitamos (risos)." Esse respeito à cabeleira vem desde 2005. Foi naquele ano, segundo ela, a última vez que cortou o cabelo. Yoani revela que já teve um visual bem diferente: "De 1992 a 1994, raspei a cabeça. Primeiro porque era a época de Sinéad O’Connor (cantora irlandesa que tinha o cabelo raspado) e estava na moda. Mas também porque Cuba vivia uma crise econômica tão grande com o fim da União Soviética que conseguir xampu era quase impossível. Em meio a esse colapso houve um surto de piolho. Para não ter esses problemas, raspei". 

Yoani diz que não se maquia e não faz as unhas. Mas isso não quer dizer que não seja vaidosa. "A minha vaidade se reflete em outra coisa. Mais que a vaidade física, não passo minha vida vendo as coisas que não escolhi, compreende? São coisas que não selecionei. Uma é o meu corpo. Veio assim..." A blogueira afirma que ter sido adolescente em um período econômico muito difícil em Cuba a fez aprender a viver sem desejar muitos bens materiais. "Tenho vivido sem nada, sei que posso sobreviver sem nada e sigo sendo eu mesma. Posso ter muito pouco, porque o mais importante está desta pele para dentro", diz Yoani, beliscando a pele de seu braço. 





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Yoani Sánchez: 

"Escutar o outro é básico para a democracia" A dissidente cubana diz ter "pena" dos militantes que tentaram impedi-la de falar em sua visita ao Brasil e defende uma investigação sobre os protestos

JULIANO MACHADO

A conversa com a blogueira cubana Yoani Sánchez, de 37 anos, começa com uma brincadeira: "Aqui posso falar tranquila, não?" Depois de cinco anos de frustrados pedidos ao governo comunista para viajar ao exterior, Yoani escolheu o Brasil para iniciar seu giro de cerca de 80 dias por mais de dez países da América Latina e Europa. Na estada de uma semana por aqui, foihostilizada diversas vezes por manifestantes de grupos de esquerda, que tentaram impedi-la de falar ou responder as suas perguntas. A exibição de um documentário em que é o tópico central, em Feira de Santana, Bahia, e o relançamento de seu livro De Cuba, com carinho (Editora Contexto), em São Paulo, foram interrompidos por causa da balbúrdia. A ÉPOCA, Yoani cobrou uma investigação sobre esses episódios e disse suspeitar da influência direta do regime cubano na organização dos protestos. Ela falou também sobre seu futuro numa possível Cubademocrática e por que não sonha ser presidente de seu país. "Falta-me cinismo para a política." Mas também falou de temas amenos, como seu longuíssimo cabelo, que definiu como "livre e selvagem como eu".

ÉPOCA - Que mensagem a senhora pensava em trazer ao Brasil? Conseguiu transmiti-la?
Yoani Sánchez - Uma mensagem de esperança. A sociedade civil em Cuba está alcançando uma maturidade que vale a pena mostrar ao mundo. É uma Cuba plural, porque às vezes os estereótipos nos fazem parecer uma ilha verde-oliva (referência à cor dos uniformes militares). Queria dizer ao Brasil: "Somos tão plurais e diversos como vocês, só precisamos de um marco legal para expressar essa pluralidade." Acho que consegui colocar minha voz, apesar de ter sido interrompida muitas vezes.

ÉPOCA- E por que o Brasil como primeiro destino?
Yoani - Porque gosto de ser desafiada (risos). Durante os anos em que me foi negado sair de Cuba, vieram do Brasil as maiores manifestações de apoio, inclusive nos momentos em que já tinha perdido as esperanças. Tinha de vir ao Brasil primeiro para receber o abraço dessas pessoas.

ÉPOCA- Não é irônico o fato de que este mesmo Brasil que apoiou tanto sua vinda também a hostilizou?
Yoani - Nunca pensei em encontrar um país homogêneo racial, cultural ou religiosamente, muito menos ideologicamente. Não esperava um país em que todos pensassem igual.

ÉPOCA- Mas a senhora imaginava ser recebida como foi?
Yoani - Imaginava. Dias antes de viajar, vários blogs oficialistas de Cuba, quase sempre anônimos, já advertiam que me dariam uma resposta contundente no Brasil. Talvez para vocês seja algo pouco comum alguém ser impedido de falar num evento público, mas para mim não é. Desde pequena, testemunho manifestações de ódio em Cuba. Me dá um pouco de pena dessas pessoas (os manifestantes brasileiros). Elas têm muito poucos argumentos. Estava muito aberta ao debate, mas o que encontrei do outro lado foi o extremismo, com gritos e palavras de ordem. Foi um ódio excessivo. Muitos deles nem sequer me conheciam ou leram meus textos. Repetem clichês que não se ajustam à realidade.

ÉPOCA - E a sensação de ter sido escoltada pela Polícia Legislativa no caminho para a Câmara dos Deputados?
Yoani - Foi a primeira vez que passei por isso. E ocorreu com uma cidadã pequenininha, que não tem nenhuma importância, como o governo cubano diz. É paradoxal. Se não sou nada importante, por que me proteger tanto? Estamos falando de uma pessoa que nunca militou por nenhum grupo político, nunca agrediu ou matou ninguém, mas apenas põe suas ideias em um blog. É realmente sintomático, como prova da força que tem a palavra.

ÉPOCA - Alguns manifestantes eram ligados ao PT, o partido da presidente Dilma Rousseff. O governo brasileiro deveria emitir uma posição sobre esse episódio?
Yoani - Quero evitar me envolver em temas partidários ou sugerir aos brasileiros o que têm de fazer. Mas não há dúvida de que os fatos ocorridos deveriam ser investigados. Os militantes do PT precisam de uma explicação sobre por que alguns colegas impediram atos como a exibição de um filme ou o lançamento de um livro. Se eu militasse num partido e ocorresse algo assim, pediria explicações. Vale a pena investigar, porque não acho que as razões sejam apenas o rechaço a meus textos. Evidentemente, havia alguém atiçando os ódios. É preciso saber quem, o quê, a que distância e de onde é essa entidade que está fazendo isso.

