quarta-feira, 3 de abril de 2013

Livros e leitura

O que você acha da proposta do juiz João Marcos Buch de reduzir pena dos presos que lerem livros ?


Por Gilrikardo


Ridícula, pois o hábito e o prazer pela leitura se adquire na infância. Bem como os benefícios advindos. É mais uma maneira equivocada de tratar as mazelas de nosso país, até entendo a boa intenção do juiz que pela condição em que vive talvez não tenha alcance ou sensibilidade para as reais causas de certos problemas envolvendo a violência. Poderia citar o abismo salarial entre um simples trabalhador que ganha salário mínimo e um juiz que ganha trinta mil reais. Essas distorções a gente não vê no discurso das elites do funcionalismo público. Perdoem-me, mas não acredito que tal iniciativa tenha uma vírgula de sucesso, basta ver a "catigoria" que está sendo privilegiada em detrimento dos atos e condutas que cultivam em suas vidas, eu trabalho suado para entrar numa livraria e escolher o meu livro, e faço isso pelo prazer de ler, e não para ganhar alguma coisa. Repito. É um equívoco do ilustre juiz. Tem certas coisas que se traz de berço, se traz da primeira escola que temos: a família.

Confira aqui a matéria.

PS. Delinquente se trata com disciplina, privações e trabalho. Não acredito que aprenda a respeitar às leis e a sociedade se continuar a receber tão somente "tapinhas" e "puxão de orelhas".

PS. 2. Sou assaltado, roubado, humilhado, e para aliviar a dor sou convidado a doar um livro para o algoz. Esse é o Brasil de encantos mil.

PS. 3 A matéria do jornal pedia a opinião do leitor, a minha descrita acima, não foi publicada e o motivo não revelado. Esse é o exemplo de democracia que vivemos, a minha opinião pessoal e indelegável sofre censura de um jornal que pede a opinião do leitor. Afinal de contas que tipo de opinião eles desejam, talvez só a favor do projeto do juiz!

PS. 4 Em muitos lugares do Brasil, há casos em que os juízes, por falta de vaga ou de condições mínimas de aprisionamento, estão liberando os presidiários para não cumprirem pena, cumprir em casa, ou substituir por ações comunitárias. O Sistema está falido e agora pelo jeito não tem mais como empurrar com a barriga. Talvez, o projeto da leitura no presidio de Joinville seja a fórmula do juiz para não liberar presidiários "de graça".