domingo, 31 de março de 2013

Um início

Por Gilrikardo: Costumo dizer que invejar alguém ou botar o olho nas conquistas alheias é fácil. Difícil é imaginar e na quase totalidade das vezes almejar a mesma trilha. Os mesmos sacrifícios, esforços, trabalhos, lágrimas, enfim o lado nada glamouroso que acompanha quem lutou até conquistar seus respectivos sonhos. Durante minha vida conheci muitas pessoas vencedoras em cuja grande maioria consegui perceber a trabalheira que lhes custou o sucesso. Levando-me com isso ampliar mais ainda minha admiração por elas. Abaixo a foto que me levou a tal reflexão.

Bee Gees  (Brothers Gibb) ou Irmãos Gibb
Austrália, início anos 1960

 

William Shakespeare

Você Aprende


Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. 
Portanto... plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!"

O PT que a maioria não vê


Petista quer retirar ensino de língua inglesa do currículo escolar - Projeto de deputado amazonense em tramitação na Câmara considera disciplina "irrelevante"; Exclusão se justificaria em razão do "notório fracasso do processo de Ensino aprendizagem" no país.

 
10393 460x270 0649633001286203895 Petista quer retirar ensino de língua inglesa do currículo escolar
Informação do portal Todos Pela Educação:
A língua inglesa pode ser retirada do currículo Escolar brasileiro a partir de 2015, se a Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovar um projeto que considera o Ensino da disciplina irrelevante, ou seja, sem nenhuma importância para o currículo educacional.
O projeto inicial do deputado federal Francisco Praciano (PT), membro titular da comissão especial que foi criada para promover, apresentar e debater propostas para a reformulação do Ensino médio, foi aprovado ontem.
A comissão parlamentar pede ainda uma audiência pública para debater o que o Praciano chamou em seu relatório de “notório fracasso do processo de Ensino-aprendizagem de língua estrangeira nas Escolas do Ensino médio do nosso país”.
No pedido de audiência pública, o deputado amazonense transcreveu alguns trechos dos parâmetros curriculares nacionais para o Ensino médio, mas criticou severamente a forma como a disciplina vem sendo lecionada em sala de aula.
“É público e notório o descaso com o Ensino de língua estrangeira nas Escolas do Ensino médio. Na verdade, o inglês é hoje um mero acréscimo, principalmente nas Escolas da rede pública, onde tem carga horária reduzida, deficiência quanto à formação de Professores, ausência de um ambiente propício para o aprendizado da língua em razão, principalmente, da superlotação das salas de aula, além de material didático reduzido, que em regra se resume ao pincel e livro didático”, criticou o parlamentar.
Segundo o secretário do Fórum de Educação do Amazonas, Paulo Henrique Gravata, criticou a atitude do parlamentar, explicando que a retirada da disciplina pode significar em um duro golpe aos cerca de 800 profissionais que são formados todos os anos pelos centros de Ensino superior no Estado.
Gravata explicou ainda que, de acordo com a nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), o Ensino

Seleção de notícias

sábado, 30 de março de 2013

Prá inglês ver

Por Gilrikardo
 
Ultimamente tenho frequentado alguns sites oficiais: Câmara de Vereadores Joinville, Ministério da Educação, etc. Percebi que o acesso, ou a minha manifestação, ou meu desejo de opinar está banido. Isto é, não existe, mesmo estando escrito fale com a gente, você clica e surgem as novidades que serão enviadas. No outro site, é impossível mandar mensagens diretamente aos vereadores. Que democracia mais manca é a nossa. Donde nossa palavra e representação encontram eco. Por isso se diz, somente para inglês ver. Pois lá na Inglaterra, a imagem de democracia é que todos realmente conseguem se fazer presentes, isso em qualquer situação. Aqui no Brasil, isso por enquanto é mera ilusão.
 

Risco de vida X Risco de morte

Por Gilrikardo

Estava em dúvida, para clarear fui aos criadores da língua, e nos textos portugueses de Portugal, encontrei somente a expressão "risco de vida". Portanto, vou pela lógica, até porque, os brasileiros somos campeões em criar palavras e regras para a língua portuguesa que em minha opinião já devia ser chamada de brasileira, justamente para oficializar ou justificar tais alterações aceitas pela maioria (lembrem-se, a maioria é quem elege). 

URGENTE URGENTÍSSIMO, PRESIDENTA, e a idéia escrota de simplesmente arrancar os acentos das palavras sem importar-se com a morfologia, aos políticos devemos. 

Portanto, NÃO CONCORDO que existam duas formas, no meu entendimento e justificativa: só existe RISCO DE VIDA e ponto final.

Uma partida de dominó

Por Gilrikardo

A vida de cada um de nós é, mui provavelmente, o sentido que cada um de nós lhes dá. É o realizável que muitas vezes distante do desejo nos apresenta a frustração. Estou aqui por quê? Isso significa algo em minha vida? São indagações que por nós, unicamente nós, devemos responder, além de viver, pois em um mundo cheio de oportunistas, não faltarão slogans a determinarem tais destinos: “Por que você merece” “Feito para você” “Quem tem é o melhor”... e assim por diante. Em outras palavras, a tua vida é o que tu fizeres por ela. Abaixo registro um momento a fim de ilustrar minha opinião. 

- Vivemos o paradoxo em se querer saber tudo e assim viver em um poço sem fundo onde nem todas as respostas estão disponíveis ou conformar-se com o mundo que aí está e pronto. Acredito que ideal é o bom senso, o meio-termo, é o equilíbrio entre essas duas situações, no entanto essa batalha em estabelecer limites tanto para nossos questionamentos quanto para nosso conformismo parece ser a “graça” a nos conduzir. 

E continuava ele... 

- Poderíamos dizer que esta falta de medida em nos determinar limites é a força que nos leva, mesmo a trancos e barrancos, a agir como “seres humanos”; seres aptos a decidir, mesmo sem os ideais para tal, o rumo e a forma de nossos pensamentos.” 

Dito isso, aquele velho jogador de dominós, levantou-se da mesa e pôs-se a questionar seus amigos. Perguntou-lhes se a vida era para ser gasta jogando dominós. A resposta que obteve: 

- Grande amigo e companheiro de tantas jogadas, em nossa atual condição, velhos aposentados e prontos para a “reta de chegada” nos caberia mais o quê, além do prazer de estar na presença daqueles que nos trazem conforto. 

- Conforto! Isso é estar confortável? 

- Sim, para mim isto é sentir-se tranqüilo. Estar entre às pessoas que já me conhecem há muito; portanto conhecedoras de minhas limitações e virtudes. 

- Então você quer dizer que está satisfeito com nossa atual situação. Tudo está como deveria estar e fim. 

- Sim! 

O velho não contestou, simplesmente coçou “a careca”, ajeitou as calças, lançou o olhar ao horizonte e continuou em sua reflexão. Ainda preso a seus pensamentos, senta-se à mesa, pois deveria fazer a sua jogada, restavam-lhe três pedras. Após dispensar a pedra seis e quatro, volta-se e continua perguntando: 

- Não acredito que estejamos somente velhos e aposentados, essa é uma condição parcial sobre nossas vidas, isto é, nos limita a certas atividades. Um garoto de dez anos não pode dirigir ou um senhor de quarenta e poucos anos nunca será um atleta olímpico, essas limitações são naturais e compreensíveis. 