ÉPOCA- Quem é essa entidade?
Yoani - Não tenho nenhuma prova. Mas tudo tem o signo muito marcante do tipo de ação que faz o governo do meu país contra os dissidentes.

ÉPOCA- Seria alguma iniciativa da embaixada de Cuba no Brasil?
Yoani - Como disse, não tenho provas, mas não acharia estranho. Em Feira de Santana, todos os manifestantes tinham o mesmo documento, impresso da mesma forma. É claramente um sinal de que alguém lhes entregou. E os pontos desse documento se parecem assombrosamente com aqueles com que o oficialismo me ataca.

ÉPOCA- Que pontos?
Yoani - Meu suposto vínculo com a CIA, que já é quase uma piada. Outro são os questionamentos sobre o sequestro que sofri em 2009 (ela afirma ter sido agredida e levada de carro por agentes do governo). É o mesmo roteiro de ataques que costumo receber em Cuba. Já estou acostumada a isso e não me traz danos emocionais, mas me incomoda não me darem o direito de me explicar. Sou uma pessoa da palavra. Essas perguntas são feitas para que eu não as responda. São para me difamar.

ÉPOCA- Um militante disse num debate na TV que não houve coerção em Feira de Santana porque não houve violência física. O que a senhora acha desse raciocínio?
Yoani - Em minha chegada ao Brasil, no aeroporto do Recife, uma pessoa chegou a puxar meu cabelo. Em Feira de Santana não houve violência física contra mim, graças à intervenção dos organizadores, que me cercaram e me colocaram numa sala até que os ânimos serenassem. Mas o clima ali era de linchamento. A questão não é se houve agressão ou não. Impediram uma pessoa de se expressar. Isso, sim, é coerção, algo muito autoritário. Escutar o outro é um princípio básico da democracia e da convivência pacífica. A lógica foi: "Não estou de acordo com você. Cale-se".

ÉPOCA - Tanto ativistas da esquerda como parlamentares de partidos da oposição se aproveitaram sua figura para defender seus interesses. Isso a incomoda?
Yoani - Não. A vida é aproveitar-se do outro. O governo de Cuba se aproveita de mim para dizer ao mundo que há uma democracia, porque Yoani Sánchez pode escrever em seu blog. Prefiro a manipulação por dizer algo do que por não dizer nada. Se minha opinião serve a alguém, podem tomar minhas palavras sem problema. Sou open source, dou licença gratuita para todos. O que não faço é me alinhar ao pensamento de um partido. Na saída da Câmara, um jornalista me perguntou se eu sabia que alguns deputados que me receberam eram muito conservadoras em temas como o casamento gay. Fui madrinha do primeiro casal gay de Cuba, mas uma das minhas filosofias de vida é a transversalidade. Quero ter contato com todas as forças políticas. Sou uma pessoa de conciliação. Não houve mais gente do PT na Câmara porque não quiseram ir. O embaixador cubano (Carlos Zamora) também foi convidado, mas não foi.

ÉPOCA - Sua visita mudará o "silêncio cúmplice" do Brasil ante a ditadura cubana, usando um termo que a senhora escreveu em seu blog?
Yoani - Não quero ter a pretensão de pensar que a simples vinda de uma cidadã a um país enorme como o Brasil mudará a política externa. Mas todas as pessoas que me encontraram nas ruas por aqui me trataram com muito carinho e palavras de estímulo: "Siga", "resista", "leio seu blog", "abaixo a ditadura". Fora os extremistas que desejam sustentar um cenário utópico de Cuba, tenho a sensação de que o povo brasileiro sabe que Cuba é um Estado sem direitos para os cidadãos. Se um povo começa a mudar sua opinião sobre um assunto de fora, a política exterior terá que mudar um dia.

ÉPOCA- A senhora ficou conhecida por lutar pelo seu direito de viajar ao exterior. Isso conseguido, seu discurso será mais concentrado agora na queda do regime? Quais são seus próximos passos?
Yoani - Creio na evolução. Não posso ser a mesma Yoani de 2007 (ano em que lançou o blog Generación Y). Pretendo abrir um jornal em Cuba com os recursos que conseguirei levantar nas viagens por vários países. Ainda não é possível de maneira legal, mas tratarei de achar brechas para conseguir. Não abandonarei o blog, que é minha terapia particular. Mas claro que preciso mudar o discurso, não ficar somente na denúncia, mas sim propor soluções. Minha proposta principal se resume a despenalizar a dissidência. Cobrar que o governo tenha o compromisso de que nenhum cidadão será punido por expressar qualquer ideia. Conheço muitos economistas, sociólogos, gente que quer ajudar a melhorar o país, mas tem medo de passar pela mesma situação de Yoani Sánchez ou dos prisioneiros da Primavera Negra (como ficou conhecido o movimento de repressão do regime em 2003, que resultou na prisão de 75 pessoas). Se houver isso, as propostas aflorarão.

ÉPOCA- A ditadura não durará para sempre, e um dia haverá eleições livres em Cuba. A senhora pensa em se candidatar à Presidência quando isso ocorrer?
Yoani - Não tenho a menor vontade. Quando uma figura se destaca em Cuba, nos acostumamos a depositar nela todos os desejos de mudança, quase como uma entidade messiânica. Isso nos fez entregar nosso destino nas mãos de Fidel Castro. Não gostaria que isso se repetisse na Cuba do futuro. Prefiro que o governante do país com que sonho seja um administrador sem nenhum carisma, que não tenha a auréola do salvador da pátria. Não tenho intenção de me candidatar porque tenho uma responsabilidade maior como jornalista. Quero ser incômoda para este governo e para o próximo. Tenho tanto a fazer que não dá para embarcar em uma carreira política.

