domingo, 27 de janeiro de 2019

E a experiência...

Por Gilrikardo

Esse foi meu maior empecilho há mais de quarenta anos quando iniciei-me no mundo dos adultos a procurar emprego... MEU DEUS DO CÉU... eu com quinze anos ouvir que precisa experiência soava-me como uma piada... levei tanto "NÃO" que parti para iniciativa de autônomo, hoje em dia um nome mais pomposo, empreendedor individual... diferente do Cazuza, venho sobrevivendo CHEIO de arranhões desde aqueles dias.
E a experiência??? Ainda busco ela!

De onde vem o nome dos meses?

Dad Squarisi (*)

Janeiro
O primeiro mês do ano homenageia Jano. O deus grego tem duas caras. Uma olha pra frente. A outra, pra trás. A primeira abre as portas dos 365 dias que se iniciam. A segunda fecha as do ano que se despede. Janela, que também abre e fecha, pertence à família do entra e sai.

Fevereiro
O segundinho, que tem menos dias que os irmãos, se inspira em Februa, deus da purificação dos mortos.

Março
Epa! Marte, o deus da guerra, originou vários nomes na nossa língua de todos os dias. Um deles é março. Outros, Márcio e Márcia. Marciano também. E marcial? Idem.

Abril
Todos a amam e todos a querem. Trata-se de Vênus, a deusa do amor e da entrega. Em homenagem a ela, criou-se aprilis. Trata-se da comemoração sagrada dedicada à musa olímpica. Daí nasceu abril.

Maio
A primavera no Hemisfério Norte corresponde ao nosso outono. Com inverno rigoroso, os campos se cobrem de neve, e a agricultura sofre. As comemorações que se faziam depois do frio reverenciavam Maia e Flora – deusas do crescimento de plantas e flores.

Junho
Hera em grego. Juno em latim. Ela era a primeira-dama do Olimpo. Defensora incondicional do casamento, ao descobrir as traições do marido, Zeus, não punha em risco o próprio lar. Punia a outra. Passou a ser considerada a protetora da maternidade. Para render-lhe loas, junho se chama junho.

Julho
Julho era o quinto mês do ano antes de janeiro e fevereiro mudarem de lugar. Chamava-se quintilis. Mas, em 44 a.C., mudou de nome por causa de Júlio César. O grande líder romano foi assassinado por gente de casa, Brutus, o próprio filho. Mas não caiu no esquecimento. Ganhou lugar cativo na história e no calendário.

Agosto
Agosto, que rima com desgosto, serve de prova da ciumeira. Por ser o sexto mês do ano, chamava-se sextilis. Mas, como julho balançou o calendário, o primeiro imperador de Roma, sucessor de Júlio César, não ficou atrás. “Eu também quero”, disse ele. Levou. Agosto se chama agosto em homenagem a Augustus.

Setembro, outubro, novembro e dezembro
O quarteto não estava nem aí para a mudança de janeiro e fevereiro. Eles mantiveram o nome. Setembro, do latim septem, era o sétimo mês do ano. Outubro, de octo, o oitavo. Novembro, de novem, o nono. Dezembro, de decem, o décimo.

Gregoriano - Ufa! Até chegar à forma de hoje, o contar dos meses sofreu muitas alterações. Com elas, falhas foram corrigidas. A última mexida, do papa Gregório XIII, ocorreu em 1582. Por isso nosso calendário se chama gregoriano.

(*)Dad Squarisi, formada pela UnB, é escritora. Tem especialização em Linguística e mestrado em Teoria da Literatura. Edita o Blog da Dad.

domingo, 20 de janeiro de 2019

Artigo, J.R. Guzzo, Veja - Farms here, forest there

Nada é mais cômodo do que viver convencido de que certas coisas não podem ser discutidas, pois são a verdade em estado definitivo. É o que está acontecendo hoje com a questão ambiental pelo mundo afora — especialmente no Brasil.

Ficou decidido pela opinião pública internacional e nacional que o Brasil destrói cada vez mais as suas florestas — por culpa da agropecuária, é claro. Terra que gera riqueza, renda e imposto é o inferno. Terra que não produz nada é o paraíso. Fim de conversa.

