quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O tomate e o Brasil

Por Gilrikardo

Para entender certas coisas, o Brasil entre as quais, devemos buscar a resposta no tomate. Pode parecer estranho, mas desde o ano passado que venho acompanhando de perto a situação. Em julho por exemplo, comprei em oferta a cinquenta centavos o quilo, para dali a alguns dias verificar uma alta que elevou a cinco reais o quilo. Um absurdo. A explicação apontava o vilão: as chuvas de inverno. Tudo bem. Mantive minha observação, pois aqui em casa quem compra e descasca o bichinho sou eu. De julho a dezembro, foram tantas altas e baixas que pipocaram inúmeras reportagens tentando desvendar o mistério. Para mim nada significavam, ou melhor, não explicavam o preço que elevou o produto aos inacreditáveis nove reais o quilo... isso aqui em Joinville SC... vi nos jornais o registro de lugares onde estavam cobrando até doze reais o quilo. Um absurdo. Até da China, as empresas processadoras importavam. Pois bem, lá em julho do ano passado, prometi que não pagaria mais que três reais por quilo, e assim o fiz, era mais barato comprar latas importadas a dois reais, e para saladas dezenas de outras alternativas. Este ano, desde janeiro, o tomate continua em sua odisséia, altas e baixas, e parece que ao bel prazer de alguém... a qualidade também continua lá e cá... hoje, em pleno mês de agosto, procuro a cotação e encontro preço CEASA Sorocaba SP caixa com 22kg 73,30 = R$ 3,33 kg, esse deve chegar ao mercado custando mais que cinco reais, por outro lado em Minas Gerais, produtores se negam a colher a safra, pois o preço que lhes é oferecido pela caixa com 22 kg é R$ 1,00 (um real), quando o custo de produção é estimado em vinte reais. Esse é o Brasil, aliás esse é o tomate na trajetória do Brasil. Onde tentar entender dá uma trabalheira.

PS "Só para comparativos futuros, dólar hoje R$ 2,30"