ÉPOCA - Mas seus admiradores no exterior esperam por isso...
Yoani - Muita gente já me abordou sobre isso, sim, mas nunca estive interessada. Não é que digo "não" agora e "sim" depois. Falta-me cinismo para a política. Eu seria um desastre. Nas primeiras duas semanas, diria tudo tão honestamente que isso me causaria todos os problemas do mundo. Que outros se ocupem da política com minúscula. Vou me preocupar com a política com maiúscula.

ÉPOCA - A senhora se incomoda de não ser muito conhecida em Cuba?
Yoani - Não sou a pessoa indicada para falar disso, pois pareceria um ato de imodéstia. Mas cada vez que saio às ruas do meu país, seja em Havana ou em um pequeno povoado, muita gente me reconhece. Como? Pela forma como a informação se difunde em Cuba. Há o fenômeno das antenas parabólicas ilegais, que transmitem emissoras da Flórida, do México, onde veiculam reportagens sobre mim. Mas minha intenção não é ser conhecida. Não sou política, não busco apoio popular. A fama é efeito colateral, não resultado do meu trabalho. Não sou uma pop star nem quero competir em popularidade com as novelas brasileiras, transmitidas três vezes por noite na televisão cubana. Sobre eu não ser conhecida, é preciso ir a Cuba e perguntar.

ÉPOCA - Sobre as novelas brasileiras, a senhora já escreveu que elas têm uma influência grande na população ao mostrar situações em que um personagem sai da miséria e realiza seus sonhos. As novelas daqui já fizeram mais que nosso governo para despertar a consciência do povo cubano?
Yoani - Acho que são melhores embaixadoras da liberdade. Mas as novelas têm um duplo papel contraditório. Se por um lado trazem informação e oxigênio para mostrar aos cubanos que há outras realidades e não somos o paraíso, por outro funciona como um sonífero. Muita gente compra caixas com novelas inteiras no mercado informal e fica o dia inteiro na frente da TV.

ÉPOCA - A senhora disse que "falta dureza" do Brasil quanto aos direitos humanos em Cuba. Essa é questão mais delicada envolvendo a relação dos dois países?
Yoani - O governo brasileiro encampou a luta contra o embargo americano a Cuba, mas nosso maior problema não é o conflito entre Cuba e Estados Unidos, mas o conflito Cuba e seus cidadãos. Recomendaria, muito humildemente, complementar a política externa para Cuba com a questão da ausência de liberdade de expressão, de associação. Senão, parece apenas um assunto de xadrez político. Se estão pressionando pelo fim do embargo, muito bem, mas por que não pressionar pelo fim do bloqueio que o governo impõe a nós mesmos?

ÉPOCA - Que impressão a senhora levará do Brasil?
Yoani - Fabuloso. Encontrei muita pluralidade. Confirmei a frase que um amigo me disse: "Os brasileiros são como os cubanos, mas livres. Todos os rostos que vi me lembram os de Cuba, e também a gestualidade. Mas, ao falar com os brasileiros, me espantei com a naturalidade com que falavam de temas políticos. No aeroporto do Recife, fiquei em um escritório à espera do carro para me levar dali porque os manifestantes poderiam bloquear minha passagem. Ali, uma controladora de voo falou de corrupção e falta de transparência no Brasil de uma forma que seria impensável em Cuba. Lá, nós murmuramos. Se vamos falar de Fidel Castro em local público, fazemos um gesto de alguém barbudo. Se o assunto é Raúl Castro, puxamos os olhos, por causa de seus traços achinesados. Ninguém fala em voz alta de política.

ÉPOCA - As pessoas no Brasil estão falando sobre seu cabelo. Li um post antigo no seu blog sobre o fato de que sua irmã ria da senhora por causa do seu "cabelo de brasileira", pois parecia com a da cantora Maria Bethânia.
Yoani - Sim. Quando era menina, minha mãe dizia meio de brincadeira, meio sério. Era a época em Cuba, no início dos anos 80, que se ouvia muito a música brasileira, como Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Milton Nascimento. Me parecia muito bonito os cabelos que eles tinham, um cabelo livre. Deixo crescer meu cabelo, que é bastante selvagem. Mas não há uma razão especial. Já tive todos os tipos possíveis de cabelo. Uma vez tive o cabelo raspado, durante dois anos da minha vida.

ÉPOCA - Quando?
Yoani - De 1992 a 1994.

ÉPOCA - Mas por quê?
Yoani - Bom, primeiro porque era a época de Sinéad O'Connor (cantora irlandesa que tinha o cabelo raspado) e estava na moda. Mas também naqueles anos em Cuba havia uma crise material, econômica e financeira tão forte que comprar xampu ou conseguir xampu para o cabelo era quase impossível. Sob essa condição de colapso material, surgiram por todos os lados muitas epidemias de piolho. Bom, então decidi raspar o cabelo para evitar todos esses problemas, a compra de xampu e a aplicação (de remédios) para os piolhos. Foi muito difícil, porque na rua as pessoas gritavam muitas coisas para mim.

ÉPOCA - O quê, por exemplo?
Yoani - Me chamavam de lésbica. Porque era uma época que em Cuba não estavam acostumados com o cabelo raspado. Me agrediam muito verbalmente. E um belo dia deixei o cabelo crescer e...

ÉPOCA - Aqui perguntam "por que ela não corta o cabelo"?
Yoani - Já me perguntaram se eu tinha uma promessa... Não, não é isso. Ele é livre e selvagem como eu. Não há cuidados especiais. Não me penteio muito. Não me maquio. Não tenho tempo para isso. Não pinto as unhas. Ele (o cabelo) está aí e tem seu espaço. Eu tenho o meu. Nós nos respeitamos (risos).

ÉPOCA - A senhora não é uma pessoa muito vaidosa, neste sentido?
Yoani - A minha vaidade se reflete em outra coisa. Mais que a vaidade física, não passo minha vida vendo as coisas que não escolhi, compreende? São coisas que não selecionei para a minha vida. Uma é o meu corpo. Veio assim...