Os fatos mostram o contrário, mas e daí? Quanto menos fatos alguém tem a seu favor, mais fortes ficam as suas opiniões.

Ninguém imagina, pelo que se vê e lê todos os dias, que a área de matas preservadas no Brasil é mais do que o dobro da média mundial. Nenhum país do mundo tem tantas florestas quanto o Brasil — mais que a Rússia, que tem o dobro do seu tamanho, e mais que Canadá e Estados Unidos juntos. Só o Parque Estadual da Serra do Mar, em São Paulo, é duas vezes maior que a maior floresta primária da Europa, na Polônia.

Mais que tudo isso, a agricultura brasileira ocupa apenas 10%, se tanto, de todo o território nacional — e produz mais, hoje, do que produziu nos últimos 500 anos. Não cresce porque destrói a mata. Cresce por causa da tecnologia, da irrigação, do maquinário de ponta. Cresce pela competência de quem trabalha nela.

Como a agricultura poderia estar ameaçando as florestas se a área que cultiva cobre só 10% do país — ou tanto quanto as terras reservadas para os assentamentos da reforma agrária? Mais: os produtores conservam dentro de suas propriedades, sem nenhum subsídio do governo, áreas de vegetação nativa que equivalem a 20% da superfície total do Brasil. Não faz nenhum sentido.

Não se trata, aqui, de dados da “bancada ruralista” — foram levantados, computados e atualizados pela Embrapa, com base no Cadastro Ambiental Rural, durante o governo de Dilma . São mapas que resultam de fotos feitas por satélite. São também obrigatórios — os donos não podem vender suas terras se não estiverem com o mapeamento e o cadastro ambiental em ordem.

Do resto do território, cerca de 20% ficam com a pecuária, e o que sobra não pode ser tocado. Além das áreas de assentamentos, são parques e florestas sob controle do poder público, terras indígenas, áreas privadas onde é proibido desmatar etc. Resumo da ópera: mais de dois terços de toda a terra existente no Brasil são “áreas de preservação”.

O fato, provado por fotografias, é que poucos países do mundo conseguem tirar tanto da terra e interferir tão pouco na natureza ao redor dela quanto o Brasil. Utilizando apenas um décimo do território, a agricultura brasileira de hoje é provavelmente o maior sucesso jamais registrado na história econômica do país.

A última safra de grãos chegou a cerca de 240 milhões de toneladas — oito vezes mais que os 30 milhões colhidos 45 anos atrás. Cada safra dá para alimentar cinco vezes a população brasileira; nossa agricultura produz, em um ano só, o suficiente para 1 bilhão de pessoas.

O Brasil é hoje o maior exportador mundial de soja, açúcar, suco de laranja, carne, frango e café. É o segundo maior em milho e está nas cinco primeiras posições em diversos outros produtos.

O cálculo do índice de inflação teve de ser mudado para refletir a queda no custo da alimentação no orçamento familiar, resultado do aumento na produção. A produtividade da soja brasileira é equivalente à dos Estados Unidos; são as campeãs mundiais.

Mais de 60% dos cereais brasileiros, graças a máquinas modernas e a tecnologias de tratamento do solo, são cultivados atualmente pelo sistema de “plantio direto”, que reduz o uso de fertilizantes químicos, permite uma vasta economia no consumo de óleo diesel e resulta no contrário do que nos acusam dia e noite — diminui a emissão de carbono que causa tantas neuroses no Primeiro Mundo.

Tudo isso parece uma solução, mas no Brasil é um problema. Os países ricos defendem ferozmente seus agricultores. Mas acham, com o apoio das nossas classes artísticas, intelectuais, ambientais etc., que aqui eles são bandidos.

A consequência é que o brasileiro aprendeu a apanhar de graça. Veja-se o caso recente do presidente Michel Temer — submeteu-se à humilhação de ouvir um pito dado em público por uma primeira-ministra da Noruega, pela destruição das florestas no Brasil, e não foi capaz de citar os fatos mencionados acima para defender o país que preside. Não citou porque não sabia, como não sabem a primeira-ministra e a imensa maioria dos próprios brasileiros. Ninguém, aí, está interessado em informação.

