domingo, 6 de maio de 2012

No hipermercado

Concluida a compra, dirijo-me ao caixa. A moça logo que me vê diz boa tarde e  pergunta se faltou alguma coisa. Pela primeira vez digo que faltou sim. Ela pergunta o quê? Respondo que não encontrei educação no meio de todas aquelas pessoas.
Ao que ela sorrindo e muito simpática argumentou que de fato o brasileiro não é muito educado. Aí então, pela primeira vez, soltei o verbo. Disse-lhe que não é compreensível que existam pessoas com tamanha falta de urbanidade, falta de respeito ao semelhante como aquelas que ali estavam naquele dia. 
É nestes locais, quando a multidão invade que as personalidades se revelam. Gente comendo coisas e escondendo a embalagem vazia. Gente estacionando o carrinho sem se preocupar com o trânsito dos demais. Gente com bandos de crianças que imaginam ser ali um parque infantil, por isso correm e gritam sem que seus pais demonstrem qualquer preocupação. Gente que manuseia as frutas e os legumes com total falta de cuidado, deixando as mercadorias em triste estado. Gente que larga o carrinho em qualquer lugar do estacionamento, sem se preocupar se ali passam outros veículos. Gente que parece ter o mundo a seus pés. Gente que parece imaginar-se única no planeta, e que se existem outros, estes outros não significam nada... estes outros são coisas que nem sequer imaginam para que servem. Gente assim... parece gente sem noção. 
--Nossa o senhor está chateado mesmo.
--Sim moça, às vezes devemos dizer algumas verdades, se vai adiantar, só o tempo dirá.
--Vinte e oito reais e trinta centavos.

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