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Eu em pé iniciando-me na companhia de tios e primos - Curitiba PR 1977 |
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sábado, 19 de maio de 2018
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
sábado, 6 de dezembro de 2014
Vestibular 2015 e meu filho
Por força do meu trabalho, perdi a conta de quantas faixas com mensagens de parabéns aos vestibulandos, mas uma certeza eu tenho, ao fazer cada uma delas, em minha imaginação desejava esse dia que veio ontem 05/12/2014.
Este é o meu bambino em uma de suas significativas vitórias, diria um marco!
Pai Gil em prantos de alegria.
Este é o meu bambino em uma de suas significativas vitórias, um marco! |
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
terça-feira, 27 de agosto de 2013
segunda-feira, 29 de julho de 2013
Mesada - Uma dica
Por Gilrikardo
Quando meu único filho passou para a 5a. série, senti-me na obrigação de iniciá-lo nas práticas comerciais e financeiras, simplificando, lidar com o dinheiro. Depois de muito matutar cheguei ao valor de R$ 5,00 por semana e que ele deveria gerenciar de acordo com a vontade, não poderia, é lógico, comprar cachaça, cocaína, maconha, e por aí a fora. Pois bem, na 5ª. série R$ 5,00 por semana, na 6ª. aumentei um real e subiu para R$ 6,00, 7ª. R$ 7,00 e 8ª. R$ 8,00.
Eu e a mãe dele não palpitamos, somente ele gerenciou a seu modo. Nesse período "fez-cada-compra".
Arrependeu-se algumas vezes, e paulatinamente concluiu que deveria se planejar com o
dinheiro. As compras melhoraram e muitas vezes percebi-o com razoável soma em mãos, indagava o motivo, dizia-me que naquele momento não havia necessidade de gastar. Aí meu espírito de PAIZÃO inventou o vale mesada, isto é, preenchia
umas papeletas com o valor semanal e que semana correspondia (1 a 52), assim poderia
visualizar o "tanto" a receber e de que maneira se planejar para gastar. Deu certo,
além de facilitar-me ao acompanhar o desempenho. Após quatro anos de feliz aprendizado e chegar ao primeiro ano do 2°grau aumentei para R$ 10,00. Hoje está no segundo ano e obteve
um aumento (recebe 20,00 por semana) altamente compatível com sua idade de 16 anos. Nesses cinco anos de mesada, investiu em muita compra mal feita (geralmente por impulso), mas também acertou na compra da guitarra, do violão, das caixas de som, das placas de informática entre outras coisitas. Para o ano que
vem já combinamos que será no mínimo R$ 30,00. Confesso que fiquei surpreso
pelo desempenho do garoto, "trocentas vezes" melhor que o meu. Mostrou-se bom administrador ao planejar e poupar. Aprendeu a não gastar por impulso, tanto que por diversas vezes me convidou para ir ao BIG
olhar coisas que não iríamos comprar. Deixou-me com o queixo caído! Rogo aos céus para que continue nesta trilha...
P.S. Os valores acima estão de acordo com a profundidade de meu bolso e servem apenas para ilustrar didaticamente como orientei-me numa questão que pode parecer banal, no entanto acredito fundamental: lidar com o dinheiro.
P.S. Os valores acima estão de acordo com a profundidade de meu bolso e servem apenas para ilustrar didaticamente como orientei-me numa questão que pode parecer banal, no entanto acredito fundamental: lidar com o dinheiro.
sábado, 8 de junho de 2013
Família
Na imagem abaixo, Pelotas RS, no ano 1939, minha avó Emilia Lima e seu filho com onze anos (meu pai) Tácio Gil.
sexta-feira, 15 de março de 2013
Sonho doce sonho
Histórias de pai e filho
Gilrikardo disse: Encontrei em meio aqueles papéis que vamos ajuntando, esta moda do meu filho. Tácio Ricardo / 11 anos / 2008
Gilrikardo disse: Encontrei em meio aqueles papéis que vamos ajuntando, esta moda do meu filho. Tácio Ricardo / 11 anos / 2008
SONHO DOCE SONHO
Sonhar acordado
Comprando um milhão de coisas
no supermercado, comendo uma
montanha de chocolate e
dormir até mais tarde
Sonhar acordado
Viajando pelo espaço numa nave
de um terráqueo
que peguei emprestado
Sonhar acordado
Navegando pela piscina do
meu quarto e indo até o fundo
respirando sem ficar afogado
Sonhar acordado
Assistindo cinema pela janela
do meu armário, sem ficar
preocupado em acordar ninguém
Sonhar acordado
Pulando de um pára-quedas
para não ser amassado pelo asfalto
Sonhar acordado
Voando de lado, para cima, para
baixo, dando giros, viravolta, volta e
vira, voando por toda a cidade...