Fala como escreve

Quem tiver prestado atenção à maneira como Yoani fala entenderá uma das razões de sua proeminência. Fala como quem lê um texto, fala como escreve (infelizmente, muita gente escreve como fala). E é capaz de escrever com simplicidade, organização conceitual e riqueza de vocabulário. É uma leitora. Como dizia o velho cartaz da editora Civilização Brasileira na Rua Sete de Setembro: “Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.” Yoani lê o tempo todo.


No Brasil, pouca gente consegue falar assim, sem falsas vírgulas, sem cacos para atravessar a hesitação do pensamento. Antônio Carlos Villaça (1928-2005) foi uma dessas pessoas. Leonel Brizola (1922-2004), grande comunicador na televisão, usava “não é verdade?” o tempo todo para pontuar suas frases. Quem tiver curiosidade pode checar a oratória de Yoani assistindo a uma entrevista dela a Demétrio Magnoli na Globo News e comparando a fluidez dos discursos dos interlocutores.


A Época (25/2) fez algo melhor do que a Veja: deu a palavra a Yoani numa entrevista, mas as perguntas incluíram barretadas inquisitoriais aos donos de Cuba.


Yoani é boa frasista. Na TV Cultura disse preferir que suas palavras sejam manipuladas se a alternativa for o silêncio. Que não é suficientemente cínica para entrar na política convencional.
(continua no link abaixo)

http://www.folhadedourados.com.br/noticias/brasil-mundo/yoani-sanchez-no-brasil-uma-voz-critica-e-construtiva

Globo News Especial

Yoani Sánchez revela a linguagem do regime cubano



Entrevista para Demétrio Magnoli

O PT que a maioria não vê

Jornal Zero Hora - Porto Alegre RS

Editorial \ Cheiro de autoritarismo

Ao eleger a "grande imprensa" como inimigo, a direção do Partido dos Trabalhadores mostra dificuldade em aceitar o pluralismo e a liberdade de expressão como elementos intrínsecos da democracia.

As manifestações agressivas contra a presença da blogueira cubana Yoani Sánchez no país, a intromissão dos embaixadores da Venezuela e de Cuba em assuntos estritamente brasileiros e o virulento ataque de lideranças do PT à imprensa no recente encontro do partido são sinais claros, evidentes e preocupantes da reativação de um radicalismo autoritário que parecia fazer parte do passado no Brasil. Pelo jeito, estava apenas adormecido. Por conta da visão exacerbada desta militância anacrônica e de seus representantes no parlamento, até mesmo uma entrevista da dissidente cubana esteve para ser censurada na TV Senado, só indo ao ar por interferência direta do senador Eduardo Suplicy, que vem dando exemplos de sensatez e moderação em meio ao comportamento extremista de seus correligionários.
Se a iniciativa de impôr ideias e ideologias no grito e no constrangimento partisse apenas de extremistas políticos, poderia ser creditada à normalidade democrática. Num regime de liberdades, todos têm o direito de se manifestar. O preocupante é a constatação de que lideranças políticas do partido que está no poder também comungam deste pensamento único, discricionário e excludente. Foi o que se viu na reunião da cúpula petista na semana passada, em São Paulo, para celebrar o aniversário da sigla e os 10 anos no comando do país. O evento marcou o lançamento da candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, mas também foi utilizado pelas principais lideranças da sigla para fustigar a oposição e para ataques à imprensa, especialmente aos veículos de comunicação que atuam com independência e criticam o governo.
Ao eleger a "grande imprensa" como inimigo, a direção do Partido dos Trabalhadores, respaldada pelo ex-presidente Lula, mostra dificuldade em aceitar o pluralismo e a liberdade de expressão como elementos intrínsecos da democracia. No ambiente de corporativismo partidário do encontro da última quarta-feira, que contou inclusive com a presença de petistas condenados no processo do mensalão, até mesmo a presidente Dilma Roussef deixou de lado sua histórica posição de apoio à liberdade de imprensa ("O único controle da mídia que eu proponho é o controle remoto na mão do telespectador") para se alinhar ao coro dos insatisfeitos.
Esse clima de patrulhamento, conjugado ao início antecipado da campanha eleitoral para 2014, gera uma situação preocupante para o país, pois tende a legitimar as ações de grupos radicais que não respeitam quem pensa diferente. No momento em que o Brasil registra significativos avanços sociais e se prepara para encarar os desafios do desenvolvimento, seria de todo indesejável um retrocesso nas liberdades democráticas duramente conquistadas e defendidas pela maioria dos brasileiros.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Joinville - Escolas interditadas

Para mim, o estado de conservação do patrimônio público é sem meias palavras o certificado de competência dos governos. Não existe melhor forma de avaliar o desempenho dos ditos homens públicos. E aqui algo que me arrepia, nunca ninguém é responsável e responde pelas faltas ou omissões que levaram às interdições. Cadê o responsável pela manutenção, cadê o gerente, cadê o chefe, cadê o supervisor, cadê a diretora ou diretor da escola, cadê os pais dos alunos que também participam do processo. Este é o problema, a responsabilidade no serviço público nunca recai em alguém que possa responder administrativamente, penalmente ou civilmente. Estamos reféns dum sistema imutável e previsível. Assim, por um bom tempo ainda deveremos conviver com tais aberrações. Quem viver verá!