O amigo responde-lhe: 

- Puxa!, hoje você tá um “baita xaropão”, o que você quer que a gente faça. Estamos nessa rotina há anos e você agora vem querer mudar nossos destinos. 

Levanta-se da cadeira e lança seus argumentos: 

- Quem sabe de seus destinos? Estou perguntando se a sensação de que seus pensamentos e emoções ficaram idosas, é isso que eu quero saber, pois eu me sinto sempre o mesmo, não tenho a impressão de que estou com mais de setenta anos, sinto-me naturalmente o mesmo de sempre, com algumas adaptações inerentes a vida humana (a dentadura às vezes lhe incomodava). 

O amigo pede para ele continuar a partida, pois ainda tem jogo pela frente, ele joga a pedra três e dois, só lhe resta mais uma. Seu olhar permanece alerta como se estivesse procurando alguma resposta no horizonte. Eram cinco amigos que haviam crescido no mesmo bairro e estudado no mesmo colégio, enfim pareciam irmãos de tantas semelhanças em suas vidas. 

Lá vem ele novamente: 

- Qual o motivo que nos traz aqui nesta mesa quase todos os dias, será que é somente o dominó? Será a agradável companhia dos amigos? Ou será que não procuramos alternativas melhores e nos conformamos com o que está aí porque está pronto. 

Ao que o amigo responde: 

- É, hoje você tirou o dia para “filosofar” e pelo jeito vamos chegar ao lugar de sempre... nenhum? Aproveita e joga, é a tua vez. 

- Hummm! Passo, não tenho cinco e dois, mas estou pela boa pessoal. 

E assim, seguiram animados em mais um dia de dominó, cada um com seus pensamentos e opiniões. Eu insatisfeito com a idéia de que só nos restaria jogar dominós, segui meus instintos e por isso estou aqui digitando essas linhas na tentativa de amenizar meu inconformismo ou quem sabe alimentar meu otimismo pelas possibilidades que a vida nos dá em qualquer momento da jornada.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Arapuca - Coisas da vida

Por Gilrikardo 
Na vida nada se perde, tudo se transforma. Talvez seja a minha oportunidade de fazer uma limonada. Vamos ao que interessa.

Curitiba, anos oitenta, o guri recém chegado do interior, trazia no currículo toda a ingenuidade, valores e desconhecimentos cultivados desde o berço naquele rincão dos quintos do Rio Grande do Sul. Não seria o primeiro que ali aportava para também garimpar aquilo que praticamente todos os seres humanos almejam – condições melhores de presente e futuro. Pois donde vinha, o destino já estava traçado, ser o que seus antepassados foram, apenas sobreviventes a duras penas. E essa concepção de mundo não lhe agradava nem um pouco. Assim, cheio de gás e de esperança, passava os primeiros dias percorrendo as páginas dos classificados e também as agências de emprego. Não era fácil entender a dificuldade, pois num mundão daquele tamanho, com aquela quantidade de prédios, pessoas, carros, ruas e movimentos, as oportunidades de emprego não se apresentavam com semelhante intensidade. 

Indagava-me se havia algo de errado comigo, não enxergava nada, aliás todos temos dificuldades em nos olhar no espelho e ver quem realmente somos. Na maioria dos casos não chegava nem na entrevista, o motivo anunciado era a tal falta de experiência. Como vencer essa barreira. Ai lembrei-me porque em minha cidade de origem se falava que fulano tinha “padrinho”, que beltrano tinha “Q.I.”. Pois era assim que a etapa da experiência era lá ultrapassada. Ali onde estava o currículo era a peça fundamental e a maior pedra no meio do meu caminho. Sem padrinho, sem Q.I., sem currículo, sem dinheiro, não conseguia nem imaginar o que mais me faltaria. Mas uma coisa eu tinha para dar e vender, a necessidade de persistir. Dessa maneira prosseguir tornou-se meu meio de vida. Prosseguir. Dia após dia. Prosseguir. Até que surgiu um classificado precisando de pessoas sem experiência e com vontade de ganhar dinheiro. É o tipo de anúncio compatível com quase cem por cento da população, e não é a toa. 

Apresentei-me, era em um hotel cinco estrelas, no auditório um lanche para os “esfomeados” que vinham chegando, meu deus, parecia que ali era albergue para matar a fome, os caras enfiavam cinco bolachas de uma vez na boca, em vez de cafezinho, pegavam o copo de tomar água e enchiam com café até vazar. Nossa, fiquei surpreso com aquelas gentes, mais ainda por estar ali forçado pela minha condição, caso contrário daria meia volta sem vacilar. 

Os "empresários" eram cinco ou seis, bem articulados, pronunciaram cada um seu discurso, conversa é que não faltava àquele bando. A proposta consistia num emprego na filial que seria aberta em breve, para se chegar à vaga, os candidatos deveriam obter o maior número de pontos oriundos da venda de uma peça de plástico adaptável ao liquidificador - segundo a empresa, era parte do teste de seleção. O pessoal que não gostava de vendas, levantou-se e foi embora, ficamos os necessitados e apavorados. Peguei a minha cota, dez aparelhos. Para conquistar tal emprego, era necessário vender no mínimo cinquenta peças, sem esse número a gente só ganharia a comissão. Saí a campo com aqueles badulaques, e no primeiro dia vendi cinco peças, o bastante para me animar e sair cedinho no próximo dia. 

No decorrer da semana não consegui vender as restantes, sobraram três peças. No fim do quinto dia, coincidência do destino, uma menina que também estava lá no hotel, cruzou no meu caminho. Talvez sensibilizada pelo que estava prestes a acontecer comigo, abriu o jogo e contou-me que ela já havia caído na “ARAPUCA” noutra ocasião e que essa não parecia diferente. Ou seja, contratavam as pessoas com a promessa de uma vaga de emprego. Como teste de seleção, faziam os idiotas trabalharem de graça. Sim de graça, pois a comissão era uma merreca. Para eles importava a venda do produto, ali estava a grande parcela do lucro. Não importava a quantidade vendida, pois não existia empresa nem emprego algum. Agradeci à moça, e indignado terminei o dia. À noite na companhia de meu travesseiro, quase não dormi, iria a polícia no outro dia, resmungava. 

Amanheceu e pela manhã direto à Delegacia Especializada, não lembro o nome, mas segundo informações que recebi de um agente parado em frente a uma viatura, o meu tipo de ocorrência era lá. Ao entrar um duplo sentimento se apoderou de mim, a raiva por estar fazendo papel de otário aliada ao medo daqueles sujeitos. Pedi para falar com o delegado, queria fazer uma denúncia, prontamente me encaminharam para a sala do homem, abri o verbo e contei a história. Agora era só me levantar e deixar a bomba explodir. Quando esbocei ir embora, o delegado olhou-me e soletrou, e o senhor fica aí, vais aguardar a chegada dos elementos para apontá-los. Quase desmaiei, agora que aqueles caras vão me matar, imaginava eu. Se soubesse disso, não teria vindo. E agora. Esperei e quando a rapaziada chegou, o delegado se revelou, mandou que todos esvaziassem os bolsos e colocassem em cima da mesa. Enquanto isso eu permanecia sentado, agora sob o olhar da quadrilha. Antes de prosseguir, o delegado na presença de dois agentes, apontou o dedo para mim e pronunciou as seguintes palavras: 

--Olha aqui, corja de estelionatários, quando vocês virem esse guri aí pela rua, fiquem o mais longe que puderem dele, sugiro nem pegar o mesmo ônibus que ele, nem em sonho se dirijam a ele, a melhor coisa que tem a fazer é esquecer que ele existe, entenderam?... Entenderam vagabundos?... Silêncio... Querem me testar? Última chance... Entenderam?

