O único direito que ainda não conseguiram burlar, e não por falta de tentativas, é o meu direito de pensar. Enquanto meus neurônios mostrarem disposição em percorrer livremente os vários caminhos e quem sabe chegar à minha Roma, estarei dando gás e alimentando-os nas mais diversas fontes. Pois se existe alguma dádiva, creio ser o pensamento construído através da liberdade e da constante luta contra os preconceitos oriundos da ignorância tão comum em todas as épocas; hoje tudo é massificado, globalizado, comercializado... reduzindo-nos a presas fáceis de uma ou outra tendência.
Para alguns nem é dada a chance de escolher, a outros tal hipótese nem existe. São poucos que se aventuram a romper os domínios já consagrados. É uma luta solitária e inglória. Romper paradigmas parece ser a missão de poucos.
Poucos como Galileu Galilei que, ao afirmar ser o Sol o centro de nosso sistema, foi pressionado pelos pais do poder e para não ser condenado por heresia, finalmente assinou uma confissão declarando seu engano. Imagine-se a dor em seu coração. Ser a única pessoa no mundo a enxergar um palmo mais adiante, e por isso, ser obrigado a curvar-se perante o poder instituído. Tal dádiva lhe custou a condenação. Morreu cego e longe do convívio público, além de ter suas obras incluídas no "Index Librorum Prohibitorum" - índice de livros proibidos - por longos trezentos e quarenta anos, quando finalmente o sistema que o condenou rendeu-se às evidências.
Assim, muitos conceitos consagrados há séculos, não estão livres de a qualquer momento sofrerem contestação de algum solitário cujo pensamento poderá romper algum padrão. A história tem seu tempo e as evidências apontam que nem tudo é vão.
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