Futebol brasileiro > Vergonha

O Corinthians trabalha 24 horas nos bastidores para mudar a decisão da Conmebol.
As teses da defesa da Gaviões são lamentáveis.
Vergonha.
Ninguém está interessado em fazer algo contra a violência. Desde de 1988 mais de 155 torcedores foram mortos no Brasil. Agora estamos exportanto mortes. E ainda tem gente achando um absurdo jogar três partidas sem público. TRÊS PARTIDAS X UMA MORTE.
Fala sério.
E o recurso será julgado EM dois meses, ou seja dá para liberar os outros dois jogos.
Luis Sveiter deixou vários estádios vazios por muito menos.
O correto seria jogar todo o torneio sem torcida.
Estamos tão acostumados com a impunidade que esperamos a cada momento uma mudança na decisão da Conmebol. Ridículo. No Brasil nem o cartão vermelho funciona, aqui cabe efeito suspensivo. É tudo pela impunidade.
Ladrões do mensalão estão soltos, assassinos sanguinários estão soltos….
A Bolívia está dando uma lição no Brasil.
Aqui 155 mortes, números crescendo a cada ano e nada acontece.
Lá até os cúmplices estão presos.
Parabéns.

Percival Puggina

SEMANA DE VAIAS E OFENSAS

Já me defrontei várias vezes com alguns desses cãezinhos que, embora aparentemente apenas barulhentos, a qualquer descuido te atacam os calcanhares. Lembrei-me deles ao assistir as manifestações que militantes do PT e do PCdoB prepararam para recepcionar Yoani Sanchez em sua visita a algumas capitais brasileiras. Latiam palavras de ordem e só não morderam a senhora porque não sairia bem nas fotos.

Essas manifestações correspondem ao que foi previamente denunciado pela revista Veja: a embaixada de Cuba organizou, dias atrás, reunião com representantes dos dois partidos mencionados. Nesse encontro, visando a preparar essas manifestações através das redes sociais, foram distribuídos CDs com informes sobre a visitante. A reunião de fato ocorreu e o Planalto confirmou o inimaginável: um membro da equipe do ministro Gilberto Carvalho foi convidado e compareceu! A embaixada de Cuba proporcionou mais uma demonstração de que continua tratando o Brasil como quintal de Fidel Castro. Há uma boa lista de precedentes.

Tenho grande dificuldade de compreender como Yoani Sanchez consegue fazer o que faz em Cuba. A personagem não se encaixa no bom conhecimento que tenho da situação cubana. Quando colocada diante dessa perplexidade, ela explica que se tornou demasiadamente conhecida para que as autoridades atuem com rigor contra ela. A resposta é quase satisfatória, mas tropeça na segunda pergunta: como foi que ela, desconhecida, conseguiu afrontar as barreiras do sistema repressivo até ganhar, de fato, grande notoriedade? Por dever de consciência, digo aos leitores o que sei e não vou além porque não me exponho ao risco de cometer injustiça. Meu tema, aliás, é outro. Tomarei Yoani Sanchez pelo que diz ser, a embaixada de Cuba pelo que organizou e os manifestantes pelo que são. Nessa perspectiva, resulta inevitável denunciar o caráter totalitário, antidemocrático e fascista dessa fraternidade ideológica e partidária organizada em matilha no Foro de São Paulo. Mordem quem se atreve a divergir deles. E mordem quem diz que eles fazem isso. Depois, dormem tranquilos, recostados no travesseiro de pedra de suas consciências.

Eis por que, leitores, tanto me interesso pela questão cubana. Cuba não é apenas um museu da arqueologia política, onde ainda passeiam como senhores da terra os dinossauros do totalitarismo comunista. Ela é, também, nas opiniões que se emitem aqui sobre o regime lá incrustado, um excelente filtro para identificar muitos charlatães da democracia. Dize-me a quem vaias e dir-te-ei quem és.

***
A generosa renúncia de Bento XVI abriu sinal verde, manchetes e microfones para os inimigos ideológicos da Igreja. Eles aprenderam, na lida da Agitprop (fração do Comitê Central do PC soviético para agitação e propaganda internacional), que suas ideias não avançaram no oeste da Europa e na América por afrontarem os consolidados valores cristãos da população. Então, cheirando a enxofre, atacam a Igreja Católica por dentro e por fora. Mas não prevalecerão contra ela! A renúncia abriu tráfego e mídia, também, para os devotos da religião do non credo. Cruzes! O mundo quase acabou onde influenciaram o poder! Mas investem, arrogante e desrespeitosamente, sobre a fé do povo simples. Fé, também, dos mais sábios dentre os sábios. Dize-me a quem ofendes e dir-te-ei quem és.

Zero Hora, 24/02/2013

Roda Viva


Gracias Fidel

Gracias Fidel por todo lo que nos das...


Para os adoradores de CÚba esta foto é uma montagem, para mim um retrato singelo do dia-a-dia cubaneiro.

O Mascate

Enquanto isso em CÚba...




CÚba, segundo pesquisas, é a única ilha do planeta que não possui uma frota pesqueira. É que é tão bom morar em CÚba, que se derem barcos para os pescadores se lançarem ao mar, TODOS eles acabarão indo parar em Miami.


Viva La revolución!!!


E Phod@-se!!!
......................

domingo, 24 de fevereiro de 2013

O Mascate

Democracia para que?