--Sim senhor, sim, entendemos, sim senhor, pode ficar tranquilo chefe, entendemos perfeitamente. 

Momento em que o delegado começou a procurar em meio a papelada atirada em sua mesa, o dinheiro deles e colocar no bolso da camisa, isso na minha frente e de todos que ali estavam. Fiquei apavorado, mas logo a seguir fui liberado e ao rumar para a saída encontrei com algumas dezenas de pessoas na garagem, pois a ordem era trazer tudo que estivesse na sala do hotel. Um policial comunicou que poderíamos levar do lote da apreensão a quantidade de produtos que conseguíssemos carregar. Não me fiz de rogado. Abracei umas vinte caixas, peguei a rua e desci a ladeira com jeito, sentimento e cara de tristeza lembrando que ARAPUCA em minha terra era para prender passarinho e ali para pegar “trouxa”. 

P.S. “Deixo essa limonada em sinal de alerta às pessoas que pelas circunstâncias também procuram oportunidades de trabalho”

quarta-feira, 27 de março de 2013

A formatura - Coisas da vida

Por Gilrikardo

Mês passado estive em minha querência e percebi que uma ex-colega de classe saiu da pobreza. Ela e o marido (o namorado daquela época) “enricaram” como se costuma fofocar, da noite para o dia, sem contar o milagre. E acreditem, existe o tal milagre que a grande maioria prefere não revelar. Alguns a gente entende, mas acredito que não precisa esconder ou fazer tanto mistério se a origem é genuinamente lícita. 

Pois bem, estudava no terceiro ano do segundo grau, iniciamos as atividades letivas voltados para a formatura que desde o primeiro ano já nos envolvia. Seria mais um ano em busca de recursos para patrocinar a festa, a viagem a Balneário Camboriú em Santa Catarina, os quadros - aquele que tem a foto de todos os alunos e professores do curso. Era praxe nessa ocasião as aulas diminuírem o ritmo para sobrar mais tempo ao nos liberar. Ninguém reclamava, pelo contrário, todos aceitavam o sacrifício de batalhar pelo dinheiro da formatura. Pegamos gosto pela organização dos eventos que além do prazer da correria nos preenchia a ociosidade de forma útil. Festa e festa.

Próximo do fim do ano. Depois de muitas colaborações, rifas, doações e baladas juvenis verificamos que o acumulado era suficiente para as despesas. Estaríamos num zero a zero, isto é, daria para pagar tudo aquilo que previmos e não sobraria nada. Aí então, o olho grande baixou sobre nós, a ganância se apoderou de alguns e resolvemos fazer um grande baile para arrecadarmos mais alguns dinheiros e assim aumentar os dias de festa em Camboriú ou dividir as sobras. Todos toparam, a maioria pela divisão das sobras, então era legítimo o empenho no bailão.

O local escolhido foi uma linha no interior, um brejo onde só existia uma igreja velha de madeira e o salão para os tais encontros da comunidade. Eu e um colega de classe nos oferecemos para ir um dia antes e providenciar a limpeza do ambiente, além de receber as bebidas, os quitutes e outras guloseimas que seriam rifadas - bolos, pudins, etc. Chegamos na sexta-feira pela manhã e o arrasta pé seria no sábado à noite, assim ficamos quase quarenta e tantas horas com vassoura, balde e água a dançar pelo salão. Eu não acreditava que naquele lugar iria alguém, não conhecia a região então tudo que imaginava era na base do achismo. Até que a partir das vinte horas de sábado chegou toda a turma com respectivos parentes e amigos, como o salão era um baita salão, o que parecia um montão de pessoas, não representou mais do que algumas mesas agrupadinhas... entre o pessoal que estava trabalhando corria o boato que entraríamos pelo cano. Pagaríamos para trabalhar.

Mas no decorrer das horas, o bicho pegou, ai entendi porque o local era grande, não parava de chegar gente de todos os cantos, de todos os tipos, e embarcados de todas as maneiras. Alguns em montarias (cavalos e mulas), carro, camionetas, trator, caminhão, bicicleta, lambreta, e acredito que até a pé. Lá pela meia-noite a gaita gemeu, e até raiar o dia, aquele salão parecia que ia cair de tanto que balançava. Eu e meu amigo  trabalhamos como garçons e ingenuamente aceitamos algumas gorjetas. Ao fim da festa estávamos com os bolsos cheios. Fomos conferir os comes e bebes. Vendemos tudo. Não sobrou nem para um pequeno lanche. Saímos com a impressão de que foi o maior sucesso entre todas as promoções até então realizadas.

Na segunda-feira, para espanto geral, surgiu um boato de que o baile deu prejuízo. Fui o primeiro a gritar que aquilo era mentira, como poderia dar se vendemos todos os ingressos e mais uma centena que apareceu de última hora, além das bebidas e das comilanças vendidas até a última garrafa e último pedaço. Ninguém falou nada, deixamos para o outro dia, aí surgiu a conversa fiada dando conta que o pessoal que ajudava no baile saiu com os bolsos cheios. Meu deus! Não acreditei no que estavam a insinuar. Que eu, meu colega, e outros que trabalharam qual uns cavalos, estávamos sendo alvos de comentários mentirosos. Os dias correndo e as pessoas nos julgando ladrões. Aquilo era ridículo. Para mim era um pesadelo. Não merecia aquela pecha. Não conseguia imaginar de quem partira tal ofensa. Mas a verdade cedo ou tarde vem a tona. Torcia eu. 

E veio, quando dali a alguns dias a tesoureira e o presidente não apareceram nas aulas e foram dados com destino incerto. Sumiram e junto levaram todo o dinheiro, o registro das atas, entre outros comprovantes. Foram três anos de muito sonho e muito trabalho empenhados num objetivo comum. E da noite para o dia, levados por dois ladinos que tempos depois tiveram a cara-de-pau de voltar com ares de empresários bem sucedidos ( hoje são tratados com certa reverência e exemplo de pessoas de sucesso - argh!...). Na verdade, ninguém além deles sabia a quantia exata em caixa. Pois desde o primeiro ano  lhes cabia as tarefas de realizar os controles que pouco a pouco deixaram de ser fiscalizados pelos professores e direção da escola. Creio que isso bastou para deixá-los à vontade e deu no que deu. Esse milagre o casal empresário, com certeza, não conta a ninguém. Ladinos... la-di-nos...

P.S. - Inclusive à época, fim de ano, a maioria sai em busca de outros rumos, talvez por isso ninguém sentiu-se com a responsabilidade de tentar reaver nosso dinheiro, acredito que a dupla deve ter previsto até isso. Além de se beneficiarem do esforço empreendido pela escola em abafar o caso, pois também era co-responsável.  


