quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Bergamota - Coisas da vida

Por Gilrikardo

Hoje lembrei de um fato ocorrido lá pelos anos oitenta, ainda residia no Rio Grande do Sul, tche! Pois bem, pode parecer uma anedota, piada ou coisa parecida, mas é verdade verdadeira. Acredito que em qualquer recanto desse mundo "véio" sem fronteiras há de se encontrar histórias parecidas. Onde existirem pessoas, existirão "causos pitorescos" como diriam alguns. Mas então vamos lá, desembucha! Tá bom, lá vai.

O ocorrido deu-se com uma figura muito conhecida, vivia da herança deixada pela família, devido à isso nunca se interessou pelo trabalho, nem pelo estudo, levava a vida como se o dinheiro nunca fosse acabar. Para ajudar a passar o tempo, o índio aprendeu a jogar cartas, e deu no que tinha que dar. Passa ano entra ano, e lá está nosso amigo entre cartas e outras jogatinas. Trabalhar nas terras herdadas nem pensar. Arrumar emprego muito menos. Estudar, vixe!, fora de questão. O negócio dele era não fazer nada mesmo. Sem esforço algum. Enquanto existia patrimônio para queimar, beleza, ninguém teria nada a ver com isso. Levou a vida dessa maneira durante dez anos, tempo suficiente para dilapidar quase cem por cento daquilo que havia ganho na moleza. Para sorte do vivente, sobrou só uma casa de madeira que transformou-se em sua morada. E para ganhar a vida, virou garçom do carteado onde apostou a herança. Ganhava praticamente para comer. Quando passava na rua, imaginem cidade do interior, todos repetiam a história sem parar, perdi a conta das vezes que ouvi tais relatos, talvez por isso tenha a boa memória que me leva a escrever hoje. Continuando. O homem literalmente bateu no fundo do poço. Não dava para descer mais. Só morrendo. Nessas ocasiões sempre pinta algum espírito de porco para praticar "Bullying" (naquela época seria sacanear mesmo). Era um brigadiano (policial militar) cuja imagem nunca foi das melhores. Era uma noite de frio, temperatura próxima do zero grau, e estávamos reunidos num Bar e Café aproximadamente cinquenta e poucas pessoas, aliás, cinquenta e poucos bêbados, pois só bêbado para ficar até altas horas num lugar daqueles com o frio de congelar até as canelas. Digo isso de cadeira, pois muitas vezes fui lá encher a cara. Era o "point" da época em que andar de bota, chapéu e pala era comum. E assim bebericávamos em meio a balbúrdia, fumaça de cigarro, charuto e palheiro misturados ao cheiro de bosta de vaca e de cavalo que vinham encravadas nas botas, mais o cheiro de café feito na hora, muitos tomavam com "Graspa", uma espécie de cachaça feita com o álcool da uva. Lá pelas tantas alguém entrou e ao fechar a porta, devido ao vento, escapou-lhe das mãos e deu um estrondo, todos olharam, era o nosso homem da herança, conhecido como Bergamota. Meio encabulado pelo ocorrido, baixou a cabeça e pediu um cafezinho. Lá do outro lado do salão, a vinte poucos metros, o brigadiano metido, era "otoridade". Cheio de trejeitos, bem afrescalhado mesmo, aquele tipo que se acha único e o melhor do mundo em todos os sentidos, escroto mesmo, pois bem, soltou a voz, gritou bem alto para todo mundo ouvir:

--E aí Bergamota, que tu vais fazer agora, contes pra nós, que tu vais fazer depois de enfiar todo o dinheiro no cú, perder uma fazenda no carteado, viver por aí qual mendigo quando poderia estar com a égua na sombra. Agora que você não representa mais nada, vais fazer o quê?

E o Bergamota quieto ouvindo tudo, olhou para o interlocutor, ergueu a cabeça (hoje mais do que nunca entendi o gesto) e com a calma dos justos, simplesmente respondeu:

--Bem, agora vou ser brigadiano!

Silêncio geral, uma quietude de uns trinta segundos, suficiente para marcar a cara de espanto de todos que ali estavam. A partir daquele dia, o Bergamota angariou dezenas de simpatizantes que até lhe facilitaram a vida, e o brigadiano metido, nunca mais apareceu por lá. Virou a piada da cidade até hoje, trinta anos depois. Dizem que são coisas da vida.


terça-feira, 30 de julho de 2013

País dos impostos

A frase da semana: Joelmir Beting sobre ser melhor virar cachorro (impostos no Brasil) A frase da semana não é exatamente da semana, mas sim de outubro de 2011, de um jornalista infelizmente falecido:

"No país dos impostos, os remédios para nós, seres humanos, são taxados em mais que o dobro dos produtos de uso veterinário: se você entrar na farmácia tossindo, paga 34% de imposto; se entrar latindo, paga só 14%."

Joelmir Beting - Outubro de 2011

Fonte: Diplomatizzando

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mesada - Uma dica

Por Gilrikardo

Quando meu único filho passou para a 5a. série, senti-me na obrigação de iniciá-lo nas práticas comerciais e financeiras, simplificando, lidar com o dinheiro. Depois de muito matutar cheguei ao valor de R$ 5,00  por semana e que ele deveria gerenciar de acordo com a vontade, não poderia, é lógico, comprar cachaça, cocaína, maconha, e por aí a fora. Pois bem, na 5ª. série R$ 5,00 por semana, na 6ª. aumentei um real e subiu para R$ 6,00, 7ª. R$ 7,00 e 8ª. R$ 8,00.
Eu e a mãe dele não palpitamos, somente ele gerenciou a seu modo. Nesse período "fez-cada-compra". Arrependeu-se algumas vezes, e paulatinamente concluiu que deveria se planejar com o dinheiro. As compras melhoraram e muitas vezes percebi-o com razoável soma em mãos, indagava o motivo, dizia-me que naquele momento não havia necessidade de gastar. Aí meu espírito de PAIZÃO inventou o vale mesada, isto é, preenchia umas papeletas com o valor semanal e que semana correspondia (1 a 52), assim poderia visualizar o "tanto" a receber e de que maneira se planejar para gastar. Deu certo, além de facilitar-me ao acompanhar o desempenho. Após quatro anos de feliz aprendizado e chegar ao primeiro ano do 2°grau aumentei para R$ 10,00. Hoje está no segundo ano e obteve um aumento (recebe 20,00 por semana) altamente compatível com sua idade de 16 anos. Nesses cinco anos de mesada, investiu em muita compra mal feita (geralmente por impulso), mas também acertou na compra da guitarra, do violão, das caixas de som, das placas de informática entre outras coisitas. Para o ano que vem já combinamos que será no mínimo R$ 30,00. Confesso que fiquei surpreso pelo desempenho do garoto, "trocentas vezes" melhor que o meu. Mostrou-se bom administrador ao planejar e poupar. Aprendeu a não gastar por impulso, tanto que por diversas vezes me convidou para ir ao BIG olhar coisas que não iríamos comprar. Deixou-me com o queixo caído! Rogo aos céus para que continue nesta trilha... 