era tudo que eu queria
Como gostaria de sonhar acordado
Seria um sonho realizado
Leia aqui outra história de pai e filho: Momento Veja
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Lugares onde vivi e morri
Culturas em que vivi e que forjaram um pouco do que sou. Lá também morreram certas fases de "mi vida", infância e adolescência. Não dá para negar. Não dá para esquecer. Muito pelo contrário. É orgulho tê-las.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Mobilização
História rica, mas sem desenvolvimento
Cazuza Ferreira e Juá foram importantes rotas de tropeiros durante os séculos
18 e 19. Passagem para o centro do país, os distritos foram fundamentais para o
desenvolvimento das regiões sul e sudeste do Brasil. As localidades não
cresceram com a industrialização do Século 20. A sensação, ao conhecer Cazuza e
Juá, é de que pararam no tempo.
Conforme o economista e especialista em História Regional, Luiz Antônio Alves, os primeiros povoadores chegaram aos distritos entre 1740 e 1750. Os núcleos habitacionais foram formados, segundo ele, pelos descendentes dos tropeiros, principalmente de Sorocaba (SP) e Castro (PR). Até 1858, Cazuza e Juá pertenciam a Santo Antônio da Patrulha.
José Ferreira de Castilhos, conhecido como Cazuza Ferreira, era sobrinho do ex-presidente (cargo equivalente ao de governador) do Rio Grande do Sul, Júlio de Castilhos. Entre 1850 e 1860, Cazuza doou terras para a construção de uma capela na região onde hoje é o distrito. Anos depois, os moradores resolveram homenageá-lo, dando seu apelido como nome à localidade.
O terreno para a construção da igreja do Juá também foi fruto de doação. Por volta de 1900, Cristino Ramos de Oliveira, tio de Virvi Ramos, deu terras para a obra. As duas localidades teriam sido oficializadas como distrito em 1903, ano da segunda emancipação de São Francisco de Paula, que havia perdido a categoria de município em 1890.
Alves, que é autor do livro Os Fundadores de São Francisco de Paula, lembra que o desejo de não pertencer a São Chico é anterior à década de 1970. Em 1917, Cazuza e Juá tentaram criar, com São Marcos e Criúva, um município que se chamaria Rio Branco.
Cazuza Ferreira chegou a ter ares de cidade grande, em 1958, quando inaugurou o Cine Serrano. O cinema funcionava junto ao Hotel Avenida. As constantes quedas de energia e o pequeno número de interessados nas sessões forçaram o fechamento 10 anos depois.
O hotel, que tinha grande movimento, continua em funcionamento, mas com baixa procura. Hoje, a proprietária Ironilce Maria Basso Albé, serve almoços e está recuperando o velho casarão para transformá-lo num empreendimento voltado ao turismo rural.
– Os distritos tinham muitas serrarias. Mas quando acabaram as árvores, acabou o trabalho. Agora, eles acham que a solução é passar para um município rico por conta da má administração de São Francisco. Eles deveriam pressionar a administração, mas acham mais fácil se mobilizar para anexar – analisa Alves.
Fonte: Pioneiro - Caxias do Sul RS
Conforme o economista e especialista em História Regional, Luiz Antônio Alves, os primeiros povoadores chegaram aos distritos entre 1740 e 1750. Os núcleos habitacionais foram formados, segundo ele, pelos descendentes dos tropeiros, principalmente de Sorocaba (SP) e Castro (PR). Até 1858, Cazuza e Juá pertenciam a Santo Antônio da Patrulha.
José Ferreira de Castilhos, conhecido como Cazuza Ferreira, era sobrinho do ex-presidente (cargo equivalente ao de governador) do Rio Grande do Sul, Júlio de Castilhos. Entre 1850 e 1860, Cazuza doou terras para a construção de uma capela na região onde hoje é o distrito. Anos depois, os moradores resolveram homenageá-lo, dando seu apelido como nome à localidade.