Comunismo e cara-de-pau


Por Alexandre Garcia

Passou praticamente despercebido do noticiário da semana passada a decisão da direção da Câmara Federal de revogar uma resolução dela própria, de 1948, em que cassou o mandato de 14 deputados do Partido Comunista. A cassação fora baseada em sentença do Tribunal Superior Eleitoral, confirmada pelo Supremo, porque baseada na Constituição. Conhecida como constituição liberal, ela vedava, no entanto o Partido Comunista, porque ele não aceitava a pluralidade de partidos, nem a liberdade, nem a democracia nos países em que estava no poder. 

Recuperaram os mandatos, entre outros, o escritor Jorge Amado, o mentor da guerrilha do Araguaia, João Amazonas, e o autor do “Manual da Guerrilha Urbana”, Carlos Marighella – todos agora mortos.

O Senado, por sua vez, devolveu o mandato a Luís Carlos Prestes que, patrocinado por Moscou, tentou tomar o governo em 1935, num levante que matou 32 militares, a maioria enquanto dormia no quartel da Praia Vermelha. 

A líder do Partido Comunista do Brasil, a gaúcha Manuela d’Ávila, num discurso patético, disse que demorou o reconhecimento da injustiça feita contra quem lutou pela democracia e pelos direitos humanos. Ela deve julgar que todos sofrem de alienação mental.

Quem mais oprimiu a democracia e os direitos humanos no planeta, no século 20 foi o Partido Comunista. Onde tomou o poder, a partir de 1917, suprimiu todos os direitos e impôs ditaduras cruéis, torturadoras, sanguinárias, de que hoje ainda temos resquícios, em Cuba e na Coreia do Norte. 

Foi o Partido Comunista que baixou uma cortina de ferro sobre parte da Alemanha, sobre a Polônia, a Hungria, a Tchecoslováquia e tantas outras infelizes nações da Europa e Ásia.

Foi a maior praga do século 20, afetando a vida de milhões de habitantes de países que ficaram sob seu jugo, e de outros milhões em que os comunistas tentaram tomar o poder pela força das armas, como no Brasil, por duas vezes, no Uruguai, na Argentina, no Chile, para citar alguns sul-americanos.

O terror comunista matou mais que o nazismo de Hitler – com quem, aliás, Stálin fez acordo para massacrar a Polônia. Calcula-se que os assassinatos genocidas praticados por ditadores comunistas na Europa e Ásia chegam a 100 milhões. O holocausto de Hitler matou 6 milhões de judeus, segundo se calcula.

Escapamos da ditadura comunista graças à incompetência monumental de Prestes e seus companheiros, na tentativa de golpe em 1935. Moscou, que pagava tudo e mantinha observadores em torno de Prestes, como Olga Benário, ficava atônita com os erros dos comunistas brasileiros, como pesquisou em arquivos soviéticos William Waack para o livro “Camaradas”.

Mesmo assim, quando Prestes foi a Moscou no início de 1964, obteve de novo a promessa de auxílio político e militar. Em troca, garantia que “uma vez a cavaleiro do aparelho de Estado, converter rapidamente, a exemplo da Cuba de Fidel, a revolução nacional-democrática em socialista”. Isso é História, que relembro agora porque muita gente, com a maior cara-de-pau vem nos falar de democracia e de direitos humanos dos comunistas.

Marketing de Rede

Marketing Multinivel é uma realidade.
Marketing Multinivel no Brasil?
Marketing Multinivel é legal?
Marketing Multinível é pirâmide?

Que é Marketing Multinivel?

É também conhecido como Marketing De Rede, é um conjunto de processos, estratégias, e ações que levam produtos, serviços e benefícios ao mercado consumidor (Marketing), através de uma equipe, da força de um time (Rede)

O interessante é que no Multinível, você ganha não só pelos seus atos diretos, e sim também por ações indiretas, pois, cada membro da sua equipe que efetua uma venda, ou consegue captar novas pessoas para entrarem na oportunidade de negócios, você receberá uma comissão sobre a produtividade deles. 

Chamamos isso de renda residual, ou seja, é um pouquinho dos lucros mensais de cada um da sua rede/equipe, que faz com que você ganhe boas comissões dentro do Multinível. 

Aliás, na verdade todo mundo ganha, pois ganha a empresa uma parte do lucro das suas vendas ou cadastramento de novos empreendedores, ganha você diretamente uma parte desses lucros também, e ganha a pessoa que te convidou e colocou no negócio. 

Portanto, o Marketing Multinível, é feito através de uma das formas mais justas de se fazer negócios no mundo que é a chamada relação "Ganha-Ganha", onde os lucros são distribuídos justamente com todos os envolvidos no negócio. 

Outro fator muito interessante e justo dentro do MMN (Marketing Multinível), é a condição que o sistema oferece de TODOS os envolvidos crescerem dentro da hierarquia da empresa, alcançando patamares maiores e consequen- temente lucros maiores. 

Muitas empresas chamam isso de PIN, ou seja, isso determina qual a sua posição dentro da hierarquia, do plano de carreira da empresa que você faz parte. 

Cada empresa constrói suas regras e condições para você avançar de PIN, dentro da empresa. 

Este é mais um ponto, um fator, justo e que faz todo o diferencial dentro do Marketing Multinível, pois, é diferente das empresas tradicionais que, você só consegue avançar na hierarquia da empresa, quando o seu superior sai do cargo por algum motivo, e também você muitas vezes concorrerá pelo cargo com outros pretendentes. 

Haverá também cargos que muitas vezes, você NUNCA alcançará, pois ele é restrito apenas aos proprietários da empresa ou pessoas mais próximas da organização fundadora.

Então o Marketing Multinível é uma Pirâmide?

Esse é um tema que leva há muitas discussões e controvérsias a respeito do Marketing Multinível...

Seria o Marketing Multinível uma pirâmide?

Bem, vamos analisar algumas coisas para podermos chegar a essa conclusão.

Vamos analisar uma empresa tradicional...


Quantos presidentes há nesta empresa?
Provavelmente um só não é mesmo? 
Quantos vice presidentes há nesta empresa? 
Provavelmente também só um... 
Quantos diretores haverá nessa empresa? 
Alguns poucos certamente... 
Quantos gerentes haverá nesta empresa? 
Uma quantia moderada certamente. 
Quantos funcionários operacionais haverá nesta empresa? 
Certamente vários deles, tais como vendedores, montadores, faxineiros, instrutores, e assim por diante. 

Então, perceba que a medida que os cargos tornam-se mais sofisticados e com projeções de carreira e ganhos financeiros maiores, mais a coisa se estreita e afunila, lembrando um aspecto de pirâmide, onde quem está na base (que são muitos), não conseguem subir, ou possuem uma dificuldade enorme para isso. 

Então, quem são os maiores beneficiados desta empresa? Obviamente o presidente e os cargos mais próximos do dele. 

Quem está na base é pouco reconhecido, trabalha muito, e não ganha o suficiente pelos seus esforços.

Muitas pessoas acusam o MMN de esquema pirâmide, porém, sem observar como funciona o modelo de empresas tradicionais e que muitas vezes ele mesmo faz parte!

Agora há pessoas que acusam o Marketing De Rede como uma pirâmide no sentido financeiro.

E então precisamos fazer uma análise sobre pirâmides com esta abordagem agora, ou seja, a abordagem financeira.

Vamos lá então... 