Em matéria de Amazônia, “sustentabilidade” e o mundo verde em geral, prefere-se acreditar em Gisele Bündchen ou alguma artista de novela que não saberia dizer a diferença entre o Rio Xingu e a Serra da Mantiqueira. É automático. “Estrangeiro bateu no Brasil, nesse negócio de ecologia? Só pode ter razão. ”

Nada explica melhor esse estado de desordem mental do que a organização “Farms Here, Forests There” (fazendas aqui, florestas lá) atualmente um dos mais ativos e poderosos lobbies na defesa dos interesses da agricultura americana Não tiveram nem a preocupação de adotar um nome menos agressivo — e não parecem preocupados em dar alguma coerência à sua missão de defender “fazendas aqui, florestas lá”.

Sustentam com dinheiro e influência política os Greenpeaces deste mundo, inclusive no Brasil. Seu objetivo é claro. A agropecuária deve ser atividade privativa dos países ricos — ou então dos mais miseráveis, que jamais lhes farão concorrência e devem ser estimulados a manter uma agricultura “familiar” ou de subsistência, com dois pés de mandioca e uma bananeira, como querem os bispos da CNBB e os inimigos do “agronegócio”.

Fundões como o Brasil não têm direito a criar progresso na terra. Devem limitar-se a ter florestas, não disputar mercados e não perturbar a tranquilidade moral das nações civilizadas, ecológicas e sustentáveis. E os brasileiros — vão comer o quê? Talvez estejam nos aconselhando, como Maria Antonieta na lenda dos brioches: "Comam açaí".

O Brasil que renasceu das urnas

Por Percival Puggina

Com freqüência ouço comunicadores afirmando que o novo governo reclamava da ideologia determinante nos anteriores e, agora, tão logo eleito, vem com outra ideologia. Fingindo afogamento na banheira dos fatos, exclamam como quem fala de uma troca de seis por meia dúzia: “Quer dizer, então, que era só por ideologia?” e acrescentam indignados: “Estão substituindo todos os ocupantes de cargos por outros da sua ideologia”.

Penso que convém esclarecer que o termo ideologia se aplica, mais adequadamente, a uma idealização da realidade, não sendo, por isso, apropriado ao caso. O que aconteceu nesta eleição foi bem diferente. O Brasil renasceu das urnas e fez opção política por outra realidade. Sem idealização alguma. Ao contrário do que aconteceu nos governos anteriores, quando a ideologia fazia ministros no STF, a sociedade explicitou no voto o que vinha deixando claro nas redes sociais e nas ruas. Optou por coibir a impunidade, por torcer pela polícia contra o bandido (cujo lugar, decididamente, é na cadeia), combater a corrupção, proteger a infância, defender a instituição familiar, enxugar o Estado e acabar com os abusos. Após duas décadas em que a educação brasileira definhou em qualidade, graduou analfabetos funcionais, e cresceu – aí sim, - em ideologia, a sociedade optou por uma educação que privilegie o ensino fundamental, prepare os jovens para uma inserção ativa e produtiva na vida social e desenvolva valores morais que entraram em desuso.

O verde e amarelo das bandeiras que se agitaram nas ruas e praças do Brasil evidenciou que nosso país é amado e amável, pode voltar a ser uma nação respeitada, parceira das melhores democracias, avessa aos totalitarismos. E tem sobrados motivos para se orgulhar de suas raízes e de seus fundadores. Com muita razão, a ampla maioria dos brasileiros quer esse ânimo nas salas de aula, em substituição aos desalentadores resultados da pedagogia dos conflitos.

Nada tem a ver com ideologia, tampouco, a decisão política de privilegiar o interesse nacional em acordos internacionais, controlar de perto o trabalho da miríade de ONGs que, em muitos casos, atuam no Brasil, com recursos da União (ou seja, do povo brasileiro), em favor de interesses estrangeiros muito focados na riquíssima biodiversidade e no subsolo da Amazônia. É apenas o fim da copa franca, que serviu para o assalto às estatais, para os escandalosos e ruinosos financiamentos concedidos pelo BNDES, e para o enriquecimento de quem não precisa de recursos públicos no setor cultural. Ou não é exatamente isso que o povo quer? E isso nada tem a ver com “ideologia”.