E pensar que nos anos 80 do século passado eu ainda nos bancos da universidade já lutava contra o recém criado Partido dos Trabalhadores. Armei muita confusão, algumas até as vias de fato, dentro dos corredores, no DA, e até na atlética da faculdade por atacar o "milagre" político que se formava como nova proposta para livrar o país da ditadura militar que ainda dominava o cenário político no Brasil.
Para ser sincero, os militares jamais incomodaram a mim ou a qualquer membro de minha família, justamente por estarmos preocupados em tocar a vida e sobreviver com dignidade.
Certo que a inflação e o descontrole financeiro a que estávamos entregues neste período eram um entrave no crescimento econômico das famílias, tempos bicudos, inflação, desemprego, mas podíamos caminhar nas ruas durante as madrugadas sem sermos molestados por quem quer que fosse. Segurança garantida, vagabundos de verdade iam aos montes para a casa do caraleo nas mãos do saudoso E.M. Vagabundo naquela época não virava celebridade, virava estatística ou lenda. HOJE, ESTÃO NO PODER...
Muitos da minha geração lutaram de alguma maneira pela abertura política e pela restauração da democracia, enfim, elas vieram, os militares entregaram o país às mãos do povo. Finalmente o Brasil virou uma democracia após pouco mais de vinte anos de ditadura militar,
A população feliz acreditava que sabia o que estava fazendo, compraram o pacote de bondades que o PT vendia dentro de suas promessas de limpeza ética e transparência na política, era o novo se apresentando. Por fora bela viola, por dentro pão bolorento.
O partido que veio repleto de pensadores, juristas, e mais do mesmo, os terroristas cassados pela ditadura tiveram a chance de se colocarem novamente na vida pública, e pior, com direito a se elegerem.
E deu no que deu, os PTistas de raiz, aqueles que acreditavam na ética, na mudança, e na moralidade, abandonaram o partido por não aceitarem as novas diretrizes que o partido apresentou assim que começou a chegar ao poder. Instalaram a ditadura do tudo por dinheiro, transformaram o país numa baderna, trocaram as lutas pelas liberdades civis e pela democracia em uma feira de corrupção e bandalheira.
Membros do partido enriqueceram assustadoramente em pouco mais de 5 anos, e membros da fundação do partido que lutavam por um país melhor se corromperam pelo poder e pelas facilidades que o estado corrupto sempre promove para seus pares.
O PT sempre foi contra tudo e contra todos, sempre votou contra o país, nunca aceitou a possibilidade de governantes de outros partidos poderiam implantar programas que realmente ajudariam a mudar o Brasil. E foi assim no plano Real, entre outros, o PT sempre votou contra, afinal eles eram os donos da verdade e os paladinos da justiça. E o povaréu esquerdofrenico de ocasião, funças públicos e de estatais, professores, e simples trabalhadores sindicalizados se tornaram a massa de manobra para a manutenção do poder dos bandoleiros vagabundos que venderam a ilusão de um Brasil mais justo e solidário.
Estamos entregues à própria sorte, os governantes que aí estão, passam anos à fio preocupados sempre com as próximas eleições, aparelharam o estado de tal maneira que nem o STF, ou a PF escapam de seus tentáculos, e as leis são para os inimigos, já que para os amigos, tudo.
O PT está transformando o país em uma ditadura "light", permite aos cidadãos o livre ir e vir, e promove festas para alienar ainda mais a fraca cabeça da imensa maioria deste povo. Promoveu o festival do crédito fácil, onde hoje 60% das famílias brasileiras estão atoladas em dívidas, mas o que importa estar pagando juros sobre juros se quem nada tinha, hoje tem até TV de prasma mesmo sem saberem ler o manual de instalação do aparelho, e as dívidas? Oras, as dividas que se phodam, pago quando der, e se não der não pago.
O consumo explodiu, os Brazucas se enfiam mundo à fora feito novos milionários torrando o que tem e o que não tem em bugigangas que se compram facilmente em qualquer loja de SP ou RJ, mas sempre saem com aquela velha desculpa de que lá é bem mais barato. Aqui não é bem mais barato porque o povão torrador de grana está preocupado em quando acabar de pagar a última viagem já se enfiar na próxima prestação para rodar o mundo como um novo rico sem noção. Em vez de ir a luta para que o governo baixe os impostos e pare de nos explorar.
E os investimentos em educação, isso apenas a velha classe média, aquela que é classe média por educação, conceitos e esforços, tem feito. Fazem de tudo para melhorar a vida de seus filhos, se matam de trabalhar para pagar as melhores universidades do país para dar aos seus herdeiros as condições de lutar por melhores empregos, sejam aqui ou no mundo. E os emergentes gastando em bobageiras, comprando carros em 800 prestações, se endividando cada dia mais sem pensar no amanhã. Para que pensar no amanhã? Se nada der certo, e com o PT no poder, ao menos garantimos uma bolsa ajuda qualquer.
Na cabeça desses dirigentes corruptos e estelionatários, é mais fácil transformar o grande Brasil em uma nova CÚba, do que em uma Alemanha, Coréia, ou mesmo Uzestaduzuinidus.
Cidadania é uma coisa que se tem de berço, com muita educação e com o estado atuando em favor da melhoria social do povo. Mas um povo cidadão não mantém gente do gabarito dos PTralhas no poder, e é isso que eles tem pavor. Preferem ser os governantes de um povo totalmente alienado do que entrarem para a história da humanidade como os governantes que transformaram uma repúbliqueta de bananas em um país dos mais fortes do mundo em todos os sentidos.
É mais fácil alienar uma população para se perpetuar no poder, do que dar cidadania e condições de pensar para essa população e se manter no poder por saber que o povo que pensa assim o entendeu e os elegeu.
Olhando as manifestações de jovenzinhos babacas e alienados contra a visita de Yoani ao Brasil, é que chego a conclusão de que nosso país não vai mudar tão cedo já que a juventude que sempre foi a mola propulsora das mudanças no mundo está cooptada pela esquerda festiva, sei que ao menos nas próximas duas ou tres gerações o Brasil vai continuar mediocre.
Os próximos ao poder, e os que nele estão, continuarão enriquecendo a olhos vistos, e jogando migalhas para um povo burro que dá risada de tudo Sabem que não correm perigo de um levante da população contra seus governos. O Comunismo travestido de capitalismo populista transformou uma nação inteira em caarneirinhos dóceis e alienados.

Pensando bem...quem deveria andar com nariz de palhaço somos todos os que um dia lutamos pela redemocratização do Brasil. Pois, perdemos um tempo enorme para entregar o país nas mãos de um povo sem cultura e sem compromisso algum, um povo totalmente idiotizado pela mídia, festeiro e carnavalesco que só pensa em se dar bem sem ter que se esforçar.
Sorte dos jovens da tradicional classe média que estão sendo preparados para poderem sair do país e viverem com dignidade nas verdadeiras democracias do mundo.
Democracia no Brasil para que mesmo?