Uma pirâmide financeira é caracterizada por um esquema, onde os participantes entram com uma determinada quantia financeira no esquema e com uma promessa de que em pouco tempo estarão ganhando muito mais do que investiram para ingressar. 

Uma pirâmide financeira geralmente possui as seguintes características: 

* Não há produtos, serviços e benefícios a seus participantes, ou seja, algo de valor a eles, e que pode ser muitas coisas. 

*Sabe-se muito pouco a respeito do histórico do grupo ou das pessoas que lançaram a suposta "oportunidade de negócios". 

*O esquema não possui registros legalizados nos órgãos competentes para atuar, ou sua legalização é duvidosa.

*Não se sabe ao certo quantos anos tem esta proposta, geralmente elas surgem de repente...

*Promessas e tons exagerados de ganhos financeiros rápidos, liberdade financeira, riquezas. Mexem muito com seu lado emocional para que você não pense muito a respeito.

*Investimentos financeiros geralmente baixos, pois, quando o esquema fracassar, ninguém correrá atras judicialmente para reaver uma quantia pequena de dinheiro, porém os donos do esquema ganharam muito pois receberam um pouco de cada uma das milhares de pessoas que entraram para o negócio.

Portanto, agora você já sabe e entende sobre o que é uma pirâmide financeira, agora vamos entender porque oportunidades legítimas de Marketing Multinível não são pirâmides? 

Uma oportunidade legítima de Marketing Multinível possui as seguintes características: 

*Possuir produtos e serviços de grande valor as pessoas, e em uma oportunidade legítima de MMN, não se ganha ganha dinheiro somente com a oportunidade de negócios e sim também com a comercialização desses produtos, serviços e benefícios, ou seja a pessoa tem a liberdade de entrar para o negócio para ser um simples consumidor e/ou vendedor dos produtos, serviços e usufruir dos benefícios, como também pode entrar para o negócio para fazer as TRÊS coisas, ou seja, usar os produtos, vendê-los e / ou divulgar a oportunidade de negócios. 

*A empresa deve ser totalmente regularizada e legalizada atendendo a todas as exigências do país. Se os produtos forem na área de alimentação e cosméticos devem ter sido aprovados pela vigilância sanitária por exemplo. 

*Não exige nenhum tempo mínimo para que você permaneça no negócio, ou seja, você sai dele a hora que desejar. Não deve haver contrato de permanência mínima e nem mesmo multas por desistência do negócio. 

Então somente com essas TRÊS características já conseguimos diferenciar completamente um esquema de pirâmide para um esquema de Marketing de Rede. 

Marketing Multinível e Empresas Diversas. 

A popularização do Marketing Multinível, fez com que surgisse empresas diversas que comercializam diversos tipos de produtos. 

Os principais produtos comercializados por empresas baseadas em Marketing Multinível são: 

* Produtos na área de saúde e bem estar como bebidas (sucos) e pós (shakes) nutricionais, para combate a problemas de saúde, controle de peso e compensador de refeições, vitaminas para reforço imunológico e prevenção de doenças. 

* Produtos na área de beleza, cosméticos como por exemplo, cremes para tratamento da pele, maquiagens e perfumes. 

* Produtos digitais tais como franquias de lojas virtuais para você comercializar produtos e serviços sejam físicos ou não através da internet. 

* Cartões de benefícios, descontos, onde o associado ao ingressar para a oportunidade de negócios recebe então esses benefícios e convida outras pessoas para associarem-se também. 

Mas qual é a realidade do Marketing Multinível no Brasil? 

O Marketing De Rede vêm crescendo cada vez mais no Brasil com o passar dos anos e tornando-se cada vez mais popular e representando uma grande oportunidade e alternativa de negócios para as pessoas. 

Porém, infelizmente como em qualquer outro negócio e profissão, existem coisas erradas que distorcem o conceito tradicional do negócio e a forma como deve ser feito... 

Muitos esquemas de pirâmide são lançados no mercado constantemente, usando o nome do Marketing de Rede para tentar dar credibilidade ao negócio. 

São empresas e esquemas que muitas vezes até mesmo possuem regularização, CNPJ, só que o produto é alguma coisa simbólica, só para dizer que há um produto, mas ele não vale absolutamente nada e não traz nenhum diferencial ou ajuda na vida das pessoas. 

Por exemplo, temos oportunidade de negócios neste estilo, que quando você ingressa o produto trata-se do treinamento para você trazer novos membros para o esquema! 

Ou seja... que produto, serviço ou benefício é esse? 

Há outras oportunidades que o produto é um e-book ou uma série deles... 

Até que se o e-book for de boa qualidade, com um curso exclusivo, até que ainda vai, porém, o que se vê de mais comum são e-books que muitas vezes você encontra gratuitamente na internet e que eles colocaram lá para dizer que há um produto... 

Outros colocam e-books escaneados do original físico e isso é completamente ilegal! 

Há outras oportunidades que dão a você listas de milhões de e-mails para você divulgar sua oportunidade, fazendo assim Spam, que é um método totalmente repulsivo e ilegal de se enviar anúncios as pessoas. 

Há oportunidades também que te seduzem com ganhos rápidos e velozes e que você não precisa fazer nada, não precisa convidar e indicar as pessoas para o negócio... 

Isso vai completamente contra o Marketing Multinível! Que é justamente um negócio de vendas e de indicações de produtos, serviços e oportunidade de negócios. 

Se você não convida,
Se você não indica
Se você não recomenda

Não há entrada de dinheiro e nem crescimento do seu negócio! 

Como é que as pessoas vão conhecer? 
Como você vai ganhar dinheiro? 

Além disso tudo, infelizmente há também péssimos distribuidores / representantes de oportunidades de Marketing De Rede, que até estão em uma oportunidade de negócios legítima, porém, usam de má fé para conseguirem dinheiro das pessoas. 

Distorcem o negócio, fazem as pessoas investirem mais do que podem para começarem a oportunidade, prometem "mundos e fundos", e depois simplesmente desaparecem e não dão ajuda nenhuma a quem elas colocaram no negócio. 

Por isso, que há muitas pessoas que AMAM o Marketing De Rede, assim como outras que também ODEIAM o Marketing Multinível. 

Por terem caído em oportunidades erradas, ou terem sido abordadas por pessoas mal intencionadas, resolvem colocar a culpa no método de negócios e não na empresa ou no profissional mal intencionado. 

Em todo e qualquer empreendimento, há os vencedores, há os perdedores, há os bem intencionados e há os mal intencionados, mas nem por isso o negócio é ruim ou a culpa é do modelo de negócios. 

É necessário filtrar muito bem tudo isso. 

Agora, é também importante ressaltar que há pessoas que ingressam em uma oportunidade legítima de Marketing De Rede, e ingressam com bons profissionais no negócio e não fazem ABSOLUTAMENTE NADA para desenvolverem o negócio e no final das contas saem culpando o Marketing Multinível pelos seus fracassos! 

Não reconhecem que o erro estão nelas mesmas e por isso, sempre buscam alguém para "pagar o pato", digamos assim... 

A culpa é sempre do governo, a culpa é sempre dos políticos, a culpa é sempre do chefe... mas a culpa NUNCA É DA PESSOA! 

Nós temos nossa parcela de culpa pelas desigualdades sociais e misérias no nosso país, nós temos nossa parcela de culpa pela violência no nosso país, nós temos nossa parcela de culpa pelas desigualdades financeiras no nosso país e por aí vai! 