P.S. Os valores acima estão de acordo com a profundidade de meu bolso e servem apenas para ilustrar didaticamente como orientei-me numa questão que pode parecer banal, no entanto acredito fundamental: lidar com o dinheiro.
  

domingo, 28 de julho de 2013

Alegria de poucos

Gilrikardo disse: Ah!!!!!!! Então é por isso que em cada esquina temos uma farmácia, em alguns casos duas até três. Será que o desempenho do SUS tem algo a ver!? É... parece que vivemos num mundo doente!

Vendas em farmácias somam R$ 13,5 bilhões no 1º semestre

As vendas em farmácias alcançaram R$ 13,5 bilhões no primeiro semestre de 2013 de acordo com a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma). O número representa crescimento de 12,04% ante o mesmo período do ano passado.

. O resultado mostra desaceleração do ritmo de crescimento. Em 2012, as vendas no primeiro semestre haviam crescido 18,38% ante os mesmos meses do ano anterior.

. Entre as diferentes categorias de produtos vendidas, o crescimento mais expressivo foi o da categoria de não medicamentos, a qual inclui itens de higiene, perfumaria e cosmética. Segundo a Abrafarma, as redes de farmácias alcançaram R$ 4,3 bilhões em vendas destes itens no primeiro semestre, um aumento de 16,82% na comparação com 2012.

sábado, 27 de julho de 2013

Mais Médicos?

Que tal mais suporte para os que já trabalham?

O depoimento é verdadeiro e, para quem conhece o distrito de Itaipuaçu, não há surpresa !!! (e para quem não conhece não é difícil acreditar )

Dr. Carlos França
Maricá RJ

"A VERDADE NUA E CRUA"

Sr. Padilha e Sra. Dilma,

esta é a minha unidade de saúde UBS Itaipuaçu - Maricá RJ, há 6 anos governada pelo seu partido. É uma casa adaptada com infiltrações e mofo. Quando chove, cai água nas salas de atendimento, o arquivo médico inunda e os prontuários....
Falta de tudo: luvas, remédios básicos, mas sobra dedicação para um salário bruto de R$ 1.200,00.
Sabe Padilha/Dilma, não falta médico que queira fazer saúde pública, isto é mais uma das mentiras de sua ditadura da informação, onde o governo se apoia na premissa
"UMA MENTIRA REPETIDA MIL VEZES TORNA-SE VERDADE".
A minha sala de atendimento não possui ventilador, o de teto é apenas enfeite.
O verão de regiões litorâneas beira os 42 graus, a água potável é disponibilizada à temperatura ambiente (Itaipuaçu do seu governo ainda não possui rede de água e esgoto).
Já prescrevi as medicações em diversos tipos de papel por falta de receituário oficial.
Apesar de tudo trabalho e me esforço bastante.
Em Maricá a saúde foi devastada pelo atual governo:
o aparelho de RX está quebrado há 1 ano.
O ecocardiograma e ultra-som foram roubados (segundo o próprio Gestor Público do seu partido!),
ECG funciona 1 mês e fica 3-4 meses em manutenção.
Há 8 meses temos a debandada de especialistas, devido ao salário irrisório e sem benefícios legais (férias, décimo-terceiro salário, horas extras, insalubridade, etc). Perdemos endócrino, cárdio, reumato, oftalmo, neuro, nefro, pneumo, ortopedista, etc. Então Padilha/Dilma, a saúde pública que os Srs. querem oferecer à população mais humilde é esta? É o "modo petista de governar"?

As suas mentiras não vão conseguir se sustentar por muito tempo...

Não faltam médicos! Falta governo!
Sou médico do SUS, não fujo à luta...
Mas não faço milagres sem infra-estrutura.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Parasitas

Por Gilrikardo

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Parasitas são organismos que vivem em associação com outros dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo. Todas as doenças infecciosas e as infestações dos animais e das plantas são causadas por seres considerados parasitas.
O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afectar as
funções vitais, como é o caso dos piolhos, até poder causar a sua morte, como é o caso de muitos vírus e bactérias patogénicas. Neste caso extremo, o parasita normalmente morre com o seu hospedeiro, mas em muitos casos, o parasita pode ter-se reproduzido e disseminado os seus descendentes, que podem ter infestado outros hospedeiros, perpetuando assim a espécie, como no caso do Plasmodium.

 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Drogas

Por Gilrikardo

Há quase quarenta anos acompanho a questão das drogas, no início como adolescente curioso que experimentou algumas, o suficiente para manter-se afastado até os dias atuais. Com o rolar dos anos, perdi amigos lá da infância por causa das drogas, vi muitos marmanjos entrarem de gaiato e também pagarem o preço, inclusive há dois anos também se foram dois quarentões que viviam afogados em qualquer coisa que fosse parecido com álcool... 

