Há muitos anos que a tal reforma política está na pauta e nunca germinou, agora parece que vai sair do papel devido à pressão política (partidos que perderam terreno e através dela pretendem recuperar-se) quanto a popular.
Quando se fala de reforma os ingênuos, dentre eles o povo em sua grande maioria, logo se sentem privilegiados. Respiram aliviados, imaginando que as velhas práticas de poder vão dar lugar a maior justiça e igualdade ao tratar nossa democracia. Ledo engano, o que se vê, no ensaio que anda por aí em termos de reforma política, é que o coronelismo ainda está arraigado entre os nobres políticos. Tão natural que nem disfarçam suas pretensões de eterno poder, é o caso da tal lista fechada de candidatos proposta para ser uma reforma na maneira de votar. Não precisa ter muitos neurônios para entender o significado dessa lista que será apresentada pelo partido – quais critérios utilizará?
Ora, se vivemos em um país onde o dinheiro é considerado o maior valor tanto moral quanto material, a prática coronelista dentro dos partidos será o maior critério a conduzir as referidas listas. Em outras palavras, os partidos se tornaram propriedades de meia dúzia de sedentos pelo poder e através de suas mãos é que teremos nossos destinos desenhados. Pratica defendida pelos caciques da nossa política - por que será?
O voto distrital cuja implantação seria de grande valia para o povo, pois estaríamos mais próximos, acompanhando as ações do parlamentar, está sendo repudiado pela maioria dos caciques da nossa política – por que será?
E o financiamento público de campanha? Mais uma mordomia para a turma que além do famoso caixa dois agora pretendem locupletarem-se com o caixa três. Idéia defendida ardorosamente pelos caciques da nossa política - por que será?
E a mim, miserável eleitor, que oportunidades de participação nesse processo é dada? Resta-me a tristeza de mais uma vez na arquibancada e de joelhos rezar por um milagre que nunca virá - por que será?
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