O terreno para a construção da igreja do Juá também foi fruto de doação. Por volta de 1900, Cristino Ramos de Oliveira, tio de Virvi Ramos, deu terras para a obra. As duas localidades teriam sido oficializadas como distrito em 1903, ano da segunda emancipação de São Francisco de Paula, que havia perdido a categoria de município em 1890.
Alves, que é autor do livro Os Fundadores de São Francisco de Paula, lembra que o desejo de não pertencer a São Chico é anterior à década de 1970. Em 1917, Cazuza e Juá tentaram criar, com São Marcos e Criúva, um município que se chamaria Rio Branco.
Cazuza Ferreira chegou a ter ares de cidade grande, em 1958, quando inaugurou o Cine Serrano. O cinema funcionava junto ao Hotel Avenida. As constantes quedas de energia e o pequeno número de interessados nas sessões forçaram o fechamento 10 anos depois.
O hotel, que tinha grande movimento, continua em funcionamento, mas com baixa procura. Hoje, a proprietária Ironilce Maria Basso Albé, serve almoços e está recuperando o velho casarão para transformá-lo num empreendimento voltado ao turismo rural.
– Os distritos tinham muitas serrarias. Mas quando acabaram as árvores, acabou o trabalho. Agora, eles acham que a solução é passar para um município rico por conta da má administração de São Francisco. Eles deveriam pressionar a administração, mas acham mais fácil se mobilizar para anexar – analisa Alves.
Fonte: Pioneiro - Caxias do Sul RS
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Anexação à Caxias do Sul RS
Cazuza Ferreira
|
- Área: 680,218 km2, incluindo, além da vila, as localidades de Campestre do
Tigre, Fazenda Velha, Capão Alto e Pedra Lisa
|
- População: 1.227 habitantes
|
- Economia: hidrelétricas de pequeno porte e pecuária de corte
|
- Arrecadação: não informada pela prefeitura
|
- Infraestrutura: na vila de Cazuza, há igreja, salão paroquial, duas
mercearias, hotel, mecânica e borracharia, fábrica de caixotes de verdura (com
cerca de três funcionários), cartório, posto de saúde com uma técnica em
enfermagem, escola, praça com coreto
|
- Limites: ao norte, com Monte Alegre dos Campos e Bom Jesus; a leste, com
Jaquirana; a oeste, com Caxias do Sul; ao sul, com os distritos de Juá e Lajeado
Grande
|
- Distância da sede de São Francisco de Paula: 98 quilômetros
|
- Distância da sede de Caxias do Sul: 75 quilômetros
|
Juá
|
- Área: 334,413 km2, incluindo, além da vila, as localidades do Apanhador,
Décio Ramos e Cadeinha
|
- População: 868 habitantes
|
- Economia: a pecuária de corte é predominante, seguida da fruticultura, com
foco na plantação de maçã
|
- Arrecadação: não-informada pela prefeitura
|
- Infraestrutura: na vila, há igreja, salão paroquial, escola, uma
mercearia, serraria, praça com campinho de futebol
|
- Limites: ao norte, com Cazuza Ferreira; a leste, com Lajeado Grande e
Eletra (conhecido como Salto); a oeste, com Caxias do Sul; ao sul, com
Canela.
|
- Distância da sede de São Francisco de Paula: 102 quilômetros (via Rota do
Sol)
|
- Distância da sede de Caxias do Sul: 43 quilômetros
|
Lajeado Grande
|
- Área: 583,686 km²
|
- População: 841 habitantes
|
- Economia: pecuária de corte e hortifrutigranjeiros
|
- Arrecadação: não-informada pela prefeitura
|
- Infraestrutura: posto de saúde, escolas municipal e estadual, lancherias,
mercados, rodoviária, posto de gasolina, igreja, salão paroquial, posto da
Brigada Militar, sede da associação de moradores
|
- Limites: ao norte, com Cazuza Ferreira; a leste, com Jaquirana; a oeste,
com Juá; ao sul, com o distrito de Eletra (conhecido por Salto) e
Tainhas
|
- Distância da sede de São Francisco de Paula: 75 quilômetros
|
- Distância da sede de Caxias do Sul: 54 quilômetros
|
São Francisco de Paula RS
Foto da Ponte no Passo do Inferno
29 de Janeiro de 1939
Ponte sobre o Rio Santa Cruz no Passo do Inferno com vão de 74m sem pilares. De pé da esquerda para a direita: Cenira Oliveira, Jaci Oliveira, Alzemiro Boeira dos Reis, Geni Oliveira, Lori Oliveira, Nestor Oliveira, Ida Boeira de Lucena, Maria Iolli Gil e Clélia Gil. De joelho: Francisco Aurio Gil e Edite Oliveira. Colaboração de Maria Iolli Gil Alves, estudante da escola local na época.
