segunda-feira, 18 de julho de 2011

Precisa-se de jovem para exercer as atividades de auxiliar de serviços gerais

Após ler o anúncio classificado, candidatei-me à vaga, e durante a entrevista perguntaram-me quais eram as experiências anteriores, respondi-lhes que eram as advindas da escola, pois este seria meu primeiro emprego. O gerente olhou-me com certa tristeza e disse-me que infelizmente pela falta de currículo eu não estaria apto a desempenhar a referida função. Saí dali imaginando onde conseguiria prática de auxiliar de serviços gerais.

De lá para cá, décadas se passaram, e durante esse período entendi o valor que o mercado de trabalho dá à experiência. Onde quer que a gente vá, e às vezes nem é procurando vaga, mas apenas informações... lá vem a clássica: cadê seu currículo???.

E não é somente para obter um emprego, é útil em financiamentos, preenchimento de certos cargos, no alto escalão inclusive com sabatina, como a escolha do presidente do Banco Central, etc.

É inegável a garantia proporcionada pela Carreira de qualquer pessoa neste planeta. Ainda mais nos dias de hoje, com os avanços tecnológicos e a globalização, quando somos exigidos aos extremos. É curso disso, graduação naquilo, fluência em mais de uma língua, inteligência emocional, intelectual, rede de contados, ética, capacidade de liderança, forte desejo de crescimento... e por aí vai. A grande maioria já internalizou esses conceitos e aceita como pratica natural em nossa sociedade.

Diante disso, é legítimo perguntar porque os candidatos a cargos eletivos em nosso país ficam livres de tais exigências.

De acordo com a Constituição Federal, são condições de elegibilidade, na forma da lei: brasileiros, alfabetizados, pleno exercício dos direitos políticos; alistamento eleitoral; domicílio eleitoral na circunscrição; filiação partidária e idade mínima de acordo com o cargo pretendido. Não menciona necessidade de formação ou especialização  alguma, diante disso, a nossa experiência de mercado nos remete ao partido político, é dali que surgem os escolhidos. Então cabe a indagação:

Qual o Curriculum Vitae exigido pelo partido para qualificar o pretenso aspirante?

Ainda não obtive a resposta, é por isso, que a cada pleito encontro dificuldades em determinar meu voto ou filiar-me a este ou aquele partido. Apesar de utilizar os mecanismos de avaliação oriundos da livre iniciativa, cuja prática mostra-se ao menos produtiva, ainda não consegui resultado similar. Talvez devido aos critérios obscuros no lançamento de candidatos que prometem e prometem; agem como especialistas em futurologia cujas realizações serão possíveis depois de ganhar, inclusive comprometendo-se com tarefas que nem lhes é função (desconhecem até as alçadas do cargo que almejam). Não me surpreenderia se tais pretendentes apresentassem seus Currículos na iniciativa privada e que alguns conseguissem preencher tão-somente a vaga de auxiliar de ........ ............

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