Lá atrás, no período em que a vida começa a nos cobrar alguma atitude, fiz minhas escolhas simplesmente indagando onde estavam aqueles que se drogavam sem sofrer os ditos efeitos colaterais... não havia ninguém, e assim aceitei o que a lógica me apontou. 
NESTE mesmo intervalo de tempo, vieram várias formas de programas e governos que se imagina, e a questão das drogas só evoluiu. Conclui que no estágio civilizatório que nos encontramos, governo algum dará resposta alguma para tal flagelo, só uma evolução de nossa sociedade para obtermos alguma sensível melhora, até lá muita politicagem e alguns paliativos serão a bandeira de muitos e uma baita teta para outros tantos. Infelizmente, acredito que a questão das drogas continuará uma droga!

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A fria máquina de matar


Eis a lista das pessoas mortas pelo falso herói Che Guevara, que cultivava "el odio como factor de lucha; el odio intransigente al enemigo, que impulsa más allá de las limitaciones del ser humano y lo convierte en una efectiva, violenta, selectiva y fría máquina de matar.”

Ejecutados por el Ché en la Sierra Maestra durante la lucha contra Batista (1957-1958 )

1. Aristio - 10-57
2. Manuel Capitán - 1957
3. Juan Chang - 9-57
4. “Bisco” Echevarría Martínez - 8-57
5. Eutimio Guerra - 2-18-57
6. Dionisio Lebrigio - 9-57
7. Juan Lebrigio - 9-57
8. El ” Negro ” Napoles- 2-18-57
9. “Chicho ” Osorio - 1-17-57
10. Un maestro no identificado (“El Maestro”) - 9-57
11-12. Dos hermanos, espías del grupo de Masferrer -9-57
13-14 Dos campesinos no identificados-4-57

Ejecutados u enviados a ejecutar por el Ché durante su breve comando en Santa Clara ( 1-3 de enero de 1959).

1. Ramón Alba - 1-3-59**
2. José Barroso- 1-59
3. Joaquín Casillas Lumpuy - 1-2-59**
4. Félix Cruz - 1-1-59
5. Alejandro García Olayón - 1-31-59**
6. Héctor Mirabal - 1-59
7. J. Mirabal- 1-59
8. Felix Montano - 1-59
9. Cornelio Rojas - 1-7-59**
10. Vilalla - 1-59
11. Domingo Alvarez Martínez 1-4-59**
12. Cano del Prieto -1-7-59**
13. José Fernández Martínez-1-2-59
14. José Grizel Segura-1-7-59** ( Manacas)
15. Arturo Pérez Pérez-1-24-59**
16. Ricardo Rodríguez Pérez-1-11-59**
17. Francisco Rosell -1-11-59
18. Ignacio Rosell Leyva -1-11-59
19. Antonio Ruíz Beltrán -1-11-59
20. Ramón Santos García-1-12-59
21. Pedro SocarrásS-1-12-59**
22. Manuel Valdés – 1-59
23. Tace José Veláquez -12-59**

** Che firmó la pena de muerte antes de partir de Santa Clara.

Ejecuciones documentadas en la prisión Fortaleza de la Cabaña bajo el comando del Ché (3 de enero al 26 de noviembre del 1959).