E PHOD@-SE!!!
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12 comentários:

Anônimo disse...
Foram esses que cagaram na urna na ultima eleição...
toninho malvadeza disse...
Tenho uma amiga que de idiota só tem a cara e o jeito de andar.Ela é pobre e fhudida,mas vê a novela das 3 da tarde,malhação,carrossel,novela das 9 e balacobaco, e diz que é PT e não abre. Realmente estamos na roça e não saímos tão cedo.
Blog do Betodisse...
OLÁ MASCATE.
SINTO SAUDADES DAQUELA ÉPOCA EMBORA TENHA LUTADO CONTRA.
FAÇO A MEA CULPA MAS ACORDEI HÁ MUITO TEMPO.

ABS DO BETO.
Sidney disse...
Assim como foi feita a Lei da Ficha meio limpa, deveriamos fazer uma lei que a pessoa que receber o Bolsa Familia deveria entregar seu titulo de eleitor pois não teria direito ao voto, o que acha de tal ideia, será que vai vingar.
Gil Rikardodisse...
Caro Mascate, infelizmente não consegui entrar na universidade na citada década, então minha visão sobre o PT foi construida através da observação nas ruas.
Eu, pobre, trabalhava para não passar fome, e comecei a perceber aqueles bandos saidos de tudo que era canto, sem trabalhar, e só falando em direitos, direito disso, direito daquilo, obrigação nada, pelo contrário, em plena segunda-feira lá vinham as passeatas contra isso e contra aquilo. Dessa maneira simples de observar levou-me a pesquisar e descobrir o comunismo já falido, e tão cantado pelos "incipientes" companheiros.
Sempre lutarei contra essa corja de aproveitadores, bandoleiros, ladrones, hipócritas, mentirosos, demagogos... e o "CARALEO" que for.

Meu inimigo é contra o PT, então é meu amigo.
Anônimo disse...
Caro Mascate

Primoroso texto. Guarde para a posteridade. Eu ainda na década de 70 já lutava contra essa corja na Universidade. Tive o prazer de atingir os bostas da FFCL da USP com algumas pedradas. Gostaria mais se tivesse metralhado uma meia dúzia.
O nojento sebento sempre me causou asco até pela aparência, e muito mais quando abria a boca.
Cheguei a mudar da republica onde morava por discordar e uns BABACAS, Zé Buça que viviam idolatrando a esquerda, Fidel e Chê apesar de riquinhos. Não conseguia conviver com IDIOTAS.
Sempre soube da falsidade das propostas dos PETRALHAS e cada um que abriu a pocilga da boca para dizer que era petista, socialista ou comunista eu logo tachava de boçal, idiota, ignorante e não era mais meu amigo.
Continuo igual só que agora a quantidade de animais burros que apoiam o politicamente correto e o governo de pulhas FELADUMAPOTA aumentou muito. Os militares só erraram em não erradicar essa raça de CANALHAS e com o povinho de merda que temos eles continuarão por aí por muito tempo. O braziuu ziu ziu já era. Não tenho a mínima esperança para esta pocilga.
Anônimo disse...
Infelizmente estamos no buraco, a saída vai ser difícil, não sei se viverei pra ver isso... infelizmente
EZ/SP
Anônimo disse...
Sei muito bem de tudo o que foi dito nesse post e concordo com tudo, sem tirar uma vírgula!
A única lei que funciona nessa porcaria aqui é a Lei de Gérson. Essa, irrevogável.
Nos anos 80 eu era moleque e já dizia: quem nunca comeu melado, quando come se lambuza. É o que vai ser do PT se um dia chegar ao poder!
Só não ganho na loteria!
Parabéns pela clareza! O "país do futuro" continuará sendo do futuro, mas nenhum de nós chegará a ver. Passaportes na mão?
Anônimo disse...
As pedradas citadas acima foram em 1968 na batalha da Maria Antonia. Será que dei sorte e acertei o Zé Dirinferno.?
Anônimo disse...
"Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos
difíceis. Claro que, no reverso da medalha, foi promovida ampla
modernização das nossas estruturas materiais. Fica para o historiador
do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos."

Mas uma evidência salta aos olhos: a honestidade pessoal de cada um!

Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os
herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e
umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o
privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras,
deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em
construção, em Copacabana.

Garrastazu Médici dispunha, como herança de família, de uma fazenda de
gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da
Aeronáutica, no Galeão.

Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o
Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder
manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado de lamentável conservação.

OBS: foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio.

Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem
ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram
nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus
governos.

Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou
agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente
remuneradas.

Bem diferente dos tempos atuais, não é?
Pois é... o pior é que ninguém faz nada !
Acrescento: nenhum deles mandou fazer um filme pseudo biográfico, pago com dinheiro público, de auto-exaltação e culto à própria personalidade!

Nenhum deles usou dinheiro público para fazer um parque homenageando a própria mãe.
Nenhum deles usou o hospital Sírio e Libanês.
Nenhum deles comprou avião de luxo no exterior.
Nenhum deles enviou nosso dinheiro para "ajudar" outro país.
Nenhum deles saiu de Brasília, ao fim do mandato, acompanhado por 11 caminhões lotados de toda espécie de móveis e objetos roubados.
Nenhum deles exaltou a ignorância.
Nenhum deles falava errado.
Nenhum deles apareceu embriagado em público.
Nenhum deles se mijou em público.
Nenhum deles passou a apoiar notórios desonestos depois de tê-los chamado de ladrões.
Anônimo disse...
O Brasil agora esta estagnado, vivemos calcados na infra estrutura criada pelos militares e ja faz mais de 40 anos!

