segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mesada - Uma dica

Por Gilrikardo

Quando meu único filho passou para a 5a. série, senti-me na obrigação de iniciá-lo nas práticas comerciais e financeiras, simplificando, lidar com o dinheiro. Depois de muito matutar cheguei ao valor de R$ 5,00  por semana e que ele deveria gerenciar de acordo com a vontade, não poderia, é lógico, comprar cachaça, cocaína, maconha, e por aí a fora. Pois bem, na 5ª. série R$ 5,00 por semana, na 6ª. aumentei um real e subiu para R$ 6,00, 7ª. R$ 7,00 e 8ª. R$ 8,00.
Eu e a mãe dele não palpitamos, somente ele gerenciou a seu modo. Nesse período "fez-cada-compra". Arrependeu-se algumas vezes, e paulatinamente concluiu que deveria se planejar com o dinheiro. As compras melhoraram e muitas vezes percebi-o com razoável soma em mãos, indagava o motivo, dizia-me que naquele momento não havia necessidade de gastar. Aí meu espírito de PAIZÃO inventou o vale mesada, isto é, preenchia umas papeletas com o valor semanal e que semana correspondia (1 a 52), assim poderia visualizar o "tanto" a receber e de que maneira se planejar para gastar. Deu certo, além de facilitar-me ao acompanhar o desempenho. Após quatro anos de feliz aprendizado e chegar ao primeiro ano do 2°grau aumentei para R$ 10,00. Hoje está no segundo ano e obteve um aumento (recebe 20,00 por semana) altamente compatível com sua idade de 16 anos. Nesses cinco anos de mesada, investiu em muita compra mal feita (geralmente por impulso), mas também acertou na compra da guitarra, do violão, das caixas de som, das placas de informática entre outras coisitas. Para o ano que vem já combinamos que será no mínimo R$ 30,00. Confesso que fiquei surpreso pelo desempenho do garoto, "trocentas vezes" melhor que o meu. Mostrou-se bom administrador ao planejar e poupar. Aprendeu a não gastar por impulso, tanto que por diversas vezes me convidou para ir ao BIG olhar coisas que não iríamos comprar. Deixou-me com o queixo caído! Rogo aos céus para que continue nesta trilha... 

P.S. Os valores acima estão de acordo com a profundidade de meu bolso e servem apenas para ilustrar didaticamente como orientei-me numa questão que pode parecer banal, no entanto acredito fundamental: lidar com o dinheiro.