1. Vilau Abreu - 7-3-59
2. Humberto Aguiar - 1959
3. Garmán Aguirre - 1959
4. Pelayo Alayón - 2-59
5. José Luis Alfaro Sierra - 7-1-59
6. Pedro Alfaro - 7-25-59
7. Mriano Alonso - 7-1-59
8. José Alvaro - 3-1-59
9. Alvaro Anguieira Suárez – 1-4-59
10. Aniella - 1959
11. Mario Ares Polo- 1-2-59
12. José Ramón Bacallao - 12-23-59**
13. Severino Barrios - 12-9-59**
14. Eugenio Bécquer - 9-29-59
15. Francisco Bécquer - 7-2-59
16. Ramón Biscet– 7-5-59
17. Roberto Calzadilla - 1959
18. Eufemio Cano - 4-59
19. Juan Capote Fiallo - 5-1-59
20. Antonio Carralero - 2-4-59
21. Gertrudis Castellanos - 5-7-59
22. José Castaño Quevedo - 3-6-59.
23. Raúl Castaño - 5-30-59
24. Eufemio Chala - 12-16-59**
25. José Chamace - 10-15-59
26. José Chamizo - 3-59
27. Raúl Clausell - 1-28-59
28. Angel Clausell - 1-18-59
29. Demetrio Clausell - 1-2-59
30. José Clausell-1-29-59
31. Eloy Contreras- 1-18-59
32. Alberto Corbo - 12-7-59**
33. Emilio Cruz Pérez - 12-7-59**
34. Orestes Cruz – 1959
35. Adalberto Cuevas – 7-2-59**
36. Cuni - 1959
37. Antonio de Beche - 1-5-59
38. Mateo Delgado-12-4-59
39. Armando Delgado - 1-29-59
40. Ramón Despaigne - 1959
41. José Díaz Cabezas 7-30-59
42. Fidel Díaz Marquina – 4-9-59
43. Antonio Duarte - 7-2-59
44. Ramón Fernández Ojeda - 5-29-59
45. Rudy Fernández - 7-30-59
46. Ferrán Alfonso - 1-12-59
47. Salvador Ferrero - 6-29-59
48. Victor Figueredo - 1-59
49. Eduardo Forte - 3-20-59
50. Ugarde Galán - 1959
51. Rafael García Muñiz - 1-20-59
52. Adalberto García 6-6-59
53. Alberto García - 6-6-59
54. Jacinto García - 9-8-59
55. Evelio Gaspar - 12-4-59**
56. Armada Gil y Diez y Diez Cabezas- 12-4-59**
57. José González Malagón - 7-2-59
58. Evaristo Benerio González - 11-14-59
59. Ezequiel González-59
60. Secundino González - 1959
61. Ricardo Luis Grao – 2-3-59
62. Ricardo José Grau - 7-59
63. Oscar Guerra – 3-9-59
64. Julián Hernádez -2-9-59
65. Francisco Hernández Leyva – 4-15-59
66. Antonio Hernández - 2-14-59
67. Gerardo Hernández - 7-26-59
68. Olegario Hernández - 4-23-59
69. Secundino Hernández - 1-59
70. Rodolfo Hernández Falcón – 1-9-59
71. Raúl Herrera -2-18-59
72. Jesús Insua-7-30-59
73. Enrique Izquierdo- 7-3-- 59
74. Silvino Junco – 11-15-59
75. Enrique La Rosa- 1959
76. Bonifacio Lasaparla- 1959
77. Jesús Lazo Otaño -1959
78. Ariel Lima Lago – 8-1-59- (Menor)
79. René López Vidal -7-3-59
80. Armando Mas – 2-17-59
81. Ornelio Mata- 1-30-59
82. Evelio Mata Rodriguez- 2-8-59
83. Elpidio Mederos -1-9-59
84. José Medina -5-17-59
85. José Mesa 7-23-59
86. Fidel Mesquía Díaz 7-11-59
87. Juan Manuel Milián - 1959
88. Jose Milián Pérez – 4-3-59
89. Francisco Mirabal – 5-29-59
90. Luis Mirabal - 1959
91. Ernesto Morales - 1959
92. Pedro Morejón – 3-59
93. Carlos Muñoz M.D.- 1959
94. César Nicolardes Rojas- 1-7-59
95. Víctor Nicolardes Rojas- 1-7-59
96. José Nuñez – 3-59
97. Viterbo O’Reilly – 2-27-59
98. Félix Oviedo – 7-21-59
99. Manuel Paneque – 8-16-59
100. Pedro Pedroso – 12-1-59**
101. Diego Pérez Cuesta - 1959
102. Juan Pérez Hernández – 5-29-59
103. Diego Pérez Crela - 4-3-59
104. José Pozo – 1-59
105. Emilio Puebla – 4-30-59
106. Alfredo Pupo – 5-29-59
107. Secundino Ramírez – 4-2-59
108. Ramón Ramos - 4-23-59
109. Pablo Ravelo Jr. – 9-15-59
110. Rubén Rey Alberola – 2-27-59
111. Mario Risquelme – 1-29-59
112. Fernando Rivera – 10-8-59
113. Pablo Rivero- 5-59
114. Manuel Rodríguez – 3-1-59
115. Marcos Rodríguez -7-31-59
116. Nemesio Rodríguez – 7-30-59
117. Pablo Rodriguez – 10-1-59
118. Ricardo Rodriguez – 5-29-59
119. Olegario Rodriguez Fernández-4-23-59
120. José Saldara – 11-9-59
121. Pedro Santana – 2-59
122. Sergio Sierra – 1-9-59
123. Juan Silva – 8-59
124. Fausto Silva – 1-29-59
125. Elpidio Soler- 11-8-59
126. Jseús Sosa Blanco – 2-8-59
127. Renato Sosa- 6-28-59
128. Sergio Sosa – 8-20-59
129. Pedro Soto – 3-20-59
130. Oscar Suárez – 4-30-59
131. Rafael Tarrago – 2-18-59
132. Teodoro Tellez Cisneros- 1-3-59
133. Francisco Tellez-1-3-59
134. José Tin- 1-12-59
135. Francisco Travieso -1959
136. Leonrardo Trujillo – 2-27-59
137. Trujillo - 1959
138. Lupe Valdéz Barbosa – 3-22-59
139. Marcelino Valdéz – 7-21-59
140. Antonio Valentín – 3-22-59
141. Manuel Vázquez-3-22-59
142. Sergio Vázquez-5-29-59
143. Verdecia - 1959
144. Dámaso Zayas -7-23-59
145. José Alvarado -4-22-59
146. Leonoardo Baró- 1-12-59
147. Raúl Concepción Lima - 1959
148. Eladio Caro – 1-4-59
149. Carpintor - 1959
150. Carlos Corvo Martíenz - 1959
151. Juan Guillermo Cossío - 1959
152. Corporal Ortega – 7-11-59
153. Juan Manuel Prieto - 1959
154. Antonio Valdéz Mena – 5-11-59
155. Esteban Lastra – 1-59
156. Juan Felipe Cruz Serafín-6-59**
157. Bonifacio Grasso – 7-59
158. Feliciano Almenares – 12-8-59
159. Antonio Blanco Navarro – 12-10-59**
160. Albeto Carola – 6-5-59
161. Evaristo Guerra- 2-8-59
162. Cristobal Martínez – 1-16-59
163. Pedro Rodríguez – 1-10-59
164. Francisco Trujillo- 2-18-59


** El Ché firmó la sentencia de muerte, pero la ejecución se efectuó luego de que dejara su comando.

Fonte: aqui
 

sábado, 20 de julho de 2013

E agora Francisco

Gilrikardo disse: Será que deveremos importar de CÚba? Se nem os padres cujo voto de simplicidade e pobreza eleva-os a categoria dos sacrifícados em favor da salvação dos mais necessitados, desejam ir para os cafundós, não é de se estranhar que a categoria bem mais materialista e de bem com as coisas boas da vida vá para lá.

Falta padre no Nordeste, região mais católica do País; distribuição é desigual

Número de sacerdotes, porém, aumentou de 13 mil para 22 mil em 40 anos, mas eles se concentram principalmente no Sul do Brasil

Edison Veiga e Rodrigo Burgarelli, de O Estado de S. Paulo

O papa Francisco, primeiro líder latino-americano da história da Igreja, está prestes a visitar o maior país católico do mundo. Se fosse rodar além do Rio e de Aparecida, o pontífice certamente conheceria um país de desigualdades - incluindo aí o acesso dos fiéis aos padres. Dados oficiais da Igreja mostram que a região mais católica do Brasil, o Nordeste, com 72,2% da população professando essa religião, é a que menos tem padres em relação ao tamanho da sua população. 
 
 
 
 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ministros Mercadante e Cardozo

Gilrikardo disse: Costumo criticar a classe politica desde que aprendi a escrever, mas em certos momentos acredito que devo é prabenizá-los e reconhecer-lhes o valor. Imaginem o papel que esses dois supra-sumos do puxa-saquismo devem representar a fim de conservarem seus "carguinhos". É preciso coragem para aguentar o que esses figuras aguentam. Portanto uma salva de palmas para tão "nobres" retratos da espécie humana.