Enquanto colocamos a culpa de nossos fracassos sempre em alguém ou em alguma coisa, estamos a mostrar mais e mais que somos incompetentes, fracassados, além de enganar a nós próprios... 

Os grandes líderes e vencedores seja no MMN, ou em qualquer outro ramo seja nos negócios, na política na religião, enfim, sabem que o único culpado pelos seus fracassos são eles mesmos e não ficam buscando culpados! 

Então para finalizar, recomendo que você: 

*Estude bastante sobre o Marketing De Rede se pretende ou já está dentro deste ramo de negócios. 

*Busque informações e analise muito bem as oportunidades de negócios que você vê por aí e é convidado. 

*Ingresse no negócio com pessoas realmente sérias e que desenvolvem o negócio de forma extremamente profissional. 

*Assuma sua culpa caso o negócio não dê certo para você! Levante a cabeça, aprenda com seus erros e aperfeiçoe-se! 

Espero que vocês tenham gostado do artigo, comentem a respeito na área de comentários e compartilhem pelas redes sociais! 

Fonte: SucessoMais


PS: Gilrikardo disse: "Se você leu o artigo acima e acreditou na idéia, envie-me um e-mail que lhe possibilitarei uma oportunidade:
gilrikardo@gmail.com

segunda-feira, 25 de março de 2013

Sanduíches

A alimentação fora de casa revela um mercado que está em crescente expansão. As pessoas tem as necessidades básicas de se alimentarem todos os dias, e as lojas relacionadas a gastronomia oferecem cada vez mais variedades para corresponderem as expectativas dos clientes e com isso lucrarem mais.
A Casa de Sanduíches refere-se a um local especializado na venda de sanduíches e que tem como objetivo principal convencer o consumidor de que seus serviços podem ser tão bons ou melhores do que a concorrência. Para isso, o empreendedor precisa erguer um negócio com a tecnologia disponível no mercado e trabalhar com muita disciplina.
Os sanduíches podem ser feitos de diversos sabores e com complementos especiais, sendo os sanduíches naturais os mais procurados pelos clientes. O ideal é que os sanduíches tenham como base esta variedade de sabores, que vão desde os sanduíches calóricos que os adolescentes gostam até os voltados para dietas e alimentação saudável típico das pessoas mais velhas. Ambos devem ter um sabor específico e conquistar a clientela, e para isso é bom que haja uma pesquisa ampla feita com integrantes da região para avaliarem as propostas de sanduíches.

Concorrência da casa de sanduíches
É inegável que haja uma grande concorrência da Casa de Sanduíches com outros estabelecimentos. Isto porque as pessoas podem simplesmente trocar um sanduíche por um torta em outro estabelecimento por exemplo. O ideal é que a Casa de Sanduíches seja uma das opções viáveis para o consumidor decidir entre as diversas opções para se alimentar fora de casa, e isso só será possível a partir da divulgação e de um bom comprometimento dos funcionários com o atendimento ao cliente.
Uma opção para montar uma casa de sanduíches mais facilmente seria comprar uma franquia no segmento em questão, porém, normalmente este tipo de empreendimento não são franquias baratas. Por outro lado há toda a vantagem do negócio já vir formatado com o que funciona para maximizar a produtividade e lucro.

Atendimento ao cliente na casa de sanduíches
É necessário que os funcionários estejam integrados, saibam trabalhar em equipe e estejam comprometidos para um bom relacionamento com os clientes. Isso se dá a partir de boas referências que o empreendedor deve buscar na contratação dos empregados, e na concessão de cursos para que estes aprendam a lidar com o público, priorizando a educação e o respeito.
A casa de sanduíches é um estabelecimento que lida com gastronomia, e os funcionários devem estar devidamente uniformizados, limpos e com bons hábitos de higiene. As pessoas não gostariam que os funcionários que os atendem tenham as unhas sujas ou o cabelo bagunçado. Por isso, é necessário fazer todo um trabalho de reeducação destas pessoas para que cumpram estas regras.

Localização para casa de sanduíches
Toda vez que tratamos de um estabelecimento que lida com o comércio de comida e bebidas temos que atentar para o fato da localização. Esta deve estar num local onde passa uma grande quantidade de pessoas no horário de funcionamento, e essa exposição é completamente benéfica para que aumentem as vendas do negócio.
É bom que a localização da Casa de Sanduíches esteja próxima a ruas movimentadas, perto de escolas, cursos, comércio em geral.

Estrutura para casa de sanduíches
A casa de sanduíches deve ter uma estrutura muito boa. É necessário que haja um local somente para o recebimento de estoque e mercadorias. A cozinha deve ser independente das outras áreas, e apenas as pessoas que trabalham lá devem transitar. Os sanitários devem ser separados por sexo, sendo um masculino e um feminino para empregados e um masculino e um feminino para clientes. Além disso, os funcionários devem ter um vestiário para trocar as vestimentas que chegam ao serviço pelo uniforme da empresa, pois o contato com os alimentos apenas se dará com os uniformes especializados da empresa.
O espaço para a instalação destes espaços deve ser no mínimo de 100m² incluindo o salão onde estarão as mesas e cadeiras que ficarão os clientes. Estes móveis devem ter boa qualidade para garantir o conforto dos clientes, e a ambientação deve ter luzes apropriadas para o balcão, para as mesas, o caixa, tudo de acordo com um plano estabelecido pelo designer de interiores se for necessária a contratação de um profissional.

Pessoal da casa de sanduíches
O porte do empreendimento é o principal fator que definirá a quantidade de funcionários que estará trabalhando na Casa de Sanduíches. Se o negócio for bem pequeno, não é necessário a contratação de um grande pessoal, mas caso haja um investimento pesado num mega negócio é evidente que mais contratações devam ser feitas para atender os clientes.
Baseando-se por uma Casa de Sanduíches de pequeno porte, pode-se começar com um manipulador de alimentos, um auxiliar e dois atendentes. Cada um fará um tipo de serviço em específico como o atendente que servirá as bebidas prontas, sanduíches e o restante dos pedidos, o manipulador de alimentos que preparará os sanduíches, o auxiliar de manipulação de alimentos que tem uma função subordinada e tem a função de condicionar os alimentos, preparar sucos, manipular verduras e outros.
Além destes, é necessário que haja um nutricionista para desempenhar seu trabalho dentro da Casa de Sanduíches. Pode haver terceirização neste caso. Todos os funcionários deverão seguir as normas da ANVISA e no caso das mulheres a atenção é indispensável com os cabelos, que devem se manter presos e devidamente arrumados.

Equipamentos para casa de sanduíches
Para montar uma casa de sanduíches alguns equipamentos básicos devem ser adquiridos para atenderem aos pedidos dos clientes e montarem o negócio, como um balcão para armazenagem dos produtos frios. Este deve ter vidros, e aí vai do empreendedor estabelecer a compra deste equipamento e adaptá-lo ao seu empreendimento.
Na área de produção são essenciais as bandejas, espátulas, talheres, batedeiras, câmaras frias, câmaras de fermentação, cilindro elétrico industrial, exaustores, freezer, fornos, formas de assar, fatiadores, fogões e outros. Geladeiras e liquidificador são alguns dos equipamentos mais essenciais e devem ser comprados em marcas confiáveis para assegurar o bom funcionamento do negócio.

