domingo, 29 de abril de 2012

Ainda as cotas racias

Há mais de trinta anos, eu, apenas um estudante do interior, branco, pobre e sem dinheiro no bolso, ingenuamente desloquei-me à capital para increver-me no vestibular. No dia da inscrição já me senti intimidado, pois só chegavam pessoas em seus carros e carrões. Então percebi e entendi porque as pessoas estudavam na capital e faziam cursinhos, terceirões entre outras preparações possíveis aos que podiam pagar. Após os exames cujo desempenho é indigno até de lembrar, voltei com minha esperança e doce ilusão à minha terra. Lá olhei o mundo com outros olhos e consegui entender porque somente os filhos dos ricos conseguiam se formar médicos, dentistas, engenheiros, arquitetos... Então, enfiei a viola no saco, me coloquei no meu lugar, e procurei levar uma vida compatível com meus recursos! Não estou aqui para choramingar ou relatar exceções, pois existem em qualquer área, mas acredito que é regra geral, a quem dispõe de melhores recursos, principalmente dinheiro, obter uma melhor formação. Isto é lógico e compatível. Por isso, continuo imaginando que a injustiça no ensino é a econômica. Além da sofrível formação proporcionada pela rede pública até se chegar a universidade. E não uma questão de cor branca, preta, amarela, vermelha, verde ou seja lá qual for.

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