A ira contra Olavo de Carvalho, por outro lado, se explica. Enquanto, em universidades brasileiras, tendo eco na "extrema imprensa", tantos se dedicam a emburrecer os alunos com doses de ideologia – aí sim – marxista, Olavo, com seus cursos, artigos e livros atuou no sentido oposto, ensinando milhares de brasileiros a pensar, e se tornando, de longe, o intelectual que mais influenciou, positivamente, a virada do jogo político no Brasil.

Por outro lado, é a primeira vez que eu vejo jornalistas criticando demissão de ocupantes de cargos de confiança. Certamente são razões do coração. Esperavam que o novo governo conduzisse suas políticas usando para isso servidores adversários, militantes do partido que povoou de modo sistemático o serviço público brasileiro? A última eleição mudou os rumos do Brasil, tanto quanto Lula e o PT o mudaram a partir de 2003. É bom lembrar que já no final daquele ano, a população brasileira começava a ser desarmada, tornando-se ovelha sob pastoreio de lobos.

_____________________
* Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. 18/01/2019

sábado, 19 de janeiro de 2019

Assino embaixo

RESPOSTA DO GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO À MIRIAM LEITÃO

À Senhora Jornalista Miriam Leitão

Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE, são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM.

Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer".

Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese.

No Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário.

Vem a queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra, foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais democrático e justo.

Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo.

Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas.

Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37.

Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem.

Veio a segunda guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora deve ter lido - pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo ocidental fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi invadida por Hitler.

O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios (35) foram afundados. Era a guerra, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem.

Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs MILITAR algum.

O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado pelos comunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs.

O período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana.

A colocação do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o "livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles idos.

Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça, eles eram políticos. Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem.

Eram os políticos que se degladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem os responsáveis pela grande desgraça, sabe bem disso!

A senhora permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Mais uma vez eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de Ontem.

Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas ficam sem rumo.

Juscelino chega ao fim e seu candidato perde para o senhor Jânio Quadros, a Esperança da vassoura, Desastre total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello.

Parlamentarismo, volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras tentando colocar o Exército na luta política.

Revoltas de Polícias Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e políticos (todos civis)incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a Ordem.

Minas desce. Liderança primeira de civil; a era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe, só não sabemos se deles ou nosso.

Não vamos ser hipócritas, a senhora, inteligente como é, deve ter lido muitos livros que reportam a luta política daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968".

Não há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que praticou". Violência gera violência e os políticos sempre jogam a responsabilidade em manter a ordem aos militares. Afinal eles levaram a desordem.

Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com seus erros e virtudes desenvolveram o País.

Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso.

Veio a ANISTIA e João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos, pois Ulisses Guimarães não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar de Brasileiro é no Brasil", como dizia.

Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico.

DIRETAS JÁ! Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais.

Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos agora, mas sempre aguardando a voz do Povo.

Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais. A corrupção e a desordem estão ficando acima da lei e da ordem!

O que já se ouve, passamos a escutar, é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO.

Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia... Certo, houveram excessos contra os civis. Então me diga: Como controlar o que o país vivia naquela época? Com vários grupos, uns querendo o comunismo, outro o socialismo, outro o presidencialismo e a maioria a democracia. Se chegaria a um concenso na conversa? Existia controle social para tal?

Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que preciso.

Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é que políticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem. Estamos sem ética e sem moral, estão esquecendo os bons princípios e mais, os políticos são despudorados.

O Brasil vem sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as desordens, desrespeitam a todos e só pensam na sobrevivência política, independente do preço a ser pago pelo povo!

Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no campo político por uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o vírus de uma reacionária de esquerda.

