sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Educação

Apesar de todos os esforços e recursos consumidos na busca de soluções para os problemas de nossa sociedade, diariamente ainda convivemos com níveis da qualidade de vida aquém do aceitável. Nesse meio páira um óbvio caminho que a poucos sensibiliza e para a grande maioria parece ter um minúsculo significado.

É incontestável que somente através da educação desenvolvemos nossas capacidades individuais cujos reflexos alavancam os avanços sociais.

Educação sincera e destituída unicamente de interesses econômicos demonstrados pela proliferação indiscriminada de instituições preocupadas em lucrar cuja prática pouco contribui para a qualidade tão necessária nessa área. Ou destinada exclusivamente a formação de mão-de-obra para o mercado de trabalho em constante mutação e não para a construção do ser como indivíduo merecedor de uma existência digna.

Educação legítima, isenta de corrupção e imune aos interesses políticos que trabalham em função de números manipulados visando tão-somente lucrar no curto prazo, isso é facilmente constatado através da total indisciplina dos pais e alunos perante às escolas. Na famosa inexistência de reprovação, eximindo o aluno de qualquer comprometimento e o estado livrando-se de arcar com o custo de um aluno mal aplicado, além de mascarar os índices de aprovação que acrescem nas estatísticas o nível de ensino .

Ignorar o óbvio é a falta de compromisso com as gerações futuras, é o nosso "egoísmo" determinando que o futuro não pertence a nós, então é mais cômodo viver o presente, mesmo que para isso devamos conviver com um quadro caótico de soluções emergenciais de última hora; tais como, construir penitenciárias, discutir pena de morte, limpar rios cheios de lixo, combater o tráfico, entre tantas outras cujas soluções mostrar-se-iam mais produtivas se investíssemos na ação preventiva proporcionada pela boa formação de nossos cidadãos. Isso tudo é óbvio.

O óbvio nos mostra o caminho das pedras e que somente a longo prazo os resultados serão promissores.

O óbvio nos mostra que fora da educação não há salvação.

O óbvio nos mostra que o investimento em educação reflete-se diretamente em menores gastos com saúde e segurança, entre outros.

O óbvio nos mostra que o compromisso com a educação deve extrapolar a obrigação do estado, deve ser um comprometimento inteligente de cada membro da sociedade. (eu, tu, ele, nós, vós, eles)

O óbvio nos mostra que somos mais do que parecem as aves de rapina ou predadores; somos dignos da capacidade de construir melhores caminhos.

Isso tudo está diante de nossos olhos, é evidente, está claro e incontestável. No entanto, também parece óbvio que simples palavras como estas, além de registrar um lamento, talvez atinjam alguns corações e mentes mais capazes de lançar luzes à causa.

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