Gilrikardo disse: Maria Iolli Gil, Clélia Gil e Aureo Gil filhos de José Maria Junqueira Gil (Zeca Gil) 1895/1965 irmão de meu avô Francisco Junqueira Gil 1892/1970, primos irmãos de meu pai Tacio Francisco Gil 1928/1990. Primos segundos de Ricardo Francisco Gil 1960.
Quem foi Cazuza Ferreira

Como na maioria das cidades e localidades, o distrito de Cazuza Ferreira recebeu essa denominação em homenagem a um homem. Ele seria José Ferreira de Castilhos, cujo apelido era Cazuza Ferreira.
Trineto de Cazuza, José Carlos Santos da Fonseca, 49 anos, morador de São Francisco, é pesquisador da história do ancestral. Segundo ele, o distrito foi batizado com esse nome por decisão do então prefeito da cidade, coronel Alziro Torres Filho, no início do Estado Novo. Segundo Fonseca, um decreto da época ordenou que fossem modificados os nomes de cidades e localidades que tinham a mesma nomenclatura de outras do Estado. Antes de ser denominado Cazuza Ferreira, o distrito era chamado Capela do Lajeado.
– O prefeito quis homenagear o Cazuza Ferreira, que já era falecido e tinha sido muito conhecido – comenta Fonseca.
Para o historiador, economista e especialista em História Regional, Luiz Antônio Alves, o prefeito teria apenas homologado o nome que já existia:
– Antes disso, já havia registros sobre Cazuza Ferreira em Santo Antônio da Patrulha.
Entre as décadas de 1850 e 1860, Cazuza teria doado terras para a construção de uma capela na região onde hoje é o distrito. Outro descendente dele, o economista Sérgio Gil também pesquisa a história da família, baseado em livros e nos relatos que ouviu do pai, Darci Junqueira Gil. Segundo Sérgio, Cazuza era fazendeiro e chegou a ser proprietário de escravos.
– Depois da abolição da escravatura, eles ficaram trabalhando na fazenda. Um deles era o Parentinho, que ficou trabalhando nas terras da família. Ele morreu com 105 anos, lembro de tê-lo conhecido na fazenda do meu avô quando eu tinha uns sete anos – conta Gil, 69 anos.
Cazuza era tio de Júlio de Castilhos, ex-presidente (cargo equivalente ao de governador) do Estado. Cazuza teria nascido em Santo Antônio da Patrulha, em ano incerto. Segundo Alves, é considerado o ano de 1816, baseado nas informações da certidão de casamento de Ferreira com Anna Soares dos Santos, registrado na Mitra de Vacaria. O casal teria tido sete filhos: Maria Francisca, Izidoro, Januária, Antonia, Ignácio, José e João José. Cazuza teria morrido no dia 13 de maio de 1901.
A origem do apelido é incerta. Conforme Alves, Cazuza Ferreira foi tropeiro, e o apelido poderia ter surgido disso:
– Havia vários tropeiros chamados de Cazuza. Ele pode ter apenas acrescentado o sobrenome, para diferenciar-se dos demais – acredita.
Fonte: Jornal Pioneiro - Caxias do Sul RS
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Quem procura acha
Graças à internet, ao tio Google e à curiosidade, encontrei as origens de meus antepassados. Portugueses dos Açores, de lá partiu o primeiro "Gil" a entrar nestas terras através de São José SC, depois Santo Antônio da Patrulha RS, aí espalhou-se pelas redondezas e alguns ganharam o mundo (eu entre eles)...