Mercadante e Cardozo: de ministros a espírito santo de orelha.

Que ninguém procure por Mercadante na Educação ou Cardozo na Justiça. Eles só estão onde Dilma está. São os dois que sopram na orelha da chefe as ideias mais alopradas. Artigo de J. Nêumanne no Estadão:

Os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, têm abandonado seus expedientes rotineiros para exercerem os cargos informais de espírito santo de orelha e papagaio de pirata de sua chefe, a presidente Dilma Rousseff. Nessa condição têm produzido sesquipedais ideias de jerico, tais como o golpinho sujo da Constituinte exclusiva para uma reforma política que ninguém pediu e da qual só os políticos, particularmente os petistas, se beneficiariam; e a empulhação do plebiscito prévio com igual objetivo. O máximo que conseguiram até agora foi a adesão da oposição, incompetente e alienada, que aceita a embromação de um referendo.

Melhor seria para os dois, para o governo a que servem, para a presidente a que obedecem e, sobretudo, para a sociedade, que paga com sacrifício seus salários com impostos escorchantes, que eles se dedicassem à rotina comezinha de suas funções públicas. O economista Mercadante, que se recusa a usar o sobrenome do pai, o general Oliva, serviçal da ditadura militar que assolou o País por 21 anos, de 1964 a 1985, faria um bem enorme às gerações futuras de brasileiros se resolvesse uma equação perversa que as condena à ignorância e a perder a competição na guerra planetária pelo conhecimento. (
Continua).

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Custo Brasil

Depois de 5 meses trabalhando para pagar impostos, brasileiro começa a trabalhar para si

17/06/13 - 08:00
POR SAMY

O consumidor brasileiro paga impostos a cada dia, mas os primeiros meses do ano são um período especialmente difícil, no qual o cidadão recebe o seu carnê do IPTU, os boletos do IPVA e ainda tem que saldar suas contas com o leão do Imposto de Renda (IRPF).

Tomemos como exemplo o caso de um trabalhador assalariado, na cidade de São Paulo, que ganhe R$4.000,00 por mês, trabalhando 8 horas por dia, possua um carro de R$30.000,00 e viva sozinho em um imóvel próprio no valor de R$300.000,00.
 
Esse cidadão desembolsaria R$18.500,00 com pagamento dos três impostos acima citados. Esse valor representa 803 horas (considerando R$22,73 o valor de cada hora) ou cerca de quatro meses e meio de seu trabalho - só para pagar o IPTU, o IPVA e o IRPF. Isso sem levar em conta nenhum outro imposto sobre bens ou serviços – um cenário bastante distante da realidade no Brasil.



Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o brasileiro gasta, em média, 150 dias do ano apenas para pagar seus impostos, sendo um dos países mais caros do mundo – à frente de França, Espanha e Estados Unidos, por exemplo, que oferecem serviços públicos consideravelmente melhores a seus cidadãos.

O imposto de renda do assalariado é debitado na fonte. Se houver recebimentos de mais de uma fonte pagadora, vale a pena deixar o acerto de contas para o final do ano e reinvestir a diferença em poupança ou outros fundos. Se for feito tal investimento, por incrível que pareça, ter imposto a pagar no final do ano pode ser melhor do que ter a receber.

Quanto aos demais impostos diretos, é necessário criar uma reserva para suportar a pesada carga tributária do nosso país. Uma parcela do 13º, por exemplo, pode ser destinada para o pagamento desses encargos à vista.

Anotar os gastos mensais, comparar preços e reduzir ao máximo os custos fixos são medidas que também podem contribuir para um melhor planejamento familiar, aliviando o sufoco do início de ano e dando maior flexibilidade para gastos com lazer em períodos de maior calmaria financeira.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

Rola na Rede

Repassando
"O Brasil tem a maior carga tributária do mundo para pagar a maior  corrupção do mundo"

A fábrica brasileira de dinheiro do Governo Federal

IBPT - INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO:
Percentual de Tributos sobre o " Preço Final "!PRODUTO 

Passagens aéreas 8,65%
Transporte Aéreo de Cargas 8,65%
Transporte Rod. Interestadual Passageiros 16,65%
Transporte Rod. Interestadual Cargas 21,65%
Transp. Urbano Passag. - Metropolitano 22,98%
CONTA DE ÁGUA 29,83%
Mesa de Madeira 30,57%
Cadeira de Madeira 30,57%
Armário de Madeira 30,57%
Cama de Madeira 30,57%
Sofá de Madeira/plástico  34,50%
Bicicleta 34,50%
Tapete 34,50%
MEDICAMENTOS 36%
Motocicleta de até 125 cc  44,40%
CONTA DE LUZ  45,81%
CONTA DE TELEFONE  47,87%
Motocicleta acima de 125 cc  49,78%
Gasolina  57,03%
Cigarro 81,68%

PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS .
Carne bovina 18,63%
Frango 17,91%
Peixe 18,02%
Sal 29,48%
Trigo 34,47%
Arroz 18,00%
Óleo de soja 37,18%
Farinha 34,47%
Feijão 18,00%
Açúcar 40,40 %
Leite 33,63%
Café 36,52%
Macarrão 35,20%
Margarina 37,18%
Molho de tomate 36,66%
Ervilha 35,86%
Milho Verde 37,37%
Biscoito 38,50 %
Chocolate 32,00%
Achocolatado 37,84%
Ovos 21,79%
Frutas 22,98%

PRODUTOS BÁSICOS DE LIMPEZA
Álcool 43,28%
Detergente 40,50%
Saponáceo 40,50%
Sabão em barra 40,50%
Sabão em pó 42,27%
Desinfetante 37,84%
Água sanitária 37,84%
Esponja de aço 44,35%
Vassoura 26,25%


PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE
Sabonete 42%
Xampu 52,35%
Condicionador 47,01%
Desodorante 47,25%
Aparelho de barbear 41,98%
Papel Higiênico 40,50%
Pasta de Dente 42,00%


MATERIAL ESCOLAR .