Atenciosa e respeitosamente,
GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Num dia qualquer

Por Gilrikardo

-Puxa! Tu não acreditas em nada?
-Não entendi. Por que dizes isto?
-Ora, meu caro, és ingênuo? Como não entendestes? Se tu ages contra deus e todo o resto...
-Calma lá! Queres dizer que minhas opiniões devem ser desqualificadas pelo simples fato de não acompanharem a maioria. Tenho manifestado-me de acordo com a lógica de meus pensamentos. Nada de escolher lado. Nada de estar com a maioria ou com a minoria. E sim dentro daquilo que meu discernimento determina.
-Não estás entendendo. É o seguinte, tu tens a mania de duvidar de qualquer assunto que nos leva a dialogar, assim fica difícil.
-Que mal há nisso? Duvidar em minha opinião é o primeiro passo que nos leva a refletir. Em meu caso este duvidar é o sinal de que estou analisando a questão, estou dando tempo ao tempo, para então demonstrar o meu respeito a ti com uma autêntica manifestação do que penso. Sem "achismos" como facilmente se agrada a maioria.
-Nunca vi alguém gastar tantas palavras para justificar a falta de crença. Tu precisas acreditar mais. Se um milhão acredita e tu não, o certo és tu?. Tu precisas praticar mais a fé... é isto que te falta... fé.
-Creio que deves estar equivocado comigo. Não imagino a que tipo de fé me aludes. O que posso te garantir é que essa confiança absoluta às vezes nos torna temerários. Por exemplo, dizer que não vou mudar de opinião, se as opiniões advêm dos fatos que nos cercam e que tais acontecimentos ocorrem numa dinâmica em constante evolução, leva-me fatalmente reavaliar meus conceitos.
-Tá vendo, isso que eu disse agora, estás duvidando de novo.
-Acredito que você nem escuta mais o que digo, simplesmente aguarda eu terminar de falar para novamente atacar minha forma de opinar.
...........
--Toc, toc, toc... paiêeeeeee, abre a porta que estou apurado, rápido...
--Tá bom, hoje tá difícil até fazer a barba em paz!

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Três remédios


https://pixelshow.co/

O maior Festival de Criatividade
da América Latina.

30 Nov 1 Dez 2019

A Mentira

Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano' 

Porque é que, na maior parte das vezes, os homens na vida quotidiana dizem a verdade? Certamente, não porque um deus proibiu mentir. Mas sim, em primeiro lugar, porque é mais comodo, pois a mentira exige invenção, dissimulação e memória. Por isso Swift diz: «Quem conta uma mentira raramente se apercebe do pesado fardo que toma sobre si; é que, para manter uma mentira, tem de inventar outras vinte». Em seguida, porque, em circunstâncias simples, é vantajoso dizer diretamente: quero isto, fiz aquilo, e outras coisas parecidas; portanto, porque a via da obrigação e da autoridade é mais segura que a do ardil. Se uma criança, porém, tiver sido educada em circunstâncias domésticas complicadas, então maneja a mentira com a mesma naturalidade e diz, involuntariamente, sempre aquilo que corresponde ao seu interesse; um sentido da verdade, uma repugnância ante a mentira em si, são-lhe completamente estranhos e inacessíveis, e, portanto, ela mente com toda a inocência. 


Fernando Pessoa, 'Inéditos'

Os Meus Sonhos São Mais Belos que a Conversa Alheia

Não faço visitas, nem ando em sociedade alguma - nem de salas, nem de cafés. Fazê-lo seria sacrificar a minha unidade interior, entregar-me a conversas inúteis, furtar tempo senão aos meus raciocínios e aos meus projectos, pelo menos aos meus sonhos, que sempre são mais belos que a conversa alheia. 

Devo-me a humanidade futura. Quanto me desperdiçar desperdiço do divino património possível dos homens de amanhã; diminuo-lhes a felicidade que lhes posso dar e diminuo-me a mim-próprio, não só aos meus olhos reais, mas aos olhos possíveis de Deus. 
Isto pode não ser assim, mas sinto que é meu dever crê-lo. 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Zupi.co

A Zupi é a revista oficial do Pixel Show, o maior festival da América Latina de criatividade. 

Perfeição e inspiração em cada detalhe

Em 2001 nasceu a Zupi com o foco em promover, inspirar e registrar os melhores artistas e criativos do Brasil e do mundo. Com curadoria de Allan Szacher, mais de 200 colaboradores espalhados no mundo e com uma equipe de criativos multidisciplinares a revista cresceu, saiu da internet, foi para o papel, é bilíngue (inglês e português), distribuída em mais de 22 países, encontrada nas redes sociais, em apps de conteúdo, com centenas de milhares de leitores. É a revista oficial do festival internacional Pixel Show (maior evento de criatividade da América Latina). Fundou a Zupi Academy (formando mais de 8 mil alunos no Brasil com diversos cursos e workshops), lança livros de arte, revistas customizadas, faz curadorias de conteúdo para diversas marcas e exposições e a cada ano tem lançado novos projetos culturais com apoio de marcas inovadoras.