Perfil do empreendedor da casa de sanduíches
O empreendedor de uma casa de sanduíches deve ter a capacidade de lidar com um negócio relacionado a gastronomia e ter experiência com isso. Muitos truques podem ser descobertos e levados para um novo negócio quando observados em outros estabelecimentos semelhantes, e para isso o empreendedor pode fazer uma pesquisa avaliando regras e métodos produtivos para aumentar suas vendas e garantir a satisfação de seus clientes.
É bom também que o empreendedor faça cursos que deixem o seu conhecimento em marketing e administração de empresas mais apurado para lidar melhor com as situações e decisões que uma casa de sanduíches pode apresentar. Cursos e palestras em diversas áreas podem ser conferidos em todo o Brasil e são uma excelente idéia para o empreendedor de casa de sanduíches começar a adquirir mais conhecimentos para a direção do seu negócio.

Blog Diplomatizzando

Por Paulo Roberto de Almeida é Doutor em Ciências Sociais, mestre em Planejamento Econômico, diplomata.

... vocês sabem de quem. Diretamente do MECdinossauro, mas ele é o puro resultado da republiqueta dos companheiros, que promoveram um dos maiores idiotas do Brasil, Paulo Freire, a patrono da educação brasileira. O resto foi feito por ideologia, máfias sindicais de professores e funcionários, militantismo pé de chinelo de ignorantes travestidos em universitários gramscianos, enfim, toda uma malta de promotores ativos da mediocridade universitária e da deterioração da qualidade do ensino, em todos os níveis, do kindergarten ao pós-doc...
O desastre é incomensurável, e o Brasil vai pagar um preço altíssimo por isso. A tendência é que tudo continue a piorar pelo futuro previsível. Se, e a partir de quando (o que é altamente improvável), houver uma correção de rumos, algo que julgo difícil de acontecer, ainda demoraria 10 ou 15 anos para começar a melhorar um pouquinho. Como isso não vai ocorrer em minha vida útil, só posso prenunciar a continuidade do desastre pelo fim dos tempos.
Não se conserta um pau torto facilmente. O mais sensato seria arrancá-lo e plantar outra árvore no lugar, mas parece que isso não vai ocorrer, conhecendo como funcionam as faculdades de pedagogia no Brasil, um viveiro de saúvas freireanas. Não tem jeito, ao que parece. 
Se, em matéria de economia sou moderadamente pessimista (ou seja, acredito que o Brasil vai continuar exibindo taxas medíocres de crescimento, se arrastando penosamente em direção à modernidade), em matéria de educação sou absolutamente pessimista, acreditando que o Brasil vai continuar aceleradamente seu itinerário para trás, destruindo tudo o que de positivo vinha sendo penosamente construído nas décadas anteriores. 
Os militantes gramscianos da educação são como os bárbaros de Atila: onde passam semeiam a destruição. 


domingo, 24 de março de 2013

Um velho texto sobre Cuba

CUBA, O INFERNO NO PARAÍSO


Juremir Machado da Silva



Correio do Povo, Porto Alegre (RS), 4 de março de 2001

Na crônica da semana passada, tentei, pela milésima vez, aderir ao comunismo. Usei todos os chavões que conhecia para justificar o projeto cubano. Não deu certo. Depois de 11 dias na ilha de Fidel Castro, entreguei de novo os pontos.

O problema do socialismo é sempre o real. Está certo que as utopias são virtuais, o não-lugar, mas tanto problema com a realidade inviabiliza qualquer adesão. 

Volto chocado: 

Cuba é uma favela no paraíso caribenho.

Não fiquei trancando no mundo cinco estrelas do hotel Habana Libre. Fui para a rua. Vi, ouvi e me estarreci. Em 42 anos, Fidel construiu o inferno ao alcance de todos. Em Cuba, até os médicos são miseráveis. Ninguém pode queixar-se de discriminação. É ainda pior. Os cubanos gostam de uma fórmula cristalina: 

‘Cuba tem 11 milhões de habitantes e 5 milhões de policiais’ 

Um policial pode ganhar até quatro vezes mais do que um médico, cujo salário anda em torno de 15 dólares mensais. José, professor de História, e Marcela, sua companheira, moram num cortiço, no Centro de Havana, com mais dez pessoas (em outros chega a 30). Não há mais água encanada. Calorosos e necessitados de tudo, querem ser ouvidos. José tem o dom da síntese:

‘Cuba é uma prisão, um cárcere especial. Aqui já se nasce prisioneiro. E a pena é perpétua. Não podemos viajar e somos vigiados em permanência. Tenho uma vida tripla: nas aulas, minto para os alunos. Faço a apologia da revolução. Fora, sei que vivo um pesadelo. Alívio é arranjar dólares com turistas’.

José e Marcela, Ariel e Julia, Paco e Adelaida, entre tantos com quem falamos, pedem tudo: sabão, roupas, livros, dinheiro, papel higiênico, absorventes. Como não podem entrar sozinhos nos hotéis de luxo que dominam Havana, quando convidados por turistas, não perdem tempo: enchem os bolsos de envelopes de açúcar. O sistema de livreta, pelo qual os cubanos recebem do governo uma espécie de cesta básica, garante comida para uma semana. Depois, cada um que se vire. Carne é um produto impensável.

José e Marcela, ainda assim, quiseram mostrar a casa e servir um almoço de domingo: arroz, feijão e alguns pedaços de fígado de boi. Uma festa. Culpa do embargo norte-americano? Resultado da queda do Leste Europeu? José não vacila: 

‘Para quem tem dólares não há embargo. A crise do Leste trouxe um agravamento da situação econômica. Mas, se Cuba é uma ditadura, isso nada tem a ver com o bloqueio’. 

Cuba tem quatro classes sociais: 

os altos funcionários do Estado, confortavelmente instalados em Miramar; 
os militares e 
os policiais; 
os empregados de hotel (que recebem gorjetas em dólar); 
e o povo. 

‘Para ter um emprego num hotel é preciso ser filho de papai, ser protegido de um grande, ter influência’, explica Ricardo, engenheiro que virou mecânico e gostaria de ser mensageiro nos hotéis luxuosos de redes internacionais.

Certa noite, numa roda de novos amigos, brinco que, quando visito um país problemático, o regime cai logo depois da minha saída. Respondem em uníssono:

Vamos te expulsar daqui agora mesmo’.

Pergunto por que não se rebelam, não protestam, não matam Fidel? Explicam que foram educados para o medo, vivem num Estado totalitário, não têm um líder de oposição e não saberiam atacar com pedras, à moda palestina. Prometem, no embalo das piadas, substituir todas as fotos de Che Guevara espalhadas pela ilha por uma minha se eu assassinar Fidel para eles.

Quero explicações, definições, mais luz. Resumem: 

‘Cuba é uma ditadura’. 

Peço demonstrações:

‘Aqui não existem eleições. A democracia participativa, direta, popular, é um fachada para a manipulação. Não temos campanhas eleitorais, só temos um partido, um jornal, dois canais de televisão, de propaganda, e, se fizéssemos um discurso em praça pública para criticar o governo, seríamos presos na hora’.