Caneta 48,69%
Lápis 36,19%
Borracha 44,39%
Estojo 41,53%
Pastas plásticas 41,17%
Agenda 44,39%
Papel sulfite 38,97%
Livros 13,18%
Papel 38,97%
Mochilas 40,82%
Régua 45,85%
Pincel 36,90%
Tinta plástica 37,42%

BEBIDAS .

Refresco em pó 38,32%
Suco 37,84%
Água 45,11%
Cerveja 56,00%
Cachaça 83,07%
Refrigerante 47,00%

CD 47,25%

DVD 51,59%Brinquedos 41,98%

LOUÇAS 
Pratos 44,76%
Copos 45,60%
Garrafa térmica 43,16%
Talheres 42,70%
Panelas 44,47%

PRODUTOS DE CAMA, MESA E BANHO.

Toalhas - (mesa e banho)36,33%
Lençol 37,51%
Travesseiro 36,00%
Cobertor 37,42%
Automóvel 43,63%

ELETRODOMÉSTICOS/OUTROS.

Sapatos 37,37%
Roupas 37,84%
Aparelho de som 38,00%
Computador 38,00%
Fogão 39,50%
Telefone Celular 41,00%
Ventilador 43,16%
Liquidificador 43,64%
Batedeira 43,64%
Ferro de Passar 44,35%
Refrigerador 47,06% 
Microondas 56,99%

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
Tijolo 34,23%
Telha 34,47%
Móveis (estantes, cama, armários) 37,56%
Vaso sanitário 44,11%
Tinta 45,77%
Casa popular 49,02%
Mensalidade Escolar 37,68% (ISS DE 5%)

Dica de leitura

Gilrikardo disse: Em dias de internet está cada vez mais difícil manter-se no lado negro da ignorância, pois a informação (conhecimento) nos bate à cara diariamente a custo zero. Portanto, bastam alguns minutos para que pessoas de boa vontade e construtoras do mundo se elevem milésimos de milímetros na escala infinita do saber. Abaixo uma boa opção: 




terça-feira, 16 de julho de 2013

Marajás da republiqueta

Gilrikardo disse: É uma classe que só se manifesta para obter regalias e defender o corporativismo. Dificilmente os verá em defesa da democracia, dum melhor funcionamento das instituições ou no mínimo do mínimo, oferecendo alternativas jurídicas, já que a materia-prima de seu labor me parece que são as leis. A eles também dedico minha OJERIZA, é difícil para pessoa simples como eu engolir esses sapos, e o diabos é que se os critico sou considerado um REVOLTADO... INDIGNADO... É... esse nosso mundo é cruel, já disse e repito, diante do caos salve-se quem puder.

terça-feira, 16 de julho de 2013


Juizes, por definição, são marajás do serviço público, muitas vezes arrogantes, algumas vezes trabalhadores, sempre em defesa de seus privilégios, que ninguém é de ferro, como diria um político desavergonhado. Eles mereceriam um enquadramento nos conformes do orçamento médio de uma família brasileira, a despeito de sua (alegada) carga de trabalho e responsabilidade.
Paulo Roberto de Almeida

Espírito de corpo

Editorial O Estado de S.Paulo, 15 de julho de 2013 

Insensíveis à voz das ruas, que reivindicam mudanças nos usos e costumes da vida política e da administração pública, algumas corporações do funcionalismo público continuam empenhadas em obter privilégios eticamente insustentáveis. É o caso da magistratura. No mesmo dia em que o País experimentava mais uma manifestação de protestos, associações de juízes se mobilizavam para tentar impedir a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que revoga o direito à aposentadoria de juízes afastados compulsoriamente e estabelece regras mais severas para punir magistrados corruptos. "Não queremos manter juiz que comete crime na carreira, mas há colegas que cometem falhas, têm 40 anos de trabalho e não podem perder uma aposentadoria para a qual contribuíram a vida inteira", diz o desembargador Nelson Calandra, presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros.
Pela legislação em vigor, o juiz que se envolver com corrupção é afastado compulsoriamente da carreira, mas tem o direito a receber aposentadoria com vencimentos proporcionais. Pelo projeto que tramita no Senado, o juiz é afastado sem qualquer remuneração. As associações de juízes alegam que o fim da aposentadoria compulsória vitalícia é uma tentativa do Legislativo de enfraquecer a categoria.
Por falta de quórum, o projeto acabou não sendo votado pelo Senado e será colocado na pauta das próximas semanas. Por coincidência, no mesmo dia em que a magistratura se mobilizou para tentar derrubar o projeto, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1.ª Região puniu quatro ex-presidentes da associação de juízes da Corte (Ajufe). Um recebeu pena de advertência. Dois receberam pena de censura. E um foi punido com a aposentadoria compulsória. Eles foram acusados pelo Ministério Público Federal de usar fraudulentamente o nome de 157 juízes para desviar mais de R$ 20 milhões da Fundação Habitacional do Exército (FHE) no período em que presidiram a Ajufe. A FHE é uma associação de poupança criada por militares e oferece empréstimos e financiamentos a servidores do Executivo e do Judiciário.
Entre 2000 e 2009, a Ajufe assinou 700 contratos de empréstimo com a FHE em nome de magistrados que não tinham conhecimento das operações. Entre os beneficiários há até associados fantasmas. Para dificultar o rastreamento do dinheiro recebido, os cheques emitidos pela Ajufe eram descontados na boca do caixa ou depositados em contas de construtoras, concessionárias e laranjas. Em 2010, a FHE descobriu a fraude e recorreu à Justiça para cobrar a dívida. Para pagá-la, em 2011 os dirigentes da entidade cometeram outro ato ilícito, vendendo um imóvel sem autorização da assembleia de juízes.
"Em 32 anos de magistratura nunca vi uma coisa tão séria", disse, na época, a então corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon. O procurador responsável pela denúncia, Juliano Villa-Verde, afirmou que a fraude da Ajufe atingiu "o sistema financeiro nacional ao promover captação de recursos da poupança popular sem o devido controle oficial". Temendo que o TRF 1.ªRegião tomasse medidas contemporizadoras, 20 magistrados enviaram um ofício à Corregedoria da Corte exigindo investigação "séria e célere".
Um dos ex-presidentes da Ajufe punidos com pena de censura, a juíza Solange Salgado, disse ao jornal Folha de S.Paulo que assinou contratos em confiança, reconheceu que houve liberação de dinheiro com contratos em branco, mas afirmou que foi enganada. "Na presidência da entidade, não tinha como saber os valores que foram liberados sem contrato", alegou. "Nunca disse que não tinha responsabilidade. Assumo e estou pagando. Mas o único culpado sou eu?", questiona o juiz Moacir Ferreira Ramos - o ex-presidente da Ajufe punido com aposentadoria compulsória.
Casos como esses mostram que, se realmente quiser votar uma agenda positiva como resposta à voz das ruas, o Senado tem de ignorar o lobby da magistratura e aprovar o projeto que permite que juízes corruptos percam o emprego e a pensão.

