segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O PT que a maioria não vê

Gilrikardo disse: Fico impressionado com a incompetência e falta de preparo de nossos grandiosos legisladores. O digníssimo (referido logo abaixo) parece que não estudou questões que geram separatismos, como na África do Sul, ou mesmo a luta dos Negros dos EUA. Pois se houvesse não traria para o nosso meio uma cultura que até agora nunca existiu: Apartheid.


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Cotas para deputados negros
Bruno Alves
jornal A Tarde (Salvador), 01/02/2012

No mínimo, é polêmica a iniciativa do deputado federal Luiz Alberto (PT) de propor uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a reserva de vagas na Câmara Federal, Asembleias Legislativas e na Câmara Legislativa do Distrito Federal para parlamentares negros.

O número de vagas seria definido com base no percentual de pessoas que tenham se declarado negras ou pardas no último censo do IBGE. Segundo o deputado Luiz Alberto, a proposta iria aumentar de 30 para 150 o número de deputados negros na casa. 

As cotas raciais são uma inconstitucionalidade, já que somos todos iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. É certo que esse projeto não irá progredir. Mas é preocupante saber que nossos representantes tenham pensamentos retrógados e segregador. Seguindo esse pressuposto jamais vivenciaremos a verdadeira democracia. 

A verdadeira democracia é consolidada com educação de qualidade. É preponderante que nossos governantes coloquem a educação como prioridade de governo. Os países que investiram na educação avançaram em outras áreas.

O Brasil ocupa a 88° posição de 127 no ranking de educação feito pela Unesco, o país fica atrás de Argentina, Chile, Equador e Bolívia. A primeira posição coube ao Japão, país que, para reverter as dificuldades de um traumático pós-guerra, a partir de 1945, investiu alto em educação com o objetivo de formar mão de obra capaz de agregar valor aos seus produtos e assim superar as limitações de um país que possui reduzidos recursos naturais.

É necessário enfrentarmos os fardos do passado sem que nos tornemos vitimas dele. Significa trabalhar as forças maiores que geram um quadro de desigualdade social e econômica para todos. Não iremos avançar segmentando, não iremos conseguir caminhar sozinhos. Muitos serão os desafios, mas nós não podemos sucumbir ao desespero ou ao cinismo.

Podemos aceitar a política que fomente a divisão ou podemos construir a política que nos une. Na democracia o poder está com o povo, somos nós que escolhemos nossos representantes. Nós somos a mudança.

Bruno Alves
Presidente Estadual da Juventude Democratas (JDEM)