Ricardo Alarcón aparece na televisão para dizer que o sistema eleitoral de Cuba é o mais democrático do mundo. Os telespectadores riem: ‘É o braço direito da ditadura. O partido indica o candidato a delegado de um distrito; cabe aos moradores do lugar confirmá-lo; a partir daí, o povo não interfere em mais nada. Os delegados confirmam os deputados; estes, o Conselho de Estado; que consagra Fidel’. Mas e a educação e a saúde para todos? Ariel explica: 

‘Temos alfabetização e profissionalização para todos, não educação. Somos formados para ler a versão oficial, não para a liberdade.

A educação só existe para a consciência crítica, à qual não temos direito. O sistema de saúde é bom e garante que vivamos mais tempo para a submissão’. José mostra-me as prostitutas, dá os preços e diz que ninguém as condena:’ Estão ajudando as famílias a sobreviver’. Por uma de 15 anos, estudante e bonita, 80 dólares. Quatro velhas negras olham uma televisão em preto e branco, cuja imagem não se fixa. Tentam ver ‘Força de um Desejo’. Uma delas justifica:

‘Só temos a macumba (santería) e as novelas como alento. Fidel já nos tirou tudo. Tomara que nos deixe as novelas brasileiras’. 

Antes da partida, José exige que eu me comprometa a ter coragem de, ao chegar ao Brasil, contar a verdade que me ensinaram: em Cuba só há ‘rumvoltados’.

Tia Zulmira está de volta

GAUDÊNCIO TORQUATO* 

O Estado de S.Paulo

O que diria Tia Zulmira, a engraçada personagem criada por Stanislaw Ponte Preta, pseudônimo do impagável cronista Sérgio Porto, no início dos anos 60, ao enchergar (isso mesmo, com ch) numa dissertação sobre movimentos imigratórios para o Brasil no século 21 uma receita de Miojo e um trecho do hino do Palmeiras? Acharia rasoavel (assim mesmo, com s e sem acento) as notas 560 e 500, de um total de 1.000, obtidas, respectivamente, por um galhofeiro que mostrou como se faz o famoso macarrão instantâneo e por um apaixonado torcedor do Verdão? E que nota daria ao Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, que orienta os corretores da prova a "aproveitar o que for possível", mesmo ante a inserção de textos com evidente intenção de desmoralizar o processo corretivo? O próprio autor da receita confessa que seu intuito era mostrar que "os corretores não leem completamente a redação". A velha senhora da família Ponte Preta enquadraria seguramente os personagens em questão no Festival de Besteiras que Assola o País, sempre muito farto por ocasião do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E aproveitaria para pinçar mais uma pérola que explica o motivo de tanta asneira no famigerado concurso: "O nervo ótico transmite ideias luminosas ao cérebro".

Todos os anos o Enem produz extensa crônica de besteiras previsíveis. As expressões fosforescentes transmitidas por apreciável parcela dos cérebros que prestam o exame deixam transparecer um estado de hibernação, para não dizer piora, do corpo educacional do País. O Brasil continua a ocupar um vergonhoso 88.º lugar entre 127 no ranking de educação da Unesco. Seis anos atrás tinha melhor posição(72.ª). Há 6 milhões de alunos no ensino superior, mas 38% não dominam habilidades básicas de leitura e escrita. Ou seja, de cada dez alunos, quatro são analfabetos funcionais, como atesta pesquisa do Instituto Paulo Montenegro e da ONG Ação Educativa entre 2001 e 2012.

A considerar o denso programa de avaliações em todos os níveis de ensino e as campanhas que fazem loas à nossa educação, deveríamos ser um território livre de todas as categorias do analfabetismo. Se o número de analfabetos diminuiu nos últimos três anos, o porcentual de analfabetos funcionais - que sabem escrever o nome, leem e escrevem frases simples, mas são incapazes de usar a leitura e a escrita no dia a dia - tem permanecido o mesmo. Os dados continuam desanimadores. Cerca de 75% das pessoas entre 15 e 64 anos não conseguem ler, escrever e calcular plenamente; destes, 68% são analfabetos funcionais e 7%, considerados analfabetos absolutos - sem habilidade de leitura ou escrita. O IBGE calcula haver cerca de 30 milhões de analfabetos funcionais, a maioria vivendo nas Regiões Norte e Nordeste, onde 25,3% e 30,9% habitam, respectivamente, esse compartimento.

O que mais impacta, porém, na análise da moldura social é o contraste entre o avanço de uns setores e o atraso de outros. Veja-se a situação de renda das margens, que tem aumentado a ponto de se trombetear, todo o tempo, a inserção de 30 milhões de brasileiros na classe C e a "salvação" de outros tantos que saíram da miséria absoluta. Se a desigualdade diminuiu, não seria lógico imaginar, em sua cola, a melhoria de padrões educacionais? Há muitos pontos obscuros no discurso que trata da educação. Não é um paradoxo constatar que quase 80% dos brasileiros são usuários da internet e quase 70% possuem celular, mas o Brasil, com 401 pontos, está numa das últimas posições do Programa Internacional de Avaliação de Alunos(Pisa), atrás de países como Trinidad e Tobago, Bulgária, México e Turquia? Lembre-se que esse programa avalia sistemas educacionais de 65 países, examinando o desempenho de estudantes na faixa etária dos 15 anos.

O que trava o sistema, quando todas as áreas do ensino estão suficientemente diagnosticadas? Na educação básica há uma provinha, a Prova Brasil, e o Enem. No ensino superior, o Enade, aliado ao Censo Escolar, a par de avaliações feitas por comissões de avaliadores. Na pós-graduação, nada funciona sem o endosso da Capes, que autoriza e reconhece os cursos. Faltam mais recursos? Os programas de formação de professores são precários e insuficientes? Como equacionar o imenso buraco causado pela expansão da evasão escolar?

As respostas não são fáceis. Enquanto os ciclos governamentais cultuam a si mesmos tecendo loas ao sucesso de suas políticas, o fato é que o edifício educacional apresenta rachaduras em todos os andares. Pior é ver a avalanche que sobe ao último piso. São milhares de estudantes que entram em cursos inapropriados, outros tantos que buscam um segundo diploma e mais uma leva que interrompe a trajetória no meio. A matriz profissionalizante acaba influenciando as decisões do alunado, prejudicando a formação global, humanística, generalista, imprescindível para a integração num mundo em constante evolução.

Da competição desvairada por vagas em escolas de baixa qualidade não é de surpreender o besteirol que sai desses polêmicos exames de avaliação. 

A razão das enchentes que assolam a Região Serrana do Rio? Eis a resposta: "É o Euninho. Que provoca secas e enchentes calamitosas". 

O que se entende por arte funerária? "A arte que egípcios antigos desenvolveram para que os mortos pudessem viver melhor." 

O que é ateísmo? "É uma religião anônima." 

E fé? "Uma graça através da qual podemos ver o que não vemos." 

Agora, o conceito de respiração anaeróbica é mesmo de tirar o fôlego: "É a respiração sem ar que não deve passar de três minutos". 

Ao sublinhar tão eloquentes "ideias luminosas", Tia Zulmira garante que a receita do Miojo no mais recente Enem trousse, sim, elevada contribuição ao verbo destes tempos tresloucados.

* JORNALISTA, PROFESSOR TITULAR DA USP, É CONSULTOR POLÍTICO DE COMUNICAÇÃO