Abaixo alguns vídeos do Youtube de lugares que tem muito a ver com meus "vôs" (tataravô, bisavô, avô) e alguns capítulos da vida de meu pai... distritos Cazuza Ferreira e Juá do município de São Francisco de Paula RS que há mais de quarenta anos lutam pela anexação à Caxias do Sul RS, em busca de melhores condições de vida, é um pedaço da minha história... é história do Brasil...
Abaixo alguns vídeos do Youtube de lugares que tem muito a ver com meus "vôs" (tataravô, bisavô, avô) e alguns capítulos da vida de meu pai... distritos Cazuza Ferreira e Juá do município de São Francisco de Paula RS que há mais de quarenta anos lutam pela anexação à Caxias do Sul RS, em busca de melhores condições de vida, é um pedaço da minha história... é história do Brasil...
sábado, 23 de julho de 2011
Inventando moda
Histórias de pai e filho
Por Gilrikardo
Por Gilrikardo
Clique na imagem para ampliar.
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--Que negócio é esse aí pai?
--Um scanner.
--Prá que serve?
--Para copiar desenhos, imagens e textos.
--Posso copiar eu?
--Pode, vem aqui e coloca a cabeça neste vidro, deixa eu achar um pano para cobri-lo melhor.
--Paí, tá escuro aqui.
--Calma que já vai clarear e não se mexa até eu dizer, vamos torcer para a mamãe não chegar, se não adeus nossa brincadeira. Tá pronto aí, fica quieto e não se mexa?
--Tá legal pai, não vou me mexer.
--E... zássssssssssss... o resultado é a imagem acima.
terça-feira, 12 de julho de 2011
Revolução na cozinha
Histórias de pai e filho
Por Gilrikardo
REVOLUÇÃO NA COZINHA
Explicava ao meu filho de seis anos como encontramos inspiração. Tal como alguém que escreve por gosto e não por ofício ou obrigação, o melhor argumento foi desafiar-me e dizer-lhe que relataria uma história ocorrida ali onde estávamos. Frisei que através da imaginação e das palavras temos o poder da criação. E assim foi escrito a revolução...
Por Gilrikardo
REVOLUÇÃO NA COZINHA
Explicava ao meu filho de seis anos como encontramos inspiração. Tal como alguém que escreve por gosto e não por ofício ou obrigação, o melhor argumento foi desafiar-me e dizer-lhe que relataria uma história ocorrida ali onde estávamos. Frisei que através da imaginação e das palavras temos o poder da criação. E assim foi escrito a revolução...
A geladeira sentindo-se a tal, gritou:
--Hei seus molengas!! Vamos dar as ordens a partir de hoje! Chega de me sufocarem com porcarias, aliás ultimamente o negócio anda tão fraco que nem isso têm. Só essas camadas de gelo que me deixam mais cansada. Basta! Chega desses adesivos na minha porta... esses enfeites de criança... e aquele gurizinho que vem aqui de cinco em cinco minutos e bate a porta.. arghhhhh! E a dona Maria então! Acha que sou prateleira ou armário, empilha um monte de bugigangas em cima de mim... desse jeito fico cansada! Estou aqui para ser uma conservadora... conservar alimentos é a minha utilidade.
Após esse breve discurso, todos na cozinha manifestaram-se. O fogão resmungou que suas bocas estavam precisando de tratamento, precisava de um "dentista" ou algum especialista para deixar seu sopro em dia. Estava descontente com a maneira grosseira que lhe davam banho, pois em cada lavada era um pedaço que lhe subtraiam. Botões que soltavam, grades que não se encaixavam mais, além de utilizarem-no como porta trecos. Não gostava de sentir a cafeteira sobre a tampa, muito menos lhe atulhar o forno com "apetrechos" que não eram dali.
A mesa reclamou que estava com reumatismo, pois suas pernas estavam doloridas e por isso mancava, não conseguia manter o equilíbrio. A pia chegou muito indignada com a sujeira que faziam com ela... era pedaço disso e daquilo, viravam óleo, alho, sabão e jogavam as panelas de qualquer jeito.
Ademais o que a deixava muito incomodada eram aquelas formiguinhas entrando e saindo de seu interior. Eta bichinhos irritantes e ninguém faz nada, esbravejava ela.