Nelson Rodrigues

“O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos, melhor ainda”


Joinville Santa Catarina Brasil



Joinville é a 2ª melhor cidade do Brasil para se viver. Considerada a segunda melhor cidade brasileira pela revista Isto É, Joinville faz parte do anuário As Melhores Cidades do Brasil, que apresenta um ranking com os municípios que mais se destacaram em um conjunto de indicadores das áreas fiscal, econômica, social e digital. Para chegar às vencedoras, foram analisadas as contas de 5.565 municípios, dissecadas pela Austin Rating. 
O primeiro lugar é de Curitiba. Os dados compilados são de 2014 e foram utilizados os relatórios enviados pelos municípios à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), órgão responsável por receber as informações e fiscalizá-las. O índice usado pela empresa levou em consideração 221 indicadores e mediu as ações no âmbito fiscal (execução do orçamento, aplicação na saúde e educação, capacidade de arrecadação e sustentabilidade financeira) que se refletem no campo econômico (padrão de vida, mercado de trabalho) e, por sua vez, atingem as áreas social (atenção ao jovem, saúde e habitação, por exemplo) e digital (mobilidade digital e acesso digital ao conhecimento).


domingo, 13 de janeiro de 2019

Última lembrança

Por Gilrikardo

Estava de bicicleta, olhei para o horizonte e o prenúncio de chuvas parecia se confirmar. Imaginei que algumas gotas de água não fariam mal. E assim, sem pressa, pedalei rumo à minha casa. Era numa região sem asfalto, as ruas ainda em terra batida, cortada por uma valeta de um metro de largura que servia de córrego para o esgoto. Era uma baixada, pois ao se olhar ao redor, num raio de trezentos e sessenta graus, se via morros e mais morros, repletos de comunidade “urbana”. Entre os quais, eu e minha família, desde que cheguei neste mundo, ali residi. A clássica história de pai para filho. Recebi como herança e pelo andar da carruagem, será a herança de meu único filho.

Mas como eu ia dizendo, estava para chover e não dei importância para fato tão corriqueiro em uma cidade como a nossa. Aos poucos, os pingos foram descendo das nuvens negras numa velocidade e quantidade maiores, em poucos metros estava até com as cuecas molhadas, aquilo começou a me impressionar. Ao virar a esquina e subir o morro em direção à minha casa, quase não acreditei no que via, se me contassem com certeza não acreditaria, mas estava em meio daquilo e com os olhos bem abertos. Era como uma cachoeira vinda de todos os lados, desci a bicicleta e a pé tentei seguir, no entanto no primeiro aguaceiro que atingiu minhas canelas, desisti de minha “bike” e procurei um local seguro. Era igual aquelas cenas de filmes catastróficos, o mocinho lutando contra as forças da natureza em busca da família. E a água não parava de chegar de todos os lados e com maior volume, comecei a assustar-me, não avistei ninguém nas ruas, nem em janelas ou portas das casas que por ali havia. Era eu e eu. Fazer o quê! Em completo desespero, agarrei-me em uma árvore que pareceu-me forte o suficiente para garantir-me um abrigo. E ali permaneci, até que senti um calor intenso descer pelo meu corpo, e ao tentar evitar a queda ainda percebi o clarão e a fumaça por entre as folhas. Foi um raio. Foi minha última lembrança...

My way

Gilrikardo disse: Essa é a música que eu desejo em minha despedida desse mundo... É para os presentes refletirem e não lamentarem... 