Mas guardem isso:

NÃO É A POLITICA QUE FAZ O CANDIDATO VIRAR LADRÃ0

É O SEU VOTO QUE FAZ O LADRÃ0 VIRAR POLITICO

Podemos provar isso com L U LA, Genuino e Jose Dirceu!
Anônimo disse...
O PT alcançou a marca de 10 anos seguidos frente à presidência da República. Pelo que se lê na imprensa, a ideia de comemoração do PT é nada mais do que demonizar o PSDB e fechar os olhos perante as tristes realidades dos governos Lula e Dilma. A capa da cartilha comemorativa de 10 anos do PT no governo federal, que chega até a lembrar os pôsteres de propaganda soviéticos.
O senso comum aponta duas grandes realizações do PT nesses últimos dez anos. Seriam elas: a redução da pobreza e o crescimento da economia.
Será mesmo?
É evidente que houveram avanços no combate à pobreza nos tempos de Lula e Dilma. Negar tal afirmação é ir contra os fatos e a lógica dos números. No entanto, sabemos que o Bolsa Família é nada mais do que a união de outros projetos sociais, criados durante os governos Itamar e FHC. Lula possui os créditos de tê-los juntado e ampliado satisfatóriamente o benefício, mas é certo que não o teria feito caso o Plano Real não tivesse sido implementado, como queriam os petistas. É questão de conjuntura, simples e óbvia. Sem estabilização, nada de investimentos.
Outro fato que chama a atenção, é puramente metodológico. O teto da pobreza extrema no país é de R$70. Se um indivíduo passa a ganhar R$71, ele está oficialmente fora da linha da pobreza, de acordo com os burocratas petistas que creem na vida com R$280 mensais, enquanto José Dirceu gasta seus últimos dias de liberdade na praia, utilizando uma bermuda importada de R$600. O governo, já se anuncia, concederá um aumento no Bolsa Família para 2,5 milhões de famílias — apenas o suficiente para que elas ultrapassem a linha da pobreza. Atingindo os R$70, eles se dão por satisfeitos! A questão deixa de ser de qualidade de vida, de erradicação da miséria, para se transformar em uma máquina de estatísticas furadas para ganhar eleição. Ademais, não precisamos de estatísticas para constatarmos como ainda existem pessoas na miséria neste país — basta uma breve caminhada pelas nossas cidades.
Quando o assunto é crescimento da economia, o ex-presidente Lula adora utilizar os dados de seu governo para mostrar a sua “vantagem” perante seu antecessor. A verdade, no entanto, é que o governo FHC enfrentou sucessivas crises internacionais, e os índices de crescimento do PIB, quando comparados com os números internacionais, nos dizem muita coisa. A ver: o crescimento mundial durante o governo FHC, foi de 2,75% ao ano, enquanto o do Brasil foi de 2,28%. No período Lula, o crescimento mundial foi de 8,27% ao ano, enquanto o do Brasil foi de 3,55%. Concluímos, portanto, que o país cresceu mais com Lula, mas perdeu na proporcionalidade quando levados em conta os números de todo o mundo. A economia, como sabemos, não funciona de forma individualizada a cada país, mas como um organismo que recrudesce ou desacelera de acordo com um todo.

Percival Puggina

OS PIORES CEGOS

Reinaldo Azevedo mostrou muito bem, em um de seus textos mais recentes, o erro crasso cometido pelos jornalistas que avaliaram quase como se fosse um Fla-Flu a mobilização de grupos antagônicos em torno da visita de Yoani Sanchez ao Brasil. De fato, é um absurdo tratar as milícias fascistas montadas para impedir uma pessoa de falar e os cidadãos que a isso se opõem querendo ouvi-la como se fossem forças opostas com iguais méritos e deméritos. Não são.

Só para lembrar. Volta e meia, o PT e seus parceiros promovem fóruns de esquerda. Com tudo custeado mediante recursos públicos, trazem ao Brasil gente da pior espécie. Verdadeiros gângsteres da filosofia e da política. Se fosse consultada, a sociedade que paga impostos jamais concordaria em patrocinar esses gastos. Mesmo assim, não tenho notícias de que forças políticas oponentes organizem milícias para impedir que os participantes desses eventos profiram suas tolices e difundam seus maus ensinamentos.

Por outro lado, é indispensável escrever e sublinhar que os agressores da blogueira estavam - vejam só! - declaradamente a serviço de dois governos e de um projeto geopolítico. A serviço do governo cubano, a serviço do governo brasileiro e a serviço do Foro de São Paulo. Isso não é tarefa que se atribua a meninos arrogantes. A presença de um membro do gabinete do ministro Gilberto Carvalho na reunião preparatória dessas estripulias fascistas, ocorrida na embaixada de Cuba, torna tudo muito evidente. A reunião era para combinar as ações de repúdio à senhora cubana. A articulação se faria pelas redes sociais. Para facilitar o trabalho, foi distribuído um CD com as informações necessárias. E o funcionário do governo brasileiro presente à reunião era, casualmente, o assessor do Palácio do Planalto para redes sociais (um bom exemplo do que eu chamo de aparelhamento partidário da estrutura do Estado). Em São Paulo, na esquina do Conjunto Nacional onde Yoani autografava seu livro, um grupo gritava: "Sai fora, blogueira imperialista. A América Latina será toda comunista". Ora, esse é o projeto do Foro de São Paulo.

Tenho certeza de que muitas pessoas, ao lerem este pequeno texto - quase um desabafo para que não se diga que eu não entendi o que esteve em curso - dirão que estou ampliando as dimensões de um fato menor. Pois esses são os piores cegos. Lula, Dilma e os seus amam de paixão quem pensa assim. Os gângsteres da política, da filosofia e da educação não querem outros opositores. O projeto proclamado alta voz na esquina da Rua Augusta com Avenida Paulista, vai bem adiantado na Venezuela, Equador, Bolívia, Paraguai, Argentina, Peru, Uruguai, Brasil e - historicamente - em Cuba. Os resultados são péssimos, mas isso não tem qualquer significado diante da importância da causa. Para tudo contam com o generoso beneplácito dos que não querem ver. Nada mais adequado a estes do que um líder que nada sabe, nada vê e nada ouve.
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*Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a Tragédia da Utopia e Pombas e Gaviões