quinta-feira, 4 de abril de 2013

Na lanchonete

Por Gilrikardo

Enquanto comia um pastel, vaticinei minha felicidade:

-Deixem-me ser feliz com a minha infelicidade; não quero comprar carro zero quilômetro, nem uma sala de estar, muito menos passar trinta dias no Havaí. Pois quem nada quer, tem tudo. Tem todo o tempo do mundo, esta isento de competições patrocinadas pelos marketeiros de plantão, especialistas em determinar sonhos para financiar almas em dezenas de suaves prestações mensais. Ou através de outros artifícios, levar meu dízimo com a promessa de que o Havaí não é aqui. Sou feliz com minha infelicidade porque tudo são conceitos e o resto são palpites! 

-Mais um pastel, de carne, por favor! Ah!... e um cafezinho.