A geladeira retomou a palavra e sugeriu:
--Vamos fazer uma greve? A partir de hoje não vou mais conservar... que tal?
--Acho que não é uma boa idéia – disse o fogão – eles vêm e trocam você por outra ou lhe mandam para o "hospital".
-- Então o que faremos? – exclamou a mesa.
Silêncio geral. Por alguns minutos nada, a não ser o ronco do coração da geladeira... bbzzzz. Até que ouviram um snif... snif... bem baixinho vindo do canto, era o banquinho perna torta. Ele estava todo dolorido, inventaram que deveria suportar o jarro de água e a batedeira, mais de vinte quilos e suas perninhas já não agüentavam mais. Gemendo de dor, sugeriu que alguém fosse até o quarto do garoto que dormia e soprasse em seu ouvido todas as queixas da turma. Quem sabe, mesmo dormindo, seria sensível à causa e porventura tomaria alguma providência.
--Quem irá até o quarto dele? - perguntou o fogão.
Silêncio novamente. Até que ouviram a lagartixa que estava próxima da lâmpada dizer que sentiu-se comovida, portanto seria a portadora da mensagem. Lá se foi e após alguns cochichos voltou gritando:
-–Missão cumprida pessoal!
Raiou o dia, a mãe ao chegar na cozinha surpreende-se ao ver o garoto acordado tão cedo. Ali, na maior animação, com um martelo consertando as pernas do banquinho, retirando os adesivos da geladeira e espantando as formigas. E lá na fresta, bem quietinha, a lagartixa observava tudo.
terça-feira, 5 de julho de 2011
Boneca
Histórias de pai e filho
Por Gilrikardo
BONECA
Por Gilrikardo
BONECA
Começo a acreditar que temos muito mais a aprender do que ensinar aos nossos filhos. O fato é que em determinadas ocasiões chamava minha mulher de boneca.
--E aí boneca... é prá hoje ... tá!
--Hei boneca! Tá na hora de um cafezinho. Que tal?
--A boneca tá a fim de ficar comigo hoje?!
Confesso que minhas intenções foram as mais variadas possíveis. Desde a sincera forma de carinho até, em momentos de ira, ironizar. E nas ocasiões que meu filho estava presente logo se pronunciava:
--Pára papai! Não diga assim. Não gosto.
--Não chame minha mãe de boneca.
--Chame de professora ou mamãe. Boneca não.
E assim, repetidas vezes, ele no alto de seus quatro anos e pouco censurava-me. Até o dia em que minha curiosidade transbordou e perguntei-lhe porque não deveria chamar sua mama daquela maneira. Para minha surpresa, espanto e longa reflexão veio sua resposta:
--Papai! Com bonecas a gente brinca, amassa ou arranca pedaços. Depois que ficam velhas, cansamos e jogamos fora.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Momento Veja
Histórias de pai e filho
Por Gilrikardo
Momento Veja
Ontem peguei a revista Veja e, junto ao meu filho de quatro anos, iniciei-me na leitura. Ao observar minha atitude percorrendo as páginas, pergunta:
Por Gilrikardo
Momento Veja
Ontem peguei a revista Veja e, junto ao meu filho de quatro anos, iniciei-me na leitura. Ao observar minha atitude percorrendo as páginas, pergunta:
-- Pai! “que se” tá fazendo?
-- Papai está lendo.
-- Papai posso ler também?
-- Claro !
Entreguei-lhe a revista e logo percebi que ficara sem jeito. Para quebrar o gelo e deixá-lo mais tranqüilo, afirmei que ele já sabia ler. Apontei para a página e disse-lhe:
-- Olhe o que tem na folha, sei que você sabe, então leia, conte para o papai o que diz ai?
Era a propaganda de uma montadora de veículos e a foto em página dupla de um de seus modelos. Ao entender minha indagação, começou e não parou mais:
-- Pneu... porta ...vidro... janela... banco... motorista... vermelho ...
Falou quase tudo sobre o carro. Conseguiu descrever a cena com grande perfeição.
--Viu meu filho! Você sabe ler.
Ele simplesmente olhou-me como um filho reconhecendo a presença do pai. Aproximou-se, colocou a mão sobre a letra "A" e de uma maneira infantil disse-me:
--Aaaah..............papai !!!
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