domingo, 14 de julho de 2013

Berço do mal

Partidos políticos e nepotismo

Editorial O Estado de S.Paulo
16 de junho de 2013

O que é um partido político? Numa definição geralmente aceita pelo senso comum, partido político é uma organização de direito privado constituída por cidadãos voluntariamente reunidos em torno de ideias que compartilham e, movidos pelo espírito público, empenhados em conquistar o poder político para implantar essas ideias. No Brasil, o artigo 17 da Constituição Federal estabelece que "é livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana". Essa é a teoria. Mas a regra geral, com as exceções de praxe, no sistema partidário brasileiro, é a falta de espírito público e o predomínio do "aparelhamento", do fisiologismo, do interesse pessoal ou de grupos. E uma das mais acintosas e deploráveis manifestações dessa distorção é o nepotismo dominante na organização de grande parte dos pequenos partidos políticos.

Levantamento realizado pelo jornal O Globo (9/6), revela que nos 30 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram encontrados pelo menos 150 familiares dos "donos" da legenda em cargos de direção, geralmente remunerados. São cônjuges, pais, irmãos, tios e primos que ocupam os principais postos de comando. Funções remuneradas com recursos provenientes, quase exclusivamente, do Fundo Partidário. Ou seja, é dinheiro público que remunera a atividade privada - partido político, vale a pena repetir, é entidade privada - de membros dos clãs familiares que dominam boa parte dos partidos existentes no País.
O sistema partidário brasileiro é produto do paternalismo e do patrimonialismo que historicamente predominam na organização social e política do País. O paternalismo se manifesta na convicção generalizada, reforçada pelo viés ideológico, de que cabe exclusivamente ao governo resolver todos os problemas do País. Ou seja, a sociedade não precisa, ou melhor, não deve ser agente de sua própria história, ter participação ativa na promoção do bem comum. Basta que aceite passivamente a condição de beneficiária das dádivas dos poderosos.
Desse paternalismo decorre quase que naturalmente o patrimonialismo, entendido como a inexistência de distinção entre o público e o privado, que faz a alegria dos políticos inescrupulosos para quem a atividade pública é facilitadora, quando não apenas um meio eficiente para a acumulação de riqueza material.
Sendo essa a mentalidade predominante na chamada "classe" política - há muitas e notáveis exceções, claro -, é inevitável que ela se reflita na organização partidária, como o demonstram a feudalização e o domínio de muitas legendas por clãs familiares.
A mais nefasta manifestação do paternalismo e do patrimonialismo no sistema partidário brasileiro se explicita no fato de que, basicamente, as legendas sobrevivem à custa de recursos públicos, embora sejam, por definição, entidades de direito privado. O Tesouro patrocina fortemente as campanhas eleitorais, por meio da renúncia fiscal oferecida às emissoras de rádio e televisão para compensar a abertura do chamado horário "gratuito" de propaganda dos candidatos.
Como se essa verdadeira mamata não fosse suficiente, os atuais donos do poder - PT à frente - preconizam a exclusividade do financiamento público das campanhas eleitorais, sob o pretexto de eliminar a "influência do poder econômico" nas eleições.
De fato, é sintomático que sejam as grandes empreiteiras de obras públicas os principais financiadores das campanhas eleitorais. Não é difícil imaginar por quê. Mas a única maneira de eliminar qualquer tipo de influência indesejável nas campanhas é eliminar tanto o financiamento privado, de empresas, quanto o público, do governo.
Quem deve financiar os partidos políticos são seus militantes e apoiadores, por meio de contribuições pessoais. Não é o caminho mais fácil, mas é o mais democrático e o menos sujeito a distorções como o apetite nepotista por dinheiro fácil