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Meu Jeito

E agora o fim está próximo
E portanto encaro o desafio final
Meu amigo, direi claramente
Irei expor o meu caso do qual estou certo

Eu tenho vivido uma vida completa
Viajei por cada e todas as rodovias
E mais, muito mais que isso
Eu o fiz do meu jeito

Arrependimetos, eu tive alguns
Mas aí, novamente, pouquíssimos para mencionar
Eu fiz o que eu devia ter feito
E passei por tudo consciente, sem exceção

Eu planejei cada caminho do mapa
Cada passo, cuidadosamente, no correr do atalho
E mais, muito mais que isso
Eu o fiz do meu jeito

Sim, em certos momentos, tenho certeza que tu sabias
Que eu mordia mais do que eu podia mastigar
Todavia fora tudo apenas quando restavam dúvidas
Eu engolia e cuspia fora

Eu enfrentei a tudo e de pé firme continuei
E fiz tudo do meu jeito
Eu já amei, ri e chorei
Cometi minhas falhas, tive a minha parte nas derrotas

E agora conforme as lágrimas escorrem
Eu acho tudo tão divertido
E pensar que eu fiz tudo isto
E devo dizer, sem muita tímidez

Ah não, ah não, não eu
Eu fiz tudo do meu jeito
E para que serve um homem, o que ele possui?
Senão ele mesmo, então ele não tem nada

Para dizer as coisas que ele sente de verdade
E não as palavras de alguém de joelhos
Os registros mostram, eu recebi as pancadas
E fiz tudo do meu jeito

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Passei por aqui - O Livro

Prefácio 

Kkkkkkk .... essa foi minha reação ao receber o resultado do único teste vocacional realizado lá pelos anos setenta e poucos do século passado (1973). Naquele momento não cabia em minha mente que eu deveria escrever... ora, olhei ao redor e não vislumbrei que ali alguém poderia ter interesse em minhas escritas, nem eu. Mas a vida é como ela é (Nelson Rodrigues) e por mais que tentasse ignorar tal elemento em minha composição biológica, o destino encarrega-se de jogar papel e lápis em minhas mãos, provocando-me, insistindo para que minhas palavras encontrassem o caminho...

Vezes por vezes “vomitei” palavras com o único objetivo de aliviar a dor causada em mim o fato de ter idéias e não bota-las à deriva... Isso incomodou-me e ainda persiste o mal-estar advindo de não libertar meus pensamentos através da escrita... será que o tal talento ou tal vocação é isso... estou inclinado a finalmente dar mão a palmatória e concordar com minhas angústias a traduzir minha condição humana.


Condição de alguém nada especial... não sirvo de exemplo pra nada e pra ninguém... vivi do meu jeito (lembram My way... pois é...) entre acertos e erros... entre tapas e beijos... entre amor e ódio... entre sangue e lágrimas...

E por fim, segue relato de alguns dias que passei por aqui... 


quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Serei artilheiro...


Por Gil Rikardo

Ao pegar a caneta e traçar as primeiras linhas, meu desejo era próximo daquele atleta que admiramos... com a bola nos pés... dribles curtos e tiros certeiros. Sem medidas de medos ou receios dos adversários sem inspiração e da falta de palavras... nada em vão... é seguir em frente a dar voleios, correr aos cantos a bater escanteios. Ainda que a dúvida assaltar, seguir o instinto de ver as letrinhas rolarem num explícito ser o que sou... a fazer o que faço... sem medo de ser feliz... é o gol... é a letra: 

--Aaaaaaaaaaaa

A mor que me provoca sem esquecer da
B ênção que me diz abençoado e assim agradeço à
C oragem que em momentos cruciais salvou-me do
D esespero por imaginar-me sem forças de seguir adiante rumo à
E sperança que me fortalece a alma e traduz a
F é que teima residir em mim, além da
G ratidão tão necessária 
H oje em nome daqueles dias
I nfelizes, afinal nem todos (dias) devem ser iguais
J amais... assim evoluímos
K ibon...
L egamos à geração futura as cicatrizes
M arca da nossa existência
N o afã de privá-la do sofrimento, do gosto de sangue
O u do medo das incertezas inerentes ao existir
P or que a gente é assim?
Q uerer e não saber o porquê?
R eflexos do medo, do tempo perdido
S em noção do perigo
T empo... tempo... tempo...
U rge... então
V ivamos uma vida cheia de vivas onde o
W i-fi coração irradia o que somos
X ...
Y ... ou
Z ... na incógnita do destino.