Vivemos um mundo onde o consumidor é o eleito. É difícil escapar imune aos apelos para que nos tornemos mais um devorador disto ou daquilo. É o novo lançamento que já vem com ar condicionado, ou aquela bolacha que não faz ruído, ou ainda, se desejamos a felicidade agora devemos aderir ao plano cujo financiamento será pago em oitenta e tantas suaves prestações. Este é o modelo de economia que segundo os especialistas é o melhor até então, o mercado aberto a todos em todos os sentidos. Assim, em meio a inúmeras ofertas e promoções, surgem várias receitas apelativas e também de discriminação.
Assim, se digo que não compro no crediário ou não desejo um modelo novo, logo sou chamado de mão de vaca. Ou sou obrigado a ouvir assertivas condenatórias tais como: Vai guardar o dinheiro prá quê? Trabalha para fazer o quê? Tá escondendo o dinheiro?. Tá aí o início de uma discriminação velada. Onde o perfil do consumidor ideal não está se enquadrando, então pressão nele e o miserável acaba sofrendo sem saber o motivo. É o poder do capitalismo contribuindo para manter acesa a chama da sensação de que falta alguma coisa. Esse é o segredo. Criar necessidade, mesmo que do além, e desse modo manter mais um elo no círculo do consome, paga e dá lucro. Vale tudo para manter o ritmo, até apelar para a imagem de crianças precisando de celular. É só conferir a propaganda onde meninas de seis ou menos anos, aprendem a criar a necessidade de que ter um aparelho lhes dará a felicidade de encontrar um namorado. Esse tipo de propaganda é... deplorável.
Diante disso, fugir para onde, se em qualquer meio de comunicação, desde o rádio até a internet... o apelo ao consumo é a mola mestra. Ou quem sabe uma entidade criada pela sociedade cujo controle está se perdendo e nos transformando em caça. Simples alvos de uma força voraz a nos consumir. É ... parece que todos os caminhos nos levam para autofagia.
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