sábado, 13 de julho de 2013

Blog Diplomatizzando

O pre-sal companheiro a caminho do desastre - Editorial Estadao

No início do governo do "nunca antes", o chefe de Estado (mas antes disse chefe de partido) tinha aparentemente se convertido às boas virtudes do combustível renovável, impulsionando etanol e biodiesel (ainda que equivocadamente neste caso, juntando mamona e agricultura familiar, para um tema que deveria ter uma definição essencialmente técnica).
Depois da descoberta da imensa província petrolífera do pré-sal, esse chefe de Estado enlouqueceu, esqueceu seus antigos amores pelos renováveis, e passou a se comportar como um xeique do petróleo.
Quis porque quis mudar a lei do petróleo em vigor desde 1997, e que tinham garantido tremendo aumento da produção, muito investimento estrangeiro, capitalização da Petrobras, independência da ANP, enfim, alinhamento do Brasil com as regras vigentes nesse tipo de mercado, altamente oligopolizado.
Se o xeique de Carnaval tivesse preservado o regime anterior, o Brasil teria arrecado bilhões de dólares com leilões de concessão e licenciamento de blocos de exploração, preservando os royalties dos Estados produtores e deixando todo o risco da exploração para as empresas, como deve ser. Os estrangeiros se precipitariam para comprar blocos e mais blocos da nova miragem petrolífera e todo mundo ficaria contente.
Menos o tal chefe de partido, que achou que seu partido, seus companheiros, poderiam tirar grandes vantagens de um novo regime, estatal, monopolista, centralizador, baseado na partilha.
Pronto, foi criada a confusão, que só vai terminar, e acredito que nem vai terminar, no Supremo Tribunal Federal, pois, como sempre acontece nessas manifestas nefastas da maldição do petróleo, despertou os piores instintos rentistas de políticos e companheiros corruptos, e perturbou todo o processo de licenciamento da exploração do petróleo. A ganância dos corruptos, a estupidez dos incompetentes deixaram o Brasil sem nenhuma licitação durante mais de seis anos, e a Petrobras com uma imensa carga de responsabilidade, que está muito acima de suas capacidades. Também afundaram a companhia por outras formas, como o controle político dos preços dos derivados, e a obrigação de comprar no Brasil, a preços mais caros, a qualidade mais baixa e a prazos mais longos, equipamentos que poderiam ser importados mais em conta. A companhia, que tinha chegado a ser uma das mais importantes do mundo, com uma capitalização superior a 340 bilhões de dólares, foi literalmente afundada na irrelevância pelos companheiros -- que ainda a obrigaram a se aliar a um coronel maluco, que só tinha palavras, e mais nada -- e não vai conseguir assumir suas obrigações sob o novo regime criado pelos incompetentes do poder.
As regras descritas abaixo têm tudo para não dar certo. Primeiro porque prevêem um barril entre 100 e 120, quando ele pode ficar abaixo disse, em vista dos novos recursos nos EUA e alhures. Depois porque a própria exploração do pré-sal pode custar mais de 80 dólares por barril. Portanto, pouco sobraria para as empresas ganhar alguma coisa, pois ainda precisam dar o grosso para os vorazes companheiros incompetentes.
Não vai dar certo.
Não que eu queira rogar praga contra essas riquezas do Brasil (a bem da verdade, eu preferiria que o Brasil não tivesse descoberto o pré-sal, pois isso vai deformar a economia brasileira, sem falar da confusão política já criada entre os estados). Mas eu simplesmente observo a realidade, do Brasil e do mundo.
O Brasil está condenado a sofrer a loucura de seus dirigentes incompetentes.
Infelizmente.
Paulo Roberto de Almeida


As regras para o pré-sal

Editorial O Estado de S.Paulo, 13 de julho de 2013
Só oito anos depois de encontrados os primeiros indícios de existência de petróleo na camada de pré-sal da Bacia de Santos e seis anos depois de concluídas as análises que indicaram volumes recuperáveis entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo e de gás natural, o governo está conseguindo apresentar à consulta pública as regras para a exploração do óleo dessa área. E agora cobra de todos a pressa que nunca teve. Pior: às regras leoninas - por causa da esmagadora participação do Estado - do regime de partilha que será aplicado à exploração do pré-sal, a minuta do edital do leilão da área de Libra, marcado para 21 de outubro, acrescenta outras que reduzem ainda mais o campo de atuação do capital privado. Ainda assim, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, acredita que o leilão atrairá muitas empresas. O País torce para que ela esteja certa.

Os interessados disporão apenas de dez dias corridos para analisar o pré-edital colocado em consulta pública pela ANP desde quarta-feira (10/7) e apresentar as sugestões de alterações. É muito pouco tempo para isso. De acordo com o cronograma da ANP, a versão final do edital deverá ser publicada em 23 de agosto. Dessa data até 9 de setembro, as empresas interessadas deverão apresentar a documentação que as habilitará a participar do leilão em outubro.
O prazo não é curto apenas na fase que antecede o leilão. Poderá ser também para as etapas seguintes, a serem cumpridas ao longo dos 35 anos do contrato. O edital prevê quatro anos para a fase de exploração e cinco para a de desenvolvimento do projeto. Restam, na melhor das hipóteses, 26 anos para a efetiva produção de petróleo. Se houver atrasos nas etapas anteriores, o que não é raro em projetos desse porte, menor será o tempo de produção, ou seja, menor será o prazo de que os investidores privados terão para recuperar seu investimento e auferir o lucro esperado e legítimo. Não haverá a possibilidade de prorrogação do contrato.
Além do prazo relativamente curto para o retorno do investimento, o que também deverá comprimir os resultados do projeto para os investidores é a participação mínima de 75% do governo nas receitas da produção de Libra, que tem reservas estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo. Essa fatia inclui os R$ 15 bilhões a título de bônus de assinatura a serem pagos pela empresa ou consórcio que vencer o leilão, os tributos decorrentes da atividade (Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) e o excedente em óleo que será entregue à União, no porcentual mínimo de 41,65%.
A oferta de excedente em óleo para a União é o critério que definirá o vencedor do leilão. A fatia mínima foi fixada tendo como base o preço do barril de petróleo entre US$ 100,01 e US$ 120. O porcentual a ser entregue para a União variará de acordo com o preço do óleo e com a produtividade dos poços. Esta é uma das novidades do pré-edital.
O governo e a Petrobrás - com participação mínima de 30% no consórcio já assegurada na legislação do pré-sal - terão poder nas principais decisões do consórcio, como investimentos, locais a serem perfurados e número de plataformas. Por meio da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), o governo disporá de 50% dos votos do comitê técnico, com poder de veto. A Petrobrás terá no mínimo 15%.
Sobram 35% dos votos para os sócios privados. Estes "não poderão decidir nada", observou para o Estado o geólogo e consultor de petróleo John Forman. Que farão os investidores se, em determinado momento, o governo decidir contratar plataformas no Brasil, mesmo sendo mais caras e não atendendo inteiramente às especificações e exigências técnicas? Outro ponto apontado como problemático para os investidores é a limitação da retirada, pelo consórcio, a no máximo 50% das receitas nos primeiros dois anos de produção; depois, o limite baixará para 30%.
Há, entre os analistas, o temor de que as regras anunciadas não assegurem a remuneração do investimento no prazo de duração do contrato